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História Unidos Pelo Caos - Prisioneira


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá Lindas desculpem a demora, mas ta dificil, imaginem vcs, ter que escrever a historia no bloco de notas ( pois os computadores não tem office no trabalho) passar para um caderno e depois copiar no pc de casa? Da muitoo trabalho, ai tem que revisar, reescrever e tudo mais. Até um amigo meu está me ajudando muito, mas ainda sim tenho pouco tempo
Me desculpem espero que voces possam compreender :)
Olha !! chegamos a 499 paginas da ate um livro :0
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QUERO AGRADECER a essas lindas que favoritaram a fic desde a ultima atualização
juaninha Little_Zombie12~Mel--chan_Shadows~azulitadixo~ASadGirl~WannaPlaymaribrizol ~fleumah~XxPipoquinhaxX~MixayYashn ~IceHeart_~zarryshit ~CC1~belleemalik~JackcondaJ
e a TODAS que acompanham ate agora
Bjos lindas e
Boa Leitura:

Capítulo 40 - Prisioneira


 

 

Ouviu-se estrondo quando, ao bater a porta, Emily saiu emburrada, seus cabelos negros e opacos batendo em suas costas. Seguiu-se um silencio em sua ausência onde a batida surda ainda ecoava em meus ouvidos enquanto eu observava a porta fechada por onde ela passara. Demorando mais que alguns segundos, Beth se arrastara em minha direção com um olhar vacilante e vidrado como de quem está levemente supressa. Eu desviei meu olhar para ela de maneira acusatória.

-A culpa é dela! –exclamei apontando para porta.

-Mas eu não disse nada! –Beth respondeu e algo em sua voz me disse que ela estava triste. Ela hesitou, parecia insegura. -Daryl, você acredita em tudo isso que está dizendo? Acredita mesmo que Maggie e os outros estão mortos?

A resposta para sua pergunta morreu em meus lábios ante sua aproximação. Ela estava aflita e desesperançosa. Meus ombros e pálpebras caíram. Minha fúria se foi. Somente agora, percebi como eu havia sido precipitado e insensível.

-Beth eu...

-Daryl, não é a mim que você deve pedir desculpa. –ela me cortou brandamente. -Eu sempre soube que você não tinha esperanças de encontrar alguém vivo, sempre soube. Mas pense em Emily e tudo pelo qual ela passou. Você melhor do que ninguém sabe que ela nunca se perdoaria se, em algum momento, desistisse quando poderia ter tentado encontrar alguém. –ela segurou meus ombros e ergueu seu olhar para mim. –se você não acredita nisso, faça por ela.

 Beth se afastou e acenou com a cabeça indicando a saída. Eu me senti abalado, se antes de conversar com Beth eu enxergasse as coisas sob um véu de dúvidas e receios, mas agora passara a ver tudo claramente. Será foi preciso uma garota que julgava ingênua precisasse abrir meus olhos?

Agora eu sabia o que precisava fazer... Mesmo que eu não acreditasse que os outros estivessem vivos, era meu papel proteger Emily e consola-la quando o momento chegasse, segurar suas mãos e dizer que tudo ficaria bem. Afinal só tínhamos um ao outro agora e eu precisava ser forte para nós dois. Beth me observada de longe eu assenti para ela querendo lhe agradecer já que palavras não seriam suficientes. Acho que ela entendeu, pois sorriu logo em seguida.

Um grito cortou o ar naquele momento. Vinha, logo percebi, lá de fora.

-DARYL!!!

Apenas o meu nome...

Poderia ser um chamado apenas, mas a urgência perceptível naquela voz me fez temer o pior. Não pensei duas vezes... abri a porta e pulei a coleção de degraus em tempo de ver um carro prateado coberto pela poeira arrancar em alta velocidade pela estrada.

 -Emily? –gritei. -Emily!

O meu mundo caíra, meus joelhos cederam e eu me senti fraco. Aquilo não podia estar acontecendo, não podia... Eu senti as pontadas doloridas perfurarem meu abdômen. Meu peito arfava. Eu não tinha mais noção de nada, de ninguém. Nem eu mesmo percebi quando algum zumbie, atraído pelo barulho, saiu de dentro da mata e avançou na minha direção. Antes que ele pudesse encostar sua mão nodosa em meu ombro, Beth sugira e o matara com um tiro certeiro na cabeça. Ela correu na minha direção.

-Daryl o que aconteceu? Cadê a Emily? –ela perguntou em um tom urgente.

-Eles a levaram! Levaram a Emily.

-Daryl! -Beth recuou desesperada. –Precisamos correr! Temos que encontra-la imediatamente!

Eu me coloquei em pé, ainda respirando haustos de ar com extrema dificuldade. Onde estariam levando a Emily? O que fariam com ela? Eram perguntas que me consumiam, me flamavam.

Senti-me inútil. Eu prometi protege-la, que manteria a salvo.

-Em que direção eles foram? Daryl responde! Quantos eram?

-Não sei, mas devia ser pelo menos uns dois ou três para poder conte-la.

 

[...]

E nós corremos até esgotar nossas forças... não sei o que motivava a Beth a continuar correndo, mas a mim, era simples responder: eu amava a Emily, amava com todas as minhas forças e não podia se quer pensar que ela estava por aí sozinha a mercê de crápulas que poderiam fazer um mal à ela.

Quando não havia mais de onde tirar as forças caímos no chão gemendo de dor. Eu sofria um conflito interior: minha mente ansiava por continuar lutando, mas meu corpo já não aguentava mais. O carro se fora e com ele foi-se Emily também nunca mais haveria...

 

[...]

-Você não está bem? –Beth me perguntou no segundo dia sem Emily.

Eu sabia que era comigo, mas não respondi, assim como eu tenho feito nos últimos dois dias. Estávamos sentados em baixo de uma árvore enquanto uma fogueira queimava a nossa frente. Eu fitava o céu estrelado indiferente a sua beleza. Meus pensamentos estavam me enlouquecendo e logo minha mente estava entorpecida pela dor. Eu já não sentia nada, não ouvia mais nada...

-Daryl, -Beth fez uma nova tentativa que assim como as outras era inútil. –Fala comigo, por favor... Você está calado desde... você sabe.

Sua voz parecia chegar a mim vinda de muito longe, como se flutuasse através da outra margem de um lago imaginário, eu mal prestava atenção. Então ela pousou sua mão em meu joelho: ante aquele toque, eu despertei de meus devaneios e me senti mais conciso de mim mesmo. Era como se eu tivesse há muito tempo adormecido e agora acordara.

Beth recuou quando ergui meu olhar para fita-la. Ela recolheu a mão timidamente.

-Daryl, me parte o coração vê-lo dessa maneira você deve ser forte para encontra-la e encontrar todos nossos amigos. Tenho certeza que Emi...

-Está morta! –berrei em desespero, cortando-a. Porque ela não calava a boca e me deixava em paz canto? –Para de fingir que está tudo bem! Para de dizer que todo instante que vamos encontra-lo! Para de se iludir garota ela se foi igual ao seu querido papai e como toda sua família!

Mesmo no escuro tendo apenas a luz da fogueira, ainda era possível ver que seus olhos grandes estavam brilhantes pelas lagrimas que brotavam deles, mas descobri que não me importava.

-Não diga isso Daryl! Como pode ser tão insensível, será que você não sente nada?!

-EU não sinto nada!? Essa é boa vinda da garota que enterrou o namorado sem derramar uma lagrima!

Beth abriu a boca para responder, mas fechou em seguida. Ela balbuciou por alguns momentos tentando absorver o choque das minhas palavras.

-Daryl, não vou discutir com você. –Ela se levantou. –Não agora. Não faço ideia do que será de nós, mas estou aqui do seu lado e sei que agente vai se dar bem e vamos sair dessa juntos.

Eu não respondi, mas lagrimas escorreram de meus olhos. Eu imaginei Emily chegando e me encontrando naquele estado, o que ela teria me dito naquele momento? Será que teria me dando uma bronca?

Eu não sabia e talvez nunca soubesse. Eu chorei e não senti vergonha de fazer isso na frente da Beth. Não havia mais motivo de bancar o durão. Mãos leves e pequenas me abraçaram por traz. O céu clareava e o sol subia. Abraçada a mim, Beth chorava...

 

* * *

Emily:

Estava tudo escuro dentro do porta-malas, as luzes que entrevia pelas brechas ia escurecendo gradualmente. O oxigênio faltava e em meu pânico para sair dali me fazia gasta-lo, mas rápido que o normal. Meus pulsos doíam, inchados tamanho o esforço utilizado. Após longo tempo que para mim pareceram horas, eu finalmente compreendi que não havia maneiras de sair dali, aquele porta-malas era minha prisão, meu confinamento...

Minha cabeça bateu no lado inverso do capô quando o carro passou por cima de uma pedra. Apesar da dor, não reclamei, esgotara minha voz ao gritar por horas seguidas ora implorando para que me libertassem ora chamando por Daryl.

Daryl.

Onde estaria ele naquele momento? Será que notou minha ausência e ouviu meu grito? Em meu intimo alimentava esperanças de que aquele capô se abriria e me olhando de cima dele eu veria Daryl. Seu rosto austero, sua testa franzida cheia de linhas de expressão mostrando sua preocupação e em seguida seu sorriso de alivio. Ele me abraçaria e me beijaria dizendo que tudo ia ficar bem... Levei minha mão institivamente aos lábios absorvendo a realidade cruel na qual eu me encontrava: eu não veria Daryl e nem Beth. Eu finalmente começava a compreender que, lutar pela vida, minha ou dos outros, a morte sempre encontrava um jeito de agir. Aquele pandemônio fora apenas um meio de adiantar as coisas e por mais que agente lutasse para lhe escapar, não havia saída. Mandar aqueles homens me levarem não mostrava que a morte se impacientava?

O carro parou bruscamente me fazendo rolar no espaço apertado. Passos começaram a rodear os dois lados do carro e meu coração bateu mais rápido dentro do peito. A tampa foi aberta e a luz de uma lanterna cegou-me momentaneamente. Ergui minhas mãos para proteger meus olhos ao mesmo que via os meus raptores.

-Eh. –Disse um deles. – Tão bonita. Tão acabada.

-Pare de “Lenga-lenga”, tire ela dai, ande, mas rápido.

-Ta, calma, calma. –O primeiro voltou a dizer.

Ele se curvou no porta-malas e me pegou pela cintura. Tinha uns quarenta anos e barba por fazer. Eu me debati, mas estava muito fraca.

-Calma boneca, se comporte e ninguém lhe fará mal. Disse ele.

-Isso é o que veremos... –rebateu outra voz.

Pelos meus cálculos, eu estava em companhia de pelo menos três homens. Enquanto ela era levada pela cintura para dentro de um galpão um zumbie apareceu e caminhou em nossa direção.

-Bob, cuide dele. –Disse um dos homens apontando para o zumbi.

Bob, um homem mirrado, se adiantou com um bastão de madeira: ele avançou para o zumbie e começou a seção de pancadas em sua cabeça enquanto o outro abria a porta. Eu, me aproveitando da distração dos outros dois, pisei no pé do que me segurava e joguei a cabeça para traz com força acertando seu queixo.

-Sua vagab... –exclamou ele com a voz abafada e eu percebi que ele tinha mordido sua própria língua.

Eu me afastei e comecei a correr na escuridão. Mãos me pegaram pela cintura novamente e me ergueriam do chão.

Senti meu diafragma ser comprimido pelo aperto e não tive ar suficiente para gritar. O homem de barba sussurrou em meu ouvido em quanto me prendia:

-Ei, Pare. É inútil.

O homem de boné se aproximou de mim. Ele não disse nada, mas me observou profundamente. Seus olhos verdes e seus cabelos castanhos levemente grisalhos. Ele ergueu a mão e esbofeteou minha face e tudo escureceu.

[...]

Abri meus olhos e sentei na cama subitamente.

Minha cabeça latejava e eu sentir a dor chegar em ondas na  face. Ergui os olhos e olhei ao redor. Era um salão pequeno com paredes cinza. Havia muitos panos no chão encostados pelos cantos. Uma lâmpada que usava energia elétrica brilhava sobre minha cabeça. Eu procurei pelos meus agressores e os encontrei sentado em torno de uma mesa mais ao fundo. O pânico tornou a parecer, corri os olhos em busca de algo que pudesse ser usado como arma, mas algo deteve minha atenção.

-Oh céus! Você acordou!

Eu parei de me mexer e procurei o dono da voz... voz aquela que eu conhecia bem mas que acreditei nunca mas ouvi.

-Emily! Meu deus! Eu estou tão feliz em revê-la! -Então se aproximou e me abraçou, beijou meu rosto e me puxou para mais um abraço. Satisfeito me afastou e fitou seus azuis nos meus.

-Le... Leander, é... é você!? –Perguntei atrapalhada passando sua mão pela face magra. Lagrima encheram meus olhos. Não havia duvidas, não era um sonho, era ele mesmo.

-Olha só quem acordou...? –Disse lentamente o de boné se aproximando.

Eu e Leander nos soltamos.

-Aproveitou bem o seu sono?

-Saia de perto de mim! -eu gritei! -Porque me sequestraram?

-Cale-se! Você sabe muito bem porque a trouxemos. –ele sorriu sem emoção. –E teríamos aproveitado bem, se eu não devesse uma ao rapaz ai que diz conhece-la.

Eu ouvi a tudo confusa. Olhei Leander segurando minha mão.

-E é bom que você se lembre, Brayton. –Leander disse calmamente, mas deixando transparecer ameaça em sua voz, se não tem mais nada para dizer...

O homem arqueou a sobrancelhas com desdém e se afastou para junto dos outros.

Eu me voltei para Leander. Encontra-lo vivo nublou minha mente me fazendo esquecer todo o resto.

-O que aconteceu? Do que você está falando?

-Eu fiquei perdido por ai durante muito tempo depois que tudo aconteceu, Brayton, Bob e Aleph me encontraram e desde então ando com eles... algum tempo atrás salvei a vida de Brayton e desde então ele me deve uma. Então quando trouxera a para cá desacordada e vulnerável, não sabe o que eu senti... É claro que eu os impedir de... –Leander se empertigou e consistentemente apertou a minha mão com mais força. –Mas o que aconteceu com você, sabe mais de alguém?

Então, uma avalanche de emoções me soterrou e todas as lembranças voltaram à tona. Meus olhos encheram de lagrima, minha garganta contraiu e mal pude falar.

-Eu estava com Daryl e Beth em uma casa próximo a linha de trem. Acreditamos que os outros também seguiram para lá. Le, temos que ir também, temos que voltar para Daryl. –“Eu tenho que voltar para Daryl”, pensei intimamente.

Leander ouviu tudo em silencio, depois desviou o olhar para o trio que estava distraído no jogo.

-Os trilhos você disse?

-Sim.

-É muito longe daqui e chegara até lá é suicídio. –Ele parou para pensar, deu mais uma espiada nos homens e continuou. –Ele não nos deixaria partir... sabemos aonde fica o esconderijo deles.

-Mas... Podemos sair escondida a noite, agente rouba o carro.

-Escute Emi, Brayton é um cara cruel. Não pense que deixar você viva seja algo bom, pois ele não é. Estou aqui mais tempo que você e presenciei atrocidades que ele pode cometer. Eles nos matariam sem pensar duas vezes.

Eu regalei os olhos assustada. Eu não sabia o que pensar a respeito, mas uma coisa eu tinha certeza. Eu precisava fugir. Leander leu meus pensamentos.

–Emi, não tente nenhuma bobagem por favor... você imagina o que eles teriam feito se eu não estive-se aqui. –Eu ia rebater dizer que não me importava desde que nós dois saíssemos dali vivo, mas Leander elevou o indicador e tocou meus lábios. – Shiiiiu, escute Emi, ainda amo você e vou protegê-la custe o que custar. Eu... Vou leva-la até Daryl, eu prometo.

Uma felicidade tomou conta de mim. Eu exibi meu melhor sorriso. A perspectiva de sair dali junto com o Leander reacendeu a esperança que eu havia perdido naquele porta-malas. Mas ouvi-lo dizer que me amava foi um tormento. Eu via Leander apenas para um amigo, um grande amigo e nenhum romance poderia nascer dali. Eu abri a boca sem saber o que lhe dizer, mas Leander foi mas rápido.

-Não precisa se explicar eu sei o que você está pensando agora. –Ele sorriu.

Passei a mão no seu rosto e acariciei. Leander pegou a minha mão e olhou-a assustado.

-O que aconteceu na sua mão?

-Ahh isso faz já um tempo. -eu respondi. –Se lembra daquele dia que eu corri atrás do Daryl? Um zumbie me atacou, Daryl teve que amputar para a infecção não se espalhar. –Eu dei de ombros.

-Isso é terrível! Graças a deus você esta bem! Senti sua falta Emi.

-Senti a sua também.

-Bem... Eu vou buscar algo para comer, deve estar faminta.

Ele se levantou e alguns minutos depois, voltou como uma sopa quente. Ele me observou enquanto comia. Então, enfim a lâmpada foi apagada e os três homens voltaram para seus respectivos colchoes. No escuro avistei um contorno de Leander acima do meu.

-Aonde vai? –perguntei sussurrando.

-Para meu colchão. –Ele respondeu no mesmo tom.

-Mas eu estou com medo e se acontecer algo enquanto dormimos?

Leander respirou fundo em quanto pensava.

-Esta bem. Dormirei com você. –Disse ele sentando-se ao meu lado.

Eu me afastei para o lado e ele deitou. Coloquei minha cabeça em meus braços.

Mesmo estando com meu melhor amigo do meu lado me abraçando, me protegendo, eu não conseguia dormi.

“Onde você estar Daryl? Será que você estar pensando em mim da mesma maneira que você pensa em mim?"


Notas Finais


Espero recadinhos se voces ainda acompanha *-*


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