1. Spirit Fanfics >
  2. Unidos Pelo Caos >
  3. Algo Está Errado

História Unidos Pelo Caos - Algo Está Errado


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minhas lindas leitoras!!!
Gente como ta ficando complicado postar, mas estou me esforçando, confesso que tenho muito medo de voces se cansarem da demora e da historia em si, e desistirem de acompanha-la, mas quando eu vejo esses lindos recadinhos, fico tão feliz, e varias ideias me surgem, o problema é processar-las de uma vez.
Bom aqui vai um resumo pra quem esqueceu,

Depois de fugirem do Terminus, o grupo se une de novo e desta vez contam com uma nova integrante, Blanca, que foi encontrada aparentemente sozinha e indefesa,

Boa leitura

Capítulo 46 - Algo Está Errado


Emily:

 

 

– Daryl, coloque ela aqui nesse espaço. –Rick disse pegando lençol e estendo sobre a grama.

Daryl se aproximou do local e a deitou no chão, com muita delicadeza. Eu observei a cena estupefata, assim como todos os presentes. A moça chamada Blanca era muito bela, na verdade era uma palavra muito singela para descrevê-la; mesmo suja e com os cabelos opacos ainda mantinha uma postura aristocrática, como se fosse da realeza, mas sem parecer arrogante. Após colocá-la sobre o lençol, Daryl agachou do lado dela. Ele ergueu os olhos azuis para mim e acenou com a cabeça como se quisesse dizer algo, mas não consegui entender no momento.

– Emily. – Rick falou. – Pode prestar os primeiros socorros?

– Ah, sim, claro. - eu me sobressaltei ao finalmente entender o que Daryl queria dizer. Ele por outro lado, me olhou com impaciência, mas não parecia bravo.

Eu entreguei Judith ao Rick e corri até minha mochila e peguei o kit de primeiros socorros.

– Como se sente? – eu me aproximei e me posicionei ao lado de Daryl. Blanca estava consciente, mas parecia prestes a desmaiar. Eu medir sua temperatura que estava normal e medir sua pulsação. –Dói em algum lugar? Está machucada? - perguntei a ela profissionalmente.

– No, no, no sinto dor em nenhum lugar, mas yo creio estar com ferida no ombro. – ela respondeu.

Sob o olhar dos outros eu peguei o algodão e molhei no iodo antes de passar em seu ombro. Por sorte era apenas um arranhão feito pelos galhos das árvores. Eu limpei o machucado com cuidado, mas mesmo assim ela se retraiu com ardência e apertou a mão de Daryl. Eu observei pelo canto do olho, porem não disse nada. Quando terminei e voltei a guardar meu kit na mochila ela tentou se levantar, mas cambaleou e teria caído se Daryl não a tivesse pegado a tempo.

– Venha. – disse ele. – sente-se aqui.

 Então a segurou pela cintura enquanto ela passava o braço por cima de seu ombro. Devagar ele a conduziu para o tronco de uma árvore fazendo a se sentar ali.

– Obrigada. Daryl usted és muy gentil. -Ela respondeu sorrindo para ele ao mesmo tempo em que fazia uma careta de dor.

Daryl apenas assentiu com um aceno e se afastou um pouco encabulado. Uma pessoa se aproximou de mim com os braços cruzados, eu ergui meu olhar para ver quem era.

– Eh, não competimos apenas pela sobrevivência, pelo que vejo. – disse Carol sem me encarar. Seus olhos frios estavam voltados para Blanca.

Eu não respondi sabia muito bem onde ela queria chegar com aquele comentário. Carol queria me testar, queria que me ver perder o controle. Eu não me incomodei até porque saber que ainda existiam pessoas vivas era uma coisa muito boa, mas não pude deixar de me sentir perturbada mesmo não querendo admitir eu mantinha em meu rosto a mesma expressão de Carol ao fitar Blanca.

[...]

Naquele mesmo dia, seguimos viagem pela estrada. O clima entre nós estava bem descontraído. Estávamos rindo e conversando bastante. Era hora de procurarmos um novo lugar para morarmos. Uma tarefa um pouco difícil, pois antes os zumbis se concentravam apenas nos centros da cidade, mas com a comida escassa eles estavam migrando para os interiores, mas não eram só zumbis que me preocupavam desde aquele incidente com Governador e os residentes do Terminus, deixei de acreditar na bondade das pessoas e passei a ver elas como inimigas.

Não sei por que acabei pensando nisso, mas agora que tinha pensado senti um vazio tomar conta de mim. As risadas e alegria dos outros pareciam vir de muito longe, e sem me dar conta diminuir o ritmo das passadas e logo fiquei para trás.

 Rick e levava Judith no colo enquanto conversava com Michonne, Glenn ia de mãos dadas com Maggie, olhavam-se apaixonadamente. Abraham era quem dava suporte para Blanca que já conseguia andar mesmo que com um pouco de dificuldade, ela conversava com Rosita. Observei a cena com interesse apesar de Rosita ser mulher de Abrahan, ela não parecia nem um pouco incomodada de ver “seu homem” carregando Blanca pela cintura. Eu olhei para ela com um pouco de inveja; queria ter essa mesma confiança em mim e involuntariamente desviei meus olhos para Daryl que ia mais à frente conversando com Eugenne e Carol.

Saí de meus devaneios quando senti que alguém se aproximava de mim.

– Pensando na vida? – disse a voz. Eu ergui meus olhos e vi que era Leander. Eu sorriu e ele me devolveu um sorriso maior ainda. –Me dê sua mochila, eu a levo para você. – disse ele já puxando das minhas costas.

– Não se preocupe. – eu disse mostrando certa resistência.

– Não seja boba, está pesada. – Leander sorriu e com mais força, puxou a mochila pendurando-a em seus ombros. Ele sorriu de volta. – Não se preocupe, vamos encontrar um lugar novo onde poderemos construir um lar. Espero que tenhamos muito espaço assim você não precisará ficar com essa cara sempre que a ver.

Eu ergui meus olhos arregalados para ele.

– O que quer dizer com isso? – eu murmurei desviando os olhos para o asfalto tentando esconder a vermelhidão que apareceu em minha face.

– Não seja boba. Você acha que me engana? – disse ele como se constatasse o óbvio. – eu vi como você, Carol e até mesmo Michonne olham para ela, como se Blanca fosse roubar o território de vocês.

 – Eu não olhei assim, na verdade, fico feliz de ter mais caras novas conosco. –eu disse dando empurrão de brincadeira em seu braço. – Vai dizer que você não a achou bonita também?

Leander sorriu amarelo, como se estivesse com pena de mim.

– Ela é bonita sim, mas não se compara com uma certa “auxiliar-de-enfermagem” que eu conheço. – ele respondeu me encarando, como não respondi, ele continuou. – E tenho certeza que Daryl pensa como eu, ele jamais trocaria você por outra mulher a não ser que ele fosse um grande babaca. Não depois de tudo que você passou para encontrá-lo. – conforme falava sua voz ia morrendo até ficar quase um sussurro.

Eu me senti constrangida, pois sabia que ele gostava de mim. Essa era uma das raras ocasiões em que eu me via sem saber o que dizer, eu tentei balbuciar algo, mas foi interrompida por outra voz.

– Ei, Emily, porque está tão devagar?

Eu me sobressaltei e vi que era Daryl quem falava. Ele tinha parado de andar e agora esperava eu e Leander nos aproximarmos. Os outros iam à frente.

– Aconteceu alguma coisa?

– Não, não. – me apressei a responder não queria que Daryl descobrisse que era dele que falávamos há pouco.

Ele me fitou desconfiado, mas não respondeu. Quando me aproximei o suficiente ele começou a caminhar ao nosso lado.

– Pode deixar que eu cuido dela daqui para frente. – falou um pouco ríspido para Leander enquanto passava o braço por cima do meu ombro.

Le me entregou a mochila e sorriu taciturno como se o comentário não o afetasse.

– Viu Emily, ele não é tão babaca assim. – em seguida deu as costas e começou acelerar o passo para acompanhar os outros que iam bem à frente.

– Que ele quis dizer com isso?! – Daryl perguntou para mim ainda me abraçando pelo ombro.

–Nada demais, já disse. – respondi abaixando a cabeça para esconder o sorriso que se formou em meus lábios.

 Um silêncio prolongado se formou entre nós, mas eu até que estava gostando do calor corporal que Daryl transmitia naquele contato. Ele poderia ser bruto e mal humorado, mas sabia ser gentil e protetor de vez em quando. Caminhamos por várias horas parando uma vez ou outra para descansar, até que o fim da tarde chegou e com ela veio o frio.

– Bem, vamos parar por aqui hoje. Estamos nos aproximando da cidade e acender uma fogueira céu aberto é perigoso e podem existir outros como aqueles de Woodbery ou Terminus. – Rick falou e a menção daqueles nomes me fez estremecer.

Encontramos um casebre localizado na beira da estrada bem oculto no meio de várias árvores e decidimos passar a noite ali. Rick, Daryl e Glenn saíram à procura de alimento deixando Leander como vigia na entrada. Eu estava sentada olhando pela janela os últimos raios do pôr do sol que se escondiam atrás das árvores quando Maggie se aproximou de mim e sussurrou para que somente eu pudesse eu ouvir.

– Olá Emily, preciso conversar com você em particular.

Eu concordei com um aceno de cabeça e nós duas nos levantamos e fomos em direção à porta.

– Rick disse que não era pra deixar ninguém sair até eles voltarem. – Leander falou pra mim, encostado no batente da porta.

– Eu sei, mas precisamos conversar. Prometemos que não iremos longe. – eu disse para ele sorrindo. Leander ponderou por alguns momentos antes de concordar de má vontade.

– OK, tudo bem, mas não vão muito longe fiquem à vista e se acontecer alguma coisa gritem.

 Nós duas então saímos do casebre e caminhamos em silêncio e quando estávamos longe o suficiente eu me virei para Maggie.

– Você está grávida não é?

Maggie arregalou os olhos e andou dois passos para trás assustada.

– Bem, não sei. É esse o problema, mas como você sabia que era disso que eu iria dizer?

– Não é óbvio? –eu respondi. -Há quanto tempo você suspeita.

– Acho que no ultimo dia antes de deixarmos o presidio. Um mês e meio no máximo.

– Ainda é muito cedo para saber, mas estivermos mais próximo do centro urbano nos poderemos passar em uma farmácia e pegar um teste de gravidez.

Mal terminei a frase e Maggie voou em mim, atirou os braços sobre meus ombros e chorando copiosamente.

– Emi, não sei o que fazer, se eu tiver esse filho e ele nascer no meio desse caos... e se o choro dele atrair algum zumbie...?

– Maggie, calma, calma, vai dar tudo certo... – eu tentei consola-la enquanto dava tapinhas camaradas nas suas costas. –Olhe a Judith, ela uma boa menina e eu tenho certeza que se você tiver gravida mesmo o bebê será saldável.

Eu realmente não tinha jeito para dar concelhos e consolar ninguém. Como eu poderia lembrar de Judith quando sua mãe, Lori, morreu tragicamente para salvar a vida do bebê. Então imaginei que o mesmo poderia acontecer com Maggie.

Não!

Melhor não pensar nisso.

Eu preciso acalma-la da melhor maneira que eu poderia. Eu puxei Maggie pelo braço e a fiz sentar-se sob a árvore.

– Emi. – ela ergueu os olhos brilhantes e lagrimosos para mim. –E se fosse você que estivesse, o que faria?

Desta vez fui eu quem recuou. Era uma pergunta chave. Porque ia muito além de opinar, pois era algo que poderia realmente acontecer. Bem, primeiro, isso nunca aconteceria, eu precisaria ser muito idiota para abrir as pernas em qualquer lugar e engravidar naquele mundo. Mas eu nunca diria isso a Maggie;

– Me pergunto se conseguiria correr dos zumbies com um bebê no colo, mas acho que mesmo assim, eu escolheria ter... Mas você tem que decidir por você e não por mim. Pense bem.

Maggie assentiu e nós duas voltamos para dentro da cabana. Leander nos olhou como quem diz “ficaram mais tempo do que deveriam”, mas não disse nada.

Quando entramos na cabana, Daryl já estava a nossa espera junto com os outros. Maggie sussurrou algo como “contar tudo ao Glenn” e se afastou. Aquela seria uma longa conversa. Vendo-me só, decidi ir até Daryl, mas alguém chegou antes, primeiro Carol que o abraçou e depois Blanca que disse estar muito preocupada com ele. Eu me deti e passei a observar a cena em silencio. Não era por mal, mas eu sentia que aquela mulher tinha algo de muito estranho. Inconscientemente me aproximei dos dois.

– Blanca... – eu a chamei. – De onde você disse ter vindo mesmo?

– Eu... eu vim do México, soy una imigrante.

– Mas e depois que tudo aconteceu, onde esteve?  Quem fazia parte do seu grupo, eles ainda estão vivos? – perguntei mantendo-me calma, mas mostrando-me interessada.

Pode ter sido impressão minha, mas de repente ela ficou pálida. Abriu a boca uma ou duas vezes antes de responder, mas sem emitir som.

– Bem, eu estava com me família, todos muertos, só yo sobreviver.

–E você não se juntou a nenhum grupo depois disso?

–Bem... acho que no estou muy bien... – disse ela de repente abanando-se com a mão e respirando rápido. – Preciso descansar.

– Deixa a garota em paz, Emily.  –disse Daryl soando um pouco nervoso. – Rick já perguntou o que deveria perguntar, sem mais.

– Pergunto apenas por curiosidade. – respondi um pouco na defensiva, Daryl ter falado daquele jeito me deixou sem reação. Agora eram todos que prestavam atenção em mim. – Não era motivo para ela passar mal.

– Virou detetive agora? – ele voltou à tona.

Eu não respondi.

 – Está com ciúmes, é isso? Mas que coisa ridícula. Cuide um pouco mais de você e deixe que Rick cuide do grupo, Ok? Pare de se preocupar com todo mundo a toda hora. Você não é Deus!

– Daryl não precisa falar com a Emi assim, foi uma pergunta simples, que todos querem saber. – Maggie interveio em meu socorro.

Daryl me olhou com indiferença, mas pude ver através de seus olhos e parecia haver um pouco de preocupação. Não sabia se ele estava bravo comigo ou com algo que aconteceu durante a caçada, mas seja o que fosse estava descontando em mim. Ele mordeu os lábios como se estivesse mastigando insultos. Eu desviei meus olhos para Blanca. Se eu apenas desconfiava que ela escondia algo, naquele momento tive certeza. Seus olhos negros me encararam seriamente e desafiadoramente. A palidez sumira dando lugar a malicia. Eu voltei meus olhos para Daryl, mas ele não me encarou. As lagrimas então, brotaram. Eu não queria mostrar pra ele que ainda conseguia me desestabilizar. Dei as costas e corri em direção à porta, empurrei Leander que barrava o caminho e fui-me sentar na rocha, onde eu e Maggie conversávamos há pouco. As lagrimas desceram como cachoeira.

 

Daryl

 

Eu estava furioso, não com Emily, mas comigo mesmo. Eu não podia sair descontando nela toda vez que algo me acontecia, mesmo que este algo fosse... bem deixa para lá. Só de pensar no que vi a pouco, me faz voltar ao passado e reviver tudo que aconteceu com minha família. Se eu soubesse que minhas crenças seriam testadas novamente, não teria ido com Rick e Glenn a caça. Teria ficado. Agora aquela imagem não vai mais sair da minha mente. Eu fiz menção de ir atrás dela e lhe explicar, mas uma mão pequena e leve segurou a minha.

– Deixe que vá. – disse Blanca mansamente. – Ela está muy tensa, não a perturbe sí? Ao invés disso fique um pouco comigo, sinto que usted és o único com quem posso falar a vontade.

Eu tentei resistir, mas ela pressionou meu braço.

– Confie em mim. Quando ela se acalmar ela volta.

Vencido, assenti.

–Você pode ter razão. Então, quer conversar sobre o que?


Notas Finais


Responderei os comentarios do cap, anterior amanhã. e espero mais recadinhos nesse aqui gente e mais uma vez desculpem pela demora, conto com voces


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...