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História Unidos Pelo Caos - Encurralados


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minhas lindas leitoras!
Bom aqui está mais um capitulo, nossa eu fiquei muito empolgada em escrever esse, tentei não deixar muito curto, mas sabe o que os escritores dizem, né " a historia se escreve sozinha"
Agradeço a todos os recadinhos que recebi, desculpa a demora em respondê-los, mas ja os respondi ^^
Quero agradecer a ~Giuliaribeiro /~Fran02/~Chicletinha133/~lollybs/~Aninhagavazzi//~Yuuii-Chan/~matt-espinosa/gigifcs/Indelicada_/~OppssStyles/ninha_/~Walkerzz/~nath-jikook/~Mandy6969/~yasmin130401/flavinha_walker/~directioner015/
~Dudah_Hudson69/~Crissi_Luna/~XLeel/KARINE101
Por terem favoritado a fic.
Se cuidem e boa leitura;

Capítulo 47 - Encurralados


Emily:

 

Já era noite quando decidir voltar para dentro da cabana. Na verdade eu não queria voltar, mas Leander me chamou da porta e eu tive que obedecer.

Arrastei-me como uma tartaruga, pois não queria que vissem meus olhos inchados depois das lágrimas derramadas. No fundo, agradeci por já ser noite e ninguém poderia enxergar minhas olheiras evitando assim perguntas desnecessárias.

Eu já estava há cinco metros de distância da cabana quando um barulho de motor chegou aos meus ouvidos; eu estreitei meus olhos tentando enxergar através da escuridão: dois pontos de luz vindos da estrada ao longe pelo mesmo caminho que viemos mais cedo, atrás dele mais pontos de luz. Aproximavam-se muito rápido, pude perceber que eram dois carros que rodavam pela estrada. Eu olhei ao redor, estava exposta no meio do caminho entre as árvores e a Cabana. Instintivamente me joguei no chão e escondi a cabeça entre as mãos. Rezei para que Leander também tivesse visto e avisado os outros.

Levantei meus olhos apenas o suficiente. A fogueira tinha sido apagada dentro da cabana... Respirei aliviada. Agora era só esperar e torcer para que os carros passassem direto, porém nem tudo sai como desejamos...

 O primeiro carro passou direto, mas o segundo diminuiu a velocidade e parou. Ainda abaixada vi um homem sentado no banco do passageiro abrir a porta, mas não chegou a sair do carro. O motorista o deteve.

 -Qual é? A Carmem deve ter vindo pra cá. – disse o homem ainda segurando a porta do carro aberta.

–Combinamos de nos encontrar na cidade. – respondeu o motorista em voz muito baixa.

Eu ainda abaixada ouvia tudo.

“Carmem?”

Pensei comigo.

 “Será que...?”

–Tá, tá já entendi. Mas já que paramos aqui deixa eu me aliviar.

Eu congelei. O som de passos indicou que o passageiro desceu do carro e procurava algum lugar. Eu ergui os olhos novamente e vi que ele se aproximava de um arbusto para urinar. Aproveitei o momento de distração e me arrastei lentamente em direção à cabana. Ele virou os olhos como se tivesse sentido minha presença, como não viu nada suspeito voltou a olhar para frente. Eu, que tinha prendido a respiração, soltei. “Vá com calma, Emily...” repetia para mim mesma. “Você só precisa sair do campo de visão dele.”

–Vai ficar aqui a noite toda?! – o motorista gritou pra ele inclinando-se sobre o banco, parecendo impaciente.

–Cara, você é insuportável! Quando paramos lá atrás pra você brincar um pouco com aquela garota, eu não disse nada!

Eu parei de me mover novamente. Aguardei em silencio ele entrar no carro e bater a porta.

–Ainda acho que devemos dar uma olhada, a Carmem pode ter passado aqui. –disse o cara parecendo relutante em ir embora.

–Eu já disse que vamos encontrá-la na cidade. Ela não nos trairia.

O motorista pisou no acelerador e o carro disparou pela pista. Quando estava a cem metros, eu sentei sobre o capim, coloquei a mão no peito tentando fazer as palpitações de meu coração diminuir.

 “Eles foram embora... tudo está bem...”.

Mas como eu havia dito antes, nem tudo sai como desejamos. O barulho se aproximou de novo e percebi que o carro voltava.

“Droga! Maldição! Por que não saí correndo quando ele se afastou?”.

Agora era tarde, eles iam me ver. Sabe se lá Deus o que fizeram com a tal garota lá atrás. Agora seria minha vez. Eu me arrastei ainda sentada pelo chão em direção a árvore. Eu precisava me afastar rápido.

“Não vai dar tempo....”

Quando a luz do farol banhou a cabana, uma mão me puxou pelo braço ao mesmo tempo em que outra mão tampava minha boca. O susto foi tão intenso que se não estivesse com a boca coberta eu teria gritado.

“Só o que faltava agora! Um Zumbi!”

Tateei a minha cintura atrás da faca, mas a mão que segurava meu braço se soltou para enfim me segurar por completo, bloqueando todos os meus movimentos. Mas se era zumbi porque não me mordia? Por que se preocupava em me imobilizar e me arrastar para longe? Mas não era tempo pra pensar nisso. O carro parou em frente à cabana, no mesmo ponto em que estava antes, mas em sentido contrario.

“Se ele estivesse com essa lanterna da outra vez, eu estaria ferrada.”

– Achei! – disse o homem entusiasmado e aliviado. – Eu sabia que tinha esquecido minha arma aqui!

– Não esquece a cabeça porque esta grudada, mas se me fizer voltar de novo, eu mesmo a arranco de cima do seu pescoço.

–Já disse o quanto você é insuportável? – o homem riu e voltou para dentro do carro.

– Eles foram embora... – sussurrou a voz atrás de mim. Era Daryl.

–Você me salvou... – respondi aliviada. Eu ia me jogar nos braços dele, mas lembrei da forma como me tratou e retraí os braços.

–Como sempre. – ele resmungou.

–Obrigada. –eu disse, parecendo uma jovem colegial tímida.

-Vamos. – ele pegou meu pulso e me levou pra dentro sem dizer mais nenhuma palavra.

Dentro da casa todos respiraram aliviados quando me viram.

-Eu ia atrás de você, mas o Daryl não deixou. –Leander disse encolhendo os braços como se pedisse desculpas.

Eu sorri.

-Você ouviu algo importante, Emily? Como eles eram? –Rick disse se aproximando de mim com expectativas.

-Ri...Rick acho melhor conversarmos sobre isso só nós dois... – eu disse em voz baixa, mas tenho certeza que todos ouviam.

-Ei, porque quer nos deixar de fora?! –Daryl explodiu em voz alta.

-Por favor, Daryl, não grite, eles podem voltar. – eu disse indiferente.

Daryl me olhou como se eu tivesse lhe dado um tapa na cara.

-Patricinha babaca. –ele resmungou se afastando enquanto passava a mão pelos cabelos.

Depois dessa “cena” do Daryl, uma tensão moribunda pairou sobre todos os presentes. Encaravam-me como se eu fosse o anjo da morte que traria o fim do mundo. Ignorando suas reações saí em direção à porta e Rick me acompanhou.

-O que está havendo? – Rick me perguntou quando estávamos sozinhos.

Então expliquei tudo que aconteceu. Rick era um bom ouvinte, escutou tudo sem me interromper.

-Então, você acha que essa tal de Carmem é a Blanca? – ele concluiu.

Eu arregalei os olhos, surpresa. Ele pegou no ar tão fácil. Apenas assenti.

-Bem... é uma hipótese. –ele disse, mas parecia hesitar. –Emily, eu prometo que vou pensar sobre isso, mas acho muito difícil.

-Ok.  Só não conte ao Daryl. – eu disse melancólica. – Ou ele vai dizer que é ciúmes e blá, blá.

Rick sorriu evasivo. Era óbvio que ele não queria tomar partido em nossa discussão. Por isso que eu gostava dele, sempre tão calmo.

-Bem, vamos entrar e amanhã nós partimos.

Eu concordei.

         Dentro da cabana, decidi deitar-me ao lado de Tara e Eugene. Daryl me olhou feio, mas seu orgulho era muito maior que qualquer coisa. Ele ainda estava com raiva por eu não ter compartilhado com ele o que vi, mas eu não me importei.

            “Vou provar que ela não é uma santa e vou esfregar na sua cara.”

        

         [...]

O dia chegou e deixamos à cabana.  Rick aceitou a minha sugestão de darmos a volta na cidade, ao invés de cortá-la pelo meio. Ambos concordamos que sendo parceiros dela ou não, eles estariam no centro. A viagem foi silenciosa, mas nenhum sinal dos homens que vi ontem. Daryl continuava rabugento e eu continuava melancólica.

Ao meio dia paramos para descansarmos em um posto de gasolina.   Aproveitamos a oportunidade para vasculhar a loja de conveniência do posto em busca de algo que valesse a pena levar.

-Não vai entrar, Daryl? –Carol perguntou ao ver Daryl parado do lado de fora.

Daryl desviou os olhos pra mim antes de responder.

-Vou ficar aqui fora de vigia.

“Quer mesmo manter distancia de mim...” pensei deprimida.

Meu ego ferido falou mais alto, desviei os olhos dos dele e entrei na loja.

-Espalhem-se. Problemas gritem. – disse Rick.

Eu peguei a mão de Maggie e entramos na sessão farmacêutica.

-Vamos procurar por um Teste de Gravidez. – eu disse desviando meus olhos dos dela.

-Essa crise vai passar, Emi. Daryl gosta de você. Ele só está bancando o machão como sempre. –Maggie disse pra me reconfortar.

-Não esquenta. –eu balancei a cabeça mostrando que estava tudo bem. Mas não estava.

Meu coração apertou. Eu queria fugir, queria gritar. Afastei-me um pouco e comecei a procurar na outra prateleira. Então um vulto passou ao longe, pensando ser um zumbi, saquei minha faca da cintura. Virei-me pra avisar Maggie, mas ela estava tão distraída...

“É um só. Eu dou conta.”

Eu me afastei e segui o vulto. Estava um pouco escuro dentro da loja. Andei em silencio, pois corria o risco de ter mais. Uma claridade se destacou mostrando que a loja tinha uma porta do outro lado. Quando a luz incidiu, vi que não era um zumbi. Era alta e magra e tinha cabelos negros e cumpridos.

“Blanca... o que faz aqui?”

Ainda em silêncio a segui. Ela andava de forma estranha, como se não quisesse ser vista. Ela olhou para trás e eu me escondi atrás de uma estante. Ainda seguindo-a, chegamos a um prédio aparentemente abandonado muito longe do posto. Eu fiquei de longe atrás de uma parede da esquina, e passei a observar.

Ela andou pela rua como se conhecesse o lugar. Bateu na porta do prédio e imediatamente alguém abriu do outro lado. Era um homem, mas não pude ver seu rosto. Ele deu passagem e Blanca entrou no prédio.

“Eu sabia!”

Era hora de avisar o Rick, ele precisava saber daquilo. Eu me virei para voltar ao posto. Mas algo acertou minha cabeça me jogando sobre um contêiner de ferro usado para por lixo, dali rolei para o chão. Atordoada, ergui o rosto. Um homem branco com jaqueta de couro surrada estava de pé com uma espingarda. Pela forma como segurava a arma, ele tinha me acertado com o cabo dela.

-Bem vinda ao nosso território. – disse ele.

Eu respirei fundo. Não adiantava sacar a faca. Então tentei me levantar, mas ele me puxou pela blusa e me ergueu com violência.

-Anda, sua vadia! E se der um pio estouro sua boca com essa arma.

Ora caminhava ora era arrastada pela blusa. Ele me levou pela rua ate chegar ao prédio onde Blanca entrara há pouco.  Ele bateu na porta e o “porteiro” abriu. 

-Sobe. – disse o homem da jaqueta de couro.

Eu olhei pra cima e vi uma escada de incêndio caindo aos pedaços. Subi na frente e ele encostou o cano da arma nas minhas costas. Quando estávamos no segundo andar ele me mandou abrir a porta. Eu obedeci e quando a porta se abriu fui empurrada para dentro caindo de cara no chão.

Todos os presentes se ergueram e se afastaram assustados. Quando o temor passou se aproximam e me observavam curiosos como se eu fosse uma circense que ia se apresentar.

-O que esta mulher faz aqui?! –Perguntou um cara de barba e óculos escuro sentado no sofá do centro.

Blanca saiu das sombras e respondeu ele em espanhol muito apressado.

-A peguei nos espionando! –disse o homem que me trouxe.  –Você foi descuidada, Carmem!  O que faremos agora?

O homem sentado se levantou e andou ate mim. Eu continuei no chão com o rosto abaixado. Ele se abaixou e ergueu meu rosto com incrível delicadeza.

-Qual seu nome?

Eu não respondi.

-Onnnn, selvagem... eu gosto sabia? – então ele se levantou e olhou para as pessoas na sala. Havia uns seis homens além da Blanca, ou melhor, Carmem. –Não podemos mais adiar o nosso plano. Eles vão suspeitar se ela não voltar. Carmem cuide dela. Os outros me sigam. Vamos atrás do resto do grupo.

Dito isso, ele entregou uma arma na mão dela e saiu da sala, seguido pelos outros.

Quando estávamos somente nós duas eu ergui meu olhar para ela.

-Olha só, a cobra mostrando suas presas...

- Usted és muy esperta. – disse ela sem entusiasmo. – Pena que ninguém acreditou em você, não é mesmo? Tadinha... vai morrer aqui, como se tu fosse apenas una mulher ciumenta e neurótica para Daryl.

Eu ri as gargalhadas.

-O que acha engraçado? –ela disse apontando a arma pra mim, mas parecia ter perdido um pouco sua confiança.

-Desde quando ligo para opinião do Daryl... – eu disse ainda rindo. –Agora, porque não me enfrenta como mulher de verdade. Achei que mulheres de sua nacionalidade fossem mais perigosas e corajosas.

Ela avançou e me acertou uma coronhada no rosto, me fazendo tombar.

-Aqui estás a minha coragem! Satisfeita?

-Fraquinho. – respondi me levantando e mostrando os punhos pra ela. –Vem...

Carmem, sentindo seu ego ser ferido, soltou a arma sobre o sofá e me encarou respirando fundo. Sorri. Talvez ainda houvesse uma chance de sair viva. Mesmo que essa fosse uma ínfima chance.

“Eu queria que você soubesse da verdade, mas não desse jeito, Daryl....”


Notas Finais


Eita e agora? Sera que a situação vai pior mais?
Espero humildemente recadinhos de todas que lerem esse cap, nem pra dizer se gostou ou não. a opinião de voces importa muito!

Próximo capitulo " Peso da Culpa"
Até o próximo


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