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História Unknown Dimension - "Não posso fazer isto de novo, desculpe..."


Escrita por: Alliet

Notas do Autor


Agora sim voltarei aos posts normais...

Capítulo 26 - "Não posso fazer isto de novo, desculpe..."


P.O.V's Castiel.

Abrir os olhos, por que isso se torna tão difícil agora? Eu nunca me imaginei em uma situação dessas, nunca pensei que pudesse ficar tão triste depois de errar e perder. Talvez da próxima vez que eu estiver com raiva ou bravo, seja melhor eu me trancar em um quarto para não fazer besteiras.

Será que um dia vou vê-la?

Peter... Ele anda tão... Isolado, ele não sai do trabalho, isso parece ser uma forma fracassada de distração, observando agora, seus traços estão bem diferentes, ele parece ter envelhecido bastante, cansado e triste.

- Cassy, você vai se atrasar para a aula - minha mãe aparece na porta, encostada na parede.

Não me importaria em me atrasar.

Ela sai fechando a porta atrás de si, faço um imenso esforço e enfim consigo levantar. Tomo um banho e visto qualquer coisa contendo vermelho e preto. Desço e tomo café em silêncio com meus pais, poderia não ter feito isso se eles não estivessem aqui. Arrumo minha mochila e espero mais minutos pra poder sair de casa,  não quero chegar cedo de mais.

- Filho, quer que eu te deixe na escola? - Meu pai pergunta depois de um tempo.

- Moto. Tchau.

- Tchau - os dois disseram juntos.

- Boa aula - ouvi minha mãe dizer antes de eu fechar a porta.

-Obrigado... - Sussurro.

Nunca respondo esse tipo de coisa, mas parece que agora é bom tê-los por perto.

Coloco o capacete e subo na moto, logo partindo para a escola.

Assim que chego, vou até Lysandre. Ficar sozinho talvez não seja uma boa ideia.

- Oi - digo assim que fico ao lado dele, ele está concentrado de mais escrevendo no bloco de notas. - Lysandre? Estou falando com você... LYSANDRE!

Por impaciência, gritei atraindo olhares de vários cantos da escola.

- Não grita! - Ele coloca uma das mãos na orelha esquerda. - Quer que eu perca minha audição?

- Então responda quando eu te chamo. - Disse agora em um sussurro alto.

- Eu não percebi você ai, desculpa. Eu estava concentrado nisso - Ele aponta para o bloco, a letra perfeita dele marca no papel a letra de uma música.

Quando comecei a ler, ele fechou o bloco. A única coisa que li foi:

"Ela seguiu em frente,
Não deixando nada para trás,
Olhe nos olhos dela e veja:
O brilho da esperança que nunca se apagou."

- Não está pronta ainda, tenho que fazer alguns ajustes - Ele respira fundo. - Quando terminar eu te mostro.

- Pelo o que li está bom - me encosto no armário ao lado do de Lysandre.

- Valeu. Mas o que você leu foi tudo realmente. O resto era rascunho.

P.O.V's Peter

- Peter, você precisa fazer alguns ajustes no modelo 12 antes de as roupas serem levadas para Londres para o desfile.

Jocelyn diz aparecendo na porta da sala de  descanso. A mulher loira de olhos verdes que da em cima de mim toda a hora, mas eu não ligo.

- Tudo bem.

Levanto-me com dificuldade da poltrona e vou até uma das cabines com a modelo jovem de 23 anos, Hannah. Ela tem a pele morena, é magra, tem os olhos cor de mel e cabelo cacheado armado negro que vai até um pouco abaixo dos ombros e usa um vestido desenhado por mim: ele é longo e branco, tem apenas uma manga que é rendada, a saia e o corpete são da seda mais macia, combinou muito com a modelo.

- Onde precisam ser feitos os ajustes? - Pergunto ao pegar uma caixa de alfinetes.

- Na cintura, o vestido fica solto de mais e pesa no corpete  - diz a garota, ela ergueu um pouco os braços para que eu pudesse trabalhar ali.

O vestido tem mais de uma camada de seda, são três e realmente pesam no corpete, que já tem peso próprio. Foi um dos meus vestidos aprovados para o desfile de Londres ao lado de mais sete, ao qual mais sete garotas irão para lá.

Não tenho nenhuma vontade de ir à Londres participar disso, sempre foi meu sonho mostrar minhas roupas para o mundo, mas agora tenho coisas mais importantes para resolver, mas óbvio que terei que ir, não vou estragar o sonho de minhas modelos selecionadas, se eu não for, significa desqualificação. Não é um concurso, mas perde a chance de ter as mais famosas mulheres usando suas roupas.

Por mais que eu tente me distrair no trabalho, eu não consigo, minha filha desapareceu e a polícia está fazendo de tudo para encontrá-la, eu teria ajudado se eles tivessem deixado, mas proibiram minha participação para procurar, eu estava começando a ficar doente. Não é fácil deixar um país por tempo indeterminado sabendo que sua filha está desaparecida.

 Mas as pessoas não entendem isso, não foram os filhos delas, sequestrados ou que fugiram.

- Pronto. Retire o vestido para que eu possa refazer a costura - peço e saio do local, vou para a sala de descanso e logo depois a menina deixa o vestido na sala comigo.

 P.O.V's Castiel.

...

- Poderíamos fazer alguma coisa hoje, quem sabe, pra quebrar um pouco a tensão - diz Rosa um pouco constrangida, dói pra ela também não ter Angel por perto.

Angel, my little Angel...

- Não acho que seja uma boa ideia, Rosa - Lysandre toca gentilmente o braço da amiga, que abaixa o olhar, preocupada e triste.

- Eu acho que seja, sim. Qual é, se distraiam um pouco... - Priya diz. -  Sei que não é fácil.

- Você não entende... - Lysandre diz e direciona o olhar para mim, como se tivesse me indicando.

- Lógico que entendo - Priya olha pra mim.

- Está tudo bem. Acho que sair seja uma boa ideia.

De canto, vi o sorriso doce de Priya se abrir e Rosa erguer a cabeça.

- Você vai?  - Rosa pergunta à Lysandre, ele hesita, mas aceita o convite.

O sinal havia tocado fazia 5 minutos, os alunos ainda saíam de suas salas.

- Ás quinze para às três na frente do shopping? - Priya pergunta e todos assentimos, Rosa e Lysandre saíram primeiro. Ergui a  cabeça e fechei os olhos

Senti mãos envolveram meu pescoço, abri meus olhos e Priya estava com um sorriso doce do rosto.

 - Eu quero o melhor pra você, quero que fique bem.

- Eu vou ficar.

Ela me envolve ainda mais, seus dedos acariciando minha nuca e nossos corpos muito próximos, automaticamente minhas mãos foram parar na cintura dela. Seu rosto se aproximou ainda mais, pouco antes de nossos lábios se encontrarem, eu me afastei.

- Eu não posso fazer isto de novo, desculpe...

Segui em direção a minha moto e fui pra casa. Angel não pode ver, mas tudo o que está acontecendo agora parece... Castigo.


Notas Finais


O pequeno trecho de música que Castiel lê no bloco de notas foi escrita por mim mesmo, e realmente ainda não está pronta, quando estiver será colocado em certo ponto da Fanfic.


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