História Universos Paralelos - O Vulto

O dia estava ensolarado, mas não tão quente, Claire então saiu para dar uma volta na praça perto de sua casa. Sua mãe não gostava que ela saísse sozinha, mas seu instinto em explorar coisas novas sempre a induzia a desobedecê-la.

Em sua caminhada, ela que era amante de fotografia, encontrou umas florezinhas e achou tão lindas que parou para fazer algumas fotos, rapidamente chegou um homem com um revólver, apontou-o para a cabeça de Claire, e pediu o celular, ela entregou e ele saiu correndo. Abalada e sem experiência com assaltos ela correu na direção oposta à que o ladrão tinha ido, até ia parar em um banco para descansar, mas um segundo antes disso foi derrubada no chão por um vulto rubro.

O vulto rápido foi até o ladrão, que ainda estava na vista de Claire, ele deu um tiro no vulto e em um segundo o celular foi jogado nas pernas dela, como mágica. Claire continuava imóvel, olhou em volta, o ladrão havia sumido. Ela levantou, com o joelho ralado e o celular recém arranhado nas mãos, e observou que o sangue do velocista pingou no chão, meio segundo antes de ele sumir. Ela se sentou em um banco atônita, tirou os óculos e esfregou os olhos azuis, não podia acreditar no que tinha visto, se é que tinha sido real.

Claire chegou na porta de casa tentando parecer calma – nada aconteceu Claire – tentou se convencer. Estava tudo bem, ninguém saberia de nada, era só ela não se entregar com sua expressão. Ao cruzar a porta, foi surpreendida.

─ Claire West Allen! O que você foi fazer na Praça Central sozinha? É a praça mais perigosa da cidade! – Iris estava brava – e o que houve com o seu celular? – falou olhando para o arranhão.

─ Eu precisava de um tempo longe de casa mãe! – Respondeu Claire. Como diabos ela sabia? Só dava para ver aquilo se enfiasse a cara na tela – caiu da minha mão.

─ Barry! Claire foi à Praça Central sem nos avisar e sem pedir permissão!

─ Iris amor, a garota também precisa de um tempo fora dessa mansão. – falou para a esposa e em seguida se virou para a filha – mais sair sozinha não é seguro, nós já conversamos sobre isso Claire.

─ Está bem, está bem – Claire falou com cara de tédio e em seguida revirou os olhos – eu levo uma amiga na próxima.

Tinha algo em seu pai que ela não conseguia ver direito, parecia um curativo mal feito e mal escondido, e uma mancha de sangue arredondada no meio, lembrou na hora do tirou que o velocista levou, ou não, pois ele era muito rápido. Afastou o pensamento e subiu para o quarto e falou para si mesma esquecer o que havia acontecido e que tinha sido tudo produto de sua imaginação

Pegou seu notebook e passou as fotos das flores para lá, editou elas naturalmente e as adicionou a seu portfólio. Além de fotógrafa amadora, Claire também estava cursando design gráfico online, e sempre fazia cartões de visita e cardápios para os contatos de seu pai, sendo bem recompensada com dinheiro. Seu pai, Barry Allen, era um cientista forense que trabalhava na polícia de Central City, junto com o pai de Iris, Joe West.

Claire voltou a pensar sobre o vulto escarlate e lembrou que quando era mais nova tinha visto da varanda de casa, o mesmo vulto, correndo pelas ruas da cidade. Acabou caindo no sono, ainda era cedo.

Já haviam passado algumas horas, Claire se acordou com um telefonema.

─ Alô? Claire? – falou uma voz feminina, parecia desesperada e animada ao mesmo tempo.

─ Oi Raven – respondeu Claire bocejando.

─ Vai ter uma festa hoje no Club Adams meia noite, vamos? – perguntou Raven, ainda animada.

─ Hoje? – me espantei – Por que não me avisou antes Ray?

─ Por que Roger acabou de concordar em me levar, na festa só entram pessoas com mais de dezesseis anos, ou podem ir acompanhada de alguém que tenha mais dessa idade.

─ Seu irmão vai te levar? – o queixo de Claire caiu – quanta responsabilidade! – falou sarcástica.

­─ Ele vai nos levar! Ah vamos Claire, por favor!

─ Hum, isso não parece certo.

─ Vamos lá Claire, você precisa viver um pouco.

─ Meus pais vão me odiar se eu fizer isso – falou Claire ainda indecisa. Pensou, Raven Tinha razão, e ninguém iria descobrir mesmo, era só descer pela casa da árvore e voltar antes das 03:00h – Mas pensando bem, vamos! Vou me arrumar.

─ Passo pra te pegar na segunda esquina depois da sua casa daqui a duas horas.

─ Combinado!

Desligou o telefone. Ela nem imaginava que essa noite teria muitas surpresas.