História Unidos pelos mesmo propósito - Capítulo 23

Helena P.O.V

          Vejo ele indo em direção ao banheiro, sem ao menos me olhar. Não me importo muito. Depois de um tempo me sento na cama. Ele veste uma calça moletom cinza. Ele sai do quarto sem dirigir uma palavra. Fico meio sem jeito. Me levanto e me visto. Vou a procura dele. Ele estava na cozinha.
.         – É isso ? Você transa comigo e não olha nem na minha cara ?. O que foi que eu te fiz ?.-Ele nao me responde. - Me responde Daniel !.
         Ele vai em direção a sala. Onde se senta sobre uma poltrona. A sala tinha seu ambiente escuro, com a pouca luz que entrava na janela, via seu rosto frio. A poltrona estava próximo da janela. Ele encara a lareira. Me coloco em sua frente.
            - por que esta me tratando assim !??. O que foi que eu fiz ???!!. -Digo puta da vida. Ele me olha como se eu tivesse dito" Oi". Me olha  nada preocupado.
            - Quer que eu chame um taxi?- Sinto como se ele me desse um tiro. É , realmente foi uma facada, sinto meus olhos arderem. Ele se levanta. – Responde?. – Sinto minha mão voar na cara dele.
               - Vai pro inferno. – Cuspo em sua cara de trouxa.
.          Saio pela porta feito um foguete, bato com a porta. Ao sair me encosto na porta, deslizo nela e choro. Mas choro quieta para que ele não escute. Fico lá por mais de cinco minutos. Até que decido ir embora. Saio para rua e estava chovendo muito, mas nada importava naquele momento. Sigo até minha casa andando, não tinha dinheiro para o taxi. Esperava por tudo, menos por isso.
        
 
         Daniel P.O.V
  
            Helena... Porque, logo por você. Se ela soubesse quem sou, talvez nunca olharia na minha cara outra vez. Despois que descobrir que ela quer matar o assino de seu pai, não vejo mais esperança em poder viver em paz, como pessoas normais. Ela se tornara uma ameaça para mim. E nada poderia mudar isso.
          Paro em frente a porta, ouço ela chora baixinho, pelo outro lado da porta. Meu coração se parti, eu não podia chorar e pedir desculpas, e dizer com todas as minhas forças que eu a amo, e poder contar tudo, tudo que fiz, tudo que me mandaram fazer, me apaixonei pela minha vítima. Me apaixonei por alguém que eu deveria matar. Mas isso não está mais nos meus planos. Sai de casa pois não vou matar o amor da minha vida, a pessoa que me tirou de um buraco escuro, e vazio. Meu pai não me perdoa por isso, mas não me importo. Meu pai nunca se importou comigo, não vejo o porque de eu me importar com ele.
         A melhor noite, com a pessoa que eu realmente amo. Nunca mais vou poder sentir seu toque. Mas você deve estar se perguntando ( Por que?). Depois que me envolvi com Helena, pessoas além do Greg estão atrás dela. O assassino do pai da Helena, não vai descansar enquanto matar ela também. Poucos meses, tentaram matar meu pai, pois ele também tem uma grande parte na empresa. Mas por sorte, ele escapou.
.       Deito na cama, sinto cheiro de Helena. Fecho os olhos, e penso em tudo. Meu celular toca. Me avisando a hora de encontrar Phillip, iremos repor o dinheiro que gastamos. Nem queria saber a forma.
          Me arrumo em questão de segundos. Saio com meu carro. E nem acredito no que fiz com a garota que amo, meu coração aperta. Pois tentei demonstrar nenhum sentimento por ela, a melhor forma vai ser me afastar. Posso lidar com sua ausência, mas não suportaria a morte dela.
Gabi P.O.V
        Esperar por Daniel é querer ficar irritada, ele nunca chega na hora marcada.
.       – Calma loira. – Phillip fala me abraçando. Olho para ele.
        - Estou calma. Só acho que combinado é combinado. Temos que cumprir com os horários marcados Phillip. – Ele sorri. E me beija. Não consigo conter, me envolvo em seu beijo. Ouço barulho de um carro. Volto a atenção para o carro.
         - Vocês dois me dão nojo. – Puto. Dou um sorriso de poucos amigos e entro no carro de Phillip no qual estava encostada.
         - Demorou em cara. – Ouço Phillip falar.
         - Depois te explico. – Daniel me olha, viro a cara.
         - Então vamos. Aquela casa espera por nós.
         Daniel, segue com seu carro. Junto estavam mais três caras. Phillip segue logo atrás. No carro silêncio total. Olho para o meu celular, uma mensagem de Helena.
*Helena*
 Preciso falar com vc.
*Eu
Amanhã passo ai.
       Em pouco tempo ela me responde.
*Helena*
Vem hj .
*Eu*
Não vai dar
amanhã passo ai, prometo. Bjus.
*Helena*
Ta bom Gabi. Bjus
          - Quem era ?.- Phillip pergunta sem tirar a atenção da estrada.
         - Helena.
         - Quer falar com você ne... – Ele suspira tenso.
           - Sim, como sabia?.- Olho para ele.
          - Imaginei. Daniel quer falar comigo, entao alguma merda aconteceu com os dois. – Viro meu rosto para lado olhando para janela. E penso o quão idiota Daniel é. Ele é capaz de estragar qualquer sentimento.
           - Agora fiquei mais preocupada com Helena. - Ele me olha triste.
           - Apenas tenta não se atrapalhar. Não é bom misturar as coisas, sei que vocês são amigas, mas Daniel precisa de nós, e nós dele. - Infelizmente concordo com ele. Ele coloca a mão sobre minha perna e me entrega um sorriso. Aquele que me fazia suspirar.
            - É bom ter você. - Ele sorri ainda mais ao ouvir isso.
              - Te amo minha louquinha.- Não é possível evitar o sorriso se formando em meus lábios. Me viro para janela. Penso em Helena. Meu sorriso some, volto a me lembrar das mensagens que trocamos.
              Cerca de vinte minutos, chegamos ao nosso destino, Daniel estava tranquilo como sempre. Não esta a nervosa, mas também nem um pouco calma. Phillip percebe e pega minha mão. Dou um sorriso sem graça.
                - Se quiser ficar aqui fora... Você não precisa entrar.
                  - É melhor. - Ele sorri. Beija minha testa, fico do lado de fora enquanto eles entram.
                  Fico perto do carro. Não paro de olhar no celular para ver as horas, estava muito preocupada. Depois de uns quinze minutos. Ouço tiros, me assuto e entro no carro. Logo vejo eles saindo. Mas não estavam com um pingo de pressa. Phillip entra no carro, deixando uma bolsa no bando de trás. Ele estava sério. Não tento e bem ouso perguntar nada.
             Seguimos para casa, no carro o silêncio reinava. Ele estava quieto, mas também, se for o que estou pensando, a coisa foi feia lá dentro. Mando uma mensagem avisando Helena que ja estava chegando em sua casa. Ela vê, mas não me responde. Phillip me deixa em frente. Me despido dele com um beijo rápido. E logo sigo em direção a porta. Toco a campainha. Rachel atende. Ela sorri para mim e o mesmo faço para ela.
          

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