História Unknown - Um Soar De Uma lâmina

 

不明 章 - Um Soar De Uma Lâmina...

O Choro é personificação dos nossos sentimentos, nos torna mais humanos e mais fortes. Derramar uma lágrima não é motivo de vergonha, crime ou fraqueza. É um ato de coragem que requer muita vontade de mudança.  

 Chora é a atitude mais humana que existe, nos faz perceber que somos como poeira estelar no universo.Chora nos torna humildes de alma e coração. 

 Crescemos escutando que chorar é para os fracos, mas quem tem sentimentos tão fortes e verdadeiros está muito longe de ser fraco! Chorar é para os grandes de coração, aqueles que são capazes de dar tudo de se por algo ou alguém,aqueles que demonstram com todas as suas forças que não vieram ao mundo de passagem.  

Quem inferiorizar os sentimentais, inferioriza também os sentimentos que carregam no coração. Pois só através das lágrimas somos capazes de limpar a sujeira dos nossos destroços.  

Por isso quando vi seu espírito esmaecer sobre a oculta cerejeira sem pétalas - e seus lábios mover de forma contraditória ao que estava sentindo.Pessoas ignorando a existência da pobre alma que embrandecer sobre o arrependimento, num tanto desconhecido.  

Sem me da contar, caminhava em sua direção - curioso e com receio. Minha aparência sempre foi motivo de espanto e fofoca para as pessoas. Elas sempre agiam de modo estranho, se lançando para cima dele com seus equipamentos eletrônicos, soltando os flashes que aquela máquina proporcionava.

 Isso de certa forma o incomodava, já que ele não sabia o verdadeiro significado da palavra incomodo, ou o que o levou a caminha em direção aquela estranha. 

Não foi compaixão, não foi pena. Digamos que ele estava apenas curioso. O Estado emocional humano sempre o intrigou. 

Foi a curiosidade que o levou até ela - Ele se perguntava todos os dias. 

No inicio ele tentou adivinha o que estava acontecendo com a alma do pobre anjo sem asas.Todavia de um espírito forte como um leão ou uma leoa. Ele estava confuso até no próprio sexo da criatura com  cabelos exóticos. Ao mesmo tempo em que tinha a impressão de já ter visto aquela coloração, de certa forma era familiar.- Ele não sabia explicar. 

Quando seus olhos cristalinos atingidos de um verde musgo, comparado ao topázio e a esmeralda alcançaram os seus.Algo atingiu seu interior,de uma forma que o vazio em seu peito começou a preenche. A Conhecia, agora tinha certeza. 

Mas ela o deixou sozinho na clareia entre as bétulas do parque. Mesmo depois de tê-la salvado da morte.Todavia seus olhos cristal,agora,estavam bordados de azul marinho, e acima das pálpebras inferiores junto aos cílios, se fez ondas. Pequenos pompons brancos como a espuma, salpicadas de tecido transparente.  

Uma gota do mar desceu sobre o tecido da carne, deixando rastros por onde passava. Rastros de dor, amargura e decepção.Ele tinha certeza que era mais salgada que o ingrediente que faz as águas do mar ser bem temperada. 

Ele não gostou... 

Fazia tempos em que não bebia, quase uma década. Passou os olhos pelo recinto desinteressado. Uma moldura de um violão atravessou o salão em um passo, para alguns homens tentador, mas não para ele. - Locomovendo seu corpo graciosamente em cima dos saltos agulha. 

 Ele perguntou-se como ela se equilibrava naquele pedaço de vidro...Os olhos dele focaram apenas na moldura em movimento, no salto para ser mais exato. Arqueando uma das sobrancelhas quando a mesma encarou o aquário, hipnotizada com a explosão de cores proporcionada pelo ambiente marinho e os peixes exóticos. 

Sem nem mesmo cessar os passos - Soltou o copo, que antes limpava com tanto cuidado.Entregando ao barman e caminhando até a mesma.  

Ela iria cair...

Dito e feito, a mesma tropeçou em uma das suas canelas, lançando-se para frente como um foguete. Sua expressão era de pânico enquanto e a de encontro ao chão.Todavia ele foi mais rápido capturando sua cintura fina firmemente. Todos no restaurante pararam para ver a cena intrigante.Claro aquilo não era comum em um restaurante luxuoso, feito para as pessoas da mais alta sociedade. 

- O..bri..ga..da. Ela respirou pesadamente encarando seu rosto surpresa, mas podia ver o alívio em seus olhos perolados. 

- A Senhorita está bem ?. Ela apenas assentiu silenciosamente, e ele foi levantando seu tronco de forma cautelosa e gentil. Como um harpista toca sua harpa, leve e sem pressa. 

Esperando que ela recupera-se o equilíbrio de novo.Ela pois as mãos em seu ombro para sustentar o corpo, e ele deixou. 

- A Senhorita deve tomar cuidado com esses saltos.Tentou dar-lhe um sorriso amistoso, recebendo outro em troca e um olhar extremamente tímido. Franziu o cenho quando as bochechas da mesma ganharam cor.  

- Heisuke esses são modos ?. Ele deu passagem para o gerente Kimimaro e o dono do estabelecimento Yasuhiko, seu chefe mais amigável. 

 O mesmo tinha um sorriso radiante, a energia positiva desse homem contagiava Heisuke de uma maneira que ele não sabia explicar.Já Kimimaro tinha uma energia mais negativa, era ambicioso demais. E seus olhos buscavam de maneira desesperada por um tesouro perdido ou de uma oportunidade para enriquecer. 

E ele encontrou na jovem moça ao seu lado, que parecia ter um statu financeiro muito bom. 

- Perdõe senhor Yasuhiko foi minha culpa, tropecei sem querer. Seu chefe arqueou as sobrancelhas olhando para as pernas da jovem,deu um sorriso divertido. A mesma corou. 

- Senhorita Hyuuga esses saltos são perigosos, tem certeza que não torceu nada ?.A mesma assentiu ainda constrangida. - Seu... Ela olhou para mim perdida. Logo entendi. 

- Barman...

- Seu barman me segurou antes que eu despencasse. Ela deu um mínimo sorriso,tirando outro do velho. Kimimaro o fitava com os olhos semicerrados.  

- A Senhorita gostaria de uma mesa ?. Kimimaro tomou a frente,com uma expressão gentil e um sorriso leve.Mas seu olhar estava carregado de malícia. Ele a encarava como se fosse uma preciosidade. 

Ele não sabia o que achar sobre isso... 

- Nós reservamos uma mesa dias antes, minha família ira chegar daqui alguns minutos. Kimimaro parece ter acordado para vida,e convidou a moça a acompanhá-lo. 

Ela sorriu agradecida acompanhando o gerente calmamente, mas antes deu uma última olhada para ele. 

Ele não sabia o que fazer,olhou até de esguelha para ver se era com ele mesmo.Mas tudo o que pode ver foi a face de Yasuhiko sorrindo divertido para ele. Sentiu na obrigação na de fazer algo, então decidiu sorrir. 

Se ela aceitou bem antés, talvez aceitaria bem agora também.Ele esperava...

Para sua surpresa o resultado foi quase inesperado - a mesma desviou o olhar e seu rosto tinha a mesma coloração de antés. Só que agora mais vermelho, feito um tomate.  Ele observou ela se afastar confuso.Por acaso fez algo errado ?.Sentiu um toque divertido em seu ombro. Endureceu, se afastando. 

Seu chefe pareceu não se importa, por que continuou rindo. Ele não tinha costume em ser tocado, era estranho... 

Encarou Yasuhiko mais atordoado que antes, até que o velho recuperou o fôlego e lhe encarou com a apenas um sorriso sem dente. 

- Bom trabalho Heisuke. Disse se afastando para o bar,ele acompanhou.Deu a volta no balcão ficando em seu devido lugar.Voltando toda atenção para uma garrafa champanhe vazia. 

- Aproposito...Levantou o olhar, encontrando o chefe lhe encarando com malícia, franziu o cenho deixando a garrafa de lado.- O Nome dela é Hinata Hyuuga. 

Ele não estava muito longe, mas também não estava perto para lhe pergunta o que aquilo significava.E como se não bastasse Yasuhiko já tinha atravessado o salão. 

- Merda...Bateu com força no balcão chamando atenção de alguns clientes. Abriu uma garrafa de uma bebida qualquer, enchendo o copo e tomando em um gole. 

Fazia tempos em que não bebia para lembrar...

2

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.É isso, não domino minhas emoções. Mas posso pensar no que fazer a respeito.Por que na boa, sou muito emocional. E sempre considerei isso um problema. 

Subo os degraus rapidamente, segurando minha bolsa tiracolo com a mão esquerda e a outra ajeito o óculos. A ansiedade me corrói quando entro na recepção do hospital. 

Ando até o balcão suando frio, ignorando as pessoas ao meu redor.Desculpe mais hoje estou com pressa. 

- Com licença. Uma mulher se encontrava atrás do balcão digitando algo no computador, bastante concentrada. 

- Sim ?. Tanto seu cabelo quanto seus olhos eram pretos como as ervas, tão branca quanto eu, e seu tom de voz era gentil. 

- Nanami Senju. Ela arregalou os olhos na minha direção. Por reflexo olhei para trás, encontrando apenas pessoas sentadas na recepção. Voltei a encara-la estranho. Ela disfarçou, apontando para algum lugar no final do corredor. 

Demorei um pouco para percebe que era Nanami, sendo carregada por Deidara e logo atrás vinha uma Ino entediada. 

- Sakura !. A Mesma gritou se soltando de Deidara, o mesmo fez uma cara de desaprovação. Eu rir com isso. Corri apressadamente me jogando em seus braços,tenho certeza que o meu sorriso cortou o ar nesse momento. 

Não podia está mais feliz,ela recebeu alta. 

Seu braço ainda estava enfaixado, nada a que se preocupar realmente.Mas ainda assim merecia a devida atenção, algo que Deidara fazia muito bem. Ele fez questão de carrega-la, mesmo ela dizendo que não precisava. 

- Deidara estou machucada, não aleijada. Ino riu jogando um fiasco de papel no irmão. O mesmo bufou ignorando os protestos. 

- São lindo juntos né ?. Ino comentou quando esta vamos um pouco longe.Franzi o cenho a encarando confusa. 

- Sakura, você está muito perdia ne ?. Ela bufou dando de ombros. É eu realmente estou perdida hoje.Mas depois de ver Deidara colocando Nanami dentro do carro. Arregalei os olhos e voltei para Ino em choque. 

- Você quer dizer...Ela fez um sinal com o dedo para eu ficar em silêncio e deu um sorrisinho suspeito.Me puxando em direção aos pombinhos. Que eu nem sabia que eram pombinhos. 

Alguns minutos depois está vamos caminhando por uma rua que desconheço. Sério nunca entrei na minha vida.Poucos minutos antes de deixa Nanami e Deidara retorna a casa.

- Ino, onde está me levando ?.Perguntei quando notei que a rua era cheia de construções antigas, da era vitoriana para ser mais exatos. E não se via nenhuma cerejeira e o tempo estava nublado.E também não tinha nenhuma estrela no céu, comecei a fica preocupada. 

- In...Perdi as palavras quando passamos por uma velhinha, sentada numa cadeira de balanço.Seu olhar era gelado,e o cachecol prendia o pescoço levemente, junto ao vestido florido cheio de babados.Seu rosto franzido e as sobrancelhas arqueadas me causou calafrios. Um gato preto se enroscava em suas pernas, felino com grande olhos verdes. 

Encarei  as calçadas notando que tinha apenas Ino e eu passando.Ninguém se encontrava, olhei para trás. Vendo que a velha ainda nos encarava voltei a atenção para frente.

Na mesma hora Ino gritou que chegamos. Olhei para cima vendo uma placa com o nome Music Dance.Está vamos numa esquina a quilômetros do próximo quarteirão.

Observando ao redor, está vamos entre um bairro luxuoso, a um esquisito. As pessoas passavam com seus requintes ignorando a rua deserta.  - Que lugar é esse ?. Me aproximei do lugar onde a placa se encontrava.A Parte interna era de vidro,e por fora podia se ver as pessoas dançando. 

- Nosso novo emprego !. Ela gritou animada entrando no recinto. As pessoas dentro dançavam graciosamente, pareciam bonecas rodopiando. As meninas balançavam suas saias como pétalas de flor se abrindo com os raios de sol,que seria a luz amarela que iluminava todo local.Os Rapazes com a metade do terno, segurando singelamente a cintura das damas, com uma leveza impressionante as erguendo para cima. 

Nunca tive interesse pela dança, bom até agora.Ver como nos através da dança também podemos expressa nossos sentimentos.Uma vontade de liberdade se apossou de mim. Dei um sorriso sem dente.Estava tão contagiada que não percebi uma movimentação atrás de mim. Me virei bruscamente quando sentir uma respiração no meu pescoço.

Meu sorriso murchou quando vi a pessoa que menos queria ver. Ele deu um sorriso largo,mais debochado.O olhe de cima abaixo, contemplando seu terno refinado.Não pude conter a expressão de desprezo. 

- Senhorita Haruno. Ele colocou as mãos no bolso, sorrindo sarcasticamente. 

- Senhor Uchiha. Minha voz saiu seca, não tinha vontade nenhuma de está em sua companhia, nem por educação. 

Ficamos nos encarando em meio a rua deserta. Seus braços se moveram para tocar os meus,me esquivei lhe lançando um olhar irritado e reprovador. 

A Esmeralda o encara com desprezo evidente. Enquanto ele a olhar com paixão, mesmo que ela não perceba. Mesmo que a noite não deixe ela enxerga o sentimento que está por trás daquelas ónix. Ela o a maldiçoa, e ele a deseja como nunca desejou ninguém. 

Ele fez um movimento para tocar nos fios do seu cabelo,ela novamente se esquivar. E ele se irrita.A raiva e o desejo se acumulam, ele sente o seu estômago debruçar. 

Ego ferido... Ela o rejeitou, para disfarça ele sorrir - Passando por ela dando um simples boa noite. Mas ela pode ver as faiscas do seu ódio, e comemora internamente. Seu ego explode quando ela não o responde. O Ignora como se ele não existisse. 

Entre tantos sorrisos para ele contemplar,ele viu o pior deles. Quando um sorriso maligno se formou nos lábios de Sakura Haruno, seu coração disparou. E o ser entre as suas pernas ficou duro como pedra.

Ele entro no Music Dance,encarando as bailarinas dançarem. Nada muito interessante, pelo menos não para ele.Então encarou o lugar que estava o ser que mais lhe interessava no momento.

Ela não estava mais lá. - Irritou-se.

Deu um sorriso maligno quando o homem asqueroso passou por ela. Um movimento repentino a fez acorda para realidade. Mãos grandes taparam sua boca com firmeza e braços fortes a ergueram.  Se debateu em vão,enquanto era arrastada para um beco mais próximo.Indefesa, observou o Music Dance fica cada vez mais distante.

3

Se debatia nos braços do homem, enquanto o mesmo a arrastava para o beco, um pouco longe do Music Dance.A Jogou  no chão lhe acertando um tapa, deixando a face da rosada vermelha. Seu corpo foi de encontro ao chão sujo do recinto, o fedor de lixo e urina entrou pelas suas narinas.A mesma fez uma expressão de desgosto, e as mãos grudavam no chão por causa da sujeira. 

O Pior foi o que levou em seguida, tomou a coragem para encara o homem com raiva e medo. Mas o mesmo lhe acertou um tapa, a deixando furiosa.  Se era para morrer, não morreria sem antes lhe dar uma boa bofetada ou quem saber um soco. Sorriu maliciosamente em conscientemente com o pensamento perverso. 

O Homem a sua frente lhe encarava com desprezo e malícia,mas adotou uma expressão confusa ao ver os lábios da rosada se formarem.Suas vestes eram negras e em perfeito estado.Foi para cima dela rangendo os dentes, mas ela foi mais rápida erguendo seu corpo, posicionando a perna no alvo, lhe dando belo chute no saco escrotal. 

Caiu no chão com as mãos nas partes intimas, a rosada se levantou e correu. Furioso gritou.- Peguem-a !. 

Sakura arregalou os olhos quando viu quatro homens no inicio do beco. Parou de correr antes que tomba-se com um deles, respirou ofegante. Perdida olhou para todos os lados procurando uma brecha para escapar.  Se aproximavam lentamente, com olhares e expressões perversas que lhe causavam medo. Olhou para trás vendo o homem se erguendo. O Sorriso malicioso não deixava o rosto. 

- Dessa vez você não escapar Sakura Haruno. Um dos homens a sua frente lhe empurrou, a mesma cambaleou e caiu de bunda no chão. Os outros riram e a imobilizaram. Gritou, mas recebeu um soco em troca. 

- Shrii, quetinha. Um deles falou segurando seu queixo sem uma mínima delicadeza.- Vai ser rápido.Não o obedeceu, cuspiu na cara dele sem dor e nem piedade.O Primeiro veio logo atrás com raiva. Empurrou o da frente agarrando seus cabelos bruscamente. 

- Hoje não estou com paciência, então é melhor se comporta vadia. Como resposta cuspiu nele também.Seu braços estavam erguidos para o alto por apenas um só homem, e suas pernas presas nos braços musculosos dos outros dois.Levou um soco no estômago,sua respiração parou e sentiu um líquido quente subir pela garganta, o vomitando em cima do agressor. 

- Eca, sua nojenta. Aproveitou a distração dos outros dois para livra uma de suas pernas. Movida pelo medo de ser morta, ou pior violada. Acertou o homem da frente com a maior força que conseguia. Sua perna esticou a um ponto que seus ossos protestaram, lhe causando dor. Gemeu alto, mas por fim acertou o alvo. 

Não teve tempo para observa o homem cai, sua atenção voou para o terceiro, este segurava sua outra perna.Acertou seu pescoço, sentiu ossos se espatifar sobre os seus pés, mesmo que estivessem cobertos pelo ténis. 

Com as duas pernas livres chutou o segundo no estômago e se sentiu vingada. Mas o quarto ainda a segurava com mais força que antes.Não tinha como escapar dele, era muito forte.  

- Agora já chegar,vamos mat... Um soar de uma lâmina em movimento rápido.Perfurando uma carne intensamente, quase como a enterrando em seu pescoço. Der repente aquele homem se engasgou com as próprias palavras. Sangue saiu de dentro da sua boca automaticamente .E demorei alguns segundos para percebe que uma barra de ferro tinha acabado de atravessar o pescoço do sujeito. 

 Gritei de horror,enquanto o homem diminuiu o aperto nos meus braços.Arregalei os olhos em choque, e o homem caia no chão desfalecido. O Som soou claramente perto dos meus ouvidos, me causando arrepios.  

Minha blusa começou a fica encharcada na localização dos ombros,fluindo pelas costas toda. Me virei bruscamente em pânico.  

Me deparei com uma cena que nunca gostaria de ter presenciado. Um desmembramento humano.Seus antebraços foram arrancados violentamente. Se encontrava, agora, em carne viva,ejaculando sangue por todo recinto. 

- HAAA !. Gritei de horror, passando as mãos pelo  corpo agoniada. De alguma forma queria tirar os vestígios de sangue do meu corpo. Os Gritos dos homens,principalmente deste, me deixaram tonta. Vaguei o beco encontrando uma cena de terror. Os Olhares de espanto e surpresa ficaram gravados na minha mente.  

Passavam de relance a todo trajeto. Estava escuro,só tenhamos a luz da lua para iluminar o caminho. 

Nem olhei para trás. Estava perto de uma árvore quando sentir meu braço esquerdo ser agarrado de forma firme e desesperadora. Logo todo meu corpo foi arrastado para dentro de algo. 

Escutei a porta do veículo bater. - Háaa, socorro ! Não por favor !. Com os olhos bruscamente fechado,comecei a dar pequenos tapas e socos no sequestrador. 

- Calma,calma !. A Voz era masculina, me arrepiei. Não parei,então ele se viu obrigador a me deter. Segurando meus braços firmemente. - Não vou te machucar.  

Parei de me mexer, e claro com os tapas. Abrir apenas o olho esquerdo, e o outro ficou imensamente fechado. Sério, se dúvida-se poderia ver as veias se formando acima deles,com a tremenda força que eu estava colocando.  Tudo isso para conferir se ele estava falando a verdade.Mas me assustei com a figura.Um moreno, dos cabelos longos e olhos mais brancos que papel. 

- AAHHH SOCORRO ! UM MUTANTE ! UM MUTANTE ! ELES EXISTEM SOCORRO !. Me soltei do seu aperto passando a bater na porta do carro desesperadamente, gritando aos quatro ventos.Ele deu um pulo arregalando os olhos extremamente surpreso. 

Abrir a porta, mas quando pus o pé para fora, ele me puxou para dentro com força, fechando a porta.- Cala boca ! Eles vão te ver !. 

Ele abaixo a minha cabeça, de modo que ela ficou de encontro com o volante. Mordi sua mão com força,ele gemeu se soltando. 

- Você é loca !. Disse com a expressão assustada e dando beijinhos no seu dedo.Não respondi, comecei a chorar.  

Me lembrando da cena, do medo. Por que isso está acontecendo ? O que eu fiz ?. 

- Pronto passou, você já pode parar de chorar. Ele apertou o volante,olhando por cima da janela, e o retrovisor. Certificando se não havia ninguém.Parou, e a encarou perdido sem saber o que fazer.  O que fazer ? A Garota estava traumatizada.E ele tinha uma serie de perguntas para fazer. - Pronto, pronto. Parecia um pai falando com seu filho. 

- Você é um péssimo consolador. Ergui a cabeça para encará-lo. 

- Você é uma mal agradecida. Travou o maxilar, rangendo os dentes e a encarando irritado. 

- E por qual motivo eu o agradeceria ?.Ele olhou para frente, girou a chave. Ligando o carro, o som do motor soou nos meus ouvidos.Não um som irritante,um som potente, mostrando que o carro era de qualidade. Depois passou a marcha dando partida. 

- Por que vou te levar em casa.A Encarou, mas logo retornou sua atenção a estrada. 

- Eu não te pedir nada e muito menos disse que queria que você me leva-se.Digo nervosa, rangendo os dentes em sua direção. Ele parou o carro, me encarando mas irritado que antes. 

*Se for possível*  

- Por que, você que volta ao Music Dance nesse estado ?.Ele disse sarcasticamente, arqueando as sobrancelhas e esbanjando um sorriso malicioso.Eu poderia arrebenta sua cara,mas minha atenção voou para um ponto mais interessante. 

- Como sabia que eu estava no Music Dance ?.Arqueei as sobrancelhas,surpresa. Um arrepio subiu pela minha espinha. Temia a resposta.

Desmanchou o sorriso, voltando sua atenção para estrada,dando partida novamente.- Eu os seguir. Foi tudo o que disse, por fim acabou me ignorando. - Espere, como vou saber se está falando a verdade ?. Para minha surpresa e pânico,ele puxou uma faca do bolso. Dei um pulo de medo, me preparando para correr.Agarrei a porta, tentando abrir. Mas estava travada, maldito !. 

- Nem ouse, aqui.Quando me virei o objeto estava estendido para mim.O Encarei confusa, mas seu olhar estava cheio de confiança.

Peguei meio insegura.

- Se eu falhar, você corta a minha garganta.Depois voltou a estrada.  

Alguns minutos se passaram, e a noite caiu.A Faca estava descansada no meu colo, e contemplei meu estado lastimável pelo retrovisor do carro. Ou pelo menos tentei já que o espelho era muito pequeno, e as janelas se encontravam fechadas. 

- Pode pelo menos abrir a janela ?. Ele olhou para mim e começou a balança o dedo em sinal negativo.  

- Não, de jeito nenhum, você pode pular. 

O Encarei ofendida e pulei em cima dele feito uma leoa raivosa.- Eu não sou louca !. Agarrei seu pescoço e apertei,numa tentativa inútil de enforcado.- Ahh, me solta sua louca !.O Carro começou a deslocar-se em movimento contínuo sobre a superfície plana da estrada. 

- Vou matá-lo seu sequestrador de uma figa !. Ele arregalou os olhos desesperado, tentando manter o controle do veículo.- Larga ! Vamos morrer !.Ignorei apertando com mais força. Ele estava ficando roxo, sinal claro de asfixia. Sorrir ao ver que estava alcançando meu objetivo.- Se eu morrer você vai junto !. Gritei no ouvido dele, balançando sua cabeça para frente e vice-versa.  O Carro fazia movimentos bruscos, e nos éramos jogados de um lado para o outro. 

Mas para o meu azar, ele soltou o volante.Me empurrando contra a porta. Bati a cabeça com força nela. 

Antes que eu pudesse xingá-lo de todos os nomes possíveis, um impacto forte nos lançou para frente.Rachando o espelho em cacos de vidro. Arrastei minhas unhas na capota. Foi uma tentativa inútil, pois não tinha mais forças para se segurar e evitar um tombo. 

Minhas costas chocaram-se em algo duro.Meus ossos protestaram, fiquei imóvel por alguns segundos, sentindo todo meu corpo dolorido.Mal conseguia mexer os dedos. 

- Olhe só o que você fez !. Sem se mover encarei de esguelha o mutante sequestrador. Ele deu meia volta ao redor do carro,ficando na minha frente. - Ai meu Deus ! Você consegue se mexer ?. Não respondi,meus osso da mandíbula também estavam doloridos. Mas deixei sair o som: ''Hum...''Na verdade eu estava gemendo, mas isso não vem ao caso agora. - Eu vou buscar ajuda ! Ah ! Tem uma fazenda aqui perto, não se mexer !. Revirei os olhos. Ele saiu em disparada.

*Idiota*

Alguns minutos se passaram, aquele fresco estava demorando muito. Então fui procurando apoio para se levantar. Tudo doia,mas conseguir me manter em pé. Fui caminhando desengonçadamente até uma cerca, próxima ao poste em que ''ele''havia batido.Pus uma perna por cima da madeira - Sentindo o corpo protesta, mas continuei.Pus a outra. 

- Hey não se mexa !. Olhei por cima do ombro, vendo o mutante vindo na minha direção correndo. Com um celular próximo ao ouvido.Eu poderia dizer que ele estava desesperado.Também tinha uma das mãos abertas em frente ao corpo, mostrando os cinco dedos.Um sinal mudo para que eu parasse.  

- Vá a merda !.Ele franziu o cenho, e parou de correr. Me encarando indignado.- O que ?. Perguntou quando estava mais próximo.- Escuta cara, raifaivi para você tamb...AHH ! Foi tudo o que disse antes de capotar, e sair embolando na grama. Me sujando de terra até o caroço do olho.Engolindo barro e quebrando o resto do corpo nas pedras.Tudo isso sobre o olhar atordoado do mutante. Este nem se moveu um músculo para evitar minha queda. 

Cheguei a uma superfície plana dando graças a Deus por ter parado de embolar. - HEY INÚTIL ! Gritei nervosa olhando para cima. Notando que tinha acabado de descer uma colina. - Hã ?. Escutei o disse. 

- FAÇA ALGO DE ÚTIL SEU INCOMPETENTE E MOVA-SE PARA ME AJUDAR !.Me ergui lentamente, ficando com a coluna ereta. Ou pelo menos tentei, era muita dor. - Tá,tá...Espera !.Ele sumiu de vista e voltou minutos depois com uma corda. 

- ANDA LOGO ESTÚPIDO ! Estava furiosa, e o meu estado era mais que lastimável, era lamentável.Coberta de terra e sujeira . Cabelos desengrenhados, grudando e com um cheiro horrível. Com hematomas e arranhões.Sem conta os vestígios de sangue seco na minha jaqueta, e a abaixo das unhas. Não sei como ainda não tive uma hemorragia externa. 

- EU SOU ESTÚPIDO !? QUEM FOI QUE PROVOCOU O ACIDENTE !?.Ele jogou a corda, cuspindo as palavras para mim. Como um cão raivoso.

- É TUDO CULPA SUA !.Apontei para ele alterada, depois lhe dei as costas começando a caminha. Nem fudendo que eu iria subir aquela colina. De jeito nenhum ! Ele iria descer e me buscar !. 

- MINHA !?. Estava de costas então não puder ver a expressão do seu rosto, mas eu poderia imaginar que estava indignado.

- E SUA SIM SENHOR ! ERA VOCÊ QUE ESTAVA DIRIGINDO AQUELE TROÇO !. Gritei quando estava um pouco longe da colina. Em outras palavras longe dele. 

Avistei um celeiro pintado na cor vermelha, com detalhes branco. Não deu para ver direito todos os detalhes, pois estava um pouco cega. Mas conseguia ver um borrão branco e um vermelho puxado para o marrom. Entretanto eu insistia em dizer que era vermelho.

Tinha um luz na fresca da porta. Andei um pouco mais rápido. Precisava de ajuda urgente. Então fui na esperança de encontrar alguém com essa gentileza.  Cheguei na porta do celeiro ofegante. Com um pequeno sorriso no rosto.Meu coração se enchia de esperança. Aproximei o rosto da fresca,abrindo um pouco a porta para ver melhor. 

Dava para ver pouco por aquela fresca, porém puder observa algumas coisas comuns quando se tratar de celeiro. As palhas espalhadas e algumas em conjunto formando um palheiro perfeito. Uma roda de madeira em cima de um coberto que cobria o palheiro. Uma jarro, com uma flor vermelha que desconheço. Ao lado um balde de água.Com um tapete laranja no chão. 

Estranho...Parecia mais um cantinho improvisado de alguém. 

Sobre a luz de uma lamparina no chão, uma sombra masculina apareceu no meu campo de visão. Meu coração disparou. Jã não tinha tanta certeza se queria perturbar a paz daquele estranho. Muito menos invadir sua privacidade. 

Sem demoras,sua moldura forte e até mesmo imponente apareceu no campo. Não entendi a falta de ar que me faltou ao contemplar suas costas nuas.Seus cabelos mesclavam com a escuridão que se encontrava uma parte do celeiro.Em que a luz da lamparina não alcançava.Mas eu poderia ter uma ideia de que cor eles eram. 

*Castanho ou preto* Uma calça jogger masculina em moletom(cinza)com amarração na cintura(preto). Mas um ponto vermelho, quase preto,do lado direito das suas costas me chamou atenção.Ele se abaixou,curvando as costas. Arregalei os olhos quando uma de suas mãos moveram-se em direção ao ponto. Nenhum som foi ouvido, mas ele tirou algo de dentro. 

O Segurou em suas mãos e passou a observá-lo com cuidado.Ele olhou na minha direção quase como automaticamente. Me afastei da fresca atordoada. Me escondi ao lado. 

- Hey que bom que você não foi atingida pelo tiro. Encarei o mutante com uma expressão perturbada. Este vinha caminhando calmamente em minha direção. 

- Ai você tá legal ?. Parou de caminha, franzindo o cenho.

- Se esconde. Murmurei, mas aposto que ele escutou. 

- O que ?. O Som de latidos de cachorro selvagem cortaram sua fala.Olhamos para um ponto a esquerda, vendo uma alcateia vindo em nossa direção. Ou melhor na dele, porque me escondi atrás de um barril. 

- AHHH !. Começou a correr na direção oposta da alcateia. - SOCORRO !. Gritou quando estava não muito distante do celeiro. A Alcateia passou por mim como um foguete, parece que nem notaram a minha existência.Deve ser porque eu estava fedendo mais do que um gambá.

Sair de trás do barril.

- SEQUESTRADOR !. Gritei na esperança de que ele escapar-se. Ou apenas queria passar a mensagem de que escutei e atenderei seu pedido de socorro.Mas como ?.Escutei um baque atrás de mim.Me virei bruscamente ficando centímetros do seu rosto e encarando seus olhos carmim.

- Heisuke !?. 

Fui totalmente pega de surpresa.Estava em choque, realmente era ele.Seu olhar desceu para meu corpo. Corei constrangida pelo meu estado lastimável. Meu coração batia acelerado na caixa torácica, uma corrente elétrica de carga negativa percorreu todo meu ser.Eu só queria desaparecer. Nem sabia o que dizer e nem por onde começar.Os primeiros pingos de água caíram do céu.Minhas lágrimas desceram como jatos de água se misturando com a chuva. Cobrir meu rosto envergonhada, e deprimida.

Sentir braços me rodearem, e meu rosto ainda coberto irem de encontro ao seu peitoral nu.Tiro as mãos do rosto e descanso a cabeça no peitoral macio e quentinho de Heisuke. Não economizei lágrimas. A Chuva molhava nos dois e ele me abraçava mais ainda, como se quisesse me proteger dos pingos de água.

- Não pode piorar...Pode ?.Me separei do seu aperto, mas não me afastei.Encarei seu rosto com pesar.  - Solte ele !. Sentir um impacto forte entre a minha cabeça e o pescoço.Meus olhos pesaram como pedra,fechando-se automaticamente. 

Entrei no mundo dos sonhos.

Continua...