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História Universo em Desequilíbrio - Uma pequena viagem


Escrita por: Mallagueta

Capítulo 4 - Uma pequena viagem



- Poxa, e você deixou a Mônica no meio da rua? – Cascão perguntou a Magali pelo telefone.
- Ah, deixei sim Cascão! Ela tava impossível hoje!
- Também não é assim! Você viu como o Cebola forçou a barra?
- Isso é verdade, mas... sei lá! Você sabe que nunca adiantou ela brigar e nem bater nele, não sabe? Então por que ela não tentou deixar pra lá? No lugar dela eu teria ignorado e pronto!
- Até que teria sido bom. Viu só o clima ruim que ficou? Credo, a Mônica é muito esquentada mesmo. Quer dizer... o Cebola provoca até falar chega, mas ela também acha que precisa brigar pro qualquer coisa! Aí não dá mesmo!

Na casa do Cebola, o rapaz estava deitado na cama ainda aborrecido com o que tinha acontecido naquele dia.

“Droga, por que eu tenho sempre que apanhar no final? Que desaforo! Isso não é justo! Pelo menos eu falei umas poucas e boas pra ela. Agora ela vai ter que aprender a me respeitar, senão leva um chute mesmo!”

Ele virou-se para o lado e continuou remoendo sua insatisfação. Falar desaforos para a Mônica não mudava o fato de que ela o tinha jogado na fonte do shopping. Se bem que lhe consolava saber que tinha dado a última palavra naquela discussão e depois ido embora deixando-a no meio da rua. Menos mal.

“Ela sempre tem que ser mais forte, a que vence no final. Já cansei disso, tô de saco cheio!” Desde criança era assim. Se não fosse por ela, ele teria sido o dono da rua. Ele até tinha conseguido aquele título poucas vezes, mas não durou nem um dia inteiro e logo ela estava por cima de novo.

“Caramba... eu queria muito ter sido o dono da rua. Assim eu ia mandar em todo mundo e seria respeitado!” ele ficou pensando como teria sido bom ser o dono da rua. Só que a única forma de ter sido o dono da rua era derrotar a Mônica, coisa que ele nunca conseguiu. Ou então ela nunca ter existido.

“A Mônica nunca ter existido? Nunca pensei nisso não... como teria sido as coisas sem a Mônica?” o rapaz deu asas à imaginação, pensando em como teria sido sua vida se ele não a tivesse conhecido.

Para começar, ele seria o dono da rua, mandando e desmandando em tudo. Sem ela e suas coelhadas, ele teria se tornado alguém forte, seguro e com mais confiança. Ele sentou-se na cama e continuou imaginando como sua vida seria perfeita sem aquela dentuça marrenta lhe maltratando e desrespeitando o tempo inteiro. Sua vida com certeza teria sido muito melhor.

Por outro lado... ele não sabia se ia gostar de viver num mundo sem a Mônica. Quer dizer, ele queria dominar o mundo e torná-lo um lugar melhor para impressioná-la e conseguir seu respeito. Será que ele ia ter essa mesma motivação se ela não existisse? De um jeito ou outro, ela era quem o inspirava a ser alguém importante e poderoso na vida. Sem falar que ele ainda a amava tanto...

Ao pensar no que ainda sentia por ela, Cebola acabou ficando irritado consigo mesmo por ser tão bobo.

- Argh! Eu nem sei por que ainda gosto tanto daquela chata, mas que saco!

Ainda assim ele não podia deixar de pensar em como teria sido sua vida caso se nunca a tivesse conhecido. Como não tinha como saber, ele procurou esquecer o assunto. As coisas entre ele e a Mônica estavam ruins no momento, mas ele sabia que iam melhorar no futuro. Talvez fosse só uma fase ruim.

- É... deve ser só uma fase. Só que mesmo assim eu vou dar um gelo nela por um tempo, aí vamos ver se ela melhora um pouco esse temperamento ruim!

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“Hoje ele me tratou como se eu não existisse. Não me cumprimentou, sentou longe de mim na sala de aula e na hora do intervalo, ele sumiu e não consegui encontrá-lo em lugar nenhum. Droga, por que o Cebola tem que fazer isso comigo? Não é justo! Ele fala que eu não o respeito, mas ele também não me respeita! Por que ele pode fazer o que quiser e quando reajo, só eu fico como errada?

As meninas não quiseram falar comigo hoje. Quer dizer, até falaram, mas quando eu começava a reclamar do Cebola, elas arrumavam qualquer desculpa e saiam de perto. Acho que elas estão cansadas de tanto eu falar dele. Que droga, como eu não vou falar? Até a Magali tá fugindo de mim agora! A Denise então nem se fala! Acho que fiquei sozinha.

Então tá. Não vou mais chorar por causa do cebola. Vou melhorar, isso sim! Tenho que parar de apelar por qualquer coisa, isso tá ficando chato mesmo! De amanhã em diante, ele pode provocar o quanto quiser que eu nem vou ligar mais, acabou! Vou ser mais calma, controlada e dar um jeito de acabar com essa minha teimosia. E tenho dito!”


Ela guardou o diário na sua mochila e deitou-se na cama, pensando em como ia agir no dia seguinte. Primeiro, ela tinha que se arrumar bem para mostrar que não estava abatida por causa dele. E já que ele não queria saber de conversa, ela também não ia correr atrás. Seu objetivo era mostrar o quanto estava mudando, isso sim era o certo a se fazer. E nada de voltar a falar sobre ele com as amigas ou ela ia acabar ficando sem ninguém.

- É isso aí! De amanhã em diante, as coisas vão mudar de qualquer jeito!

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- Senhor, a concentração de energia parece ter atingido o seu ponto máximo! – Zé Luis falou ao ver que aquele fenômeno estava se intensificando. - Parece que já começou. O que devemos fazer? Aquela coisa pode colocar a vida das pessoas em perigo!
- Nós...
- Vocês não vão fazer nada. Não adianta mesmo.

Astronauta apertou os lábios para não soltar uma praga contra Paradoxo e sua mania de aparecer e desaparecer sem avisar ninguém. Ao invés disso, ele resolveu se preocupar com algo mais prático.

- O que irá acontecer agora?
- Vocês saberão logo. Não gosto de estragar as surpresas. Acalmem-se, tudo vai ficar bem.
- Isso não é o suficiente. A vida de pessoas inocentes pode estar correndo perigo!
- Por enquanto é sim. Vocês verão. E procure relaxar, comandante! Assim não vai poder apreciar o espetáculo!

Ele procurou manter a calma e voltou seus olhos para a tela do computador, acompanhando apreensivo o desenrolar dos acontecimentos.

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Assim que colocou o pé para fora de casa, Mônica deu um longo suspiro se preparando para começar um novo dia. E seu estado de espírito melhorou bastante quando ela viu que Magali estava no portão da sua casa a esperando, já que no dia anterior sua amiga tinha se esquivado um pouco dela por causa do seu queixume.

- Bom dia!
- Bom dia, Mô! Pronta pra ir pra escola?
- Claro!

As duas foram conversando sobre diversos assuntos no meio do caminho e em momento algum Mônica pronunciou o nome do Cebola. Mais adiante, ela o viu andando com o Cascão e não falou nada. Se ele não queria sequer cumprimentá-la, então ela também não pretendia fazer papel de boba para ninguém. Assim que visse sua mudança, ele ia mudar de idéia logo, logo.

- Ô Careca, até quando você vai ficar ignorando a Mônica?
- Até ela virar gente. Até lá, eu tô pensando em convidar uma gatinha linda pra sair, o que acha?
- Eu acho que isso vai dar merda! Você sabe como ela ficou quando te viu beijando a Penha, cara! Não faz essa sacanagem com a Mônica ou você pode se dar muito mal!

Cebola hesitou um pouco, pois sabia que seu amigo tinha razão. Ele não queria machucar a Mônica, apenas mostrá-la que ele podia atrair outras garotas se quisesse. Talvez aquela idéia não fosse tão boa assim, ou só precisava de mais planejamento. Ele ia ver isso depois.

- Ué, o que é aquilo no céu? Relâmpago sem nuvem? – Magali perguntou olhando para cima.
- É mesmo... eu tô reparando nisso desde aquele dia do piquenique. Estranho, né?
- Olha, parece que tá aumentando! Ai que medo!

As duas pararam de andar e ficaram observando o estranho fenômeno. Era como se os raios estivessem se concentrando em um único lugar. Ao ver que as garotas tinham parado, Cascão e Cebola pararam também e se puseram a olhar aquela concentração estranha de raios.

(Cascão) - Rapaz, que doideira! O que tá pegando?
(Cebola) - Sei lá, eu nunca vi coisa igual!

A concentração de raios aumentou ainda mais e eles perceberam que uma espécie de cone elétrico estava se formando como se fosse um tornado que ao invés de vento, era feito de pura eletricidade. Quando aquilo alcançou o solo, os quatro viram que ele começou a ir em sua direção. Mônica pegou a mão da Magali, saiu correndo e gritou para Cascão e Cebola.

- Gente, corre! Aquele troço tá vindo pro nosso lado!

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Astronauta, Zé Luis e Xabéu assistiam a tudo com grande preocupação, enquanto Paradoxo parecia sequer importar. Ele sabia que nenhum daqueles jovens corria perigo.

- Eu acho que devíamos fazer alguma coisa agora mesmo! – Astronauta falou com medo de que aqueles quatro morressem eletrocutados.
- Não se preocupe, comandante. Apesar das aparências, aquele tornado não vai matar ninguém. Ele só está aqui para ajudar a restaurar o equilíbrio entre os universos. Será rápido.

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Os quatro corriam o mais rápido que suas pernas permitiam. Por ser mais rápido, Cascão ia na frente seguido por Cebola. Mônica tentava puxar Magali que tinha ficado paralisada por causa do medo e mal conseguia mexer as pernas. Aquele tornado estava chegando cada vez mais perto, soltando raios para todos os lados e fazendo um grande estrondo.

(Cebola) – Não vai dar, essa coisa vai alcançar a gente!

Ele mal terminou de falar e o grande tornado estava diante deles. O barulho era ensurdecedor e ninguém conseguia ouvir ninguém. O tornado era imenso, ia do chão até o céu e parecia ter mais de dez metros de diâmetro. Mônica ainda tentava arrastar Magali e de repente sentiu várias labaredas percorrendo seu corpo.

- Gente, eu... o que é isso? – ela gritou assustada ao ver que aquilo estava tomando conta do seu corpo. Cebola ficou apavorado e tentou pegá-la pela mão.
- Vem, segura minha mão!

Ele tentou puxá-la e ela não saia do lugar. Magali também tentava puxar pela outra mão, sem sucesso.

- Eu não consigo me mover. O que tá acontecendo? – ela gritou novamente e sentiu seus pés sendo afastados do solo, o que fez seus gritos aumentarem.

Cebola e Magali seguravam suas mãos enquanto Cascão segurava seus pés. Os esforços dos três foram inúteis e Mônica foi erguida cada vez mais alto. Ela ainda olhou para o rosto do Cebola antes das suas mãos se soltaram e acabou sendo sugada para dentro do tornado.

- Mônica! Mônica! – Cebola gritava apavorado, tentando entrar no tornado e sendo repelido por ele.

Aos poucos, o tornado foi se erguendo, como se estivesse sendo sugado pelo céu e acabou desaparecendo deixado apenas um rastro de labaredas, que desapareceram segundos depois. Cebola ainda gritava pela Mônica e Magali se esforçava para não chorar de medo pelo que poderia ter acontecido com sua amiga.

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- Prontinho, acabou. Bom, pelo menos por aqui. No outro universo, está apenas começando.
- O que irá acontecer com ela?
- Poderemos acompanhar tudo em tempo real do seu computador.

Além de estar preocupada com a Mônica, Xabéu também ficou com o coração apertado pelos amigos dela, que com certeza deviam estar apavorados por não saberem o que estava acontecendo.

- E quanto aos amigos dela? Eles devem estar aflitos agora!
(Zé Luis) – Não vai demorar muito até os pais dela ficarem sabendo.

Paradoxo coçou o queixo e acabou tendo uma idéia.

- Bem, acho que eles tem direito de verem o que está acontecendo, não acham? Esperem um pouco e não saiam daqui!
- “Não saiam daqui” – Astronauta resmungou quando o homem desapareceu novamente. – Quem ele pensa que é?

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- “Não foi possível completar a chamada. Esse número se encontra desligado ou fora de área.”

Cada um tentava ligar do seu celular e a resposta era a mesma.

- Ai, polcalia! – Cebola bradou furioso, quase jogando seu celular no chão.
- Gente, o que aconteceu com a Mônica? Será que ela... ai, nem quero pensar nisso!
- Nisso o quê? Que ela pode ter morrido eletrocutada? – (pedala!) - Ai, por que fez isso, careca?- ele reclamou após ter levado um safanão do Cebola.
- Não fala besteila!
- Eu não falei besteira.
- Ah, falou sim.
- ???

As atenções voltaram-se para o homem de jaleco que tinha aparecido diante deles.

- Não se preocupem, a amiga de vocês está bem. Se quiserem, posso lhes mostrar onde ela está.

Cebola encarou o recém-chegado e perguntou com desconfiança.

- Quem é você?
- Podem me chamar de Paradoxo. O resto é apenas detalhe. Vocês querem ou não querem saber onde ela está?
- Clalo que quelemos! Que pelgunta!
- Você fala engraçado... ou melhor, “englaçado”. Hahaha!
(Cascão) – Na boa, esse cara aí parece ser mais tantã do que o Licurgo!
- Licurgo? Como ele está? Continua dando aula no colégio do Limoeiro? Acho que vou fazer uma visita a ele quando tiver tempo.
- ???
- Bem, chega de conversa que o tempo está correndo. Vamos! – ele acionou seu relógio e todos desapareceram dali, aparecendo em seguida na nave Hoshi diante de Astronauta, Xabéu e Zé Luis.

- Cuméquié? – Cebola olhava para os lados e logo viu onde estava. Como tinham ido parar ali tão depressa?
- Por que você os trouxe para cá?
- Para que eles possam ver como está a amiga deles, comandante. Ora, você não quer ficar com toda a diversão só para si, quer?

Astronauta torceu o nariz e conteve um praguejamento. Além do mais, não era a primeira vez que aqueles jovens estavam em sua nave. Eles tinham sido de grande ajuda no passado. Parecendo adivinhar seus pensamentos, Paradoxo falou.

- Ah, sim... eles estiveram aqui quando vocês tiveram aquele problema com o planeta dos coelhos. Ainda bem que tudo foi resolvido! Há uma realidade paralela onde eles dominaram a Terra e devo dizer que não é nada bonito andar por aí com orelhas postiças e ter que comer cenouras o tempo inteiro!

Ninguém prestou atenção ao que ele tinha dito, a situação da Mônica era algo prioritário para todos.

(Cascão) - Aê, onde é que tá a Mônica afinal?
(Cebola) – É isso mesmo! Você falou que ia mostrar pra gente onde ela está.
- Calma, crianças. O show vai começar agora mesmo. Ô garoto, você poderia sintonizar o universo paralelo por favor?
- É alferes Zé Luis! – ele exclamou um pouco irritado com o atrevimento daquele homem. Não era a toa que o comandante não tinha ido com a cara dele.

Quando a outra realidade foi sintonizada, todos puderam ver a Mônica ao vivo e a cores e ficaram aliviados ao constatar que pelo menos ela estava viva, apesar de várias perguntas ainda fervilharem em suas cabeças. Paradoxo resolveu esclarecer as dúvidas de todos.

- Bem, crianças, eu vou tentar ser simples. Já ouviram falar em universos paralelos?

Cascão respondeu.

- Já sim! Teve até aquela edição do Cosmo-Guerreiro onde ele foi lançado em uma realidade alternativa que...
- Certo, certo – Paradoxo interrompeu já que não estava muito interessado naquela história. – Acho que vocês sabem mais ou menos o que é.
(Cebola) – E?
- A amiga de vocês foi levada para um universo paralelo, foi isso.
- Por que, pindalolas?

Paradoxo tentou explicar brevemente sobre o desequilíbrio pelo qual o universo alternativo estava passando.

- Como podem ver, naquela realidade alternativa a amiga de vocês morreu pouco depois de nascer.
(Magali) – Ai, que coisa triste!
- Sim, muito triste. Triste para os pais dela e para o restante dessa realidade. Esse evento acabou causando um desequilíbrio que poderá afetar o futuro desse mundo paralelo de um jeito negativo.

Cebola pareceu ter entendido aquilo um pouco melhor do que os outros.

- Ô, peraí! Então quer dizer que esse tal universo ficou bagunçado e pra arrumar essa bagunça, ele pegou a nossa Mônica? Tá de brincadeira, né?
(Astronauta) – Agora você está fazendo algum sentido. Quer dizer que para restaurar o equilíbrio perdido, a Mônica foi levada para lá?
(Zé Luis) – Espere! Ao levar a Mônica para o outro universo, não existe o risco de criar um desequilíbrio nesse aqui?
- Pode sim. Esse universo onde estamos é o original. Todos os outros derivam desse. Se algum universo paralelo se desequilibra ou é destruído, não acontece nada com esse. Mas se algo acontece com esse, afeta todos os outros.

Alarme total.

(Cebola) – Então o que a gente tá espelando pla tlazer a Mônica de volta?
- Vocês não podem fazer isso.
(Astronauta) – E por que não?
- Porque vocês não dispõem de tecnologia para irem de um universo ao outro.
- Droga! – ele tinha esquecido daquele pequeno detalhe. Até então, sua tecnologia permitia apenas assistir o que se passava nos outros universos.
- Além do mais, mesmo que consigam trazê-la de volta, o outro universo continuará em desequilíbrio e virá buscá-la novamente.

O comandante esfregou a ponte do nariz com o polegar e o indicador tentando manter a paciência.

- E o que podemos fazer então?
- Nada. Acalme-se, comandante. O que irá acontecer é o seguinte: o outro universo está agora se ajustando para receber a Mônica. Com isso, um duplo dela será criado dentro de alguns meses a medida que ela for se ajustando a nova realidade. Quando isso acontecer, eu entrarei em ação.

Ao ver que todos estavam prestando atenção, ele continuou.

- O outro universo precisa dela para criar uma cópia para si mesmo. Para que isso aconteça, é preciso que ela permaneça por lá durante alguns meses.
(Cebola) – Ele vai criar outra Mônica?
(Cascão) – Que irado! As duas vão se encontrar?
- Por poucos segundos apenas. Eu irei separar as duas e trazer de volta a Mônica original, deixando no outro universo o duplo recém-criado.

Astronauta levantou uma sobrancelha e encarou Paradoxo.

- Você não acabou de dizer que não temos tecnologia para ir de um universo para outro?
- Veja bem: eu disse vocês. Eu posso viajar para o passado, para o futuro e para qualquer universo que eu escolher. Não me perguntem como, não estou com paciência para mais explicações hoje. Só importa saber que quando chegar o momento certo, eu irei buscar a moça e tudo ficará bem.

Cebola discordou veementemente.

- Não vai ficar não porque os pais dela vão perceber que ela sumiu e vai ser aquele fuá!
- Eu darei um jeito nisso, não se preocupem. Em se tratando de tempo e espaço, eu sempre dou um jeito. Agora, que tal relaxarmos e assistirmos o desenrolar dos acontecimentos? Garanto que será muito interessante! E confesso que estou encantado com tão adorável companhia! – ele falou piscando um olho para Xabéu, que ficou corada.
- Certo, então vamos ver isso logo! – Astronauta se colocou entre eles, não gostando nada do jeito que Paradoxo olhava para sua tenente. Que sujeito mais atrevido!

Paradoxo fez um muxoxo para o comandante e voltou sua atenção para a tela, sendo imitado pelos demais. Aquilo prometia ser muito emocionante.

 



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