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História Unidos Pelo Caos - Perdidas


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Olá minhas lindas leitoras de coração, como estão vocês?
ansiosas pelo próximo capitulo?
Eu quero dedicar este capitulo a Lizzy e Hiidanete que que favoritaram a fic.
Meninas é pra vcs esse post.
E aí será que Emily vai sobreviver?
Boa leitura

Capítulo 9 - Perdidas


Capítulo 9 – Perdidas
 
 

Uma explosão sem precedentes pode ser ouvida, seguida de estilhaços de vidro eclodindo. Eu senti-me muito tentada a erguer minha cabeça e vislumbrar a cena apavorante, mas Daryl me segurava tão forte que eu não conseguia me libertar.

Então pedregulhos e concretos começaram a voar em todas as direções.

– Fica abaixada! – Daryl gritou para mim.

Após longos minutos e um calor insuportável seguido do cheiro de fumaça e componentes fósseis, a destruição havia em fim acabado.

O CCD assim como Jack e Jenner, já não mais existia.

Daryl se levantou e em seguida me ajudou. Ele me envolveu com os braços e me conduziu aos tropeços até o carro. Abriu a porta para que eu pudesse entrar e em seguida correu para o banco do motorista e ligou o carro.

O carro seguiu em alta velocidade. Eu sabia que aquele barulho só iria atrair mais orlas de zumbies até o local. Eu cruzei meus braços e fitei Daryl. Estávamos apenas alguns minutos na estrada e não havíamos trocado nenhuma palavra até então.

Daryl percebeu que eu olhava para ele.

– Você está bem? – ele me perguntou. Eu apenas assenti em silencio.

Voltamos a ficar em silêncio novamente, até que eu quebrei o silencio.

– Daryl, por que você me salvou? Você poderia ter ido embora e me deixado ali...

– Um simples obrigado já bastaria! – ele resmungou.

– Obrigada... – eu respondi.

Daryl apesar de estar tão sujo quanto eu e com o rosto todo chamuscado, não se parecia em nada com o caipira grosseiro de sempre. Estava sério e preocupado. O carro seguiu por mais alguns quilômetros. Quando constatamos que já estávamos bem longe do centro de Atlanta, decidimos por parar e reabastecer enquanto ainda era dia.

Estacionamos em um posto de gasolina e percebemos que estava escasso. Então após uma reunião decidimos abandonar pelo menos dois carros, pois a gasolina que encontramos não era suficiente para abastecer a todos. Shane largou o jipe e passou a ocupar o Theiler junto com Dale, Glenn, Andrea e T.Dog. Carol e Sophia foram junto com Rick e sua família no carro cinza. Daryl também abandonou a picape azul, mas recusou-se a abandonar a moto que pertencera a seu irmão Merle.

Ele pegou a minha mochila dentro do carro e me entregou– a.

– Você vai no Theiler junto com os outros. Aqui não tem espaço. – disse ele impassível. Parecia diferente... Estava mais calado e mais carrancudo que nunca. – Não está pensando que vai na moto comigo, não é?

– Está bem. – Eu respondi pegando minha mochila e pondo– a nas costas. – Eu não faço questão mesmo... lá pelo menos a companhia será mais agradável.

Ele ainda me fulminou com o olhar antes de se virar e subir na moto. Eu caminhei até o Theiler e avistei Shane na porta. Ele estendeu a mão e eu a peguei sorrindo. Nós entramos e Shane fechou a porta.

         Nós tomamos a estrada novamente. Eu sentei-me um pouco afastada e fiquei observando T.Dog dormir, Shane ensinar Andrea a limpar uma arma enquanto Dale dirigia ouvindo os “concelhos de Glenn”.

– Eu já disse, a gente tem que voltar! – dizia ele não pela primeira vez.

Eu me senti um pouco alienada com tudo aquilo. Há poucas horas eu passara por um grande desafio, eu quase havia morrido e só sobrevivi por que Daryl me salvou. Talvez eu devesse dar algum credito a ele.

Poxa! Daryl salvou minha vida!

Então por que eu ainda estava zangada com aquele beijo que nem eu me lembrava de direito?! Talvez esse fosse o verdadeiro motivo por sentir tanta raiva. Eu queria me lembrar daquele beijo. Eu queria senti-lo novamente. Eu queria descobrir com seria a sensação de ser beijada por aquele caipira.

Eu involuntariamente levei minha mão aos lábios e fechei meus olhos, tentando imaginar que aquele toque na verdade eram os lábios de Daryl.

Será que eu enfim estava começando a gostar do caipira? Não, é claro que não. O CCD devia ter realmente ter afetado minha percepção dos fatos. E assim como o CCD foi varrido de Atlanta, aquele beijo também seria varrido de minha memória.

Acordei de meus devaneios quando o Theiler parou bruscamente.

– O que foi isso? – Andrea perguntou me olhando.

– Não sei... – respondi.

– Teremos que descer para ver. – disse Shane se levantando e indo abrir a porta para que nós descêssemos.

Ele foi o primeiro, seguido por Andrea. Eu acordei T.Dog e desci em seguida.

– Essas porcarias de mangueiras! – Se lamentou Dale analisando o capô do veículo de onde saia muita fumaça.

– Mas eu trouxe pelo menos umas cinco. – Eu disse lembrando-me da sacola que havia entregado a Dale.

– É só que acabei deixando lá no CCD. Não tínhamos muito tempo, não é mesmo?

– Calma, ela só fez uma pergunta. – Shane respondeu me defendendo, pois Dale apesar de estar calmo parecia muito preocupado. – Não adiante se estressar. Você consegue arrumar isso?

Dale deu uma analisada na situação e respondeu.

– Sim, acho que sim. Glenn me ajuda.

– Ótimo. – Shane respondeu, e quando os ocupantes do outro carro e Daryl se aproximaram ele continuou. – Enquanto Dale arruma o carro, vamos aproveitar que estamos aqui na estrada e vamos procurar algo que valha a pena levar conosco.

Eu assenti e me afastei do grupo. Passei a observar a estrada. Estava apinhada de carros e mesmo com o radiador funcionando a mil maravilhas não conseguiríamos atravessá-la. Devia ter havido um grande tumulto na estrada para que ela ficasse daquele jeito. Os carros estavam todos em desordem, com portas e capôs abertos e muitos objetos espalhados pelo asfalto.

Eu caminhei me desviando dos obstáculos até que parei em frente a um carro preto onde um cadáver estava sentado no banco do motorista. Abri a porta do carona e comecei revistar o interior do carro sem encontrar nada de útil, então me inclinei e comecei a apalpar os bolsos do cadáver.

– Ai que cheiro horrível! – exclamei levando uma mão até meu nariz.

– Você não aprende nunca, não é patricinha? Não é assim que se revista um cadáver.

Eu olhei para o dono da voz que se aproximou abrindo a porta do motorista e se curvou para fitar meu rosto.

– Ah! É você... – eu disse fingindo decepção em minha voz. – Sentiu saudade de mim?  – Eu perguntei me levantando e saindo do carro pelo o outro lado.

– Só vim ver se você estava bem... – ele respondeu carrancudo. – e o Shane disse que foi você quem convenceu o doutor a abrir a porta, é verdade?

Eu dei a volta no carro e me aproximei dele. Nossos corpos ficaram muito próximos e eu fitei seus olhos azuis e em seguida sua boca de lábios finos, mas tão atraentes.

– Acho que sim para as duas perguntas. – Eu respondi sorrindo– lhe. – Daryl... você não respondeu a minha pergunta.

– Você não perguntou nada. – Ele disse se curvando para o carro e puxando o cadáver para fora.

– Por que me salvou?

– Não sei... Mas estou começando a me arrepender. Você não cala a boca nunca?! Se te salvei foi só porque não quero ter o sangue da queridinha do idiota do Shane em minhas mãos.

– Como assim queridinha do Shane? O que você quer dizer com isso?

– Você sabe bem o que eu quero dizer... Não banque a patricinha burra que eu sei que você não é. Eu vejo como você fica toda assanhada quando está perto dele, sempre bancando a garota frágil que precisa de proteção só pra ele ficar em cima de você.

Eu o empurrei em direção ao carro e me postei a sua frente.

– Parece que o único que fica atrás de mim aqui é você! – eu disse cruzando meus braços e olhando para ele de maneira provocativa.

Daryl me empurrou para que eu me afastasse dele.

– Eu correndo atrás de você?! Se toca garota! Eu nunca iria me interessar por uma princesinha idiota como você nem que todas as mulheres do planeta tivessem virado zumbie e você fosse a última sobrevivente.

– Escuta aqui seu caipira burro e ignorante, eu não sei o que você tem nessa sua cabecinha além de estrume, mas com certeza não é inteligência. Eu não sou nenhuma oferecida e não preciso disso para conseguir um homem e se eu estiver afim do Shane ou não, isso com certeza não é problema seu.

Carol e Lori estavam a cerca de cem metros de onde eu e Daryl estávamos procurando por mantimentos e roupas, levantaram a cabeça ao ouvir meus gritos.

– Calma gente, ou então vão atrair zumbies para cá. – disse Carol.

– Viu o que você fez sua imbecil?! – Daryl me disse irritado. – Diz que sou caipira, mas quem fica gritando que nem uma selvagem aqui é você!

– Então por que está aqui? – eu perguntei abaixando meu tom de voz, não queria levar outro sermão de Carol e nem de Lori. – Que eu saiba não sou responsabilidade sua e nem de...

– Cala a boca agora! – Daryl me cortou falando baixo. Quando eu ia responder ele me agarrou tampando minha boca e apontou para Rick que havia se aproximado como se tivesse visto um fantasma, bom na verdade um zumbie.

– Para baixo do carro. – Rick disse em voz baixa, então pressentimos o perigo. Lori e Carol se esconderam embaixo de um carro juntas, Rick e Carl em outro e Sophia sozinha embaixo de um carro prateado.

– Entra embaixo do carro agora. – Daryl sussurrou para mim me puxando para baixo sem cerimônia. Eu bati minha cabeça na porta do carro enquanto caia para o chão. Curvando-me ao máximo, deitei no chão de barriga para cima e me arrastei para debaixo do carro sendo imitada por Daryl.

– Seu idiota! Você me fez bater minha cabeça! – eu cochichei nervosa levando minha mão a cabeça. – Olha só o que você fez!

– Cala a porra da boca e fica quieta! – ele respondeu entrando debaixo do carro também, porem como o carro era pequeno ele subiu em cima de mim.

– O que pensa que está fazendo? – eu reclamei em voz baixa.

– Cala a boca ou eu arranco sua língua e a jogo fora! – ele murmurou.

– É um grosseiro mesmo! –  mas eu parara de falar, pois não demorou muito e começamos a ouvir passos se aproximarem.

Então avistamos muitos pés, imundos e decompostos, passarem pelo carro seguindo pela estrada. Eram muitos e qualquer barulho agora colocaria tudo a perder... quando a quantidade de zumbies pareceu aumentar, Daryl tampou minha boca com a mão e me segurou com firmeza.

O cheiro de putrefação chegou a nossas narinas e na mesma hora senti anciã e vontade de vomitar. Nossos corpos estavam tão colados um no outro que eu conseguia ouvir as batidas rítmicas do coração de Daryl. Nós mal respirávamos.

A quantidade de passos foi diminuindo e eu soube que a orla já estava terminando de passar.

– No meu bolso tem uma faca. – Daryl sussurrou tão baixo que se seu rosto não estivesse próximo ao meu eu nunca teria ouvido.  – Pega ela.

Eu desci minha mão lentamente até alcançar seu bolso então quando senti o cabo rígido da faca, puxei– a de volta em silencio.

– Se acontecer alguma coisa você corre. – ele completou.

Para nossa sorte não precisamos nos defender pois o bando passara e agora Daryl saia de baixo do carro e com a mão me puxou para fora.

– Você está bem?

– Só minha testa que machucou... – eu respondi lembrando-me da dor. Foi bem no mesmo lugar onde eu batera com a cabeça no chão do CCD.

– Me deixa ver... – Daryl disse me puxando pelo ombro sem minha autorização. – Não foi nada grave, mas tem que tratar para não infeccionar.

– E sei! Sou enfermeira, esqueceu? –  Eu disse me afastando. – Toma sua faca.

– É pra você. Como eu já disse não quero perder minha vida salvando a sua o tempo todo. – Ele respondeu se abaixando para o carro novamente e vasculhando seu interior.

– Eu não estou pedindo para você bancar a babá pra cima de mim! Como você mesmo disse... deixa que o Shane cuida de mim!

Daryl se levantou do carro e me encarou.

– Pelo que eu sei, só hoje salvei sua vida duas vezes e o Shenizinho estava aonde? Correndo atrás da mulher do xerife e não de você.

O Shane e a Lori? Mas que absurdo! Como Daryl tinha coragem de inventar essas baboseiras. Eu ia cair o fora dali e voltar para ajudar o Dale que eu ganhava mais. Eu me virei para sair quando fui puxada novamente por Daryl.

Foi muito rápido...

Em questão de segundos eu estava presa em apenas um de seus braços...

Eu tentei me soltar, mas o caipira era muito forte...

Então senti sua outra mão roçar meu quadril...

– O que você está fazendo, caipira!

– Isso. – Ele respondeu me soltando. Então eu recuei e olhei para baixo de onde Daryl acabara de tirar a mão e vi que ele prendera a faca em meu cinto. – Agora vai lá atrás do seu namoradinho imbecil.

– Não enche! – respondi e quando eu ia abrir a boca para manda-lo para aquele lugar Carol gritou. Nós nos sobressaltamos e corremos atrás do restante do grupo. Aquelas provocações me fizerem esquecer de todo o resto.

Carol estava gritando desesperada chamando pela filha Sophia. Andrea estava cheia de sangue enquanto arrastava um zumbie de dentro do Theiler e T.Dog estava com uma ferida horrível em seu braço.

– O que aconteceu? – eu perguntei.

– A Sophia fugiu para a floresta e o Rick foi atrás. – Lori respondeu.

Eu caminhei até Carol e a abracei.

– Calma, o Rick vai encontrá-la. – Eu disse para reconforta-la. Ela estava em pânico e se continuasse a gritar os zumbies que passaram pela estrada poderiam voltar. Quando ela se acalmou Lori me substituiu e eu corri até o Theiler e pulei o zumbie, voltando com a caixinha de primeiros socorros fui até T.Dog e rasguei sua blusa.

Após alguns curativos e pontos mal feitos, enfim T.Dog estava menos pálido. Daryl e Shane ajudaram Andrea a retirar o zumbie de dentro do Theiler.

Cerca de duas horas se passaram quando Rick retornou dizendo que não havia encontrado ela.  Então nos reunimos para separar os grupos que iriam atrás de Sophia.

– Eu, o Shane, a Lori e Carol vamos olhar por esse lado e o Daryl, a Andrea e a Emily e o Glenn por este aqui. – Rick disse apontando para duas entradas na mata. – Dale e T. Dog ficam aqui se a Sophia chegar e enquanto isso, arrumam o carro.

Quando todos nós assentimos. Shane nos deu algumas facas que Carl havia achado em um dos carros. Cada um pegou uma e os dois grupos se separou. Carl após muita insistência foi junto com o grupo de Rick.

– Vê se não some da minha vista! – Daryl disse para mim.

– Sim senhor! – respondi irônica. Não estava afim de discutir com ele, estava preocupada com Sophia.

Caminhamos o dia inteiro até que ouvimos um barulho de sinos então corremos para lá e só o que encontramos foi um bando de zumbies. Eu consegui matar um deles da mesma maneira que havia matado aquele dentro do armazém. Descobrimos a duras penas que o sino na verdade, era só um dispositivo programado.

Saímos da igreja e voltamos a caminhar pela mata até que topamos com um bando de pelo menos dez zumbies, nós nos dispersamos e eu ao ser seguida por dois zumbies corri sem direção para o meio da mata. Quando finalmente parei para tomar folego olhei ao redor...

Não havia nenhum sinal de zumbie...

Não havia nenhum sinal de Daryl nem dos outros...

– Puta que pariu!!! – exclamei pondo as mãos na cabeça e girando no mesmo lugar.

Eu estava perdida.

 

 


Notas Finais


E aí meninas será que a Emily sai dessa?
E o Daryl, o que será que ele quis dizer sobre o Shane, será ciumes?
Será que a Emily está começando a gostar do Daryl?

Spoller:
Emily é atacada por dois zumbies e terá que se virar sozinha...
Daryl vai a procura dela e os dois dão uma "tregua" nas brigas...
Cral é gravemente ferido e Emily se oferece para ir com Shane a cidade buscar remédios...
Será que o Daryl vai deixar?


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