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História Unique - Quarto 37


Escrita por: KimSeuk

Notas do Autor


Passando rapidinho para postar!!!!
BOA LEITURA!

Capítulo 4 - Quarto 37


Fanfic / Fanfiction Unique - Quarto 37

Chanyeol após escutar aquela frase vinda da ligação do pai de Baekhyun, nunca sentiu seu coração disparar tanto por conta da adrenalina que consumia suas veias. Ele ficou um tanto desnorteado por não saber para onde ir, iria para o hospital? Para a casa do Baekhyun? Seus piores pensamentos estavam tornando-se realidade. Estava com a hipótese de Baekhyun ter tomado a pior decisão de sua vida para conseguir o que os outros queriam em pouco tempo.

Nunca pensou que ele faria isso, aquele sorriso nunca demonstrou uma tristeza descomunal capaz de fazê-lo mudar tanto e sacrificar sua saúde para conseguir alcançar o que os outros queriam para sua vida. Ele resolveu primeiro ir até a casa de seu melhor amigo, pegaria aqueles frascos de remédio e perguntaria ao médico o que aqueles rótulos significavam. Apenas a possibilidade de perder Baekhyun fazia o coração de Park falecer e uma culpa tomar conta de seus pensamentos pelo que tinha feito naquele dia. Não era momento de julgá-lo, ele não estava bem, os olhos dele mostravam que ele não estava bem consigo mesmo e nem com o mundo. Todas as suas ações estavam em nome da vingança por toda humilhação que ele tinha passado em sua vida.

Chegando até a casa de Baekhyun, assim que o pai dele abriu a porta entregando o frasco de remédio tentou entender o nome, mas sem nenhuma ideia apenas guardou no bolso do casaco que tinha pegado para mostrar ao médico mais tarde. Viu pelo olhar do Sr.Byun que ele estava tão preocupado quanto si, provavelmente, o homem estava sentindo-se culpado, pensou Chanyeol.

— Chanyeol o que aconteceu com o Baekhyun? Aquele não é meu filho, ele nunca foi tão agressivo, tão rancoroso e desleixado com a vida desse jeito, nunca teve problemas de depressão. — o homem passava a mão pela testa, parecia suar de nervoso. — Como posso ficar parado como minha esposa me pede para ficar parado quando vejo que meu filho está morrendo lentamente? O que está acontecendo com ele? Você o conhece mais que a gente, ele te falava alguma coisa? Manteve contato com ele esse ano?

— Sr.Byun, imagino que esteja difícil para você essa situação... Eu ainda estou tentando entender, estou tentando aproximar-me do Baekhyun de novo, pois estou querendo ver se ainda conheço alguma parte daquele olhar doce e carinhoso que ele tinha. Eu não sei o que aconteceu nesse ano, mas prometo dar o meu máximo para tentar compreender. — Chanyeol pela primeira vez não teve a firmeza de suas palavras, estava no mesmo terreno sem chão que o Sr.Byun. Estava andando por um caminho cheio de espinhos afim de procurar algum resquício daquele Baekhyun que todos amavam.

— Obrigado, sei que posso contar com você. Vá ao hospital e traga-me notícias, por favor. — pegou uma pequena mala e entregou ao jovem. — Leve essa troca de roupas para minha esposa e diga para me ligar assim que precisar trocar de turno, sei que deve estar cansada.

Chanyeol afirmou com a cabeça que assim faria e novamente se viu dentro de um táxi, olhando para janela e por incrível que pareça estava chorando. Como todos esses anos não tomou uma atitude que parecia ser de apoio? Por que simplesmente não fazia mais do que dizer palavras motivacionais e mostrava a Baekhyun que existia alguém que o amava da forma que ele era e não precisava que ele mudasse nada para ficar feliz? Que era simplesmente completo por aquela personalidade maravilhosa que o menor tinha?

Olhou o vidrinho de remédio e ficou com o nome guardado na cabeça. Baekhyun poderia ter tomado remédios para emagrecer de forma rápida e nada segura? O que ele tinha feito ao longo do ano passado? O que ele tinha passado internamente e externamente?

O que o pai do Chanyeol não tinha visto era que embaixo daquele monte de frascos tinha um caderno e que nele, as perguntas de Chanyeol poderiam se esclarecidas.

 

Dentro daquele ônibus, eu olhava para a janela e enxergava naqueles pequenos respingos de início de chuva, um novo começo para minha vida. Eu queria que todo o tempo parasse para que eu simplesmente pudesse consertar tudo e dar um reset na minha vida. Eu olhava para o meu passado e ficava pensando em todos os momentos que eu simplesmente poderia ter dado um basto e começado a me preocupar mais comigo mesmo, der dado um basta em todas as piadinhas que eu ria quando falavam do meu peso, afinal eu queria me enturmar. Queria ter dado um basta em toda minha ansiedade que provocavam em mim noites comendo sozinho apenas com a luz da geladeira iluminando meu rosto. Eu comia para satisfazer aquele vazio que tinha se transformado em um monstro dentro de mim, eu comia para me sentir feliz enquanto todo mundo ao meu redor era pura tristeza.

Nesse momento eu queria provar para todos que eu sou muito mais do que um garoto que tem uma resposta na ponta da língua. Eu tinha criado um barreira em volta de mim, uma barreira de gordura, para ninguém se aproximar e eu receber um calor humano falso... Pois na Coreia, se você está fora dos padrões, você não consegue alguém verdadeiro para estar ao seu lado.

Ter tomado essa decisão de ter saído temporariamente daquele colégio já tinha feito meu peito esvaziar por todas aquelas emoções negativas, aquele ódio de encarar aqueles mesmos rostos diariamente e receber as mesmas piadinhas engraçadinhas que nunca mudam e que nunca param. Eu estava fugindo? Estava, mas quem não optaria por fugir, se todos os dias fossem massacrados com palavras ou brincadeiras de mau gosto direcionadas a si? Cada dia um apelido era inventado e por mais que Chanyeol me defendesse, ele não estaria ao meu lado todos os anos da minha vida e eu sabia que qualquer coisa que acontecesse comigo, também o afetaria...

Acho que era por esse motivo que eu tive que diminuir meus sentimentos românticos que começaram a surgir pelo meu melhor amigo. Eu o olhava com tanto carinho, ele era aquele que sabia quem eu era, que me conhecia mais do que ninguém, que me decifrava com um único olhar, que era sincero e verdadeiro em todos os momentos, sem medo do olhar das outras pessoas. Ele tinha sua alegria natural que me fazia bem e caso acontecesse alguma coisa com ele por minha causa, eu não me perdoaria... Por isso, abafei esses sentimentos.

Chanyeol tinha chegado ao hospital. Perguntou a recepcionista em qual quarto Baekhyun estava e assim que recebeu a resposta foi chamar o elevador. Estava com todo seu corpo tremendo com medo de sentir-se fraquejado em frente à imagem de um Baekhyun deitado em uma cama de hospital. Segurava aquele frasco de remédios com toda sua força e sentiu seu celular vibrar com toque de mensagens. Era do grupo de sua sala no Line... A notícia que Baekhyun estava no hospital tinha chegado aos ouvidos das pessoas no colégio e assim boatos nada agradáveis começaram.

Chanyeol saiu do grupo sem querer ler as mensagem e gozações que começaram a fazer, fizeram insinuações pesadas sobre ele e sabia que apesar de Baekhyun ter conseguido a atenção que queria, de nada isso adiantaria, afinal, as pessoas em sua natureza são más e invejosas, se não fosse o peso de Baekhyun... Agora encontrariam outro jeito de deixá-lo mal.

Quarto 37.

Vendo aquela porta branca, o jovem relutou um pouco em abri-la, mas depois de inspirar e expirar algumas vezes, conseguiu tomar uma pequena coragem para encontrar aquela face pálida e fraca que encontrava-se desacordada em cima da cama do hospital com uma mulher de cabeça baixa ao seu lado. Aproximou-se lentamente, logo recebendo a atenção da mulher que abriu um sorriso por conhecê-lo.

— Oh! Chanyeol, que bom que veio... — a mulher levantou-se da cadeira e deu um abraço no adolescente. — Sabia que meu marido poderia contar com você no momento que liga-se... — Chanyeol tinha percebido que aquela mulher tinha chorado. — É uma situação desagradável para nos reencontrarmos, mas, infelizmente, acabou sendo assim. — os dois olharam para aquela figura frágil, parecia sem força alguma. — Eu não sei o que aconteceu com nosso filho... Eu sei que todos nós mudamos com o passar do tempo, mas meu tesouro mudou muito rápida, ele apareceu desse jeito, com essa mudança radical em sua vida, não é possível que tenha mudado tanto seu temperamento... Você sabe me explicar o que aconteceu?

— Sra.Byun, eu não mantive contato com o Baekhyun nesse tempo que ele se afastou... Ele se afastou de todos nós. — contou com certo arrependimento. — Eu sei que eu deveria ter ido atrás, mas agora que as coisas já aconteceram não tem como remediar, temos que pensar no que faremos daqui para frente. — colocou a mão sobre o ombro da mulher. — Podem contar comigo para o que precisar e vou começar fazendo minha parte de ficar essa noite no hospital para que você e seu marido possam descansar, okay? Preciso mesmo ficar um tempo sozinho com Baekhyun e vocês precisam se recuperar forças, porque sei que o baque foi grande.

— Você é um anjo, meu jovem. — segurou o rosto do adolescente entre as mãos e beijou sua testa. — Meu marido enviou roupas para mim, sim?

— Sim.

— Vou deixá-las aqui no armário e amanhã venho substitui-lo pela manhã, não vá perder sua aula. Obrigada por pensar em nós. — saiu do quarto e assim Chanyeol pode ficar mais relaxado para sentar na cadeira ao lado da cama e em um momento de paz segurar a mão sem vida de Baekhyun e apertá-la um pouco para transmitir um pouco de força, com o pensamento que isso poderia ajudá-lo um pouco.

— Baekhyun... — falou baixo levantou a mão perto de sua bochecha. — Eu sinto muito por nunca ter dado a devida presença que você precisava... Eu sei que não está em seu estado normal, eu sei que no fundo do meu coração que o Baekhyun que eu amo não está totalmente morto e que ainda está em algum canto de sua mente pronto para ser escutado... Você sempre precisou ser escutado e eu não sei se meus ouvidos foram suficientes todos esses anos, eu acho que eu tinha que ter ido além e ter contado meus sentimentos para você ver que alguém te ama pelo jeito que você é, que não precisava de nada além dos seus sorrisos para sentir seu dia completo. — nesse momento, Chanyeol já estava chorando. — Eu senti tanto sua falta esse ano... Sua ausência me fez perceber que minha vida ficou que nem um quebra cabeça incompleto sem você, porque querendo ou não, você fazia parte dos meus dias.

Limpou seus olhos.

— Eu não sei o que estou sentindo, mas sei o que tenho que sentir. — beijou as costas da mão de Baekhyun. — Eu tenho que reativar o amor que eu sentia por você e tenho que criar a coragem de novamente entender o que aconteceu com você e te ajudar no que for preciso.

Naquele momento, o médico entrou acompanhado de uma enfermeira.

— Quem é você? Acompanhante do paciente? — o doutor pegou a prancheta perto da cama de Baekhyun e começou a ler.

— Sim, sou um amigo. A mãe acabou de sair. — Chanyeol levantou e já pegou o vidro de remédio para perguntar o que aquele nome significava. — Eu não sei o que aconteceu com ele, mas gostaria que me explicasse e pudesse me falar sobre esse remédio. O pai dele encontrou em grande quantidade em uma das gavetas do quarto dele. — entregou o pequeno vidro ao médico.

— Esse nome... — fez uma expressão triste. — Esse é um redutor de apetite que é proibido no mercado, porque suas consequências são muito graves em um diagnóstico. — entregou o vidro à enfermeira. — Irritabilidade e ansiedade, taquicardia, insônia, dependência da medicação, perda muscular, problemas cardíacos, deficiência de determinadas vitaminas, entre outros problemas, podem aparecer por conta do remédio e pelo estado desse garoto, ele já está em um estágio avançado do uso dessa droga. — ele fez um exame rápido em Baekhyun. — Casos assim estão ficando cada vez mais recorrentes, adolescentes chegam aqui com pesos absurdos de baixos por falta de uma alimentação adequada e entupidos de remédios em suas bolsas... Eu tenho medo por esses jovens e sempre tento convencê-los de que esse não é o caminho para viver uma vida saudável... Esse caminho rápido pode levar a morte.

Chanyeol estava em choque.

— Como amigo, tente conscientizar esse garoto... Não quero que esse seja mais um dos casos de óbito que já presenciei por conta desse remédio. — o médico colocou a prancheta no local e saiu do quarto.

Naquele momento, Chanyeol só conseguiu sentar-se e falar para si mesmo...

— Eu vou acabar com isso.


**

 

No período da noite, Chanyeol estava cochilando e o quarto estava bastante escuro pelo horário.

A porta foi puxada lentamente e passos começaram a ser escutados para dentro do quarto, a luz artificial do corredor invadiu o quarto por poucos minutos. O olhar daquela pessoa parecia apreensivo, inseguro. Suas mãos suavam ao segurar aquele canivete ao se aproximar do corpo de Baekhyun que ainda estava dormindo.

— Eu te odeio... — um choro baixo foi escutado e Chanyeol despertou de seu cochilo bem no momento que viu aquele canivete ficar bem próximo de Baekhyun.

— O QUE É ISSO? — Chanyeol teve um ação rápida dando um tapa na mão daquela pessoa que não conseguia ver a fisionomia pela penumbra. — O QUE PENSA ESTAR FAZENDO? — segurou os pulsos e acendeu a luz no interruptor ao lado da cama. — Tommy?  


Notas Finais


Olha as complicações da vida, hein???
Vamos ver o que deu na cabeça do Tommy no próximo cap!!!
Um beijooo!!!


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