História UNKNOWN 》Camren (G!P) - Porão

Lauren's POV

Sinto um barulho de dedos estalando, e abro os olhos lentamente, dando de cara com Normani, e presumi que tivéssemos chegado ao nosso destino. Miami.

— Hey, pousamos. Vamos sair, pois só estamos eu e você aqui dentro, você dorme demais, Lauren. - Normani falou e logo eu me levantei, sendo acompanhada por ela.

— Minhas costas estão absurdamente doloridas. - Falo fazendo um movimento para trás com os ombros, e logo em seguida fazendo o mesmo movimento circular no pescoço.

— Só precisamos de uma cama e um banho, rápido.

— Eu só irei conseguir dormir quando achar a Camila, Mani. - Falei suspirando.

— Está ciente de que mal conhece essa garota, não é? - Normani me olha séria.

— Eu sei, Mani, eu sei. - Saímos do avião e continuamos caminhando. — Mas Shawn, ele parecia desesperado, e... Não sei, Camila me ajudou quando precisei, e seria injusto não retribuir.

— Você quem sabe. - Ela falou e saímos pelo portão de desembarque, avistando um rapaz segurando uma placa com meu nome. Shawn. Caminhei até ele.

— Shawn? - Perguntei.

— Eu mesmo. - Sorriu e abraçou a mim. Estranhei o fato do abraço, mas retribuí.

— Bem, essa é a Normani, a garota que eu disse que viria comigo. - Falei.

— Oh, prazer, Normani. - Ele fala lançando um sorriso e a abraçando também. "Ele gosta muito de abraços", pensei.

— O prazer é meu, Shawn. - Normani fala, sorrindo educadamente.

— Para onde vocês vão agora? - Pergunta Shawn enquanto saímos do aeroporto.

— Uh... Normani está muito cansada, então podemos ir pro hotel deixá-la lá, e logo após isso vamos procurar Camila, eu não vou conseguir fazer nada sem achá-la antes.

— Claro que não, Laur. Eu quero ajudar de alguma forma, você é minha melhor amiga e eu não te deixaria na mão. - Falou Mani sorrindo e acariciando meu ombro com a mão.

— Espera, já sei em que você pode ajudar! - Shawn disse como se surgisse uma lâmpada em cima de sua cabeça simbolizando uma ideia.

— O que? - Eu e Normani perguntamos nos entreolhando confusas.

— Bem, podemos nos dividir em dois grupos. Eu vou com você, Lauren, e Normani pode ir com Dinah, que é melhor amiga de Camila.

— Eu nem a conheço. - Normani disse confusa.

— Olha só, vamos para a casa dela agora, e combinamos tudo lá, ok? - Shawn disse calmamente.

— Posso tomar banho lá mesmo? - Normani pergunta como se fosse normal tomar banho na casa de alguém que nunca viu na vida.

— Oh, claro. Se você quiser, também pode, Lauren. Dinah é gente fina, não liga pra isso. - Falou sorrindo.

— Não, tudo bem. Você chega, deixa Normani lá, explica tudo pra Dinah, e por onde ela deve procurar, e depois saímos procurando ela, ok? - Falei.

— Tudo bem. - Falou Shawn.

[...]

Após longas horas, já havia escurecido, e eu estava perdendo as esperanças, onde Camila havia se metido?

Dinah e Normani procurariam no Norte e Leste da cidade, enquanto eu e Shawn procurávamos no Sul e Oeste, mas nada. Nada de Camila.

— Shawn, devemos chamar a polícia, não vamos achá-la desse jeito. - Falei bufando e sentando no meio de um beco onde havíamos acabado de entrar.

— Você tem razão, Sinu queria esperar Camila voltar, mas não está adiantando nada. - Suspirou pesadamente. — Onde porra Camila se meteu? - Socou a parede visivelmente enfurecido.

Isso estava sendo uma loucura. Se a alguns meses alguém me dissesse que eu viria a Miami para procurar por uma garota que conheço há menos de 2 meses, eu daria risada, mas cá estou eu, fazendo isso. Ri baixo com o pensamento, mas alto o suficiente para Shawn ouvir.

— O que foi? - Perguntou confuso.

— Só estava pensando em umas coisas, nada demais. - Falei me levantando. — Vamos lá, Shawn... Pra onde você acha que levaram a Camila?

— Bem, eu não sei, mas... - Abaixou a cabeça e roeu a unha nervoso.

— Mas? - Perguntei esperando uma resposta.

— Eu me lembro que isso já aconteceu, e bem, a Camila não foi levada, e sim fugiu.

— Como assim fugiu? Eu não estou entendendo. - Falei mais confusa que o normal.

— Lauren, a Camila tem uns surtos que não sabemos ao certo o que é, mas quando fica incontrolável, ela sai sem rumo, mas nunca por mais de um dia.

— Oh meu Deus. - Falei pensando que ela deveria estar com frio e com medo agora. — Desde quando ela tem esses surtos?

— Desde que... O pai dela morreu. - Suspirou tristemente. — Ela até deixava de sair conosco para ir a uma fazenda onde seu pai a levava, pois lá, segundo ela, sentia a presença dele, mas faz alguns anos que ela não vai lá e... - O cortei.

— Vamos até lá. - Falei não dando tempo de Shawn responder, e entrei no carro.

[...]

Passamos cerca de uma hora até chegarmos a tal fazenda, era um lugar lindo, e não estranho Camila sempre vir para cá, era aconchegante.

Ao centro podia se ver uma casa enorme com dois andares, ao redor haviam várias árvores com vários tipos de frutas, e a direita da casa, a uns 15 metros, podia se ver um riacho com uma ponte, estranhei o fato de ver equipamentos de pesca ali, mas ignorei. Era tudo maravilhosamente lindo.

— Vamos entrar. - Falei saindo do carro.

Procuramos pela casa toda, e nenhum sinal de Camila. Já estava desistindo novamente, quando ouvi um barulho, quase um gemido vir... do chão? Olhei para Shawn, que logo saiu da casa me puxando, e foi para a parte traseira da casa, onde vimos portas para uma espécie de porão, elas estavam trancadas por fora, que logo Shawn abriu. A cena que vimos fez com que uma lágrima involuntária caísse de meu olho.

Aquilo realmente estava acontecendo?

CONTINUA