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História Unity - Fendas Temporais - Ross


Escrita por: MestreBatata

Capítulo 2 - Ross


Arno sentiu breve formicações no pé e o sangue voltando a circulação, acordou.

Via a minha frente uma xamã, ela parecia exausta com toda a situação

— Aonde eu estou? — Perguntou Arno

— Jovem, o que tem feito estes últimos dias? — Respondeu a xamã

— Bem, Iilhem me exilou após uma explosão no núcleo do laboratório de Farksar, então eu fui para Haas sem rumo e com um pouco de dinheiro que me restou.

A xamã parecia preocupada de verdade, Arno não sabia o que aconteceu enquanto esteve apagado, não sabia se ainda estava em Haas, algo muito grave deve ter acontecido

— Se lembra do que tem acontecido ultimamente? — Perguntou a xamã

— Me lembro que fui atacado por um aldarych mutante — respondeu ironicamente Arno

— Muito bem jovem, não se levante da cama, a história é longa, você já ouviu falar sobre a raça de Deverium certo?

— Sim, faz parte da escola de magia de Iilhem a história do mundo

— Então sabe o que está acontecendo

— Hm… Só sei que fui exilado, atacado por um monstro que quase me matou e agora estou sabe Taark aonde… É, estou bem informado, prossiga — respondeu Arno, sempre irônico

— *suspiro* permita-me lhe contar toda a história.

 

Tempos atrás, um grande padre tinha influência de todos os reinos, e sua confiança. Este padre esteve um longo tempo fazendo uma grande pesquisa, algo que mudaria o mundo junto com os melhores magos de Iilhem. A pesquisa baseava-se em uma nova raça, uma raça pura de usuários de magia, tão poderosa que apenas ela seria capaz de conjurar seus perigosos feitiços. O padre poderia fazer coisas inimagináveis com a lábia que tinha sobre as pessoas, conseguiu convencer Iilhem a dedicar seus magos em um projeto extremamente ambicioso, fez com que Thul’mor seja morto, para concebê-lo do lugar que seria de teste a essa pesquisa.

Conseguiu com que Fukhom cedesse seus assassinos para a proteção de seus espaços “sagrados”, todas essas conquistas foram em nome da religião. Segundo o padre, Taarktros, o escolheu para ser o semeador da vida entre os mortais. O padre tinha conhecimentos de magia oculta, o bastante para ludibriar seus seguidores e os governantes dos reinos. Na época, sua magia era desconhecida, sendo assim, não passava pelos captadores mágicos, tudo estava perfeito, se o sistema infalível dos receptores de magia foi ultrapassado, só podia ser realmente um poder divino.

Quando a pesquisa ficou pronta, o padre se auto denominou de Ross, deu um golpe em seus assassinos fazendo com que os magos os atacassem usando a palavra divina, e então, que eles lutassem até a morte, apenas dizendo se tratar de uma provação de Taarktraan. Após só restar um mago, Ross sentou o remanescente em uma cadeira, curou seus ferimentos, e ganhou ainda mais sua confiança. Desenhou um diagrama alquímico estranho no chão, o mago não o reconheceu

— Não tema jovem mago, Taarktros o recompensará por tamanha bravura — disse Ross

— ...  — Olhou indignado o mago

                O diagrama era feito por Golduin líquido.

— Padre, ainda não entendi o uso de Golduin em alquimia, o que isso tem a ver com o DNA criado? — Perguntou o mago, indignado

— Já irá entender jovem pupilo

— Qual o propósito de tudo isso?

— Paciência, meu jovem

 

Um brilho reluziu forte após adicionar o DNA sincronizado ao centro, era a hora. O padre se aproximava do mago, com um sorriso forte na boca, Ross pegou um cristal banhado em plantas geneticamente modificadas e os fincou no cajado, de uma maneira que a madeira quase se partia por completo. Ao voltar a sala, Ross enfiou o cristal nas costas do jovem mago, fazendo-o olhar para trás lentamente. Seus olhos escorriam sangue e seus dentes rangiam em uma dor profunda. O padre afundou o cajado em suas costas, até que saiu em seu pescoço. O sangue cobriu o cajado quase que por completo e então, Ross o levou para o diagrama e pingou 3 gotas em cada ponta, destruiu o cristal no centro do diagrama e derrubou o DNA por completo, no centro. Fez um furo em cada ponta de seus dedos e os pingou no DNA, o ciclo estava completo.

O DNA novo estava ligado a um poderoso mago, e ao seu receptor, Ross começou a transmutação.

— TAH SETDUUH, ELUIVIR CHDUR MOTARU SETDURKETNUHSETO, TEPRUNUH CHNUOHDURSETO, DUCH, UCH, GOTASETO!

 

Uma grande explosão aconteceu no local, tudo foi reduzido em cinzas, ao epicentro da explosão, saía um humano queimado, sua pele borbulhante ardia, seus olhos não protegiam a fuligem mais. Nascia uma nova pessoa, uma nova raça, os Deverium. Ross tinha o poder sempre desejado por todas as pessoas, o poder divino. Podia criar vida do nada, controlar mentes, porém todo esse poder teve um custo, quatro quintos de sua vida. Ross escravizou e colocou todas as pessoas aos seus pés, ao mesmo tempo em que tossia sangue cada vez mais, e sentia cada vez menos seus dedos. Facções foram criadas na tentativa de um golpe à Ross, assassinos não eram páreos, magos, soldados, criaturas não mataram Ross, porém, usava mana demais para conter seus ataques e dar um recado a seus futuros atacantes, quanto mais mana desperdiçava em batalhas, menos ele poderia usar pelo resto de sua vida, a influência de Ross sobre a cabeça das pessoas diminuía, forçado a recuar, Ross fez uma proteção longe de tudo e de todos, apenas os escolhidos eram protegidos a entrar.

Para proteger a sua vida, Ross criou um mecanismo na qual toda pessoa que passava em um raio de 300 metros tinha a sua alma sugada sem que elas percebam, fazendo-as parecer que morreram de causas naturais, com o tempo, se conectou a floresta e a sua área de influência foi aumentada. Enquanto prolongava a sua expectativa de vida, os deuses se enfureciam com a enganação de Ross, furiosos, o deixaram imortal pelo resto da vida, definhando em um corpo decadente e antigo, sofrendo e agonizando pela eternidade sem poder nunca mais voltar a ser um usuário de mana. Seu poder foi espalhado pelas próximas crianças nascidas sob a lua cheia embaixo do local, e assim, veio seu poder de sentir os arredores.

— Então, há outras pessoas que tem o mesmo poder que eu? — Perguntou Arno, curioso

— Sim, aparentemente não há diferença no visual, apenas sangue Deverium puro reconhece outro Deverium — respondeu a xamã

 

Arno olhava perplexo para o lugar, ele estava em uma cama feita de madeira, dentro de uma casa de madeira, com uma velha que também parecia madeira, tinha cheiro de madeira, tudo parecia que era feito de madeira, Arno temeu virar uma se ficasse por mais tempo lá dentro

— Não estou entendendo absolutamente nada aqui, por que aquele bicho me atacou? Por que você está me dizendo isso tudo? Eu sinto que parte de mim está incompleta, não me lembro de coisas que aconteceram, se é que aconteceram, por que eu sou Deverium? Eu só quero dormir e estudar em Iilhem moça — reclamou Arno

 

Após terminar o discurso, um grande grito foi ecoado pelo local, era baixo e abafado, então Arno correu para fora para ver o que tinha acontecido. Arno estava no alto da floresta, cheia de vinhas e árvores para toda direção. A casa da xamã era dentro de uma árvore surpreendentemente espessa e grande, suas folhas caíam no chão a medida que evaporavam, não chegavam a tocar o chão, o chão era verde escuro, havia musgo por toda as partes, cogumelos entorpecentes cresciam perto da floresta e poças com água se formavam nos buracos do chão acidentado que existia na floresta. O grito era do alto do monte Vuht, aonde apenas os monges entravam. Saía do lugar, um vulto preto refletindo uma luz no olho de Arno, quando conseguiu ver de novo, o monstro já tinha ido embora, outro grito ecoava. A xamã saía da árvore escorada em sua bengala, era pequena, bem menor do que Arno.

— Vá, meu jovem, os monges clamam por salvação — disse a xamã — eu sinto um grande distúrbio na floresta, os animais fogem e se escondem, temo não poder lhe ajudar em sua jornada, mas leve isto com você

Era um colar com 6 pedras vermelhas, todas encaixadas simetricamente

— Mas o que devo fazer? Eu não lembro do que aprendi em Iilhem, não lembro de grande parte da minha vida, eu sou completamente inútil! — Exclamou Arno

— Você se lembra como se anda, já é o suficiente! Vá ao monte Vuht! Vá, ainda há tempo para salvar a floresta! — A xamã bateu a porta e Arno se sentia perdido.


Notas Finais


~GLOSSÁRIO
Aldarych: Criatura usada pela realeza, apenas quem tem um alto poder dentre as demais pessoas na sociedade podem criar e procriar essa raça.
Crawler: Serpentes do tamanho de humanos, rápidas e se camuflam em ambientes escuros
Deverium: Nova raça criada por Ross, advinda de alquimia, esta raça consegue sentir os seus arredores como se estivessem conectados ao mundo.
Fukhom: A cidade bandida de Gatter, felicidade, prosperidade, honestidade, em Fukhom nada prospera. Todos são bandidos e roubam de todos para manter seus lucros, quem se protege melhor é o mais rico dentre todos.
Golduin: Metal élfico usado principalmente em alquimia, por obter resultados superiores em comparação aos outros materiais, também usado em alguns cajados mais avançados, também élficos
Gondod: Nome da região onde estão localizados os 4 reinos, Haas, Iilhem, Numos e Fukhom.
Haas: Reino com o principal comércio de Gatter, onde qualquer tipo de venda é liberado e o governo tem grandes problemas com a falta de organização, comida e segurança.
Iilhem: Reino com o maior desenvolvimento em tecnologia e com a maior classificação no quesito Inteligência, também conhecida por ter a melhor escola de treino mágico de toda Gatter.
Katae: Camisa curta, geralmente antes da linha do umbigo, seguida por uma blusa mais curta e fina por baixo
Loch: Metal extremamente rígido e raro, fácil de encantar e extremamente difícil de manipular.
Mana: Fonte mágica, necessária para invocar feitiços.
Matae: Um short pequeno e fino, bastante maleável.
Não-Humanos: Monstros extremamente parecidos com humanos, porém depois de mortos revelam-se criaturas horrendas com músculos a mostra, pelagem, e olhos profundos
Monte Vuht: Monte aonde os monges repousam e aguardam para chamar um novo discípulo.
Numos: Reino que acredita em uma sociedade pura, apenas guerreiros podem adentrar, dentre suas falácias, a que as outras classes são desnecessárias, fracas e irrelevantes, apenas os guerreiros merecem viver em Gatter, também é a maior produtora de armas de uma mão.
Taark: Deus supremo.
Takitam: Roupão branco envolto em uma faixa de proteção, apenas para garantir que as coisas fiquem no lugar certo.
Taarktros: Deus da vida, responsável pela criação das coisas.
Taarktraan: Deus da morte, responsável pela vida de todos os organismos.
Vagante: Almas que não entraram em nenhum reino divino, ficam vagando por aí em busca de redenção por seus atos.


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