1. Spirit Fanfics >
  2. Unidos Pelo Caos >
  3. Um Lugar Hostil

História Unidos Pelo Caos - Um Lugar Hostil


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Gente, gente, gente. eu sei que a maioria deve estar com raiva de mim devido ao meu sumiço. Aconteceram muitas coisas, a maioria ruim, mas melhor deixá-las pra lá. Mas um delas foi a que me deixou pior. Me deram um baita de um Spoiller do TWD que me pegou de surpresa e me desanimou de continuar a assistir a serie, pelo menos até eu aceitar esse Spoiller, como vocês sabem, eu me baseio na história original para criar meu enredo, e se que não estava assistindo não tinha como continuar, para ter uma ideia, eu parei no meio da 6° temporada, ou seja, estou bem atrasada na história então já peço gentilmente que não me deem spoiller nos comentários( kkkkk) se não sumo de novo ( brincadeirinha, ou não.)
Mas quem em contou não foi nenhuma de vocês. fiquem tranquilas, foi o povo do facebook mesmo :(
Bem aqui estou eu, que atraso pra caramba, mas não abandono.
Quero agradecer as ~allineellen123 6 / ~nisegnor / ~Amoriinha_Zz / ~emily10385 / ~Kim_Yee
~Dany_Tomlinson / ~Bjort / ~CursedLady / ~Forever_You / LuaTW_Linnyker / ~vidali / ~Sam_queiroz / ~Simomd / ~vickh_souza / ~fleperj /SraUnicornizada / ~Miduh143 / ~Mariianaaa / ~GarotadoNegan / ~Amymarquezs / ~Just_An_Walker / ~garota_dixon / ~prrdry_ / ~sthefanydixon / ~jake12 / ~prrdry_ / ~RMPotter / ~Erica_Hale / ~prrdry_ que favoritaram a fic em minha ausencia e a todas que acompanham até aqui ^^
Obg pelos recadinhos de incentivo, amo vocês
e como sempre digo.
Boa Leitura!

Capítulo 50 - Um Lugar Hostil



 
Emily:
 

– Bem vindos a Alexandria! – disse a mulher de cabelos curtos e claros.

Aparentava em torno dos cinquenta anos. Olhos claros e aparentemente bondosos, mas eu não ia me deixar levar por sua aparência frágil, afinal o Governador possuía uma aparência gentil, mas era um louco.

– Vamos Emi. O que esta esperando? – alguém perguntou fazendo-me sair de meus devaneios. Ergui os olhos para quem me despertara, era Maggie. Ela estava sorridente e radiante, como uma criança. Havia esperança em seus olhos azuis.  Eu forcei um sorriso para ela, para não magoá-la, mas eu não me sentia tão segura assim.

A mulher deu passagem e nós adentramos o portão que separava Alexandria do resto do mundo lá fora. Era uma vila pequena; parecia-se mais com o condomínio do que uma cidade, poucas casas grandes e altas. Havia também uma horta pequena e muito limpa. Muitas pessoas apareciam nas janelas e nas portas para observar nossa passagem. Pela primeira vez em muito tempo eu me senti mal vestida. Daryl puxou de minhas mãos a mochila e passou a carregá-la junto com a sua.  Era óbvio que ele estava tentando me agradar, a sua maneira, para que eu não pudesse mais pensar no assunto.

– Eu sou Deanna Monroe e vou precisar conversar com vocês sobre mais alguns assuntos.  – ela tornou a dizer de forma amigável. – Mas por hora, vocês estão cansados, acho melhor ir descansarem e comerem algo. Nos falaremos depois. Meu filho irá lhes mostrar o caminho.

Rick agradeceu e nós seguimos seu filho, um rapaz jovem de cabelos claros iguais os da mãe. No fim, a vila não era tão pequena assim, havia muitas casas na parte de trás, tanto que de boa vontade nos foram cedidas quatro delas que estavam desocupadas:

Uma para Rick, Judith, Carl e Michonne;

Uma para Tara, Rosita, Abrahaan e Eugunne;

Uma para Sasha, Leander, Tyreese e Bob e Carol,

Por um ultimo uma para Maggie, Glenn, Daryl e eu.

A casa tinha dois quartos, eu e Daryl entramos no qual passaríamos a dividir dali para frente. Estava extremamente limpo, mas havia um cheiro de mofo, pois ficou muito tempo fechado. Daryl abriu a janela enquanto eu sentava na cama, depois se sentou ao meu lado.

– Você está bem? –Daryl me perguntou.

Eu assenti confirmando com a cabeça, mas não respondi. Caímos então em um segundo silêncio que durou quase um minuto e só foi quebrado quando ele pousou a mão na minha coxa e me encarou nos olhos.

– Não fique assim... Sei que já passou por muitas coisas desde que deixamos a prisão, mas se eles realmente forem bons, vamos ficar bem. – ele pegou a minha mão e a apertou, entrelaçando nossos dedos. – Este lugar não é muito seguro e as pessoas aqui parecem meio patéticas, aposto que não sobreviveriam um minuto a um ataque, então vamos precisar nos empenhar para concertar as coisas por aqui...

– Daryl... – eu o interrompi. – Não precisar se incomodar com meu estado. Não precisa agir assim, me tratando como se eu fosse feita de porcelana que a qualquer momento fosse se quebrar em mil pedaços. – eu esbravejei frustrada. Mas me arrependi em seguida ao ver sua expressão surpresa. Respirei fundo e cobri meu rosto com as mãos, as mesmas que haviam matado uma pessoa... As mesmas que eu havia banhado em sangue. –Daryl, eu vou ficar bem... Eu prometo.

Continuei a cobrir meu rosto entre as palmas de minhas mãos. Não queria ter que encará-lo, ele perceberia na hora que apesar de dizer aquilo, eu jamais ficaria bem. Esperei ele se levantar emburrado pelo tom de voz que eu usara, mas contrariando minhas expectativas, Daryl abaixou minhas mãos com delicadeza e me empurrou de leve para que eu me deitasse na cama de lado. Ele também se deitou de lado, ficando de frente para mim. Ficamos em silêncio olhando um nos olhos do outro. Sua mão áspera percorreu meu braço lentamente e parou ao alcançar meus cabelos onde ele começou a fazer carinho com movimentos leves e suaves.

Ficamos em silêncio apenas apreciando o momento. Porem, ao olhar para sua expressão carregada, percebi que havia muitas palavras não ditas entre nós, sentia que ele queria me dizer algo sobre Carmem, mas que não conseguia.

Não ficamos muito tempo curtindo a presença um do outro, pois logo Maggie e Glenn invadiram o quarto e se jogaram sobre nós, literalmente.

– Amei essa casaaa. – Maggie falou ainda sobre mim. –Mas o quarto de vocês é maior que o nosso. Quero trocar.

– Ma... Maggie quer sair de cima de mim! – eu respondi entre divertida e irritada. – Você está me sufocando!

Daryl estava mau humor, mas não disse nada, apenas se levantou e saiu do quarto sem dar explicações. Maggie e Glenn, por outro lado, ficaram comigo ainda por um bom tempo antes de irem para seu quarto tomarem banho. Finalmente só, também decidi ir tomar meu banho onde vesti as roupas novas e limpas que me foram entregues.

Quando eu cheguei ao refeitório todos os membros de meu grupo estavam lá, com exceção Daryl.

– Ele está tomando banho na minha casa. – Carl disse em tom divertido ao ver meu questionamento, em seguida ele mudou o tom de sua voz para algo cômico.  – “eu não vou ficar esperando a vida toda ela terminar o banho”.

Todos riram. Carl levava jeito para imitar Daryl. A refeição foi muito boa. Daryl apareceu minutos depois. Seu cabelo molhado havia sido cortado e sua barba aparada. Quase não o reconheci quando se aproximou. Eu que estava entre Glenn e Leander, me arrastei para o lado de Leander para dar espaço a ele, mas Daryl decidiu não sentar onde eu indiquei. Interpôs-se entre eu e Leander, me fazendo sentar perto de Glenn.

– A claridade aqui é melhor. – justificou-se ele rispidamente. – Que foi? Porque está me olhando assim?

– Nada...  – eu fiquei vermelha. Em tom baixo, sussurrei. – É só que você está diferente... quero dizer... está lindo. Com a mesma aparência de quando nos conhecemos.

Ele não respondeu, mas sorriu presunçoso.

– Espero que estejam bem alimentados.  – o jovem filho de Deanna Monroe se aproximou. – Minha mãe os aguarda.

 

* * *

[...]

– Bem... Este lugar foi feito pelo meu falecido esposo. Usamos as peças de um antigo shopping para erguer os muros. – dizia ela.  – Aqui é um lugar de paz e solenidade. Aceito que permaneçam aqui desde que sigam as regras.

– Quais regras? – Rick perguntou desconfiado.

– Senhor Grimmes somos muito organizados e respeitadores neste local e esperamos o mesmo de todos que vivem aqui, então é proibido brigas verbais ou físicas, roubos, descumprimento das obrigações e principalmente assassinato. Eu era congressista antes de tudo isso acontecer... Somente de olhar para vocês, percebo carregam em suas costas muitas mortes.

Eu instintivamente olhei para as minhas mãos que de repente pareciam cheias de sangue, ao piscar duas vezes olhei de novo e elas estavam limpas.  Respirei aliviada, era só um fantasma do passado voltando para me assombrar. Aquela mulher falando de mortes como se lesse minha mente estava me deixando apavorada. Daryl deve ter percebido, pois segurou minha mão apertando-a contra seu peito.

Deanna então mudou de assunto e começou a distribuir nossas funções que exerceríamos ali dentro.  Rick e Michonne cuidariam da segurança. Maggie, Sasha, Bob e Tyreese cuidariam dos muros, Daryl, Glenn, Leander, Rosita e Abrahaan sairiam em busca de sobreviventes, Carol e Carl cuidariam da dispensa. Eu e Tara ficaríamos na enfermagem.

– A dra. Denise irá lhe mostrar o nosso consultório improvisado. – Deanna disse para mim.

Eu assenti e a segui com Tara um pouco mais atrás; a primeira vista odiei essa “dra. Denise”. A mulher falava mais que uma matraca e todo seu conhecimento provinham de livros e mais livros. Nós entramos dentro do “consultório” que mais pareciam um quarto. Tinha uma cama de casal e uma estante com dezenas de livros mais parecendo uma biblioteca do que um consultório. Lá ela me disse que na verdade não era doutora, apenas uma aprendiz e que ficava feliz tendo-me ali para fazer todo o trabalho.

Eu parei a porta com as mãos na cintura, percorrendo o ambiente com olhar, Denise me ficava com expectativa.

– Este é um local bom para pequenas consultas, mas devemos fazer algumas modificações. – eu comecei.

– Mo... modificações como assim?

– Por exemplo, este lugar aberto está totalmente exposto à contaminação. Precisamos de uma sala totalmente fechada e esterilizada.

– Mas por quê? – ela me perguntou com a voz abafada. – Aqui a gente só trata gripe ou enjoo.

Eu olhe para ela pacientemente e por um instante me veio à mente momento em que eu conversara com Daryl no quarto onde discutimos a falta de informação das pessoas ali. Era como se vivessem num casulo.

– Estamos vivendo um tempo difícil. – eu disse para ela gentilmente. – Nós que viemos de Fora vimos coisas terríveis acontecendo todos os dias e uma delas é a infecção que se espalha de forma rápida e qualquer mero corte pode contaminar.

Ela pareceu se horrorizar. Respirei exasperada, mas continuei calma. “Preciso ensinar muita coisa para essas pessoas”.

 

[...]

O dia passou rápido. Alguns rapazes me ajudaram a organizar a sala preparando-a para cirurgias. Eu esperava que nunca fosse usa-la, mas ao lembrar de Hershel tendo sua perna amputada... Não vi Daryl a tarde toda. Para ser sincera apenas a Tara que estava ali me ajudando. Os outros haviam desaparecido no meio de Alexandria.  À noite fomos chamados para jantar na casa de Deanna, segundo ela “para nos conhecer melhor”.

Foi um pouco chato e constrangedor. Ela pediu que contássemos como foi a nossa primeira impressão da cidade, o que nós fizemos durante o dia e se estávamos gostando de morar ali. Eu e Daryl balbuciamos um pouco e logo fomos para casa junto com Maggie e Glenn.

Subimos as escadas e caminhamos para o quarto. Assim que abri a porta foi empurrada para dentro por Daryl. No início me assustei. Achei que tivesse acontecido alguma coisa, mas suas mãos começaram a deslizar pelo meu corpo em lugares Improváveis.

– Daryl... – eu tentei falar. – Me deixa acender a luz...

–Pra que ele...? – sussurrou no meu ouvido.

Eu não tive tempo de responder, pois seus lábios cobrindo a minha boca e me roubou o ar.

Ele me fez deitar na cama e logo já estava sobre mim.

– Pode imaginar o quanto eu esperei por isso? – ele disse beijando meu pescoço.

–Daryl... Calma... eu...

Mas já era tarde demais. Ele não parecia me ouvir. Em segundos estávamos despidos. Eu mal tinha espaço para me mexer, estava presa e comprimida pelo corpo dele. Sua respiração estava muito alta e entrecortada. Eu temi ao pensar que Maggie ou Glenn pudesse escutar do quarto ao lado.

No começo, eu estava um pouco relutante, mas logo cedi aos seus toques. Eu não sabia se Daryl me amava de verdade, ou estava comigo por conveniência, afinal não havia muitas mulheres no mundo e disse que me amava apenas duas vezes. Eu o amava, disso eu tinha certeza. Seu rosto roçou no meu e foi um alivio não sentir mais aquela barba grande.  Eu estava feliz. Daryl estava ali me amando e isso já me bastava.

[...]

Acordei no dia seguinte com o som de toc- toc- sem parar vindo da porta. Abri os olhos de má vontade e por um momento achei que ainda fosse de noite, mas percebi eu era o peito de Daryl que cobria minha visão. As batidas continuavam, mas agora acompanhada de gritos.

– Emi, Emi, Emi. – era a voz de Glenn que soava um pouco afobada. –A Mag, a Mag não está se sentindo bem.

Eu levantei de súbito e chaqualhei Daryl para que ele acordasse também. Em seguida corri para a porta.

– O que pensa que está fazendo? – Daryl me perguntou despertando de uma vez. – Aonde vai desse jeito?!

Sem entender olhei para meu corpo.

– Ah! – exclamei. Eu estava nua.

Muito envergonhada corri para procurar minhas roupas, mas as batidas na porta começaram a ficar mais fortes. Sem pensar duas vezes, arranquei o lençol de cima do Daryl e improvisei um vestido. Em seguida sai correndo do quarto atrás de Glenn. Descemos a escada correndo e seguimos para a sala, onde Maggie estava deitada no sofá com as mãos sobre a barriga.

Eu me aproximei e a examinei. No fim era apenas uma indigestão. Comeu rápido demais, após dias sem comer. Respirei aliviada e dei um tapa no braço de Glenn.

– Nunca mais faça isso. Você me assustou!

– Mas eu pensei que fosse algum problema com o bebê.

Maggie conseguiu sorrir.

– Eu vou até o consultório pegar alguns medicamentos. Lembro-me de Denise ter dito algo quanto a enjoos. – eu voltei a soar profissionalmente.

– E a doutora aí vai vestida com esse lençol? – ouvi a voz de Daryl vindo da escada. Olhei para trás ele já estava de pé e devidamente vestido. – Primeiro ia sair despida e agora isso?

Com o clima mais ameno, Maggie ergueu a sobrancelha e me olhou de forma marota.

– E eu posso saber por que a senhorita está vestida apenas com o lençol? – seu olhar voltou-se para Daryl. – O que os dois mocinhos estavam fazendo?

– O que todo casal faz num quarto, porra. – Daryl esbravejou.

Meu rosto ficou vermelho e eu abaixei a cabeça.

– Huuuuu. – Maggie e Glenn zombaram em tom alto.

– Que barulho é esse, aconteceu alguma coisa? – a porta de entrada foi aberta abruptamente e Rick adentrou com a arma na mão. – Eu ouvi gritos... Emily... é... Porque você está vestida assim?... Aconteceu alguma coisa?

– Você também, Rick? – eu me encolhi como se estivesse totalmente nua. –Vocês não prestam. Adeus!

Eu subi para o quarto correndo e tranquei a porta.  O que iriam pensar de mim dali em diante? Vesti-me com a roupa do dia anterior e desci novamente, contando passos, não queria que me vissem. Por sorte a casa estava vazia, o que foi um grande alívio. Assim pude sair despercebida. Corri para o consultório e lá encontrei a “dra. Denise”.

– Ahh que legal você já chegou? – ela disse animada.

– Eu espero que sim, porque o meu corpo já está aqui. – respondi irônica.

Mas ela deu gargalhada, acho que ela não entendia de sarcasmos.

– A Deanna disse que você será a Doutora-Chefe de Alexandria. E pra isso você tem que usar isso aqui. – ela me entregou um embrulho branco.

Eu, ainda sem entender, abri o embrulho e o estendi na minha frente. Era um jaleco impecavelmente branco. No bolso sobre o peito tinha uma inscrição em vermelho. “DRA. TAYLOR”.

– Gostou? Fui eu mesma que bordei o seu nome. – ela disse animadamente.

– Ehh... eu... não sou doutora, já disse a vocês ontem. Eu era auxiliar de enfermagem. Estava no meu ultimo ano da faculdade quando tudo isso aconteceu. – eu rebati um pouco angustiada. Ver aquele jaleco me fez lembrar do meu passado, dos meus pais e de Sam.

– Eu sei, mas entre nós duas, você é a mais qualificada. O Carl mesmo me disse que você ajudou na cirurgia dele para remover os estilhaços de bala uma vez. Eu nunca fiz uma cirurgia antes e tenho certeza que jamais conseguiria fazer algo desse nível.

Eu respirei fundo. Uma lagrima queria escorrer de meus olhos ao me lembrar de tudo que já me aconteceu no passado. Era meu sonho fazer aquilo. Ter um consultório e ajudar pessoas.

– Está bem... eu farei isso. – eu finalmente respondi vestindo o jaleco por cima da roupa. – Obrigada por confiarem em mim. Poderia me fazer um favor, levar este remédio de enjoou para a Maggie? Ela está com ânsia.

– Sim. Pode deixar, até daqui a pouco. – então ela saiu correndo da sala com o remédio. Deixando-me sozinha com meus pensamentos. “será que eu estou pronta para assumir esta responsabilidade?” perguntei a mim mesma.

– Dra. Denise meu filho está com tosse, você precisar fa... ah. – disse uma mulher parando na porta de repente. Ao me ver fez cara de desdém. – A Dra. Denise se encontra?

– Não. Ela foi atender alguém, mas eu posso ajudá-la. – eu disse gentilmente apontando para a inscrição no jaleco.

– Eu espero ela chegar. – ela respondeu recuando de forma desconfiada.

– Algum problema em ser atendida pela Dra. Taylor? –disse uma voz feminina atrás da moça.  Era Deanna. Ela parecia séria.

A moça ficou assustada.

– Nenhum... Mas confio mais na Denise. Quem pode garantir que essa mulher seja mesmo médica. Ela é uma forasteira. Não devia ter lhe dado este cargo. Ela pode tentar nos drogar para depois nos matar e...

– CHEGA! – Deanna gritou. Até eu me assustei. – Eu mando nessa comunidade e confio plenamente em seus conhecimentos médicos. Não confia no meu julgamento?

– Sim senhora... é que...

– Então a deixe examinar seu filho. – Deanna sorriu bondosa novamente.

Aquilo foi tudo muito estranho, mas não comentei nada. Eu fiz o meu trabalho ao longo do dia e a maioria das pessoas que atendi demostravam o mesmo comportamento. Como se eu fosse uma intrusa. Uma usurpadora. À noite, voltei para casa e Daryl já me esperava na entrada, sentado nos degraus enquanto arrumava as cordas de sua besta.

– Tá gostosa com esse jaleco de médica. – disse ele maliciosamente, mas com tom de deboche.

– Não enche Daryl. – eu respondi sorrindo. Dei-lhe um beijo rápido. – E você fez o que durante o dia?

– Bem... fui caçar.

– Mas temos comida aqui. Carol disse que a dispensa deles está cheia. – eu me sentei ao seu lado no degrau.

– Vai levar um tempo para me acostumar a comer essa comida de fresco de novo. – ele riu, depois ficou sério de novo. – Sabe a sensação de estar sendo vigiado o tempo todo? Quando fui caçar encontrei o filho da “prefeita”. Ele disse que estava caçando também, mas como você mesma disse, tem comida de sobra aqui.

Eu assenti.

– Talvez eles não confiem na gente ainda. – então contei tudo o que aconteceu no consultório e da intervenção de Deanna.

Ele percebeu minha tristeza e passou os braços sobre meus ombros.

– O que eu posso fazer para que minha doutora fique feliz de novo? – disse novamente voltando ao tom descontraído.

– Já disse que não sou doutora, sou au-xi-li-ar-de-em-fer-ma-gem.

–Não é isso que está escrito nesse teu jaleco aí.

Antes que eu pudesse responder, ele cobriu minha boca com um beijo.

–Vamos entrar. Está esfriando aqui fora. – disse depois de separar nossos lábios.

Eu concordei e juntos entramos na casa. Eu estava gostando de fazer isso. Entrar numa casa com cama, chuveiro quente e comida.

* * *

[...]

Alguns metros de distancia de onde Daryl e Emily estavam, um rapaz observava os dois, sorrateiramente. Quando os viu entrar dentro da casa, ele se afastou daquele local e foi em direção a um grupo de moradores que rodeavam uma fogueira.

– Eles pareciam felizes. – ele comentou para o grupo de aproximadamente cinco pessoas que o esperavam.

– Não por muito tempo... – disse uma mulher, a mesma que esteve no consultório com seu filho pela manhã. –Vamos fazer com que saiam daqui correndo que nem como fizemos com o ultimo grupo que tentou morar aqui.

– Isso mesmo! – disse um terceiro. – A Deanna está louca. Deu autoridade ao líder deles, nomeou aquela mulher como medica chefe e encheu nossos muros de vigias com gente do bando deles!

– Não podemos ficar quietos. Vamos fazer a Deanna ver que tipo de pessoa ela está pondo aqui dentro.


Notas Finais


Espero recadinhosss de todas que lerem por favorinho ^^
e Sem spoiler mocinhas,
Bjkas


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...