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História Unintentionally Love - Eu não posso te amar.


Escrita por: Sky_ciel7

Notas do Autor


Quem está muito atrasada para postar novamente? Eu mesmas... Sorry
Boa leitura!

Capítulo 47 - Eu não posso te amar.


Fanfic / Fanfiction Unintentionally Love - Eu não posso te amar.

Depois daquela noite o tempo começou a passar mais rápido. Foram dias, meses, anos ao lado dele, e a cada dia eu percebia que aquele sentimento mágico de felicidade e prazer ia se esvaindo pouco a pouco.


- Soushi, porque não posso ir a Tokyo?- perguntei irritada pela terceira vez.


- Já disse, é complicado…- respondeu pela terceira vez. - Você não entenderia..


- Então me explica!- gritei. - Me explica o porquê todos estão me escondendo do mundo! Me explica porquê mesmo que eu saia todas as noites, eu ainda sinto que não sei de nada sobre nada! Me explica porquê estão escondendo as coisas de mim!- falei enquanto andava de um lado pro outro no salão principal da mansão.


Soushi apenas comprimiu os lábios e desviou o olhar de mim.


- Merda..- balbuciei com as mãos na cabeça.


Aquela situação já estava me matando. A cada dia eu sentia mais e mais que todos estavam escondendo algo de mim. Soushi não me deixava ir a lugares específicos, meus pais queimaram metade dos meus livros sobre demônios e miscigenação de espécies e clãs, me proibiram de estudar certos assuntos e pior, me proibiram de sair do quarto durante o dia.


- Meu amor, você tem que tentar entender que… agora não é a hora certa, um dia você saberá de tudo!- Soushi veio até mim e tocou meus ombros carinhosamente.


- Acontece que eu não quero esperar esse “dia” Soushi!- falei afastando seu toque.


- Ririchiyo...eu…


- Não interessa.- interrompi irritada. Ele iria começar com aquele papinho novamente, e eu não estava nem um pouco afim de ouvir. - Vai embora Soushi. Quero ficar sozinha.- pedi indo para frente da lareira.


Senti uma brisa gelada percorrer o salão, me virei e ele não estava mais lá, tinha se teletransportado.


Algo estava acontecendo, e eu precisava saber o que era.


Me levantei e subi as escadas para o escritório do meu pai. Com ele eu poderia conseguir respostas, ou, mais alguns anos de castigo e dever de casa, mas era minha única chance e eu não tinha muito a perder. Andei pelos corredores apressada, e logo percebi que a mansão estava mais silenciosa do que o normal. Foi então que deduzi que meu pai tinha dispensado as criadas daquela parte da mansão, o que significava que ele estava com um convidado importante.

Eu obviamente não perderia a chance de bisbilhotar. Arranquei o enchimento da saia do vestido que tanto me incomodava, tirei os sapatos e soltei o cabelo, a sensação de liberdade percorreu meu corpo. E com o máximo de cuidado possível, fui até o escritório. Estava tão silenciosa que não conseguia ouvir os meus próprios passos, poderia ser uma assassina perfeita.


- Karlheinz, não venha com mais ordens. Sabe o quanto está difícil controlar aquela garota?- era a voz do meu pai.


Parei na pontinha da porta e me sentei para ouvir.


- Ririchiyo não pode descobrir a verdade, pelo menos não agora, se descobrir coisas ruins podem acontecer.- a voz serena de Karlheinz se fez presente, senti meu corpo esquentar, o que diabos estava acontecendo?


- Eu já queimei todos os livros que poderiam fornecer alguma informação, já a proibi de fazer uma infinidade de coisas durante o dia.- ouvi os passos apressados do meu pai, provavelmente estava andando de um lado por outro. Isso significava nervosismo. - Mas, você sabe que a noite é dela. Não posso interferir, já fiz tudo o que estava ao meu alcance e não me orgulho disso!


- Desde quando demônios sentem orgulho?- perguntou Karlheinz, com um tom debochado.


O que ele queria dizer com aquilo? Meu pai é um vampiro!... O que está acontecendo ?


- Você não é meu rei! Não se sinta no direito de zombar da minha espécie.- meu pai respondeu, seu tom estava mais afiado do que uma lâmina, o que faria qualquer um se encolher, menos o Rei, é claro.


- Não tive essa intenção. De qualquer forma, controle sua criança durante o dia, Soushi irá controlar ela durante a noite.


- Faça como quiser, só não a machuque.- era incrível como o tom da meu pai mudou de grosseiro e furioso, para aflito e incomodado.


- Passar bem.- foi a última coisa que ouvi antes daquela brisa gelada percorrer o local.


Minha cabeça girava com tanta informação, meu pai era um demônio? Se sim, por que minha mãe se casou com ele? Se for isso mesmo, o que eu sou ?



Estava caçando com Soushi. Ambos estávamos quietos, sobressaltando os prédios enquanto procurávamos por uma presa. Naquela noite, notei que ele me observava mais do que o normal. Agora me sentia incomodada perto dele, sabendo que ele e todos escondiam algo de mim, não tinha como estar com ele sem me sentir uma idiota enganada.


Então decidi dar um perdido nele e continuar a minha noite de caça sozinha. Eu poderia perguntar para ele o que tudo aquilo significava, mas não pude, eu tentei tanto...Mas travei na hora H.


Esperei até ele voltar sua atenção para os saltos. Então, um.. dois... três… saltei para o lado oposto ao dele. Desci em um beco e corri o mais rápido que pude, virei a direita, depois a esquerda, continuei reto, e fui parar na praça. A mesma em que nos conhecemos.


- Tão ridículo! Não consigo nem mesmo fugir…- balbuciei me sentando no banco.


- Por que está fugindo?- ouvi a voz do Soushi atrás de mim. Revirei os olhos, fiquei em silêncio.


Ele veio até mim, tocou meus ombros por trás, meu corpo ficou rígido, algo que eu simplesmente não pude controlar. Soushi logo afastou seu toque e veio na minha frente, se ajoelhou e tocou minhas mãos.


- O que está te incomodando?- perguntou me acariciando ternamente. Eu queria tanto, mas tanto perguntar, queria respostas. Mas meu lado covarde finalmente havia se manifestado.


Uma vampira que não tinha medo de nada, desde pequena nada me assustava. Nem mesmo os chicotes espinhentos que Marie usava para me torturar. Finalmente descobri algo de que eu tinha medo, eu tinha medo de saber a verdade.


- Soushi, estou cansada…


- Tudo bem, vamos voltar então e…


- Não!- o repreendi. - Estou cansada da gente. Eu não quero mais isso.- falei firme, olhando no fundo de seus olhos. Aquilo doeu tanto quanto uma facada, eu estava simplesmente fugindo, eu sabia disso, mas simplesmente não sabia o que fazer.


- Ririchiyo, eu te amo!- pela primeira vez na vida, senti que meu coração começou a bater.


 Naquele momento não pude controlar minhas ações, as lágrimas começaram a descer involuntariamente, minhas mãos começaram a tremer e meu psicológico desmoronou. Eu estava feliz por ter ouvido aquilo de outra pessoa a não ser Judith, mas também estava triste por não poder corresponder.


- Não chore, só me diga o que você pensa sobre isso.- pediu limpando minhas lágrimas.


- Soushi, eu sinto muito, eu sinto muito…- respondi chorando. Ele comprimiu os lábios como se estivesse com dor, seus olhos brilhavam como se ele fosse chorar logo também. - Eu não posso te amar.


- Por que ?


- Por que você começou a impor meus limites? Igual aos meus pais.- perguntei, seu reposta foi o silêncio.


- Por que o rei quer que meus pais me controlem?- perguntei e ele arregalou os olhos, abriu a boca para falar mas não saiu som algum.


- Meu pai é um demônio?- mais uma pergunta que o fez empalidecer mais que o normal. - Se ele for, o que eu sou ?


- Ririchiyo, você não deveria saber dessas coisas…


- Por que você está escondendo as coisas de mim?


- Ririchiyo...Eu…


- Você está me entendendo agora, Soushi? Não posso amar alguém em que eu não possa confiar.- as lágrimas voltaram, dessa vez com uma dor de cabeça terrível.


Me encolhi no banco, apertando os dedos na cabeça. Aquela dor era tão profunda que pareciam agulhas perfurando meu crânio.


- Ririchiyo! Você está bem? O que foi?- Soushi afastou minhas mãos e segurou meu rosto entre as suas, quando nossos olhares se encontram, seu semblante de preocupação, mudou para pânico. - Ririchiyo...seus olhos estão vermelhos!



Notas Finais


Obrigado por lerem, me perdoem por toda essa demora, estavam acontecendo algumas coisas e...Bem, eu tenho uma vida fora escrever fanfics. Obrigado por todos os favoritos. Vocês são incríveis! ❤😊


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