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História Unique - Capítulo 1


Escrita por: Nikant

Notas do Autor


Uma ideia, espero que gostem.

Capítulo 1 - Capítulo 1


Uma jovem saiu de sua casa logo no inicio do verão. Aliás, o recinto ao qual vivia e chamava de lar, nada mais era do que um clausuro destinado a devoção. Após um longo caminho percorrido por entre a neblina, a moça se acomodou numa simples barca que havia próximo as margens do rio. Encantada com o mundo novo recém-descoberto, deixou-se ser levada pela correnteza até a outra margem, para trás restou-lhe apenas lembranças de sua infância e juventude, numa terra que talvez fosse lhe dada a chance de rever um dia, caso completasse a missão da qual foi incumbida.

Obstinada, seguiu pela floresta até encontrar uma estrada. Nunca estivera fora dos domínios do além rio, havia medo, curiosidade e esperança em seu coração. Por mais que tudo fosse novo, a jovem tinha seus pés guiados pelo destino, não se deixaria abater até cumprir seu grandioso encargo, e caso falhasse, bem ela não se permitia pensar com pessimismo. Era seu dever, e nem mesmo que a morte surgisse em seu caminho haveria de correr: morreria tentando.

Não se sabe bem ao certo por quanto tempo caminhou pela estrada, apenas seguiu adiante e parou poucas vezes no caminho para se refrescar. Já era de noite, seu cantil estava vazio, e a fome havia aumentado. Não era possível ver mais que um palmo a frente, deste modo a jovem andava com extrema cautela. Agradeceu em pensamento a grã mestra que lhe deu roupas adequadas a este tipo de jornada, tão diferentes da habitual túnica branca. Estava de calça, bota, camisa de linho, jaqueta do mesmo tecido da calça e para se proteger do frio uma manta que carregava junto de sua mochila, nesta haviam poucos mantimentos e água que não durariam mais que um dia.

Durante o percurso, a jovem buscou por um lugar que pudesse pernoitar até amanhecer, quando voltaria a sua missão. Enquanto se acomodava por entre as árvores, sentiu um arrepio gélido percorrer toda a extensão do seu corpo, sabia o que significava, o que estava por vir.

~

Não muito longe duas jovens amigas corriam apressadas para dentro da floresta. Precisavam subir nas árvores para se esconder antes que fossem vistas, pois para chamar a atenção de quem almejavam fizeram-se de isca.

-Rápido Snow. Cuidado ao subir, vem eu te ajudo- Falou a amiga que com maior habilidade já havia subido e estendia a mão para a outra que era tão branca como a neve.

-Obrigada Ruby- Disse ofegante assim que conseguiu subir e ficar ao lado da amiga de mechas vermelhas. - Acha que nos viram?

-Espero que não. Está pronta?

-Dei-me meu arco Rubs- Sibilou um sorriso confiante a amiga que prontamente estendeu a mão lhe passando um arco e flechas.- Não errarei dessa vez.

-Não podemos falhar, qualquer coisa estarei pronta para me transformar.

-Espero que não seja preciso- Havia tensão naquele momento, ambas amigas sabiam que suas vidas e de todo o reino dependiam do êxito daquele plano. Snow empunhou as flechas no arco e esperou até o alvo se aproximar.

~

A tão temida Rainha Má estava novamente em caçada, havia recém-incendiado um vilarejo onde soube que Snow estivera escondida. Mas chegou tarde e a moça já tinha partido. O que aumentou sua raiva exponencialmente aquele dia. Enquanto coletava o depoimento dos aldeões a base de doentia tortura, foi alertada por um de seus homens da guarda que o rastro de Snow e sua amiga lobinha estava perto. Deste modo, a rainha montou em seu cavalo e seguiu furiosa em direção da floresta.

A adrenalina lhe excitava, queria ela mesmo ter a chance de encontrar sua enteada e lhe arrancar o coração. Estava tão eufórica com a possibilidade que ao avistar por entre as árvores duas sombras em movimento, teve certeza de quem eram. Nada mais pensava a não ser vingança, inclusive não deu ouvidos as suplicas de seus guardas.

Tudo a seguir aconteceu muito rápido, flechas foram lançadas, os soldados que vinham atrás, logo lançaram suas lanças e iniciaram um contra ataque. Snow e Ruby que estavam na árvore se esquivaram com maestria, desceram de onde estavam e foram correndo para a parte mais densa da mata, confiantes que obtiveram êxito em seu plano. Alguns homens da guarda seguiram as duas moças, enquanto outros voltaram-se para a rainha que permanecia no chão. Foi só ao se aproximar que notaram algo de errado.

-SAIA DE CIMA DE MIM- Bradou enfurecida a monarca após ter sido derrubada de seu cavalo. Agora deitada no chão percebeu que havia caído em uma armadilha, e por pouco as flechas lançadas por sua enteada não lhe feriram fatalmente. Algo havia dado errado.


 

~

Ao sentir seu corpo vibrar a jovem deixou-se guiar novamente, não sabia por onde estava indo, mas tinha certeza de onde deveria chegar. Não demorou muito e logo viu adiante duas mulheres subindo na árvore, pareciam afobadas. Se aproximou devagar ao ouvir som de cavalos, e pode ver quando uma das mulheres direcionou seu arco para outra figura recém chegada no recinto. Não pensou duas vezes e com um impulso rápido se jogou. Atingiu em cheio quem montava o cavalo, ambas caíram no chão.

Já não bastasse a dor da queda, a jovem sentiu uma dor dilacerante em seu ombro, sequer precisou olhar para saber o que tinha lhe atingido. Era uma flecha. Aliás duas. Foi atingida no ombro direito, era possível ver a ponta que atravessou seu corpo saindo na outra extremidade. Pouco abaixo e nas costas, outra flecha se alojou. Nela jorrava muito sangue. Não viu quando homens se aproximaram, apenas sentiu ainda mais dor quando foi ‘empurrada’ bruscamente de lado.

Os soldados restantes prontamente tiraram um corpo quase inerte de cima da rainha e lhes ajudaram a ficar de pé. O espanto no olhar de todos era claro: Quem ousou salvá-la? Era o que eles pensavam. Afinal, por mais que trabalhassem sob suas ordens, só aguentavam a tirania para salvar suas próprias vidas. Desta forma, nenhuma outra pessoa do reino, em sã consciência se atiraria na frente de uma flecha para salvar a temida monarca.

A rainha também sabia disso, e por essa razão se espantou ao ver uma jovem ensanguentada gemendo de dor a sua frente. Por um segundo sua fúria sumiu, sentiu seu corpo todo estremecer. Confusa, decidiu tentar outra abordagem para não demonstrar fraqueza.

-Quem é você?- Esperou alguns segundo e a jovem nada respondeu. Teria tentado novamente se os guardas que seguiram Snow e Ruby já não tivessem voltado com más noticias, algo que a fez retomar toda sua raiva.

-Continuem procurando, ninguém dormirá até encontrá-las… SNOW- Gritou o nome da enteada tão alto que mesmo escondida a jovem princesa pode ouvir. Soube naquele momento que seu plano tinha fracassado, mas não conseguiu entender o porquê. A Rainha voltou a atenção para jovem, mas quando olhou no chão não a encontrou.

-Onde ela está?- Perguntou espantada- ONDE ELA ESTÁ?- explodiu enraivecida

-Nã- n- nã-o sabe-be-mos majes-ta-tade.- Gaguejou um dos guardas temendo pela própria vida.

-INÚTIL. Ela está ferida não deve ter ido muito longe. ENCONTREM-NA e tragam-na pra mim.- Ordenou a rainha. Em seguida montou sem cavalo e com uns poucos soldados refez o caminho de volta até o castelo. Cavalgar lhe acalmaria, não que quisesse paz nesse momento, só a morte de Snow lhe traria paz. No entanto, montada em seu alazão poderia pensar sobre o que aconteceu momentos atrás.- Não pode ser- Pensou consigo mesmo.


 

~

Ferida e com uma forte dor que a imobilizava, a jovem aproveitou um momento de distração daqueles presentes, reuniu forças e foi rastejando de volta para as sombras da floresta. Pode ouvir os gritos da mulher que salvou, sabia que viriam atrás dela, então mesmo debilitada se esforçou em ficar de pé para poder ‘correr’ e se afastar. Não foi muito longe, perdeu a consciência próximo a uma clareira entre as grandes árvores que a rodeavam.

Quando acordou a jovem percebeu que estava dentro de um enorme tronco caído no meio da mata. Apesar da dor, pode notar que seu ombro estava enfaixado, e que havia uma mistura de plantas e um curativo em seu outro ferimento. Tentou levantar mas sentiu-se zonza, sem contar a fraqueza. Voltou a deitar e se pôs a pensar quem havia cuidado dela e por que.

-Que bom que acordou, sente-se melhor?- falou uma morena preocupada mas que mantinha um sorriso doce. - Snow ela está acordada.- Aproveitou que a moça nada dizia e chamou a amiga que estava do lado de fora do tronco.

-Oh, por um momento achei que não fosse resistir- Disse demonstrando preocupação e remorso.

-Por que achou isso?- Disse a jovem pela primeira vez com a voz fraca, sentia sede e por isso era dificil falar.

-Fora os ferimentos, você teve muita febre. Ficou desacordada por dois dias, se nós não…- Dizia Snow até ser interrompida

-DOIS DIAS?- Disse num pulo. O susto foi tão grande que se mexeu sem perceber, só sentiu novamente a dor percorrer todo seu corpo fraco. Ao menos entendeu porque se sentia tão fraca, estava sem se alimentar a dois dias. Mas tudo isso era nada perto de estar ‘atrasada’. Tinha uma missão a cumprir e não poderia perder tempo que dirá se dar ao luxo de dormir por 48hs. E se tivesse fracassado – pensou

-Sim. Fizemos os curativos e torcemos para que se recuperasse.- Falou Ruby se aproximando com um copo de água.

-Como me encontraram? Onde estou? Eu preciso ir…- murmurou com pressa.

-Hei mocinha calma, nada disso. Você precisa descansar, não se preocupe estamos cuidado de ti.- Snow forçou um tom mais autoritário, ainda assim repleto de doçura.

-Não, não você não entende: eu tenho que ir, por favor deixe-me ir ? - Suplicou a jovem ferida. E se já não houvesse mais tempo, e se tivesse fracassado – pensou naquele momento e entrou em desespero, este que não passou desapercebido por Snow e Ruby.

-Snow esta certa, calma. Você está ferida, precisa de cuidados, se for do jeito que está acabará morrendo pela mata.

-É um risco que preciso correr- Suplicou

-Aposto que foi por toda essa pressa que acabou sendo atingida. Seus motivos devem ser nobres

-Atingida?- A jovem pode notar que nenhuma das mulheres sabiam que ela tinha pulado na frente de alguém e por isso fora atingida.

-Sim, nós a encontramos ferida próximo da emboscada que armamos para a rainha- Falou Snow envergonhada- E... me desculpe não a vi e quase… ah me perdoe, jamais feriria alguém inocente.

-Você… -A jovem lembou da figura segurando um arco na noite em que se feriu, e associou as pessoas na árvore as duas mulheres á sua frente.- Porque armaram para… - não quis dizer que sabia que era uma rainha, pois podiam suspeitar que ela a salvou- para aquela mulher?- Questionou confusa, já havia lido sobre traição a corte, mas não entendia como aquelas duas moças que a salvaram, que pareciam tão gentis cometeriam tamanha crueldade.

-Você não é deste reino pelo visto- Semicerrou os olhos Ruby. A jovem negou com a cabeça.

-Longa história, a rainha causa o terror por onde passa, ela é má e sem coração… Na verdade coração não falta, ela o arranca de todos aqueles que atravessam seu caminho...- Snow

A moça ouviu atentamente cada informação, não pode deixar de pensar em sua grã mestre e na missão que tinha pela frente. Parece que o destino sabe mesmo o que faz- Disse pra si mesma.

-… e isso tudo é minha culpa ou melhor, culpa dela. A rainha me culpa por algo que aconteceu no passado e como vingança deixa um rastro de morte e dor por onde passa cada vez que não me encontra. - Suspirou a princesa antes de continuar. Sua amiga Ruby permanecia a seu lado, lembrando de todas as vezes que fugiram para se salvar- Foi por isso que armamos a emboscada, preciso por um fim nessa atrocidade, trazer a paz ao reino novamente...

-O destino é realmente imprevisível- Disse em voz alta mais para si mesmo do que as duas mulheres a sua frente.- Acredita que com violência chegará a paz?- Falou após fita-las novamente e considerar tudo que foi dito

-Não queria que fosse assim, já tentamos prende-la em meu castelo, mas nada adianta. Enquanto Regina viver o futuro de todos estará ameaçado…- Neste momento a jovem notou quando a mulher que falava acariciou sua barriga. Snow por sua vez lembrou de como ela e seu esposo Charming prenderam a rainha. A princesa ainda tentou dar-lhe uma segunda chance, mas foi em vão. O que Rumpelstiltskin proferiu era verdade, Regina lançaria a maldição das trevas.

-Compreendo seu desespero e sinto não poder lhe ajudar- Disse com pesar- Talvez haja outra forma, não perca a esperança, você a conheceu antes dela se tornar o que é hoje. O Mal não nasce ele corroi a vitima.

-Não creio que seja adequado chamar a rainha má de vitima.- Bufou Ruby- Vitima sou eu que nasci com essa maldição-

-Ruby!!!- Repreendeu Snow. Apesar do olhar doce da jovem ferida a sua frente, elas ainda não conheciam a moça e não poderiam se arriscar na frente dela.-

-O que quero dizer é que não há mais volta para a rainha, ela escolheu a escuridão.- Ruby

-Mais um motivo para não desistirem, ela já teria sucumbido se não houvesse uma centelha de luz dentro de si. Encontrem e saberão como contornar essa situação.

-Você fala como se a conhecesse. De onde você é mesmo?- Perguntou Snow curiosa.

-Bem, como deduziram não sou deste reino…- Dizia a jovem antes de ser interrompida

-O que está fazendo aqui então?-Perguntou Ruby desconfiada

-Infelizmente não posso lhes por a par da razão da minha vinda para este reino, muito menos dizer-lhes de onde venho… Mas… e minha grã mestra que não nos ouça- Disse suspirando fundo mirando o para o céu aflita- Por terem me ajudado, poço lhes garantir que minhas intenções são as mais puras possíveis.

-Terá que nos desculpar então… - Ruby foi mais rapida e num pulo amarou a mão da jovem numa corda, prendeu no tronco da arvore em que a moça estava escorada.-

-Ruby não.

-Snow, não sabemos nada dela, e ela ainda defende que a rainha não deve morrer. Prefiro precaver do que ser surpreendida depois.- A morena iria repreender novamente a amiga, mas foram interrompidas pela jovem

-Não briguem por mim, sua amiga de certo está correta. Eu também não confiaria numa desconhecida que vaga pela floresta sem dizer suas reais intenções.

-Viu, ela me entende- bateu com a mão nos braços da amiga Snow que só a repreendeu com o olhar novamente

-Mas eu acredito em você… gostaria mesmo de saber porque está aqui, mas se não pode nos dizer, não lhe forçarei a contar seu segredo- Olhou-a com piedade, tinha sentido afeição pela moça desde que a encontraram feriada na clareira. Era com certeza o remorso por ter ferido uma inocente, ao menos era o que pensava.

-Precisamos partir. Não podemos ficar aqui por mais tempo Snow, os guardas ainda estão nos procurando.

-Concordo. Agora que acordou, mesmo que não possa andar por si mesma, nós a levaremos para a aldeia. A vô de Ruby irá cuidar de ti. Você ficará bem.

-Obrigada, mas vocês partirão?

-Não posso ficar muito tempo em nenhum lugar, é arriscado para o povo. Entre a floresta é mais seguro.

-E o bebê?- Perguntou a jovem, enquanto notava um olhar espantado da morena com quem conversava. Sua amiga de mechas vermelhas franziu o cenho desconfiada

-Co-como sabe disso?- Sussurrou Snow, apenas Ruby sabia, a mulher não havia contado nem ao marido. Queria resolver a situação com a rainha má para poder de fato aproveitar sua gestação sem o temor de perder seu bebê.

- Vi mais cedo quando repousou as mãos em seu ventre. É um segredo?- Questionou confusa com a reação das duas a sua frente- Por favor me desculpe, ninguém saberá, eu jamais contarei é uma promessa.- Disse afobada, não queria causar outro desconforto entre suas benfeitoras.

Ruby e Snow trocaram um olhar cumplice e assentiram, as palavras da jovem pareceram verdadeiras.

-Ruby e eu sabemos nos cuidar.- Sorriu ternamente enquanto ajudava a mais jovem a se levantar.

A mulher ferida a princípio teve muita dificuldade em permanecer de pé sentia-se zonza e fraca, mas como estava sendo amparada pelas duas mulheres não chegou a ir ao chão novamente. Mas teve certeza que em algum momento desmaiou, pois não se lembrara de como havia chegado na aldeia. Já deitada numa cama macia, coberta por mantas aquecidas e um suave aroma de hortaliças ao forno, a jovem abriu os olhos e se espantou com a vista a sua frente: Não estava na aldeia.


 

~

Distante da floresta, em seu castelo uma rainha pensativa ainda remoía os acontecimentos de dias atrás. Fora salva por uma jovem desconhecida que desapareceu ferida por entre a mata depois. Quem era aquela desconhecida?- Ela se perguntava- Por que se arriscar para salvar a vida de uma mulher que esmagava corações por divertimento? E se já estivesse morta perdida pela floresta?- Muitas questões surgiam ao passar dos dias na mente da jovem monarca.

Sua guarda inútil não conseguia sequer encontrar uma mulher machucada, que dirá Snow. Bufava frustrada. Sua vingança estava demorando e sempre que se aproximava da enteada a mesma sempre conseguia fugir- Será que nunca serei feliz? Se questionava impaciente.

Saindo de seus devaneios caminhou até uma bancada próxima a sua cama. Em cima havia um objeto mágico, olhou para ele por alguns minutos e se dirigiu a janela do cômodo. Utilizando o objeto encantado chamou quem deseja que aquela noite saciasse seus desejos sexuais. Precisava afogar a frustração de alguma forma e nada lhe dava mais ânimo depois de uma noite repleta de luxuria e orgasmos.

Longe do castelo real o chamado foi ouvido e mesmo contrariado foi atendido. Alguns minuto se passaram, Regina aproveitou para tomar um longo banho perfumando sua pele e sem seguida vestiu um hobie preto transparente, se jogou na cama e ficou aguardando até sua companhia chegar. Sua vontade aumentou exponencialmente quando viu a sua frente aquele ser suado com cheiro de mato e alguns galhos e folhas presos por entre os cabelos.

-Demorou- Disse a rainha maliciosamente observando fogosa a sua presa.

-Estava longe- uma resposta sem emoção foi proferida.

-Sabe do nosso acordo- Relembrou a rainha fazendo biquinho e caminhando pela cama até ficar de frente com quem lhe daria prazer esta noite. Enlaçou-lhe o pescoço e arrancou um beijo excitante puxando o lábio inferior ao se afastar.

-Não poderia esquecer ma-jes-ta-de- Uma resposta ríspida em uma voz rouca que tinha se ‘animado’ com o beijo da rainha.

-Obediente, gosto disso- Sorriu de canto, os olhos escuros transbordando desejo.- Me possua- Ordenou caminhando pela cama de quatro, sentou-se convidando aquela pessoa a se juntar a ela. Deixou deslizar uma parte de seu hobie e o seio esquerdo ficou a mostra, enquanto ela mantinha o olhar a sua frente. Via o desejo que causava, tinha pleno conhecimento do quão sexy era e utilizava seus atributos para conseguir o que queria. Nesta altura seu sexo pulsava de tesão, com aquela visão e o beijo já se sentia molhada, a monarca precisava se aliviar.

O problema era que no dia seguinte sempre acordava sentindo-se com vontade de mais. A libido da rainha era insaciável e todos do reino sabiam disso. Poucos eram os privilegiados e convidados a conhecer os aposentos reais. Mas aqueles escolhidos, mesmo que a princípio fossem contrariados, acabavam por aproveitar do fruto proibido da soberana. Regina era fogosa na cama com a mesma intensidade com que perseguia sua enteada e nada lhe faria desistir disso.

Vendo a mulher na cama semi nua a companhia da rainha engoliu em seco e foi para cima dela como um animal no cio.


 

~


 

Logo após a partida das mulheres rumo a aldeia, Snow e Ruby que amparavam a jovem inconsciente em seus braços ouviram o som de cavalos se aproximando. Sentiram seus corpos endurecerem e a respiração ficar descompassada. - O que faremos?- Perguntou aflita Snow. Se fossem só as duas elas habilmente conseguiriam se esconder e despistar os guardas da rainha, porém, elas não estavam só. Havia uma mulher ferida em seus braços. - Não podemos deixa-la aqui. O que está fazendo?- sussurrou a mulher de mechas vermelhas.

-Temos que escondê-la, vem…- Sibilou a princesa para a amiga que mantinha-se estática- Deixaremos ela aqui. Pegue folhas secas, depois voltamos para resgatá-la, senão todas nós seremos pegas. Rapido Ruby, eles estão se aproximando.-

Foi obviamente questão de segundos, assim que as duas mulheres deixaram o corpo da jovem escondido entre duas árvores e encoberto por folhas secas, dando-lhes pouquíssimo tempo para se distanciarem, os cavaleiros negros da guarda da rainha chegaram no local.

-Pensei ter ouvido sussurros- Disse um dos guardas- Deve ter sido apenas um animal. Vamos!- Gritou para os outros.

-Senhor?- Uma dos guardas mais franzino que acompanhava o grupo, chamou seu superior- Há algo entre as árvores. - E apontou para um montinho de folhas secas que se mexeram no mesmo momento.

Com a voz grave do homem a jovem moça gemeu baixinho, mesmo inconsciente sentia as dores dos feriamentos. O que não passou desapercebido por um dos guardas ali presentes. Foi enquanto mexeu-se involuntariamente que fora descoberta. Snow e Ruby já estavam distantes para saber o que se passava ali.

-Mas vejam só o que encontramos- Disse o homem mais velho já descendo de seu cavalo.- Não é Snow White mas acredito que nossa rainha ficará satisfeita em saber que encontramos sua defensora. Carreguem-na para a cabana, não a levaremos para o castelo ainda.

-Mas Senhor…?- Um dos soldados inciou

-Não me desobedeçam. É uma ordem. Quero saber quem ousou salvar a rainha. Disse o homem desconfiado observando a jovem ser levada até um dos cavalos naquele local.

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Notas Finais


E então, devo continuar?


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