1. Spirit Fanfics >
  2. Unidos Pelo Caos >
  3. Mas Uma Vez de Novo?

História Unidos Pelo Caos - Mas Uma Vez de Novo?


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minhas leitoras?
Será que eu ainda tenho alguma o_O?
Eu amo vocês e sabiam que devo uma explicação pelo meu sumiço.
Deixei um comunicado algum tempo atrás em que eu explicava a minha ausência por tempo indeterminado, bem eu fui casada por 7 anos e sem mais nem menos nos separamos, sofri muito e achei que não tinha mais razão para continuar a existir sem a presença dele. Mas Deus é maravilhoso e passaram-se quase três meses apos o fim, e aqui estou eu, Mal me reconheço,. nunca achei que fosse superar assim tão fácil. Moro sozinha agora, trabalho, pago minhas contas, enfim, sou independente. e ja estou com net em casa, portanto voltarei a postar, eu disse uma vez que nunca deixaria essa fica, e aqui estou eu cumprindo minha promessa.
Quero agradecer a todas as msg de carinho que recebi no ultimo cap ( comunicado) e obg pelo apoio, afinal uma autora vive em prol de seus leitores, e voces foram amáveis e compreensivos, So tenho que agradecer.
OBG A TODAS AS LEITORAS !!!!!
Boa leituraaa

Capítulo 49 - Mas Uma Vez de Novo?


As cenas seguintes passaram impressas e lentas. A mão de Carmem caindo inerte no chão... O sangue escorrendo pelo carpete... A porta sendo invadida... Pessoas adentrando a sala... Gritos de horror e alívio... Tudo se misturando em uma confusão que chegava aos meus ouvidos como se viessem de muito longe.

Minha consciência retornara para dentro daquela sala imunda quando mãos quentes e ásperas seguraram meu rosto fazendo-me fitá-lo. Eu sabia que era Daryl, eu estava feliz em revê-lo... Saber que estava vivo! Mas meu corpo não respondia, era como se uma parte de mim estivesse ali e a outra tão dentro de mim que nem mesma podia alcançá-la.

Todos os anos de estudo tinham como único objetivo salvar vidas, nunca tirá-las. Eu dei o tiro final de misericórdia em Patrícia, mulher de Otis sim, era verdade, mas ela já estava infectada, tinha sido mordida por zumbies, resumindo, ela estava perdida. Até no mundo médico tínhamos um nome para isso: Eutanásia. Matar um paciente que está sofrendo de dor quando já se sabe que é impossível salvá-lo. Mas ao olhar para minhas mãos ensanguentadas e a faca ainda bem segura, vi que fui contra todos os meus princípios, quebrei todos os códigos de ética. Eu havia matado alguém. Eu tirei a vida de alguém.

-Emily? –Daryl dizia ao meu lado, mas sua voz parecia distante e desesperada. Eu não respondi. –Emily?

Eu ergui os olhos brilhantes para ele.

-Precisamos conversar. –disse ele.

– Eu tirei a vida de alguém. Eu tirei a vida de alguém. – eu repetia com frequência.

-Me dê isso. – Daryl pegou a faca da minha mão e a afastou para longe como se eu fosse tomá-la dele e esfaquear todos. Em seguida me puxou de forma abrupta para ele e me abraçou com muita força. Meu rosto ficou escondido em seu peito e as palavras. “Eu tirei a vida de alguém” continuavam a ser repetidas, mas por mais que eu falasse em voz alta, ainda não podia acreditar na verdade.

Então Daryl me afastou dele e encostou sua testa na minha de forma intensa.

-Sei que nada do que eu disser vai mudar o que aconteceu, mas... Me desculpe Emi, eu fui um estúpido por não acreditar em você. Achei que fosse ciúmes ou algo do tipo. Eu sou um idiota. Um grande babaca. Você esteve certa o tempo todo...

E por incrível que possa parecer eu vi Daryl chorando pela primeira vez. A princípio foram algumas gotas que ele tentava esfregar com a manga da jaqueta, mas elas se tornaram constantes e ele desistiu de tentar escondê-las. Seus olhos estavam vermelhos. Ele me puxou novamente para um abraço e encostou sua cabeça sobre a minha e chorou como nunca o vi fazer nos últimos três anos. Eu ainda não me recupera do que acabara de fazer e do que acabara de acontecer a nós. Eu queria ser forte por ele, mas eu também estava em fragalhos.

-Emi. – ele voltou a falar com a voz abafada entre meus cabelos. –Naquele dia em que brigamos, não foi culpa sua. Eu não quero justificar minha atitude, mas quando sai com Rick e Glenn pra encontrar comida, vimos a Beth, ela... ela tinha virado uma zumbie. Aquilo me deixou tão mau que eu descontei em você, não era sua culpa.  Não era. Eu fui um grande babaca.

Eu ouvi tudo em silêncio. Ainda não havia derramado lágrimas pelo que fiz, mas ao saber sobre o destino de Beth nenhuma defesa minha aguentou. Ali naquele carpete vermelho e úmido, com o cadáver de Carmem estirado e desconfigurado ao nosso lado, nos apertamos mais ainda e choramos juntos.

* * *

Nada vai apagar da minha mente o que aconteceu ali. Eu ainda estava mal e a claridade do dia machucou meus olhos vermelhos e irritados.  O restante do grupo que tinha nos esperado do lado de fora se aproximaram com cara de velório.

-Alguém morreu? –eu perguntei correndo os olhos por todos os membros contando as cabeças mentalmente.

Houve um riso nervoso e apreensivo.

-Não Emi... é que todos nós estamos nos sentindo grandes babacas. – Disse Leander avançando e sem se importar de estar abraçada ainda a Daryl, ele puxou minha mão com delicadeza e me abraçou ele mesmo. –Graças a Deus você está viva. Queria eu mesmo ter matado aquela vadia.

-Sossega aí garoto, ela podia ser vadia, mas a Emi se sente mal por ter matado ela. –Daryl disse não se incomodando de me ver abraçada com Leander, talvez ele tivesse aceitado a nossa amizade.

-Mas Emi... ela... – Leander começou falando agora se afastando para me encarar.

-Já disse pra sossegar garoto. Vai com calma, agora se já agradeceu e se desculpou pode se afastar... – Daryl se aproximou e passou o braço pelo meu ombro. – É talvez ele não tivesse aceitado ainda nossa amizade no fim das contas.

Todos vierem um a um se desculpar, menos Carol. Ela parecia resignada, eu não a forcei. Daryl então tirou sua jaqueta e me fez vestir ela.

-Vamos embora. Não sabemos quem mais pode estar espreitando das janelas. –Rick disse tomando novamente a frente.

E assim estávamos novamente na estrada, desta vez o clima era pesado e silencioso. Centro da cidade significava bandos concentrados de zumbies. Isso me fez lembrar da CCD em Atlanta. Daryl agora andava tão agarrado a mim que pra impossível me mexer direito. Eu pedi minha faca de volta, mas ele não quis me dar, disse que eu não estava pronta. Nós andávamos mais afastados dos outros, conversando em voz baixa.

-Dary, sobre a Beth, não devíamos contar a Maggie? – eu sussurrei.

-Ainda não. Glenn disse que ela esta grávida. Se contarmos já era.

-Sim, verdade. Esqueci-me disso. – eu disse. –Antes precisávamos achar um lugar para Lori, agora para Maggie...

-Logo montaremos uma creche. – Daryl conseguiu brincar. –Quem será a próxima?

Eu sorri. Os esforços dele pra me fazer esquecer o que eu fizera estavam surtindo efeito. Eu cheguei mais perto, se é que era possível e abracei suas costas.

-Bem, ainda temos a Carol, a Tara, a Michonne, a Sasha e a Rosita. –eu respondi. –A Rosita tem mais chance já que está com Abraham.

-Não sou bom de contas, mas acho que tem mais uma mulher no grupo que não foi mencionada. –Daryl disse travesso.

-Sim. – concordei. –A Maggie já está grávida e a Judith ainda é um bebê.

Daryl olhou para mim como se estivesse tentando dizer uma coisa muito óbvia que somente eu não conseguia entender.

-Sabe, eu não me importaria de ter uma criança. – disse ele abruptamente.

-Verdade... crianças são tão fofas... – eu respondi, então ele parou.  –Que foi, eu disse algo de errado?

-Será que vou ter que te ensinar a ler nas entrelinhas? – ele disse.

Meu rosto então ficou vermelho ao finalmente entender onde ele queria chegar.

-Acho que isso seria inviável em nossa situação atual. – respondi virando-me para o outro lado para que ele não tivesse minha face corada.

-Isso não nos impede de praticar. –ouvi sua voz muito próxima de mim. Então sua mão pegou meu braço de forma carinhosa. –Faz muito tempo desde que não temos um momento só nosso. Estou com saudades de você, sabia?

Eu ainda de costa senti a temperatura subir mais ainda.

-Ei! Os dois pombinhos quer um tempo a sós?! – Glenn gritou lá da frente.

-Não enche “papai”. – Daryl respondeu rabugento. Pegou minha mão e seguimos para junto dos outros.

* * *

Daryl:

 

Algumas semanas se passaram desde que deixamos o centro da cidade para trás junto com os cadáveres de Carmem e de seu bando. Rick estava barbudo, os cabelos loiros de Judith estavam mais cumpridos. Naquele dia haviam achado outro casebre, desta vez em mata fechada, longe da cidade. Maggie e Sasha foram procurar por remédios para gravidez já que a os sintomas começaram a surgir. Não demorou muito e a porta foi aberta e por ela um homem entrou, estava arrumado e com barba feita, parecia sair dos tempos antigos. Estava com as mãos para cima em rendição e atrás dele Sasha avançava com a 12 apontada para suas costas.

-Nós o encontramos vagando pela floresta.  Disse que possui um acampamento e que podemos nos tornar moradores de lá após passar pelo teste. –Maggie falou entrando por ultimo.

-Não é um acampamento, é uma comunidade. – o homem respondeu, apesar de tudo, sem medo, mesmo tendo duas armas apontadas para ele. -Vocês seriam valiosos lá. Mas não sou eu quem decide então vocês podem vir comigo e conhecer o local.

Maggie jogou para Rick uma mochila que pertencia ao homem. De dentro dela tirou fotos.

-Eu sabia que vocês não acreditariam se não tivesse uma prova, portanto trouxe essas fotos comigo do local. – o homem tornou a falar.

-Ninguém dá à mínima. –eu respondi impaciente me aproximando dele e apontando a besta.

-Você está absolutamente certo. – ele me respondeu com a voz trêmula. Depois se virou para Rick que continuava olhando as fotos. – Estes muros que você vê são feitos de placas de ferro com 5 metros de altura. Nada, vivo ou morto passa para dentro sem a nossa permissão.

-O seu pessoal tá lá fora. Quantos têm lá fora? –Rick perguntou assumindo uma expressão fria.

-Não importa quantos eu diga. Continuará a não confiar em mim do mesmo jeito, não é?!

-Quantos outros têm lá fora?!! –Rick perguntou novamente.

-Um... – ele respondeu. – O que eu preciso fazer para convencê-lo de que isso é real? Eu quero levá-los até lá. Quero que morem conosco.

-Onde vocês moram? –Eu perguntei bruscamente. – que lugar é esse e porque precisa tanto de nós?

- São as pessoas que fazem uma comunidade, não? Além do mais, vocês são bons, eu observei vocês por alguns dias. Tenho certeza que serão bem aceitos e vocês tem crianças. Precisam de proteção.

Eu me virei para Rick que ainda parecia resoluto, depois para Emily que estava encostada quase invisível em um canto. Ela fez que não com a cabeça como se discordasse.

-Não precisamos de uma nova Woodbury ou Terminus. – ela respondeu.

-Mas podemos ter uma chance? E se lá tiver hospital e meu filho nascer saldável?- Maggie parecia beira de lágrimas, era óbvio que lá queria ir.

Após algumas discussões ficou decidido que alguns de nós íamos dar uma “olhada” no local, mas apenas de longe e se algo acontecesse tinham o rapaz como refém.

Eu, Emily, Glenn e Abraham fomos os escolhidos. O rapaz foi quem nos indicou o caminho. Cerca de trinta minutos caminhando chegamos ao local.

Realmente havia um muro gigantesco percorrendo todo o perímetro. Era alto e havia vários postos de vigia em vários pontos, mas como estávamos atrás das árvores, ninguém podia nos ver. Após uns vinte minutos vigiando eu me virei para Emily:

-O que você acha?

-Parece seguro. –ela respondeu. Mas notei que ela ainda não confiava no lugar.

-Eu acredito que as pessoas aqui são do bem. Eu topo morar aqui. –Glenn respondeu.

Eu não sabia o que pensar sobre o assunto, por um lado a vida me ensinou a não confiar em ninguém, principalmente um cara engomadinho oferecendo ajuda. Contudo, Emily estava fraca e precisava de um lugar tranquilo para dormir. Saber da morte de Beth não lhe fez bem e logo me arrependi de ter-lhe contado.

-Parece seguro, vou avisar os outros. –eu disse me afastando para voltar ao celeiro onde os outros ainda aguardavam.

Quando o sol já estava se ponto, todos os membros do grupo se encontravam fortemente armados, as portas da “comunidade”. Carl segurava Judith, mas mantinha a arma em punho.

Rick foi a gente apontando a arma para a cabeça do homem que nos levara até lá.

-Queremos falar com seu chefe! –gritou ele fazendo os vigias correrem assustados para pegarem suas armas.

-Quem bela segurança vocês tem, hem. –Emily ironizou ao ver o despreparo dos vigilantes.

Não demorou muito e o portão se abriu, meia dúzia de homens acompanhava uma senhora loira de meia idade. Apesar de apontarmos todos nós as armas para ela, a mulher sorriu e abriu os braços como se fosse dar um abraço coletivo.

-Bem vindos a Alexandria!


Notas Finais


Espero recadinhos


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...