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História Unique - Capitulo 3


Escrita por: Nikant

Notas do Autor


Cap. importante, sei que ficou longo, mas é o tipo de cap. que precisa ser sentido e não só lido. Então me perdoem.
Ouvi Apologize- Timbaland ft OneRepublic
Boa leitura

Capítulo 3 - Capitulo 3


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Ao chegar no castelo suntuoso da rainha, a jovem desacordada pela imensa dor e perda de sangue, foi levada para um quarto pequeno próximo aos quartos dos criados. Acordou assustada quando sentiu alguém mexendo em ti. Felizmente ao contrário do que pensava não era um guarda, ou até mesmo pior o comandante dos soldados. Ao seu lado havia uma senhora com semblante terno, lhe sorriu passando tranquilidade e assim acalmando o olhar assustado da moça.

A forasteira pode notar pelos objetos trazidos pela mulher, bem como pela agilidade que mostrava, que aquela senhora deveria ser responsável por cuidar dos feridos, uma enfermeira, confirmou. Teve seu novo ferimento limpo, ainda com a flecha infincada em seu ombro. Desta vez, a ponta não ultrapassou o que apenas aumentava a dor. A senhora deu-lhe uma toalha para ser colocada na boca. A menina a olhou em desespero já prevendo o que viria adiante. Mas acatou.

Assim que a enfermeira cuidadosamente encostou na lança, a menina gemeu baixinho. O ruido foi aumentado gradativamente a cada centímetro que era puxado para fora de sua carne. Toda a ala dos criados e uma parte do castelo pode ouvir os gritos agudos da jovem. Até mesmo Regina, por não estar em seu quarto e sim no salão principal. A agonia cessou, mas por pouco tempo.

Assim que a flecha foi retirada o sangramento aumentou. A enfermeira soube por experiência que uma ferida como aquela não saturaria caso fosse apenas costurada. Pelo contrário, continuaria aberta por dentro, debilitando ainda mais a jovem, até que por fim ela não resistiria. Havia apenas uma saída. A senhora caminhou até sua bolsa de utensílios e retirou uma faca de ferro. Esquentou a ponta no fogo, enquanto olhava para a criança— Pensou, afinal a menina era tão jovem.

Deitou a enferma na cama, colocou-lhe outro pano na boca e a amarrou com cuidado. A jovem sabia o que viria pela frente, queria perder a consciência para não passar por tamanha dor, porém, lá estava ela desperta e apavorada, vendo toda a preparação para sua tortura/salvação. A senhora aproximou a faca e encostou o ferro na pele da menina. Esta gritou até perder o folego, já sem forças desmaiou. Deu assim a chance para a enfermeira terminar os procedimentos.

Algumas horas se passaram quando a senhora conseguiu diminuir a febre da menina, que agora dormia tranquilamente. Fora lhe colocado uma mistura de plantas em seu ferimento, ajudariam na cicatrização. Na parte de fora do seu quarto, um soldado foi designado pela própria rainha a vigiar a recém-chegada, bem como, prestar-lhe assistência caso ela necessitasse.

 

~

A rainha má após os gritos cessarem foi para seus aposentos. Se ela quisesse poderia curar a enferma, contudo, haviam muitas duvidas em sua mente. Mal havia se livrado das ultimas e lá estava novamente pensando naquela que salvou-lhe a vida. Pela segunda vez aquela jovem desconhecida pulava na frente de uma flecha para impedi-la de ser atingida. Nem mesmo a fúria por Snow foi capaz de aplacar toda a confusão que se formava nos pensamentos da soberana.

Revidaria claro, precisava deixar seu povo ciente de seu poder para que aquilo não voltasse a se repetir, contudo, esta era a menor de suas preocupações. Na primeira vez acreditou que a moça não lhe reconheceu e por isso a salvou, no entanto, a pouco seus caminhos se cruzaram novamente e lá estava a menina salvando-lhe a vida mais uma vez. Por que? Pensou. Como se recuperou tão rápido? Quem é ela? O que quer?-Inúmeras perguntas surgindo e todas sem respostas. Chamou o caçador.

—Mandou me chamar majestade?- Disse Graham ao entrar no aposento real. Estava preocupado, suspeitara que sua rainha havia descoberto sua falta de lealdade. Se assim o fosse, essa era a hora de sua morte e pelo o que conhecia da monarca, sabia que sofreria muito antes de ter seu coração finalmente esmagado. Engoliu em seco esperando a resposta.

Quero que fique com ela. Que cuide-a. Assim que a forasteira conseguir ficar de pé, traga-a até mim. Ninguém poderá tocá-la, muito menos irá interrogá-la a não ser eu- Falou firme- Estamos entendidos caçador?- Perguntou intimidadora. O homem apenas assentiu com a cabeça e foi em direção ao quarto da menina. A encontrou desacordada e lá permaneceu velando seu sono até o amanhecer.

 

~

Distante do castelo, num lugar afastado pela mata. Snow, David e Ruby seguiam caminhando em silêncio. Não era preciso dizer, podia-se sentir de longe a tensão que pairava no trio. Sabiam que pela hora Robin já deveria ter feito como o combinado.

Precisavam apenas da confirmação do caçador para retornar a um lugar seguro e retomar o reino. Graham utilizaria um apito pequeno, mas com alcance inimaginável para a audição aguçada da loba. Assim, eles saberiam quando a vida da rainha fosse ceifada.

A princesa deixou algumas lágrimas caírem, ela não queria que fosse assim. Mas a muito deixara de pensar em seu querer para dar prioridade ao bem estar do seu povo e ao seu bebe que estava crescendo em seu ventre. Foi pensar na criança que Snow parou angustiada, sentia seu corpo tremer, o coração apertar. O que sua filha pensaria da mãe ao saber que ela planejou a morte da madrasta?- Ela se questionou. Charming e Ruby pararam para olhar a morena de semblante aflito.

—Snow não fique assim meu amor- Disse o marido preocupado já sabendo a reação da sua esposa.

—N-não, vo-você não enten-de- Soluçou entre o choro que não conseguia mais conter.

—Agora já é tarde minha querida, certamente já foi feito. Não temas, foi melhor assim- Tentava consolá-la.

—Não. Como pode dizer isso? O que dirão…

—O povo entenderá. Não se preocupe com isso, estamos juntos. Não é sua culpa Snow- O príncipe interrompeu a amada para enfatizar o que pensava. Ninguém a culparia pela morte da rainha, pelo contrário seriam gratos pelo fim daquele terror.

—O que nosso bebê pensará de nós Charming?— Questionou de supetão pegando o marido de surpresa. O loiro arregalou os olhos, perdeu o ar, estava apenas assimilando a notícia que abruptamente acabou de receber. Para a princesa, após a morte da rainha, não precisaria mais esconder a gravidez. Não contou conforme planejara, porém, a culpa que estava sentindo a desestabilizou emocionalmente a ponto de cuspir a revelação mais feliz de sua vida, aliás da vida dos dois.

—Vo-você está me-me dizendo que está grávida?- Charming gaguejou voltando de seus pensamentos. A mulher apenas assentiu, agora mais lágrimas escorriam pelo seu rosto. O homem suspirou incrédulo, ajoelhou na frente da esposa, fitou a barriga dela com devoção. —Um bebê? Um filho meu Snow?- Ele dizia emocionado. Sempre quis ser pai e agora a mulher que amava lhe dava a melhor noticia de sua vida. A noite realmente não poderia ficar melhor, ele pensou, então depositou um beijo terno no ventre da princesa. Ruby foi caminhar pela redondeza deixando o casal apaixonado á sós.

Charming e Snow conversaram muito assim que a princesa conseguiu se acalmar. Ela contara-lhe todos os cuidados que estava tomando desde que descobriu a gravidez. Também pediu desculpas pelo segredo, mas justificou dizendo que esperaria pelo fim de seus temores, ou seja, pela morte da rainha, para contar ao esposo essa novidade, que certamente traria muita alegria a eles e ao reino. O marido a perdoou, com a promessa de que agora em diante cuidaria de sua esposa e filho com ainda mais amor.

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Graham não respondera. Ruby inquieta andava de um lado para o outro com receio de que o plano tivesse falhado. Caso contrário por que o caçador demoraria tanto para alertá-la. A menos é claro que a rainha estivesse agonizando de dor. Se acalmou com este pensamento. Mas então outro veio-lhe a mente e a loba sentiu seu corpo todo estremecer. Seu instinto pensara na jovem que foi embora de modo suspeito logo após eles decidirem partir. E se ela ouviu o plano e deteve a rainha de sua morte merecida?— Questionou desconfiada.

 

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No castelo, o homem assim como fora incumbido pela soberana, permaneceu ao lado da jovem por toda a noite. Admirou sua beleza jovial e se questionou inúmeras vezes. O que dera de errado? Ela salvou a rainha ou só estava no lugar errado na hora errada? Será que uma inocente foi ferida?- Essas perguntas o acompanharam por toda a madrugada. Sem contar é claro, no fato da monarca até agora não ter suspeitado dele, nem de nada. Quando amanheceu e a mesma continuou dormindo, ele achou prudente sair da guarda, tirou alguns minutos para avisar, através do apito, Ruby.

 

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O casal dormia despreocupado no chão, ambos abraçados, deixando o calor do corpo os aquecerem. A loba retornou após caminhar e também repousou próximo aos amigos. Foi desperta quando sua audição aguçada sentiu um ruido distinto, familiar. Acordou e abruptamente se colou de pé. Como fora combinado, dois apitos seguidos indicariam que a rainha está morta, um apito longo e distante um do outro indicaria que ela ainda respirava. Ouviu atentamente o código, não podia crer.

Snow acordou com o movimento agitado da amiga, quando seus olhos encontraram os amendoados apavorados, a princesa soube que algo dera errado. Ruby não sabia nem por onde começar, a angustia da noite anterior percorrendo seu corpo. O que seria de Snow agora?- Ela pensou. Regina viria com a ainda mais fúria atrás da princesa. Reuniu forçar e encarou-a.

—Eu- eu não entendo. O apito longo. Eu… Snow, ela está viva. Por algum motivo a rainha ainda está viva- Sua voz saiu num fio, a esperança inexistente. A princesa a observou aflita, suspirou pesarosa antes de acordar o marido. O que seria de seu bebê?- Ela pensou. Ao receber a notícia Charming não soube o que dizer, apenas abraçou a mulher ciente de que- não importa o que aconteça, ele a protegeria, assim como seu bebê.

 

~

Dois dias se passaram desde que a menina foi levada para o castelo, estava sendo cuidada pela enfermeira. Teve febre assim que amanheceu no primeiro dia, seu curativo foi trocado, e até mesmo um banho de caneca foi dado com ela ainda inconsciente, pois o ferimento desta vez era mais grave. Graham deixou o quarto na hora do banho. Depois de avisar Ruby, ele não mais se ausentou. Queria estar presente quando a jovem acordasse. Contrariaria as ordens de sua rainha, ele seria o primeiro a questioná-la. E assim aconteceu quando a menina acordou.

—Oi- Ele pode ouvir a voz angelical, porém fraca da jovem.

—Olá- Respondeu com calma.

—Onde eu estou?— Perguntou sentindo-se perdida no espaço tempo.

—Você se feriu e foi trazida para o castelo da rainha- Ponderou as palavras para não assustar a menina. Por outro lado a forasteira deixou-se inundar pela informação e sua mente aos poucos foi lembrando o que aconteceu. Num subito momento arregalou os olhos, olhou para todos os lados, ao se lembrar de onde estava e por que.

—Por favor acalme-se. Não tem o que se preocupar, está segura- Ele tentou tranquilizá-la.

—Por que eu ainda estou aqui?- Questionou aflita. Pelo o que conhecia e ouvira da temida rainha, nessa hora era para ela estar morta e não ali sendo observada por um guarda real.

—Minha rainha deseja lhe falar- Explicou

—Hum... sabe me dizer o que ela quer comigo?- Ponderou

—Não faz ideia do que seja?- Indagou já prevendo a resposta.

—Talvez- Respondeu sapeca. Assim como fugira na primeira vez por notar o interesse da rainha em ti. A jovem sabia que por salvar a vida da monarca pela segunda vez, traria lhe ainda mais visibilidade, e com ela perguntas que a menina não poderia responder, não ainda.- Mas por que ela mesma não está aqui em vez de você?- Questionou

—Minha rainha deseja que se recupere antes lhe interrogar.- Explicou. O homem não conseguia tirar os olhos da menina. Ela parecia ainda mais angelical do que quando dormia. Não pode evitar de se preocupar com a vida dela quando a monarca colocasse suas duvidas em dia.

—Ela não pretende me matar?- Intrigada com a ‘novidade’.

—Se quisesse sequer estaria aqui agora- Respondeu, pode notar que a menina engoliu em seco- Mas está certa em temê-la.- Alertou. Ela o olhava curiosa. Um olhar juvenil cheio de esperança- Ouvi por aí que o comandante Anfeu tentou interrogá-la- Disse sondando. A jovem novamente arregalou os olhos.- Acalme-se ele não está aqui. E mesmo que estivesse só eu e Celeste (enfermeira) temos a permissão para adentrar neste quarto- suspirou aliviada.—Mas também ouvi dizer que não foi totalmente sincera com ele.-

—Eu não tenho culpa que aquele bruto não acreditou em mim- Respondeu sem cair na conversa que o homem a conduzia. Pelo o que Graham ouviu, ele pode concluir que a menina ocultara a verdade. Pela reação da mesma a sua frente agora, pode confirmar. Portanto, resolveu alertá-la.

—Compreendo. Mas gostaria de lhe dar um conselho.- A menina assentiu ouvindo atentamente o homem que estava sendo gentil com ela Tão diferente dos demais guardas que conhecera.- Quando for chamada a falar com a rainha, seja sincera para o seu próprio bem. Ou então crie uma história convincente, caso contrário não gostará do que vai lhe acontecer.- Suspirou com pesar-

—Mesmo que eu conte a verdade se a rainha não acreditar o que poderei fazer? A morte é o pior que ela pode me causar, independente das torturas- Respondeu com sabedoria. O homem considerou suas palavras antes de continuar, conhecia bem aquele pensamento jovem e esperançoso, tivera um dia, mas faz muito tempo.

—Antes fosse menina.- Bufou frustrado- A morte seria o menor de seus problemas. Acredite quando eu digo que a rainha possui meios de mantê-la presa aqui, vagando como um fantasma sem ambição alguma, mesmo que continue andando “livre” por aí.

—O que quer dizer com isso?- Indagou desorientada.

—Pertencerá a ela, fará suas vontades mesmo que sejam contra os teus princípios. Controlada como uma marionete- Explicou o caçador. Seu olhar era distante pensando a própria vida. Isso era vida? Ele se perguntava. Bateu em seu peito algumas vezes antes de fitar os olhos intrigados da menina- Oco.- Respondeu e ela perdeu o ar ficando boquiaberta. Ouvira algumas histórias sobre a rainha arrancar corações, Charming havia lhe contado, agora entendia o que o homem a sua frente estava querendo lhe dizer. Engoliu em seco mais uma vez.

—Ela arrancou o seu coração- Afirmou assustada

—Pior- Suspirou com pesar- Por meio dele a rainha me controla.

—Mas por que… o que houve?- Questionou curiosa. Graham considerou por alguns minutos. Pensava se deveria ou não lhe contar sua história. A menina envergonhada abaixou a cabeça, desistiu de saber pela resposta silenciosa que obtivera do rapaz. Ela não sabia explicar, mas desde que acordara em vez de sentir medo por onde estava, pelo contrário, se sentia confortável na companhia do rapaz. Ele falava sem paixão, era apenas uma voz breve num tom suave, sem vida. Ainda assim parecia ser sincero. Alguem em quem a jovem poderia confiar.

—Algum tempo atrás a rainha precisou de um caçador para capturar uma certa presa, desde então estou aqui- A menina franziu o cenho sem entender. Notando o olhar dela, o rapaz fez um gesto com as mãos para que ela falasse.

—Não compreendo. Se obteve exito por que a rainha o aprisionaria? Assim como se falhara por que não esmagou de vez seu coração?- Foi sincera

—Satisfação sexual- Respondeu sem ânimo. A menina corou envergonhada. Desviou o olhar para uma janela com grades que notara naquele momento ao seu lado e permaneceu fitando-a. Nada mais foi dito sobre este assunto, não precisava. Algum tempo se passou até a jovem romper o silêncio.

— Estou com fome- Comentou sem jeito. Graham balançou a cabeça, como quando alguém esquece de algo importante. Levantou e foi atrás de comida. Voltou minutos depois com uma bandeja repleta de guloseimas que a menina jamais vira em toda a vida. Sequer sabia por onde começar, estava faminta.

A jovem com feições angelicais e o caçador trocaram palavras por mais algum tempo. Ele não mais fez perguntas sobre a moça. Contara-lhe algumas curiosidades daquela terra, a menina ouvia fascinada. Ela também não ousou questioná-lo sobre sua convivência com a monarca. Em pouquíssimo tempo criaram um laço, talvez fosse compreensão, cumplicidade, compaixão ou como o caçador pensava: respeito, que afinal engloba tudo isso e muito mais.

—Consegue ficar de pé menina? - Ele perguntou. A jovem se surpreendeu com a pergunta repentina, então forçou-se a levantar, mas no mínimo movimento sentiu-se zonza e uma dor sem fim, devido o ferimento. Graham apenas negou com a cabeça, fez um gesto para que ela não se esforçasse mais. Ela assim o fez, repousou novamente na cama. Então o homem pediu licença e saiu, foi avisar sua rainha sobre o estado debilitado da forasteira.

 

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Como fora combinado Ruby, Snow e Charming chegaram a uma região portuária, onde encontrariam com o arqueiro regicida. Era bem distante do castelo da rainha, mas ainda pertenciam a reinos dominados pela temida monarca. Felizmente naquele a sereia Ariel, que um dia salvou Snow de morrer afogada e assim se tornaram amigas, casada com o príncipe Eric daria lhes guarita por algumas noites sem correr o risco de serem importunados pelos cavaleiros reais. O trio estava atordoado, mal podiam conter a ansiedade para ver Robin e saber o que acontecera. Não demorou muito e o arqueiro cabisbaixo chegou.

—E então, o que houve Robin? A rainha ainda vive!- Ruby foi a primeira a falar, o homem ainda caminhava se aproximando do grupo.

—Um imprevisto- Suspirou frustrado- Eu nunca erro, nunca errei!- afirmava o arqueiro tentando se justificar. Fizera o caminho todo pensando em como explicar o que houve. A culpa não era sua, mas sentia-se culpado por não ter cumprido com o que prometera. A princesa Snow confiou nele, era o minimo que poderia ter feito para garantir paz ao reino e uma vida tranquila ao filho. Estava perplexo-

—Conte-nos o que houve Robin- Pediu Charming pacientemente, esticou a mão mostrando algumas cadeiras. Todos se sentaram para ouvir a história. O homem a contou desde o inicio, ou seja, desde quando viu Ruby se afastar e permaneceu a espreita aguardando a rainha, por fim falou em como inesperadamente alguem surgiu por entre as árvores e se atirou na frente da flecha.

—Um cavaleiro?- Questionou incrédula Ruby. Seu instinto dizia que tinha algo muito errado nessa história.

—Sim, usava uma capa preta igual ao da guarda real. Simplesmente pulou na direção da flecha e foi rolando até a beira da estrada. Tive que me esconder quando os demais soldados foram procurar pela mata.- Dizia com calma, estava aflito, passou varias vezes as mãos entre os cabelos. Olhava para sua mão e para o arco sem crer que pela primeira vez errara.- Mas eu prometo princesa, este erro não voltara a acontecer. Ficarei atento e na primeira oportunidade selarei a promessa que lhe fiz: matarei a rainha!

—Não. Não Robin, agora é tarde demais. Ela sabe, não será mais pega de surpresa. Estará pronta e virá com ainda mais fúria- Snow fitava o horizonte, uma mão repousada sobre o ventre e a outra entrelaçada com a do marido. Sabia a princesa que a situação acabara de ficar pior. E se o senhor das trevas estivesse certo, e se a rainha vencesse afinal?- Ela estremeceu lembrando da previsão feita pelo sombrio, na noite em que ajudaram Cinderela e Thomaz a capturá-lo.

—E então o que faremos?- o arqueiro perguntou olhando a face atormentada de cada um do grupo a sua frente.

—Encontraremos um novo jeito…- Disse Charming conformado. O príncipe só conseguia pensar em sua esposa e no bebê que ela carregava. De agora em diante a barriga cresceria ainda mais, logo alguém perceberia, logo Regina saberia e então poderia tentar algo contra a vida da criança. Ele não permitiria, nem que para isso fosse preciso ceifar a própria vida.

 

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Na manhã seguinte, ao acordar, a jovem observou o caçador dormindo desajeitado em uma cadeira. Estava todo encolhido e tinha a cabeça escorada na parede. Certamente dormira de cansaço por ter permanecido, desde que a menina chegou ao castelo, ao seu lado. Ela sorriu agradecida pela companhia do rapaz. Tentou se mover mas sentiu uma dor dilacerante no ombro- Oras, está piorando?— Ela pensou. Na verdade, e ela só foi descobrir mais tarde quando a enfermeira entrou, é que o ferimento estava se curando, porém a região em volta ficaria roxa e dolorida por mais um tempo.

Deste modo mais um dia se passou com a forasteira deitada sem quase se mover. Felizmente para lhe distrair Graham permaneceu no quarto. Ora conversavam, ora apenas aproveitavam o silêncio tranquilo que aquela situação lhes proporcionara. O caçador, mesmo sem coração, sentia-se feliz por ter sido designado pela rainha, a mesma não o chamou em seu quarto e nem lhe delegou outra tarefa que infligisse seus princípios. Por três dias ele sequer viu a soberana, apenas lhe informara sobre o estado de saúde da menina e em seguida voltava ao posto. Estava assim se afeiçoando a garota, queria protegê-la, tirá-la de lá antes que fosse tarde demais.

Mais dois dias se passaram, era então o quinto dia desde que a menina chegara ao castelo e estava sendo cuidada por Celeste (enfermeira). Regina permanecera em seu aposento, delegou algumas funções a seus guardas, mas manteve-se pensativa por todo esse tempo. Os guardas estranham a reação, ou melhor, a falta de reação da rainha em relação ao que acontecera. Duas tentativas de assassinato e ela permanecia no castelo em silêncio. Para infelicidade dos aldeões a paz não durou muito mais que uma semana, duas vilas foram completamente incendiadas, seus moradores torturados e fuzilados, poucos foram deixados vivos para contar o terror cometido por ordem direta da monarca.

A rainha má queria que todos soubessem de seu poder, queria que a dizimação das vilas chegasse aos ouvidos de Snow, pois conhecendo a princesa como conhecia, sabia que ela se sentiria culpada. Assim, a rainha teria ao menos um pouco de satisfação. E mais tempo para bolar outro plano terrível para capturar sua enteada.

 

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Quando a jovem acordou aquela manhã notara que o guarda não estava mais em seu quarto, se perguntou se ele havia saído cedo ou se fora chamado aos aposentos da rainha- corou com este pensamento. No entanto, sorriu ao vê-lo entrar com uma bandeja repleta de comida, estava faminta. Na verdade, desde que chegara ao castelo estava se alimentando muito, até mais do que precisava. A comida era tão saborosa e nova em seu paladar. A menina queria provar tudo.

—Oi caçador- Disse animada

—Bom dia forasteira- Ele brincou, depositou a bandeja no calo da menina.

—Olhe só isso- Ela chamou a atenção do homem para o movimento que executara. O ombro permanecia enfaixado e dolorido, porém, ela já conseguia mover o antebraço sem se contorcer de dor. Tinha até se ajeitado sentada na cama sozinha esta manhã. O sorriso aberto ao mostrar o pequeno progresso que tivera. Graham sorriu breve, sabia que com a recuperação da menina o destino da mesma estaria em risco, não poderia impedir a rainha de vê-la. Foi somente após o café da manhã, quando saiu para levar a bandeja e ao retornar que o caçador teve seus temores prestes a acontecer.

— O que está fazendo?- Perguntou preocupado. A jovem segurava-se com uma mão na parede e forçava-se a ficar de pé.

—Eu-eu to andando- Ela disse quando conseguiu dar alguns passos em direção ao amigo. A pele branca do homem empalideceu ainda mais, e a menina notara- O que foi? Não está feliz por minha melhorar?- Questionou confusa.

— “… Assim que a forasteira conseguir ficar de pé, traga-a até mim. Ninguém poderá tocá-la, muito menos irá interrogá-la a não ser eu...”- Ele disse como se estivesse enfeitiçado, repetira as palavras ditas pela rainha. O sangue da jovem congelou ao entender o semblante do amigo.

Como ordenado, Graham subiu em silêncio e com pesar até o quarto da monarca. A avisou sobre a melhora da menina. A mesma o fitou e ordenou que a jovem fosse trazida até ela imediatamente. O caçador esperou a garota se arrumar, depois a guiou pelo castelo até os aposentos reais. Com um olhar triste e voz fraca se despediu antes de abrir a porta.

—Boa sorte- Ele disse, engoliu em seco. Ela assentiu, podia notar a tristeza no olhar do rapaz. Queria poder dizer algo para acalmá-lo no entanto nem ela sabia o que a esperava, não podia mentir, tinha apenas o desejo em seu coração de voltar a rever o caçador um dia. A porta se abriu e ela adentrou ao cômodo.

 

Assim que cruzou a grande porta que dava passagem para o quarto da rainha, o coração da jovem que nessa altura batia descompassado de súbito se acalmou ao ouvir uma voz conhecida: - É chegada a hora minha menina, a rainha não pode saber da verdade ou estará em perigo, sua missão ainda não terminou… Cuidado com o sombrio!Reconheceu a voz de sua grã mestra, por um momento não compreendeu o que ouvira: Por que temeria o sombrio?- Questionou, afinal estava indo ao encontro da rainha. Balançou a cabeça, suspirou de olhos fechados deixando-se acalmar.

—Entre- A voz rouca da monarca se espalhou pelo ambiente chamando a atenção da menina. Foi só então que abriu os olhos para encarar o ambiente.

O quarto real era escuro, possuía cortinas pretas e vermelhas, uma cama espaçosa e deveras aconchegante com lençóis de seda na mesma cor das cortinas. Velas iluminavam o espaço, um grande espelho pode ser visto ornando a parede leste, na outra extremidade estava uma janela com varanda que dava visão ao jardim real. A rainha estava sozinha.

Era a primeira vez que ficara de frente com a soberana, diferente daquelas duas noites, dessa vez pode ver nitidamente o rosto da mulher. Pele clara levemente bronzeada,  rosto sublime, lábios grossos e vermelhos, olhos penetrantes no tom de avelã, sobrancelhas delineadas. Apesar das feições sérias a jovem se impressionou com tamanha imponência e perfeição. Pensara que ela era uma senhora de meia idade amargurada, afinal assassinou o próprio marido mais velho- Descobriu conversando com Graham. No entanto, a dama a sua frente ainda estava no auge de sua beleza- Deve ter se casado muito cedo— pensou a menina a respeito.

—Quem é você?- Perguntou observando a jovem se mover desajeitada, provavelmente pela dor. Regina  agora podia contemplar adequadamente a pessoa que lhe salvou a vida e tudo que havia pensado caiu por terra. Era uma menina, pequena, franzina, branca e estava tão pálida que a tornava quase transparente. Aquele ser tão indefeso foi atingida duas vezes por flechas em prol da vida da monarca. Regina não conseguia entender.

—Apenas eu majestade- Torceu os lábios timidamente, gesticulou com a mão, o braço que não estava enfaixado apontando para todo o seu corpo e suas vestes simples e surradas pelos dias na floresta.

A monarca ponderou e olhou mais atentamente a camponesa, a roupa que a menina usava era a mesma dos criados do castelo, mas mantinha a manta preta da guarda real, a barra ainda estava suja de  barro da estrada na noite em que fora atingida. No cabelo pode notar leves ondulações, semblante da jovem era humilde, sereno, só então seus olhos se encontraram. Algo naquela claridade inebriante inquietava a monarca. Não soube explicar, as dúvidas apenas aumentaram.

—De onde veio?-Não estava com raiva, nem impaciente, seu tom era cauteloso, na medida curioso.

—De terras muito distantes minha rainha- Disse, não era mentira. Enquanto caminhava até os aposentos reais, a jovem forasteira pensava sobre a rainha. Ouvira muitas histórias a respeito da monarca, sabia que para seu bem deveria mencionar o título da soberana em sinal de respeito e rendição. Entretanto, assim que adentrou e vislumbrou a mulher mais velha, a presença suntuosa dela, a reverência se tornou automática. 

O que fazia na floresta… Na primeira noite em que nos encontramos?- Regina tentou outra abordagem para evitar as respostas evasivas da jovem. Acreditara nela, porém o que a menina dizia não chagava nem perto de sanar as duvidas da rainha. Começou do inicio. 

—Pernoitava- Suspirou- Ouvi pessoas correndo pelas árvores. Só então a vi, sem saber que era vossa alteza- Explicou demonstrando respeito, passando firmeza.-Fiz o que achei ser correto e lhe derrubei para não ser atingida— Os olhos encontraram os da monarca, pode sentir a duvida sem ódio, sorriu com este pensamento. A mulher mais velha percebeu o sorriso e inquietou-se com o gesto.

—Em seguida?- Sugeriu para que a menina continuasse a narrativa.

—Fui capturada por soldados de sua guarda minha rainha- A morena se mexeu em seu assento, arqueou uma sobrancelha nitidamente incomodada- Anfeu tentou… tentou me interrogar- Falou envergonhada, preferia esquecer o que quase aconteceu- Consegui fugi durante a madrugada enquanto os soldados dormiam, foi assim que peguei essa capa. Graças a um dos cavalos que roubei encontrei a estrada do rei. — Falava pausadamente, podia sentir suas pernas tremerem, não de medo, mas sim por estar próximo a monarca imponente.- Notei um homem entre as árvores e achei melhor me esconder, pensei que fosse um cavaleiro- Mentiu, a fala acelerou, corou, pois sabia que era uma pessima mentirosa, isso sempre acontecia quando mentia. Então se controlou para manter a calma e prosseguir.- Novamente vi alguém na mira da flecha e me atirei para evitar que o pior acontecesse.

—Como se curou tão depressa na primeira vez?- A monarca estava incerta após o relato da jovem, mas ainda estava disposta a ouvi-la antes de sentencia-la.

—Os guardas minha rainha- Engoliu em seco, não diria que fora por magia.— Uma mistura de ervas, acredito.-

Por mais que Regina soubesse que havia algo na história contada pela moça que não se encaixava, de certa forma soube que a menina lhe contara parte da verdade. Levantou-se magnânima e chamou um de seus guardas. Nada foi dito até um homem entrar e se deparar com a jovem. Esta arregalou os olhos desconfortável.

—Comandante você a interrogou sem o meu consentimento?- A soberana perguntou a Anfeu. O semblante amedrontador fazia o velho homem tremer como um garotinho assustado,

—Sim alteza, mas posso explicar…- Balbuciou desesperado.

—Ordenei que a trouxessem direto a mim. Foi contra uma ordem expressa dada por sua rainha?- Intimidou aproximando lentamente. O Andar ameaçador.

—Me perdoe majestade, não voltará a aconte…- Sequer terminou de falar quando a mão da monarca adentrou em seu peito e arrancou-lhe o coração. A jovem a olhou apavorada não podia imaginar  que  o pior estava por vir.

—Oh, tenho certeza que não Anfeu.- Disse cínica apertando o órgão pulsante, pode sentir ele se desintegrando em sua mão até virar pó. Do homem a sua frente só restou o ultimo suspiro e então jazia morto no carpete de pele do quarto.

A menina tremia angustiada, nunca havia presenciado um assassinato. Sua voz se perdeu, a boca abria e fechava varias vezes sem nenhuma palavra ser dita. Jamais pensara presenciar algo tão brutal. Regina então voltou sua atenção a garota, notando o incomodo moveu as mãos, o corpo do morto desapareceu do ambiente. A jovem ainda fitava o local onde o homem caira, sua respiração descompassada denunciava sua total falta de controle e pânico.

—Não terá mais que se preocupar com ele.- Falou rispida- Agora prossiga, como soube onde me encontrar?- Aguardou alguns minutos ate a forasteira se recuperar.

—Eu-eu não… não sabia alteza- Permanecia imóvel com o olhar distante, mas disse a verdade, realmente não sabia, apenas deixara o destino lhe guiar.

—Quer que eu acredite que por sorte me salvara a vida?- Debochou irônica, involuntariamente abriu um sorriso.

—Alteza com todo o respeito, penso que nada que eu diga lhe fará acreditar em mim. Sou apenas uma forasteira, fui criada por anciões nos campos verdejantes de terras distantes, nunca havia saído de lá, nada conheço daqui. Jamais presenciei uma morte- Confessou com a voz embargada, lagrimas se formando entorno dos olhos-   Eu cuidava das galinhas, alimentava os porcos, colhia os legumes e até sei preparar um ótimo ensopado- Recordou-se saudosa, agora as lágrimas eram inevitáveis- Quando fui escolhida para servir a grande anciã meus deveres mudaram, passei  a aprender sobre literatura, história, alquimia... - Omitiu é claro que aprendera sobre magia também- Aprendi tudo que minha senhora achava prudente me ensinar. Eu jamais me imaginei viver em outro lugar sem ser onde cresci, no entanto me foi dada a oportunidade de conhecer o mundo, de trilhar minhas próprias aventuras e retornar um dia se for de minha vontade- Fez uma longa pausa-  A poucos dias iniciei minha aventura e nossos caminhos assim se cruzaram. Não acredito em sorte, talvez o destino tenha me escolhido para lhe salvar, pois aquela não era sua hora de partir… não cumprira vossa missão ainda- Seus olhos se encontraram e a rainha sentiu a batalha travada dentro da garota, parecia saber algo importante, mas reprimia. Parecia querer correr e se esconder embaixo da cama, como uma menina assustada, no entanto mesmo tremendo se mostrava firme, o punho cerrado, lágrimas começaram a escorrer.

Regina se arrepiou com o relato da jovem, a emoção em cada palavra era verdadeira, o que infelizmente não explicava o fato de ter salvado a monarca por duas vezes. Coincidência?Não, Regina não acreditava no acaso.

A monarca se aproximou da jovem e secou-lhe o rosto com o própria mão.- Mas que diabos estou fazendo?- pensou. A criatura frágil a sua frente se mostrava tão indefesa que a rainha simplesmente quis ampará-la. Quebrou os próprios muros ao se aproximar, mas recuou ao ver a jovem dar um passo para trás. Lembrou-se quem era, o quão temida era, voltou a pose inicial. Uma duvida em especial martelava na mente da rainha, mas resolveu não tratar disso agora.

—Qual o seu nome?- Perguntou suavemente

—Eu não tenho nome- Ponderou pensando, afinal em seu lar sempre fora chamada por sua grã mestra de menina ou minha criança. Entre os demais jovens todos a conheciam por aprendiz da grã sacerdotisa.- Ou se tenho não me lembro- Continuou com sinceridade.

—Isso é incomum-  Suspirou pensativa

—Deixe-me ficar, posso servi-lá e assim provar que sou confiável- Disse a jovem, pegando a rainha de surpresa.

—Por que faria isso?— A voz saiu exasperada. 

—Porque é a segunda vez que lhe salvo a vida!  Eu fiz um juramento em minha terra,  não posso me abster diante de dois atentados a vossa vida. Por favor senhora, deixe-me servi-lá.- A jovem forasteira, um pouco assustada, achou melhor ser sincera. Suplicou para ficar no castelo, conforme seu coração a guiava. -Era onde deveria estar.

Regina permaneceu parada por mais tempo do que pode notar. Aquela menina, inocente e misteriosa, suplicava para servi-la, deixando-a com os pensamentos desorganizados. Antes que pudesse responder uma fumaça surgiu no quarto da monarca.

—Rumpelstiltskin!– Falou a morena virando-se para o homem- Pensei que estivesse preso, o que faz aqui?

—Olá queridinha- Sorriu- Sempre estou onde deveria estar. Agora mesmo estou aqui- Riu diabolico enquanto gesticulava com as mãos. Por algum motivo Regina notou que ele olhava apenas em sua direção, como se sequer se importasse com a jovem ao seu lado. Deu de ombros, não seria a primeira vez que o senhor das trevas ignoraria alguém insignificante para seu plano.

—O que quer?- Perguntou impaciente. Ela tinha assuntos mais interesses naquele momento do que se importar com os enigmas do bruxo.

—Por que tanta hostilidade? Pensei que tivéssemos um acordo.- Relembrou do trato que fizeram anos atrás, lhe ensinaria magia e em troca Regina o ajudaria a encontrar outro reino.

—E temos. Estou fazendo minha parte- Estava pesquisando mas ainda não obtivera exito, mal sabia que o desejo do sombrio estava na verdade na concretização da maldição das trevas. Por isso ele sempre aparecia, precisa manter-se próximo para garantir que a rainha seguiria o caminho por ele planejado- Se é só isso pode se retirar.- Cuspiu impaciente.

—Calma Regina não tem por que tanta pressa.- Mirou todo o quarto. Será mesmo que ele não vê ninguém?- Se perguntou a rainha.- Tenho algo a lhe dizer.

—Então diga logo.

—Um aviso: o que quer que esteja fazendo apenas tome cuidado, ainda vejo nosso futuro, mas uns dias atrás ele se tornou turvo- Disse intrigado. Havia pensado sobre isso e até o momento não encontrara nenhuma resposta, portanto, achou melhor se precaver e alertar a rainha.  A monarca no entanto, considerou o que o homem disse, mas deu pouca importância. Notando que o assunto havia acabado, o sombrio desapareceu em sua fumaça tão rápido como chegou. 

A soberana permaneceu parada por um instante, até voltar sua atenção a menina que estava pouco atrás.A jovem por outro lado estava pálida, ficara frente a frente com o senhor das trevas, sentiu suas forças quase explodindo dentro de si e entendeu o alerta de sua grã mestra quando o homem citou o futuro.- Ele saberia dela?- Foi o que pensou antes da monarca chamar-lhe a atenção.

—Deite-se- Ordenou a rainha ao virar e fitar a jovem novamente. Caminhou até a cama e fez menção para jovem se aproximar do suntuoso leito.

  A menina corou sem entender a reação da rainha.

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Notas Finais


Sentiram?


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