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História Unknown - A Flor Do Hospital


Escrita por: Natuliyn

Notas do Autor


Bem está aqui pessoal o cap. Devo ter dito naquele dia que iria postar, mais não postei, decidir fazer o cap mais longo, para acelera a história. Comentem para eu interagir com vcs u.u.

Capítulo 3 - A Flor Do Hospital


Fanfic / Fanfiction Unknown - A Flor Do Hospital

不明

章 - A Flor Do Hospital.

 

''- Toda cicatriz,tem sua história...''

Abriu os olhos lentamente, com a visão descompassada, só deu para ver vultos passando de um lado para o outro. Sua cabeça doía, e seu corpo se encontrava dolorido. 

--- Veja doutor, ela acordo. A enfermeira buscou a atenção do médico, que não tardou a chegar. O médico se aproximou e analisou os seus olhos. Observou aquelas pessoas falarem, e se mover em câmera lenta. Tentou se mexer mais sentiu uma dor súbita, em sua perna e no braço esquerdo, gemeu.  

--- Quetinha você não pode se mexer, está muito machucada, me diga garotinha, qual é o seu nome?. Olhou para o médico atordoada, sentia seu corpo todo em dormência, um formigamento na perna esquerda estava a deixando inquieta. Só conseguiu proferir as seguintes palavras:  

--- Mama?, Papa?. Lágrimas brotaram daquelas esmeraldas verdes, quando as imagens do acidente invadiam a sua mente. O médico olhou para enfermeira. 

--- Shizune vá a ter a recepção e peça para Noemi ligar para os Yamanakas, e avisar que a paciente já acordou. A enfermeira assentiu e saiu.   

--- MAMA !, PAPA !. Ela começou a se debater, ou pelo menos tentou, sem se importa com a dor, o médico estranhou o seu comportamento, com a consciência pesada o quanto a saúde da menina, tentou fazer com que ela parece de se mexer.   

--- Não !, Não !. Algumas enfermeiras ouviram os gritos, e tratou logo de ajudar o doutor em sua tarefa  de para a menina. Na sua mente pequena ela tinha matado seus pais, foi ela que jogou a pulseira, seus pais estariam vivos se ela não tivesse jogado.  

--- Pegue o sedativo !. O Doutor segurou os braços da menina, enquanto as enfermeiras imobilizavam as pernas. - Sim Doutor. Uma delas soltou a perna, e foi para a estante de medicamentos, voltando com uma seringa.   

Injetou no braço da pequena, que foi se acalmando aos poucos, da maneira que ea perdendo os sentidos. As enfermeiras se afastaram ofegantes, até o médico tinha que admitir que a luta foi cansativa, de uma hora para outra, a menina ganhou uma força bruta.  

--- Ela é bastante forte. Shizune comentou observando a mesma adormecer. 

--- Isso não é bom.  Encarou a mesma adormecida.

--- Algo aconteceu com os pais dela. Kakashi encarou Shizune e acenou positivamente, concordando com a sua reta de raciocínio.

...

A Rosada estava abaixo do céu nublado, deitada sobre a ponte de madeira, que flutuava no mar negro. Seus olhos estavam vermelhos, e seu rosto com vestígios de lágrimas secas camufladas sobre a pele delicada. Seu peito subia e descia, ao ritmo dos seus pulmões. 

 Uma dor..., uma tristeza... Sentia aprofundar em seu peito enquanto caminhava sobre a ponte grotesca, que a cada passo seu, rangia.   

Ao final da ponte observou aquela água escura. Não tinha por que ter medo. O seu mundo estava sem cor, sem uma razão de viver. Seus pais mortos carbonizados, numa morte trágica.  

Uma alma implorando pelo oxigênio da vida, a liberdade...Resultou em seus gritos agonizados, e seus choros abafados pelo seu cabelo em voltar. Os céus ouvia seus prantos, e passou a chorar com ela. Nem mesmo a chuva que caia foi capaz de intimida-lá. Sentou-se na beirada, mantendo seus pés submersos, sem se importar com o fato de que algum animal poderia surgir por entre aquelas águas negras e ataca-lá a qualquer momento.  

--- A dor é o caminho do aprendizado... Uma voz sussurrou ao longe, enquanto a rosada se derretia em lágrimas. Seu tom não era nem um pouco reconfortante, era triste e sofrido.

--- O que?. Sua voz infantil ecoou por todo lugar, mais apenas o som das água do mar se chocando contra a madeira era ouvido.

--- Não me faça de confete, não me joger para o alto, não deixe o vento me levar, fique comigo.... A voz sussurrou perto de se, fazendo a mesma se assustar.

--- Sai !, Saiii da qui, você está me causando dor. A Rosada sentiu-se sugada pela dor, seu peito se afundou, encurvando suas costas, contorceu de dor, seu coração parecia querer se esconder, e a forma mais simples que conseguiu fazer foi se enterrar em seu peito, como uma flechar que acabou de perfura a sua carne, atravessando seu corpo, e querendo levar junto o seu coração partido. 

--- Quem tu eres?, o que você que..r Ohhh !. Mesmo sem fôlego, gritou de dor, aquele aperto estava a impedindo de respirar. 

''Gosto de chegar sem ser chamada..., entro sem ser convidada..., resido dentro de você contra a sua vontade..., fico o quanto quero e só saiu quando tenho objetivo de atormentar outra alma...'' 

A Rosada abriu a boca para contestar, mais o ar estava impossível. 

'' E meu objetivo agora é atormentar você...'' 

--- Não !!!, NÃO !!!. Gritou em desespero enquanto mergulhava nas águas negras. 

...

 O Hospital Central Kanoha abria as portas por volta das 5:30, os corredores ainda se encontravam vazios, exceto por algumas macas, e faxineiros hospitalares limpando os corredores. Uma senhora de idade realizava seu trabalho, terminando de limpar a sala 552 para e em seguida para 553, quando é surpreendida. 

 --- Buuuu !. A Faxineira tomou um susto, largou o esfregão, pondo a mão no coração, enquanto era abraçada por trás.  

--- Há Tsunade!,menina... Deu um cascudo na filha. 

--- Há mama já disse para não me bater. Fez bico enquanto massageava a testa. 

--- E eu já disse para não me assustar assim. Ignoro a filha resmungona, pegando os objetos de limpeza e partindo para a próxima sala.  --- O que está fazendo aqui?, não devia está se preparando para o colégio?. Abriu a porta da sala, colocando o carrinho de limpeza para dentro. 

--- Mama, não é nem seis horas ainda. Bufo, se encostando na parede ao lado, observando sua mãe fazer o trabalho sujo.

--- De quem é esse quarto?. Desencosto da parede, olhando pela fresca da porta, um homem deitado na maca todo vendado, com soro e vários equipamentos ao seu lado.  

--- É de um senhor que sofreu um grave acidente de moto. Disse a mais velha pegando a água sanitária. - Está internado já faz 2 semanas.  

Antes que Tsunade fecha-se a porta a mais velha abriu, com a expressão severa. 

--- Você já escolheu sua carreira?.  

 Penso por um momento e logo deu de ombros indo na direção contraria dos quartos 552 e 553.  

--- Não... Sussurro, mais sua mãe ouviu. 

--- Por que?. Encaro as costas da filha confusa. 

A Mesma virou bruscamente. 

--- Eu não sei o que escolher, eu não sei. Disse com uma expressão cansada e um tom de voz perdido. 

--- Como não saber ?. Fechou  aporta do quarto, já com o carrinho do lado de fora. - Está estudando tanto para nada?. Deu de ombros novamente, não queria discutir com sua mãe logo cedo. A dias está procurando uma carreira, mais não se interessou por nem uma. 

Parou no quarto 551, sabia disso por que o número está escrito na porta. 

--- De quem é esse?. Encaro a mãe silenciosamente, enquanto a mesma lhe devolveu um olhar sério e indignado. 

--- Não mude de assunto. 

Tsunade bufo, insatisfeita batendo o pé, como uma criança mimada. - Voltou a olhar para o número na porta. 

--- É de uma menina que foi atropelada por uma moto. Franziu o cenho olhando para mãe. Abriu um pouco a porta, vendo a rosada deitada na cama cheia de curativos.  - Coitadinha chegou ontem em um estado deplorável, dizem que seus pais foram vitimas daquele temporal.   

Há o temporal, como me esquecer dele, estava no colégio quando viu aquela nuvem negra tampando o céu. Só de lembrar dos raios um frio percorria a sua espinha. Não sabia quantos minutos ficou encarando  a rosada deitada na cama, pois quando olhou para o lado, o corredor se encontrava vazio, nem sinal de sua mãe. Os sentimentos de pena e compaixão se apossaram de seu coração genuíno. Quando estava prestes a fechar a porta, escutou um som de aparelhos apitando. 

Abriu a porta bruscamente e correu até a maca onde se encontrava uma garotinha inconsciente. Estranho era seu cabelo que tinha um tom rosado. Reparo mais na menina, ela estava toda enfaixada e seu corpo tinha vários hematomas. Mas ao ver aquela aparelho apitando ao lado da maca, seu corpo gelou, e seu peito ganhou movimento. Sem mais nem menos, correu desesperadamente até a porta entreaberta e gritou com toda a força de seus pulmões por socorro, em vão o corredor se encontrava vazio e no mais puro silêncio.  

Em um ato de desespero colocou as mãos na cabeça e puxou seu cabelo para cima, como se esse gesto fosse lhe tirar uma ideia brilhante. Enquanto isso o aparelho apitava avisando que a paciente estava perdendo  a vida.  

Então fez algo que nunca imaginou fazendo na vida, quando agarrou o lençol, e o puxou para baixo. Revelando o corpo magro... 

... 

--- Milady...ele não para de chorar. Uma senhora elegante de estatura média, dona de longos cabelos castanhos ondulados, e olhos cor violeta, esbanjou um longo sorriso ao ver o pequeno ser nós braços da governanta. Ali estava ele, sua única fonte de alegria dentro daquela mansão solitária. Fechou o livro delicadamente, e se levantou da poltrona. Caminhando lentamente até o pequeno, como se ele fosse sua presa, isso sem tira o sorriso do rosto. 

O pequeno percebeu que estava sendo vitima de uma brincadeira, gargalhou enquanto se escondia nós braços da governanta. 

--- Oh ele parou...Disse a empregada surpreendida, nunca tinha visto aquele menino rir.

--- Ele gosta de pessoas que tem energia positiva. A mulher disse enquanto tirava o pequeno dos braços da governanta, o mesmo estendeu os bracinhos na direção dela. A Governanta olhou para sua senhora confusa, havia boatos percorrendo os corredores da mansão de que sua senhora estava ficando louca, obcecada pelo bebê, simplesmente pelas coisas estranhas que ela dizia sobre ele.  Caminhou até a porta da enorme biblioteca, se preparando para sair, mais não sem antes da uma ultima olhada para mulher, que conversava com o bebê como se ele fosse um adulto, entendedor de lógica. Brincando de joga-lo para cima e para baixo, enquanto ele gargalhava. 

Fechou a porta atordoada, caminhou em direção a ala leste da mansão.  

Precisava falar com senhora Houston... 

...

--- Vamos mamãe precisamos ver a Sá. A loirinha corria saltitante para o carro azul brilhante. As ruas da cidade estavam calmas, sem sinal de engarrafamento, poucas pessoas caminhavam pelas calçadas. Sua mãe queria sair cedo, para aproveitar o trânsito, e ela ansiosa para ver a Sá, concordou em acorda cedo. 

--- Calma, Ino deixa só a mamãe procura a chave dentro da bolsa. Buscava nervosamente as chaves dentro da bolsa, até que as encontrou, ligou o carro e entrou.  

Ino sentou-se na sua cadeirinha, aconchegou-se nela enquanto observava a paisagem. 

Antes de dar partida um loiro apareceu na janela. 

--- Vocês vão ao hospital?. O loiro vestia roupas casuais, e os cabelos estavam desgrenhados, sinal de que tinha acordado agora. 

--- Sim !!!. Quem respondeu foi Ino sorridente. 

--- O hospital abre cedo, umas 5:30, já são 5:58, é bem provável que o doutor Kakashi já esteja lá. A loira encarou o filho confusa estranhando sua expressão triste no rosto. Mas ela sabia que ele estava se culpando pelo que aconteceu com aquela garotinha. Passou a mão em seus rosto delicadamente e sorriu de forma materna, lhe passando consolo. Ino atenta a tudo percebeu a expressão triste no rosto do  irmão, por mais que Deidara fosse chato, não queria velo triste. 

Com suas mãozinhas pequenas tocou a mão do irmão que se encontrava na janela. 

--- Oni-san a Sá vai fica bem. Sorriu reconfortante. 

Deidara sorriu, e deitou a barriga na janela, um gesto para tentar alcançar a testa de Ino, lhe lascando um beijo ali. Hana sorriu com os gesto afetuoso e Ino também, amor fraterno entre irmãos que se amam. 

O loiro parou o gesto carinho e encarou a mãe sério. 

--- Eu vou chegar um pouquinho mais tarde... 

--- O que?, por que?. Franziu o cenho confusa, milhares de ideias passaram pela sua cabeça, que o filho iria sair com alguns amigos, beber, farra, chegaria tarde da noite, enquanto ela e Ino ficaria no hospital. 

--- O policial que falar comigo, ele quer que eu responda algumas perguntas. Hana suspirou relaxante, descartando todas a suas hipóteses, mais seu relaxamento não durou por muito tempo. Ela sabia que Deidara podia ser condenado por homicídio culposo. 

Despediu-se do filho, e deu partida no carro. 

--- Ino coloque o cinto... 

Passou pela viatura da policia parada em frente a sua casa, pelo retrovisor do carro puder ver Deidara conversando com os policiais. 

*Meu Deus* 

Percorreu um longo caminho até o centro de Kanoha, mas a  Avénida Horishiko Kuyama, próxima ao hospital estava interditada. Várias árvores se encontrava debruçadas sobre a pista, e um caminhão guincho plataforma tiravas do caminho e colocava em outro caminhão. Carros também estavam revirados sobre a pista, sinal claro de acidente. 

Isso vai demorar... 

--- Senhora não pode passar dessa área. O Guarda trânsito se aproximou do automóvel.  

--- Meu filho isso vai demorar, chama o prefeito e pede para ele manda outro caminhão. Gritou furiosa apertando o volante com força. 

O guarda olhou para ela com os olhos arregalados e com a expressão de desgosto. Outro guarda se aproximou ofegante. 

--- Senhora vai ter que da ré, para as viaturas passarem.  

--- Eles podem passar e nós não !, que lastima !. Deu ré no volante furiosa, buzinando para os carros atrás. - Calma ae filha, vamos ter que fazer o balão. Fez a voltar no veículo, e acelerou o carro com tudo enquanto buzinada para os guardas na frente.

Passando por eles como um jato. 

--- Ei senhora para com essa buzina. Um homem gritou do carro ao lado.

--- Vá a merda !!!. Disse dando o dedo do meio. 

--- Hana!?. O homem olhou incrédulo para mulher. Será possível que aquela mulher loca era sua esposa?. 

Ino gritou ao reconhecer a pessoa que dirigia o carro. 

--- PAPAI  !!!. A loirinha abriu o vidro do carro e sorriu alegre. A mulher desviou os olhos da estrada e olhou novamente para o homem. 

--- Inoichi !?. O homem continuava a olhar incrédulo, jamais iria imaginar que sua esposa era assim no trânsito. Sorriu para filha e depois olhou sério para mulher. 

--- Quanto tempo você vai ficar me dando dedo?. Hana sorriu sem graça e fechou a mão automaticamente, ao perceber que uma das mãos se encontrava no volante e a outra fazendo ainda o gesto obsceno. 

--- Para onde vocês estão indo com tanta pressa?. 

--- Olha eu não tenho tempo para falar agora, eu preciso chegar no hospital, Deidara está em casa, ele vai explicar tudo a você, de tchau ao papai Ino. A mulher segurou no volante e acelerou, sem espera a resposta do homem. Ino deu tchau ao pai, sorrindo e acenando. 

--- Tchau papai... Nem aquela voz infantil tirou o velho de transe, ele acenou de voltar atordoado.  

--- Devagar Hana se não vai levar uma multar !. Gritou e fechou os olhos com força ao ouvir que alguns carros buzinavam para sua esposa. 

Passou a marcha no carro e partiu para casa. Precisava saber o que estava acontecendo. 

...

Estacionou em frente ao hospital. Saindo as pressas do acento, contornou o carro, abriu a porta, tirou o cinto de Ino; Pegou a chave, fechou o carro e ligou o alarme. 

Subiu as escadarias rapidamente segurando as mãozinhas gordinhas. Entrou no hospital ofegante, a primeira coisa que viu foi a recepcionista e uma enfermeira nervosa, caminhou até elas com o cenho franzido, jogando a bolsa em cima do balcão. 

--- Bom dia, eu vim para uma visitar. A recepcionista a olhou de cima abaixo e digitou algo no computador. --- Paciente?. A mulher suspirou olhando a filha. Ino tinha insistido muito para essa visita. Disse que queria ver a Sá, e a mesma não pode dizer não. 

--- A flor do hospital. Era assim que Sakura é conhecida no hospital. Pelos corredores só havia comentários sobre a garotinha de cabelos rosados que foi vítima de um acidente de moto. 

--- Ah lamento senhora, mais a nossa paciente está acabando de sair de um ataque cardíaco. Arregalou os olhos e abriu a boca levemente.

--- O que !?... Ino olhou a mãe confusa, o que é um ataque cardíaco?. 

O celular começou a vibrar na bolsa, despertando a mulher de transe. Procurou o aparelho na nervosamente, sua mente girava, e seu corpo tremia, quando o encontrou tratou logo de atender. 

 ''Aló?''. Era Inoichi, espero que o marido falasse, ele estava sério, o que fez a mesma entra em alerta. Quando ele terminou, a mesma explodiu. 

''Como é que é !?''. Gritou indignada chamando a atenção de todos na recepção. 

 ''Senhora não pode gritar aqui''. Pediu a recepcionista pacientemente.  ''Ta, ta desculpe''. Disse não dando muita importância. Uma mão pouso em seu ombro, fazendo a mesma virar bruscamente.

 ''O que aconteceu Hana?''. Perguntou o homem vestido com seu costumeiro jaleco. O Encarou com um olhar cheio de ansiedade. 

 ''Como ela está?''. 

 ''Está viva, mais seu batimentos ainda estão fracos''. 

Os olhos da Yamanaka se encheram de lágrimas, antes que pudesse desabar, uma mãozinha segurou a barra da sua saia. --- Mamãe podemos ver a Sá agora?. Perguntou inocentemente, Ino estava alheia a tudo. Hana olhou para o médico e o viu assentir. 

Pegou a mão da filha e seguiu o médico pelos corredores escuros. A situação estava tensa, passaram por várias macas e quartos cheios de pacientes em estado grave, até chegar a ala infantil. Parou no quarto 551.

'' É aqui''. O médico disse e fez um sinal para que a mesma entrasse. 

O Ambiente estava quieto, apenas com o som de aparelhos, o quarto tinha duas macas e duas janelas, mais uma se encontrava vazia. A Imagem do rosto da rosada era perturbadora. Seu rosto estava pálido, sua boca ressecada, e seus olhos obscuros, em um verde intenso, quase não dava para ver sua pupila. Os cabelos pareciam palhas, tendo um coloração amarela nas pontas. Chocada, pus as mãos na boca. 

 ''Não se assuste senhora Yamanaka, ela estava em estado pior''. Kakashi disse calmamente notando sua expressão aterrorizada. 

'' Veja mamãe a Sá acordou''. Ino batia palminhas, saltitante. 

O doutor se aproximou da maca, tocando o rosto da paciente, retraindo as pálpebras. A Mesma piscou e ele se afastou, seus olhos vagaram por todo quarto até para nas duas figuras desconhecidas. Resmungou. 

 ''Não consegue falar?, sente-se, e beba um copo de água.'' Kakashi estendeu o copo de água, enquanto Hana a ajudou a se sentar, Ino observava tudo calada. O Copo foi levado aos seus lábios; O líquido desceu rasgando sua garganta, sentiu uma vontade de por toda água para fora, mais a sede era maior, não sabia quanto tempo tinha ficado sem beber algo. Quando terminou os lábios possuíam uma coloração um pouco rosada. 

 '' Sá !, lembra de mim?''. - Correu até a maca saltando em cima dela, ignorando o olhar repreendedor da mãe -. Sakura a observava com cautela. ''Sou eu a Ino !''. Disse alegre jogando os braços para cima. 

  ''Eu me livrei de todas as minhas pulseiras, não quero ser mais vítima de raios...''Começou a tagarela sem para. Sakura estava confusa, mas quando ouviu a palavra ''raios'' lhe causou incomodo e sensações horrendas, gemeu colocando as mãos na cabeça. 

 ''Ino pare de falar, a Sakura ainda está doente''. Hana apressou-se, ao perceber que aquele falatório todo estava incomodando a pequena flor.  

Ino olhou para mãe, depois para Sá, e deu um sorriso alegre. --- Não se preocupe Sá, nós vamos cuidar muito bem de você. Segurando firmes uma de suas mãos, encarando seus olhos escuros, que retornava a coloração real aos poucos. Uma lágrima solitária desceu pingando na mão das duas. Era a única forma da rosada dizer ''Obrigado'', pois estava incapaz de falar. Hana pegou um lenço e enxugou seu rosto.- a rosada a encarou-. Deu um sorriso reconfortante, quanto acariciava as costas de Ino. Confirmando o que a filha acabou de dizer. Sakura se permitiu sorrir minimamente. 

2 semanas se passaram, foi perturbadora e agitada para família Yamanaka. Deidara foi a julgamento sobre a acusação de homicídio culposo, mesmo não sendo o suficiente tinha Ino como testemunha, o juiz era muito exigente, portanto seu julgamento durou horas, saiu vitorioso, graças a Sakura, que apareceu no tribunal de muleta, surpreendendo todos ao falar. Durante o ocorrido a rosada estava hospedada no solar dos Yamanakas, descobriu tempos depois que seu acidente tinha deixado pequenas sequelas, a mesma ficaria temporariamente sem falar.  

No tribunal, a família descobriu que a mesma estava órfã, e segundo o juiz, era menor de idade, seria então encaminhada para um orfanato. Ino fez um escândalo, mas Hana já tinha tomado um decisão, os papeis de adoção foram assinados no mesmo dia.  

Três dias depois da adoção, a família voltou ao hospital com a rosada, perceberam um comportamento estranho e pessimista. Ela foi avaliada pela doutora da área de psicologia, Lourency. E o diagnóstico chocou os pais. 

Depressão clínica, ou depressão maior, pode-se dizer que é um distúrbiu celebral caracterizado por depressão persistente ou perda de interesse em atividades, causando prejuizos significativos na vida diária. 

''Afeta a mente e o corpo, levando por vezes o paciente a perguntar-se se vale a pena viver. Quem luta com esta desordem não pode simplesmente livrar-se dela, como algumas pessoas supõem. É uma doença grave que geralmente requer uma combinação de medicação e de aconselhamento.'' 

Essas foram as palavras da médica antes de mostrar os sintomas, inacreditável como eles batiam com os da rosada. 

 

Humor deprimido;Perda de interesse e prazer;Alteração importante no apetite; Alteração nas atividades psicomotoras; Perturbação do sono; Fatigabilidade aumentada e atividade diminuída;Sentimento de culpa e inutilidade;Prejuízo na capacidade de pensar;Atenção e concentração reduzidas;Dificuldade para tomar decisões;Perda de memória;Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. 

A matriarca segurava o papel, enquanto seus olhos exploravam cada verso. Suas mãos tremiam e seu corpo gelou.- não é possível. - Ela se recusava a acreditar que aquela menina, agora sua filha, estava em um nível tão alto de depressão. Encarou seu marido pelos ombros, o mesmo tinha um olhar reconfortante e compreensivo, o abraçou. 

''Ela...'' Começou dizer mais foi interrompida.

'' Não é nossa filha de sangue, mas cuidaremos e daremos todo amor e apoio como se fosse uma, pois é tudo do que ela precisa nesse momento. Acariciou o rosto da esposa. '' Depressão não é algo fácil Hana, e nós sabemos disso melhor do que ninguém. Sei que através daquela face angustiada e sofrida, se esconde um ser forte de coração puro. Ela é um anjo Hana, um anjo que foi destroçado pelas injustiças desse mundo.'' Disse tudo olhando nós olhos da esposa, para logo depois envolve-lá em seus braços.  

''Você tem todo o meu apoio''. Hana o abraçou mais forte e chorou. Tinha que agradecer a deus todos os dias pelo marido que tinha. 

 ''Mamãe, ela está fazendo de novo.'' Ino veio ao encontro dos pais, quase tropeçando em seus próprios pés. Hana deu uma última olhada para Inoichi, antes de seguirem o corredor, tendo Ino como guia de ambos.  

 Chegou a recepção, Hana tinha se afastado um pouco para pensar melhor, depois da terrível notícia. Avisto de longe uma cabeleira rosada sentada na cadeira, enquanto ainda caminhava pelo corredor. Parou perto da mesma cumprimentando os presentes, observou o estado da mesma junto a Inoichi. 

 Completamente perturbada, tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo, a vestimenta se resumia no desenho do gato de botas, as mãos sobre a cabeça, desengrenhado os cabelos, sinal é claro de loucura, os pés encolhidos, quase abraçando os joelhos, chorava com angústia, e parecia temer as pessoas ao seu redor. Ao ver aquela cena sentiu seu peito doer. Era assim desde que a adotamos, isolamento e chorava muito. Sakura já tinha começado até sofrer bullying na escola, devido a sua baixa auto-estima, isso era um tanto preocupante. 

 

 ''Imbecil''

 ''Inútil''

 ''Feia''

 ''Horrível''

 ''Fracassada''       ''Você não faz faltar''        ''Aberração''

 

 ''Você nem deveria existir''

 

Os fantasmas sussurravam aquelas palavras perturbadoras,  junto ao vazio atormentador, como se sua alma tivesse sido arrancada e retorcida. Eram tantas... Olhava para aquele corredor atordoada, tudo branco, só se via branco, a cor do vazio, e ao mesmo tempo a cor da pureza, fazia sua mente girar. ''Se matar''

Fecho os olhos com força, e apertou o objeto escondido em suas mãos, mais lágrimas começaram a descer, enquanto o vazio e o desespero a consumia, seu corpo tremia, sua cabeça doía, e seu peito ardia. 

 

 ''Aproveitar e passa essa lâmina no pescoço.''

 Deu um grito abafado se entregando a tentação. Mesmo tendo seus braços segurados ela conseguiu cumprir seu objetivo. Seu sangue agora estava sobre a cor branca, e manchando o rosto do gato de botas. Uma sensação de leveza passou a lhe dominar, com a cabeça jogada para trás ela se permitiu respirar.   

''Quando cortamos os pulsos, por um momento a dor parar; Mas lembre-se: Da próxima vez ela vira mais forte''. 

 

 9 Years...

 

9 anos depois, e ainda me vejo com esse mesmo problema. Correndo desesperadamente pelas ruas de Kanoha, com os olhos encharcados. Ele me humilhou, ele me enganou, ele me abandonou, este era fim.   

Entrei em casa subindo as escadas, ignorando tudo e todos. Ele veio com seu charme sedutor, com seu olhar cativante, com sua áurea imponente. Típico homem que era acostumado a ter tudo o que quer, no seu dicionário não tem a frase '' eu não posso ter''. Ele não se importou que idade eu tinha. Ele não segue as regras. Ele é fora da lei. Ele é frio. Ele é um canalha. Mas o principal de tudo ele é manipulador. Tudo o que ele faz é com segundas intenções e para seu benefício.  

Eu com 16 anos apenas, uma garotinha do fundamental, começando a vida agora, já ele  um homem formado. Cai em sua lábia, maldita hora em que não percebi as suas intenções  

''Quero me casar com você''. ''Quero ter filhos com você''. ''Quero construir uma casa para nós''. '' Quero sossegar e envelhecer com você''. ''Quero morrer aos 110 anos nos seus braços''. 

Jogou se na cama, abafando o choro no seu travesseiro, virou se lentamente, ficando de frente para o teto.  

''Promesas, falsas promesas, eram as ilusões do amor'' 

Seu coração está em pedaços, e você chora com angústia. Seu interior não aguenta mais tanta pressão, você não saber o que fazer, apenas quer que essa sensação horrenda pare. ''É assim que eu me sinto'' 

Observo o teto se chocar contra o meu rosto, as paredes ganha um tom vermelho, e aquela voz tenebrosa surgir do além. 

''A dor é o caminho do aprendizado...já te disse isso não foi?''

''Você de novo''. Meus olhos ficaram possessos de fúria, sentei na cama bruscamente encarando a névoa branca. Antes que pudesse dizer alguma coisa de valor, fui tomada pelas mesma sensações de anos atrás;asfixia. Me contorci até perde os sentidos e tudo escureceu. 

...

Abro os olhos assustada, meu peito subia e descia, suada e com o coração acelerado. O Despertador tocava desesperadamente, avisando que já eram 5:20. Dei um murro no objeto. ''Arrgh''. Sair das cobertas irritada, caminhei até a janela, abrindo a cortina, sentando no seu batente. Observo o temporal lá fora.

''Foi um sonho, apenas um sonho...'' 

Passaram 7 anos desde a minha primeira decepção amorosa, a única para falar a verdade, pois não me interessei por homem nenhum depois daquele evento. E as vozes?, as vozes não pararam, já fui ao psicólogo ao psiquiatra, ninguém me entende. Não sei como  conseguir me recupera do tombo, talvez eu saiba, mas me recuso a acreditar. O que aconteceu depois, foi mais....digamos assim interessante. - Peguei a xícara de café no criado. Com um sorriso mínimo levei a xícara aos lábios.

 

*Branco...Branco...detesto essa cor !*

Me remexer na maca, levantando lentamente, minha vista ainda estava desfocada. Sentei-me observando tudo ao redor. Como pensei estou em um hospital. *De novo*  

As paredes eram brancas, e o quarto me parecia familiar. Não dei tanta importância para a maca ao lado, seja lá quem for devia está dormindo. Encarei meus pulsos, pernas e braços. Estado deles?...marcados, mutilados, cheios de cicatrizes. Que raiva, que ódio, sinto o gosto amargo da traição. Mas aquelas palavras atingiram a minha alma. 

''Você não serve para nada, nem sei por que continua respirando''. 

Sente o peso das palavras, lembrei de tudo. Do acidente, das vozes, das pessoas que me humilharam. Deixei a tristeza me dominar, não tinha mais por que chora, não tinha mais por que viver. ''O Problema não são as cicatrizes; O problema é olhar para elas e lembra de quem as deixou.'' 

A imagem dele me tortura, dos seus olhos, dos seus lábios, do seu beijo, das suas mãos. Sentia a vontade de corre para seus braços e implora para que não me deixa-se, mas não iria fazer isso, sabia que ele está a mais de léguas da li. 

 Com a coragem que me resta, fui até os utensílios médicos. Peguei o bisturi e voltei para cama decidida. 

*Eu só quero que essa dor pare, desculpa não dá...desisto !* 

Posicionei a cabeça para trás, o mesmo processo de anos trás, mas agora pretendo corta mais fundo. *É agora ou nunca*. Fechei os olhos me entregando ao desespero, podia sentir o beijo frio da morte. 

''Você é um anjo?''  

Abrir os olhos rapidamente. Sem sair da posição, olhei de esguelha para maca ao lado. Um garoto sentado com as pernas cruzadas. Tratei logo de esconde o bisturi, mesmo sabendo que era tarde; Já tinha sido vista.  O Encarei com um olhar sem graça, como uma criança que tinha acabo de ser pega no flagra em meio ao uma travessura.

 ''O-q-ue?''. Perguntei percorrendo seu físico. 

''Minha mãe me disse que aqueles que tem os pulsos marcados são anjos''. O Garoto não era muito alto, tinha um estatura média, mas sua imagem era estranha, em outras palavras perturbadora. O Cabelo era preto, tão preto quantos as ervas, e tinham um aspecto sedoso, cobria seus olhos. Todavia através daqueles fios pretos, tinha a impressão que se escondia duas esferas cativantes, tanto perigosas, em alerta a cada movimento meu.  Sua pele era muito diferente da minha, não que ele fosse moreno, não é nada disso. Era uma espécie de um cinza, não era feio, pelo contrário, era muito bonito, sem conta que ela tinha um aparência macia, resistente e bastante luminosa. 

Sem nem percebe deixei minha boca se abrir. Estava chocada com tanta beleza e imponência em um só ser. E olhe que ainda nem vi seu rosto, apenas seu lábios rosados, não em um rosa batom, um rosa natural, e sua boca não se movia. Tinha Imponência, não que ele exala-se poder, mas seu físico me intimidava, apesar da estatura média. E sua voz?...há ela não se comparava a nenhuma que já tenha ouvido. Era uma voz rouca, grave e ao mesmo tempo serena, chegava ser até calorosa, e ecoava na minha cabeça, como se cada palavra sua fosse algo a ser memorável. 

 Um incomodo surgiu no meu interior. Tenho a sensação de ser inferior a ele, e que era superior a mim. E está sensação estava me deixando agoniada, de certa forma não queria ser inferior a ele.  

*Não queria ser inferior a homem nenhum*. Logo notei que não tinha respondido a sua pergunta, mais eu não precisava respondê-lo ne mesmo?, podia simplesmente o ignora e volta ao meu processo suicida.  

*Mas eu não fiz isso*. Sua presença era imponente demais para ser ignorada. Contudo o fiquei encarando por horas. Não desviei nem por um segundo, com a sensação de que qualquer descuido meu, ele poderia me atacar. 

''Eu não sou um anjo''. Minha voz saiu fraca, quase um sussurro, me amaldiçoei. Mas pow eu estava em transe. 

''É claro que você é. Mamãe disse que só os anjos se cortam, por que eles não gostam na vida na terra, então eles tentam se matar para retornar ao paraíso. Eles são muito sensíveis a dor dos outros e deles mesmos. Me surpreendi com sua voz determinada, cheia de confiança. 

''Você saber, sua mãe é muito sábia. Respondi largando o bisturi na cama.

''Obrigada. Ela também é uma anjo, mas já voltou para casa. E deu um sorriso mínimo.  

 

... 

 Anjo?, eu sou um anjo?. Não sei, só sei que o sorriso dele era lindo. Assustado foi o que descobrir depois. Se tratava de um menino de 13 anos, chamado Heisuke Houston. Fiquei chocada claro, como pode um garoto de 13 anos exalar tanta masculinidade. (Se é que vocês me entende). Filho adotivo da falecida empresária Erin Houston. Ela e sua família era dona de um das maiores empresas do Japão. Kanoha era localizada no Japão, então já viu, deve ter várias empresas espalhadas por ai. Lembro de ver o rosto da empresária nas manchetes. O Jornal fez questão de publicar o seu falecimento e prestar luto. No dia fiquei muito triste, só conseguia pensar em Heisuke, e me perguntava a todo momento como ele estava se sentindo. 

Vocês devem está perguntando o por que da minha preocupação com esse garoto. Bom...nós tornamos bons amigos, passamos bons momentos juntos. Meu único amigo, além de Ino. Ele foi como uma luz no fim do túnel. Eu realmente iria me suicida, porém ele me impediu, me confortou. Me compreendia melhor que ninguém. Nem imaginam o que fizemos naquele hospital. 

Tomei a xícara de café.

''Bleee''. Cuspir o líquido para fora. 

''Café velho''. Olhei para o despertador, e já eram 6:10. A hora passou rápido. Mas não importa, tinha que se arruma para ir a universidade. Depois passaria no solar dos Yamanakas para pegar Ino, e mais tarde teria um entrevista de emprego. 

 

 Continua...

 

 


Notas Finais


Então o que acharam do cap?. Gostaram da nossa Sakura?. Aceito opiniões e criticas.


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