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História Unintended - Palácio nas Nuvens


Escrita por: eveelima

Notas do Autor


Olá mais uma vez!
Primeiramente, glossário:
Furisode - Um tipo de quimono formal e elegante, para meninas jovens e solteiras, com longas mangas.
Junihitoe - Tipo de quimono ainda mais formal, normalmente usado apenas por senhoras da extrema nobreza.

Segundamente, aproveitem o novo capítulo!

Capítulo 11 - Palácio nas Nuvens


Eles fizeram a viagem pelo caminho mais rápido e também mais óbvio: Pelo ar.

Sesshomaru liderava o grupo como sempre, deslizando pelos céus com a mesma facilidade com a qual um peixe na água.

Rin dividia Ah-Un com Jaken, seu semblante ainda mantendo uma certa greve de sorrisos, que não apareciam no rosto da jovem desde o encontro com o guarda do castelo no campo de flores, no dia anterior. A jornada do grupo era dominada pelo silêncio, nenhuma palavra parecendo apropriada, ou mesmo desejada.

Embora Sesshomaru não falasse, Rin sabia que havia alguma espécie de transtorno incomodando seu senhor, mesmo que ele normalmente não fosse de falar muito desde o princípio, algo era diferente daquela vez, a tensão era tangível. Como Rin desejava saber o que dizer, poder confortá-lo de alguma forma, mas ela mesma se sentia perdida, ciente de que a real proporção dos últimos acontecimentos ainda estava bem além de sua compreensão.

Eles atingiram seu destino no fim da tarde, o odor de sangue seco e morte imediatamente invadindo as narinas de Sesshomaru no momento em que o impressionante castelo adentrou seu campo de visão.

Havia mais aromas do que apenas aqueles, no entanto. Intrigado, ele avançou, seguido por seus companheiros de viagem, pausando ao alcançar a entrada que levava à uma enorme escadaria, como se o castelo em si já não fosse construído a uma altura elevada o bastante.

— Algo errado, senhor Sesshomaru? – Rin perguntou, observando a postura alerta do youkai.

— Não estamos sós. – Ele respondeu, sem desviar o olhar do topo da escadaria, antes de começar a subida.

Alcançando o pátio do castelo, o estrago feito pela batalha era evidente em qualquer direção que se olhasse. Estruturas da construção haviam sido danificadas além da possibilidade de reparo, armas descartadas se espalhavam pelo chão, algumas com uma mão decepada ainda a segurá-las firmemente. E outros membros amputados eram vistos abandonados aqui e ali.

Mas os corpos propriamente ditos estavam completamente ocultos da cena.

— Que coisa horrível. – Rin murmurou, uma mão cobrindo a boca.

Como uma seguidora de Sesshomaru, cenas de guerras e campos de batalha não deviam chocá-la, mas ela não podia evitar pensar que, de alguma forma, os que foram aniquilados ali eram seus aliados.

— Quanto tempo mais vocês esperarão para se anunciarem? – Sesshomaru perguntou a ninguém em particular. Ninguém que estivesse à vista, isto é.

O seu tom de voz era normal, como o que se usa em uma conversa à curta distância. Apesar disso, duas figuras se mostraram, saindo das sombras do interior do castelo semidestruído.

 - É mesmo o senhor Sesshomaru... – Sussurrou um deles, se aproximando do grupo. O outro vinha logo atrás.

Ambos os youkais tinham estatura alta e cabelos escuros. O que havia falado primeiro mantinha o corte na altura dos ombros, os fios levemente ondulados emoldurando seu rosto angular, acentuando os olhos vermelho-carmim. O segundo já possuía madeixas bem mais longas, contidas em um rabo de cavalo baixo, a pele quase translúcida, os olhos mais próximos de uma cor alaranjada.

Rin guiou Ah-Un para mais perto de seu protetor, automaticamente assumindo uma posição que a colocasse fora do alcance daqueles desconhecidos, a menos que passassem por Sesshomaru primeiro. A postura dele, entretanto, não era defensiva.

A amistosidade dos dois youkais se confirmou quando eles se puseram sobre um joelho diante do daiyoukai, abaixando as cabeças.

— O que fazem aqui? – Sesshomaru questionou. – Foi-me informado que todos no castelo estavam mortos.

— Servimos no castelo principal, meu senhor. No oeste. – O primeiro respondeu prontamente. – Recebemos notícia do ocorrido aqui, e fomos ordenados a verificar a situação pessoalmente.

— Não encontramos nenhuma pista do culpado por essa atrocidade, mas recolhemos os corpos dos mortos. – O segundo completou.

— E quanto à minha mãe? – Sesshomaru sondou, como uma última confirmação que ele precisava ouvir para realmente acreditar.

Os servos deixaram os ombros caírem em pesar.

— Também recolhemos o corpo da honorável senhora – Informou um. – Está repousando em seus aposentos.

Sesshomaru achou que aquelas palavras seriam o bastante para aquietar sua dúvida, mas ainda assim... A senhora do Oeste, morta, de forma tão repentina?

— Vocês dois. – Ordenou ele, seu tom se tornando firme e autoritário. – Fiquem aqui e mantenham guarda absoluta sobre eles. – Sua cabeça apontou para o confuso grupo formado por um pequeno youkai verde, um dragão de duas cabeças e uma garota humana.

— Senhor Sesshomaru... – Rin tentou falar, receosa de que ele a deixasse ali naquele lugar com aqueles homens que ela não conhecia, embora agora soubesse estarem sob o serviço de seu senhor.

— É melhor que não falte um fio do cabelo dela quando eu voltar. – Ele avisou, ameaçador, aos dois servos que podiam facilmente confundir uma humana com um animal qualquer ou um brinquedo.

— Sim, meu senhor! – Os dois disseram em uníssono, pondo-se de pé para mostrar serviço.

Sem mais uma palavra, Sesshomaru avançou castelo adentro, deixando para trás os companheiros.

Ele caminhou, solitário, pelos sombrios corredores do castelo, as paredes e pisos, antes tão nobres e elegantes, agora estavam marcados por sinais de luta por toda parte e cheiravam à morte.

O youkai ignorou o cenário à sua volta, focado em seu objetivo. Ele alcançou as largas portas decoradas com pintura elegante, embora elas não mais tivessem serventia, visto que havia um rombo colossal na parede logo ao lado.

Sesshoumau usou o novo acesso para adentrar o cômodo. Cortinas translúcidas pendiam do teto, ocultando a forma que repousava sobre um futon no centro do quarto.

Afastando a cortina, olhos dourados fitaram inexpressivamente a fêmea que jazia morta, o corpo coberto de manchas de sangue que maculavam seus nobres trajes.

Ele analisou o cadáver por um momento, tentando entender que tipos de danos seriam capazes de silenciar uma fera como aquela.

Havia um buraco atravessando o lado esquerdo do peito, onde antes havia existido um coração pulsante. A descrença de Sesshomaru fora momentaneamente substituída por admiração. Como ela sequer conseguira viver o bastante para enviar o guarda à sua procura?

Apesar de aquele ferimento ter sido, obviamente, o golpe de misericórdia, vários outros de menor gravidade – para um youkai – se espalhavam pelo corpo da falecida.

Podia ser pior, ele pensou. Pelo menos ela não havia padecido pelo propósito de salvar uma princesa humana e um imundo hanyou recém-nascido, por exemplo.

Aquele pensamento imediatamente trouxe a imagem de Rin à sua mente, lembrando-o da gritante fragilidade da menina. Ele não queria pensar, naquele momento, sobre até onde ele estaria disposto a ir para proteger a vida daquela humana em especial, se um dia precisasse chegar a tanto.

Dispersando suas inconvenientes reflexões, o inuyoukai levou uma mão casualmente ao cabo da espada que normalmente permanecia inutilizada em sua cintura. Só de tocar a Tenseiga, ele confirmou o que já sabia. Sem pulsações ou vibrações, nada em sua visão mudando enquanto ele encarava o cadáver a sua frente.

Passara-se tempo demais. Ela se fora.

Deixando de lado a espada novamente, ele se concentrou nos cheiros ao redor do ambiente, principalmente aos traços impregnados no corpo. Frustrado, constatou que não reconhecia o cheiro dos assassinos. Quem quer que tenha feito aquilo, permanecia um mistério.

Quando Sesshomaru retornou ao pátio, Rin lutava para permanecer acordada, sentada sobre a sela de Ah-Un, enquanto Jaken aguardava em silêncio. Os dois guardas mantinham distância, e se curvaram quando viram seu senhor.

— Há alguma parte do castelo que tenha permanecido intacta? – Sesshomaru perguntou, observando que Rin estava tão sonolenta que nem o vira chegando.

— A ala sul, onde ficam os aposentos dos criados, meu senhor. – Revelou um dos servos. – Os ataques não foram concentrados lá.

— Rin. – Ele chamou, fazendo a garota pular de susto, a cabeça que pendia despertando abruptamente.

— Sim, senhor Sesshomaru!

— Passaremos a noite aqui. – Ele concluiu, pensando na viagem prolongada, sem pausas, que eles fizeram para chegar até ali.

— Aqui?! – Questionou Jaken, olhando em volta, para o cenário macabro do pátio.

— Foi o que eu disse, Jaken. – Sesshomaru respondeu com impaciência. – Vamos.

 

—---

Rin adentrou o cômodo cautelosamente, deslizando a porta de madeira. Sesshomaru designara aquele quarto à ela, e Rin não podia acreditar que estava na suposta ala dos criados.

O quarto era espaçoso, bem decorado e arejado, com janelas amplas.

— Esse era o quarto das assistentes pessoais de minha mãe. – Sesshomaru explicou, vendo a confusão dela. – Ela tinha grande apresso por elas.

— Senhor Sesshomaru! – Rin exclamou, surpreendida pela presença do youkai atrás dela, parado na entrada. – Eu não tinha visto o senhor aí!

— Atento-me ao fato de que você nunca esteve em um castelo como hóspede. – Ele lembrou, adentrando o cômodo e abrindo um grande armário de madeira colado a uma das paredes. – Aqui dentro estão guardados futons, cobertores e travesseiros. Há uma casa de banho lá fora, se precisar.

Ele apontou na direção da parede dos fundos, mostrando uma outra porta que dava para um pátio aberto.

— Obrigada, senhor Sesshomaru.

— Aconselho que não vague muito por aí. Não sabe o que pode encontrar. – Ele avisou. – Aqui deve ser seguro. Estarei no fim do corredor, se precisar de mim.

Após finalizar suas instruções, o youkai se virou para deixar o quarto, mas Rin rapidamente o parou:

— Espere, senhor Sesshomaru! Eu... Eu percebi que ainda não lhe prestei minhas condolências propriamente...

— Não há necessidade. -  Garantiu ele, friamente.

Rin encolheu os ombros, se sentindo triste por, mesmo em um momento como aquele, Sesshomaru ser incapaz de abaixar sua guarda só por um instante. Ela o conhecia bem o bastante para perceber que aquele ataque recente o havia afetado, de alguma forma. Ela podia ver na forma diferente como ele falava, no olhar distante que ele mantinha, sua postura consideravelmente mais cautelosa.

Ela não podia dizer se ele estava realmente triste, já que se lembrava bem de como ele e a mãe não pareciam manter uma relação muito tradicional de afeto entre mãe e filho, mas algo certamente o estava chateando.

Em um momento de coragem que ela sentia que devia a ele, Rin estendeu uma mão confiante na direção de seu senhor, e ele encarou o membro oferecido com uma leve confusão em seu rosto.

Percebendo que ele não compreendera suas intenções, a humana deu mais um passo em sua direção, sua mão se dirigindo sugestivamente para a mão do youkai que pendia ao lado de seu corpo. Finalmente entendendo o que ela pretendia, Sesshomaru aceitou o convite, ainda que um pouco hesitante, e colocou sua mão sobre a dela.

Sorrindo docemente, Rin apertou a mão de seu senhor em um pequeno gesto reconfortante.

— Eu sinto muito, senhor Sesshomaru. - Disse ela, com pesar. - Posso ver que algo em toda essa situação o está incomodando nessa situação toda.

Sesshomaru assentiu, aceitando suas palavras, e delicadamente libertou sua mão, ansioso para dispensar o conforto não habitual que o toque trazia.

— Não se preocupe com essas questões agora. - Aconselhou ele. - Procure dormir. Estaremos partindo ao amanhecer.

— Senhor Sesshomaru. - Rin chamou uma última vez, uma última dúvida pendendo em sua mente. - Se me permite perguntar, aonde iremos agora?

Não parecia provável para ela que Sesshomaru fosse simplesmente retomar sua jornada em busca de desafios, após tudo que acontecera. Ele deveria, ao menos, buscar averiguar a situação, certo?

— Para casa. - Ele respondeu, já se virando para sair do quarto. - Sugiro que vista o seu melhor para amanhã.

Rin teve dificuldades para adormecer naquela noite. Primeiro, havia aquele castelo, que, além de não lhe trazer lembranças exatamente boas, lhe trazia receios ainda piores. Ela não podia deixar de pensar que, há algumas noites atrás, aquele castelo deserto havia sido habitado por toda uma corte, que dormia tranquilamente, se sentindo segura dentro de sua fortaleza nas alturas, antes de terem suas vidas ceifadas por um inimigo não anunciado.

Ela sabia que Sesshomaru estava logo ali e que ela não devia temer um segundo ataque, mas, quem quer que fossem os inimigos, haviam sido capazes de aniquilar uma horda de inuyoukais. O mais poderoso clã, de acordo com Kohaku.

Em segundo lugar, havia o destino para o qual eles seguiriam no dia seguinte. A ansiedade a consumia enquanto ela pensava em como seria estar lá finalmente, nas pessoas que ela encontraria, sua mente cheia de expectativas e receios.

—---

— Riiiin! – Jaken chamou, pela milésima vez, do corredor. – Se demorar mais, o senhor Sesshomaru vai deixar você aí!

— Estou quase acabando! – Ela respondeu, também pela milésima vez.

Rin bufou em frustração, lutando com o elaborado laço de seu obi, mal sendo capaz de mover os braços propriamente para amarrá-lo, com tanto tecido cobrindo seu corpo.

— Isso é um desastre. – Ela sussurrou para si mesma em derrota, observando sua figura na superfície plana refletora disponível no quarto. – Eu deveria vestir apenas um furisode e desistir disso.

Mas Sesshomaru havia dito para que ela vestisse seu melhor, e Rin não poderia envergonhá-lo, não no lugar aonde estavam indo. Já era o bastante que ela fosse humana, devia fazer o possível para passar uma boa impressão, apesar de sua raça.

Entretanto, com mais uma olhada no espelho, ela soltou o obi, deixando-o cair sobre o piso. Rapidamente, ela começou a se despir.

Era melhor chegar ao Oeste vestindo um furisode decentemente montado, do que um junihitoe completamente desordenado, no qual ela mal conseguia andar.

— Rin. – Era a voz de Sesshomaru que a chamava agora, fazendo-a saltar em alarme. – Você está levando a manhã inteira com isso.

— Perdão, senhor Sesshomaru! – Ela pediu, se apressando ainda mais, removendo infinitas camadas de tecido para começar a vestir o plano B. – Agora estou realmente terminando.

Após um pouco mais de tempo, Rin finalmente deslizava a porta do quarto para sair. Jaken esperava, emburrado, no corredor, sentado no chão. Sesshomaru estava de pé ao seu lado, os braços cruzados.

— Me desculpem, eu... – Rin começou a dizer, mas se interrompeu ao sentir os olhares sobre si.

Jaken estava visivelmente boquiaberto, enquanto Sesshomaru apenas a observava com discrição, mas ela podia sentir que a inspecionavam com atenção.

Os olhos dourados de Sesshomaru percorreram a figura da humana, começando por seu cabelo, surpreendentemente elaborado para algo feito por um único par de mãos. Enfeites completavam seu penteado, pequenas pedras brilhando contra os fios escuros, e penduricalhos delicados tilintando suavemente ao menor movimento de sua cabeça. Seus olhos passaram para o quimono elegante, com o fundo de cor escura e estampa floral vibrante por cima, fornecendo um belo contraste. Ele podia verificar, só de olhar, alguns erros no arranjo, mas a imagem geral de Rin vestindo-o tornava tais erros insignificantes.

— Rin, é você mesmo? – Jaken questionou, ainda em choque.

Era verdade que, ultimamente, Rin apresentava uma aparência melhor do que em sua infância, mas vê-la em um traje tão formal e elegante, escolhido a dedo por ninguém menos que seu senhor, era desconcertante para o pequeno youkai.

Rin corou diante dos olhares e das palavras de Jaken, que raramente – ou nunca – a elogiava sobre nada.

O servo percebeu seu deslize, e rapidamente tratou de corrigir, não querendo lisonjear aquela humana além do que Sesshomaru já fazia com tantos mimos.

— Você demorou esse tempo todo só pra isso? – Ele perguntou com desdém, fazendo-a fechar a cara.

— Quero ver você tentar arrumar essas coisas todas sem nenhuma ajuda, senhor Jaken! – Ela rebateu.

Sesshomaru passou pela dupla que começava mais uma discussão, silenciosamente recolhendo os itens de Rin sobre o ombro para levá-los de volta a Ah-Un.

— Venham. – Ele chamou, interrompendo o tagarelar e troca de insultos entre a humana e seu servo youkai.

— Sim, senhor Sesshomaru! – Responderam Rin e Jaken em uníssono, prontamente deixando de lado suas desavenças para seguirem seu mestre em comum.

O sol já estava alto quando eles saíram, deixando para trás os dois servos youkais para continuarem seu trabalho de cuidarem dos corpos e da limpeza do castelo.

O grupo liderado por Sesshomaru seguia em direção ao Oeste, seu destino não estava a mais de um dia de distância do castelo nas nuvens. A viagem era tão silenciosa quanto a anterior, o clima tenso ainda pairando no ar.

Rin estava perdida em seus próprios pensamentos e expectativas, à medida que o destino desconhecido se aproximava cada vez mais. Como seria estar no castelo do oeste pela primeira vez? Seria ela a primeira humana a pisar lá, ou haveria outros? Se não houvesse, como ela seria tratada pelos outros youkais?

O céu já estava levemente alaranjando quando Sesshomaru finalmente quebrou o silêncio, tirando Rin de seus pensamentos:

— Tem alguém nos seguindo.


Notas Finais


Fanart do capítulo: https://c7.staticflickr.com/9/8126/29831527926_6239050296_b.jpg

Fiz quando tava de bobeira em um intervalo. Como não tava com pressa, deu pra caprichar mais :) ]

Agora é aguardar para saber o que vai rolar né? Me digam o que estão achando, to amando ler as opiniões ♥
Beijos!


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