1. Spirit Fanfics >
  2. Unknown Love >
  3. Julia

História Unknown Love - Julia


Escrita por: alvera_Nanew02

Notas do Autor


Sobre o capítulo anterior? Amei os comentários! 10 comentário? Gente, vocês são os melhores.

Capítulo 44 - Julia


Amélia levou as mãos na boca, soltando um grito surpresa.

- Ai meu Deus... - Falou com a mão na boca. Olhei ainda mais assustada pra ela. - Me desculpe. - Pediu tirando a mão da boca e levando em minhas mãos. - Me desculpe mesmo, eu não sabia que você era apaixonada por ele.

- Ke? - Perguntei mais ainda assustada. - Eu não sou apaixonada pelo Rafa.

Sua cabeça caiu de lado, como um cachorrinho confuso.

- Então por que ficou tão surpresa? - Perguntou confusa. Minha boca abriu pra falar, mas nada saiu por eu também não saber a resposta dessa pergunta.

- Hey, Jujuba. - Meu amigo chegou me chamando. Olharmos assustadas vendo ele passar entre as mesas.

- Oi Rafa. - Tirei minhas mãos da dela. Ele sorriu amigável pra Amélia que quase surtou da cadeira. Ele pois a mão na mesa ficando de frente pra ela é olhando a mim.

- Já terminou? - Ele perguntou.

- Er, não... não terminei.

Me atrapalhei pra pegar a lapiseira e fazer a ponta quebrada. Ele riu abafado. Fazendo a ponta, levantei o olhar pra eles que se encaravam. Amélia tinha a boca aberta olhando o lindo sorriso galanteador de Rafael. Fingi uma tosse falsa e eles olharam pra mim.

- Quem é? - Ele perguntou apontando pra ela. Coloquei a lapiseira na bochete e encarei o papel.

- Amélia. - Apresentei, escrevendo rápido a resposta. Eles novamente ficaram em silêncio e suponho que estão se encarando. Respirei fundo passando a borracha por ter borrado. Ouvir um pigarro da parte dele.

- Nunca te vi aqui. - Ele falou fazendo círculos imaginários na mesa. Olhei ela esperando uma resposta, mas sua boca ainda estava aberta. - Ela é muda? - Falou a mim apontando a ela.

- Não, ela... bom, ela... - Procurei palavras certas pra dizer que a menina mal consegue respirar com sua presença. - Ela... ela só está... - Ele ergueu uma sobrancelha. - Vamos se dizer... impressionada. - Ele riu voltando a olhar ela.

- Com quê? - Perguntou rindo. Cínico! Ele ajeitou seu boné e cruzou os braços encarando divertido com a situação dela.

- Marcus, saía daqui. - Pedi rumando um caneta nele. Depois de algumas canetas jogadas nele, ele falou:

- Calma, eu saio. Não precisa de agressão. - Reclamou se abaixando pra pegar as canetas. - Tchau Jujuba. Tchau... - Tentou se lembra do nome da menina, estalando os dedos. - Amélia. - Revirei os olhos por ele ter parecido que ganhou na loteria. Ela assentiu com sua boca ainda aberta. - Não esqueço mais. - Piscou descaradamente e andou pra sair da sala. Amélia com os olhos arregalados olhou a mim.

- Ele... Eu... Não... - Falou abóbada se abanando com a mão. Ri impressionada por o jeito que ela ficou. Até parece que viu algum famoso. - Eu vou morrer. - Deixou cair as costas na cadeira.

- Hey, calma. Não foi nada demais. - Ela bateu na mesa me assustando.

- Nada demais. Tipo, ele piscou e falou comigo. Como isso não é nada demais? - Perguntou.

- É nada demais. Só um normal garoto te cumprimentou amigavelmente. Nada demais. - Ela revirou os olhos negando com a cabeça.

- Você não sabe do que fala. - Cruzou os braços. Ri pelo nariz. Ela se ajeitou na cadeira e aproximou o seu rosto do meu. - Você que é a amiga dele. - Falou sussurrando olhando ao redor. - Me diz, ele gosta de alguém?

Separei seu rosto do meu fechando os olhos e o maxilar prendendo a respiração. Oh droga! Que droga de pergunta é essa garota? Logo a mim você vem perguntar isso?

Abri meus olhos e suspirei. Ela me olhava esperançosa.

- Gosta. - Respirei fundo e ela fez cara de desapontada. - Gosta sim.

O que eu poderia falar?

Gosta, está vendo essa garota aqui? É ela que ele é apaixonado. É ela. A querida amiga dele.

- Poxa, que pena. - Falou tristemente caindo na cadeira de novo. Mordi o canto do lábio, sentindo uma enorme vontade de chorar por não poder retribuir o amor que meu amigo me proporciona. - E você sabe se ele vai com ela no baile?

- Não. Rafael não está em ânimos pra festejar coisas assim. - Falei tentando não soar rude e peguei o lápis forçando no papel.

Claro que ele não está em ânimos pra isso. Ele declarou seu amor a mim, e eu simplesmente não pude dizer nada, só fingir que não aconteceu nada demais e que estamos em uma amizade como qual quer outra.

- Bom, não esquece viu. - Ela apontou o dedo a mim. - Sobre o assunto do baile. Vai que ele aceita ir de última hora? - Assenti sorrindo forçado.

- Eu... Eu vou tentar... - Ela sorriu agradecida levantou da cadeira.

- Tchau Julia e obrigada. - Acenei com a mão e ela andou indo pra porta. Suspirei incomodada.

Minha cabeça caída pra fora do sofá, meus pés estavam balançando no ar enquanto meus olhares ficavam na tevê ligada. Afinal, o que eu assistia mesmo? Não sabia. Só sabia que o programa estava de cabeça pra baixo. Não. Não estava de cabeça pra baixo. Eu estava.

Bom. O que podia fazer? O que se faria em uma tarde sem graça sozinha? Nada! Pois é. Isso me resumia agora.

Talvez, eu poderia jogar qualquer joguinho no celular, mas já estava de saco cheio de jogo. Minha vida estes dias só se resumia a esperar vidas do Candy Crush Saga, ou até mesmo Papa Pear Saga, carrega-las. E não estava com paciência pra espera-las.

O que mais poderia fazer? Ligar o Xbox, e começar a jogar um jogo de dança ou de tênis? Ligar um som alto e começar escutar músicas enquanto fazia faxina na casa?

Não. Não mesmo.

A companhia soou na casa. Cai meu corpo de lado e corri desajeitada pra porta. Levantei a alça da minha camisola e abri.

- Argh, ainda bem que apareceu. Não aguentava mais ficar em casa sozinha. - Respirei aliviada dando passagem pra Carlos entrar.

- Vá estudar. Fica só de perna pro ar sem fazer nada. - Revirei os olhos fechando a porta a e seguindo ele pro sofá.

- Fala parecendo que estuda também. - Reclamei meu jogado no sofá e ele ao meu lado.

- Claro que estudo, não sou você. - Retrucou pegando o controle. - Sério? Dora Aventureira? - Perguntou incrédulo. Fiz uma careta olhando a tevê.

- Nem estava assistindo. - Demos de ombro. Carlos mudou de canal. - Sério? Harry Potter? Já perdi a conta de quantas vezes você já assistiu esse filme. - Bufei.

- Mas nunca perde a graça. Melhor do que ficar ouvindo; qual caminho devo seguir? A direita ou a esquerda? - Tentou imitar a voz de Dora. E logo fez cara de nojo. - Pelo amor né Julia.

Revirei os olhos deixando com a cabeça em seu colo. Bom, pra mim tanto faz. Mal estou conseguindo prestar atenção ao meu derredor. Fiquei de lado fazendo círculos imaginários na sua coxa enquanto recebia um ótimo cafuné de meu amigo. Suspirei tristemente fechando os olhos. Tudo tem que se relacionar a esse menino. Até um perturbado filme de Harry Potter relaciona a ele. Assim complica tudo. Assim complica minha merda de vida.

- Carlos? - Chamei abrindo os olhos depois de alguns minutos. Ele fez um barulhinho com a garganta. - Você já esqueceu a Paula? - Virei pra o encarar. Carlos franziu o cenho, mas depois sorriu minimamente.

- Não. - Negou com a cabeça. Mordi o canto do lábio assentindo. Ele se ajeitou no sofá e continou com o cafuné quando virei novamente. - Por que a pergunta?

Encolhi o ombro e meus joelhos.

- Queria saber se é difícil. - Soltei um suspiro. Senti seus dedos afastarem meu cabelo do pescoço.

- Esquecer alguém? - Perguntou. Assenti. Ele suspirou. - Quem é?

Encolhi os ombros sentindo novamente uma vontade de chorar. Eu não queria chorar. Eu estava sentimental demais. Não choraria por mais homem nenhum. Por que tínhamos que ter essa conexão? Ele sabia que eu não estava bem.

- Ninguém. - Sussurrei em tom sofrido. Percebi ele respeitar fundo.

- Tudo bem. Não vou insistir. - Passou a mão em minha bochecha. - Mas você sabe que sempre vou está aqui pra te escutar. Não importa aonde ou que horas. - Sorri fechando os olhos aproveitando de seu carinho e compreensão.

- Obrigado. - Sussurrei ajeitando a cabeça em sua coxa. Senti um leve beijo em minha franja e sorri com os olhos fechados.

Certamente, amava demais esses meus meninos.

Senti uma mão quente em meu braço, me despertando. Aos poucos abri os olhos vendo minha visão embasada. Pisquei pra melhorar minha situação e logo percebi ser Joaquim o dono da mão.

- Oi? - Ele falou em voz baixa e preocupada.

- Oi... - Sussurrei sorrindo fraco. - Aconteceu algo?

Ele negou lentamente.

- Vim saber como você está. - Sua voz soou preocupado. - O Carlos disse que você está ardendo em febre.

- Estou? - Perguntei confusa. Ele assentiu. Toquei minha testa e o pescoço e realmente estava quente.

- Você estava dormindo. - Levantou. Percebi que estou no meu quarto. - Aqui. - Estendeu um copo e um comprometido. Sentei na cama e peguei tomando. Ele sentou na ponta da cama me encarando tomar. Deixei no criado-mudo e bocejei.

- Cadê ele?

- Foi pra casa assim que cheguei. - Assenti. Assim que ele abriu a boca pra falar, seu celular tocou. Ele pediu licença e foi pro canto do quarto. Me inclinei apoiando a cabeça na mão, observando-o falar baixinho que de vez enquanto olhava a mim. Soltei um palavrão deitando me cobrindo dos pés a cabeça com o lençol. Não demorou muito senti o colchão afundar ao meu lado. - Hey.

- Não quero falar dele. - Falei pausadamente, apertando a ponta do lençol a cabeça.

- Ele está preocupado. - Tentou se explicar.

- Manda ele enfiar as preocupações dele nos quinto do inferno. - Falei irritada.

- Está bem. Eu ia deixar vocês se falarem um pouco, mas já que não quer.

Desgraçado.

Levantei de um pulo saindo de baixo do lençol. Ele estava com o celular estendido enquanto sua cara era de tédio. Peguei rapidamente o celular de sua mão. Uma mensagem não contava certo? Olhei raivoso pra Joaquim e ele entendeu sobre o porque. Levantou as mãos pro alto.

- Sério? Vadia Azeda? Não poderia ser o nome normal? - Bufei e ele riu de minha cara. Poderia ser uma ótima oportunidade pra saber o nome do homem, mas meu querido irmão não colabora.

Evitei deixar escapar o sorriso quando li sua mensagem.

Vadia Azeda: Você está bem?

Eu: Sim.

Vadia Azeda: Ufa!

Vadia Azeda: Por que me bloqueou?

Eu: Por que eu disse que era tanto eu, quanto você esquecer um do outro.

Vadia Azeda: E conseguiu?

Eu: Sim.

Vadia Azeda: Pois eu não.

Eu: Então esqueça logo. Não cai bem você está namorando, pensando em outra.

Vadia Azeda: Senti saudades.

Eu: Então continue sentindo.

Eu: Adeus!

Vadia Azeda: Prefiro um, até logo.

Entreguei a ele contra minha vontade. Joaquim pegou e olhou logo revirando os olhos.

- Pra quê excluir a conversa? Até parece que iria ler. - Falou tentando soar mínimo interessado.

- Quem não te conhece quem te compre. - Revirei os olhos. Ele tentou esconder o sorriso.

- Foi a última vez que vocês conversam viu? Não quero saber mais de vocês dois de papinho. - Tentou esconder os ciúmes visível.

- Não precisa nem falar. Não quero mais conta com ele. - Bufei caindo na cama.

- Acho bom mesmo. Eu que saiba que vocês voltaram a conversar que eu mato os dois. - Falou sério. Revirei os olhos puxando o lençol pra cabeça. - Fica aí, pensando que só por que deixei um minuto, vou deixar mais outro e mais outro.

- Sai de meu quarto. - Pedi abafada, chutando seu corpo com meu pé.

- Sai de meu quarto. - Fez voz fina. Percebi ele levantar.

- Na próxima troque a merda do nome do contato. - Reclamei alto.

- Trocar nada. - Ouvi a porta ser fechada.

Minha saudades só irá piorar. A única coisa que desejo agora, é pegar meu celular e desbloquear ele, mas não posso. Eu tenho que ser forte. Eu tenho que esquecer que existe.

A dor de ser traída pelo Omar, não está comparada com essa. E isso é estranho. Por que tipo, o Omar eu era tão apaixonada, e quando soube só chorei um dia. Mas agora, sei lá... só é estranho.


Notas Finais


Hum... Sentiram saudades né safadinzzz 😹😸


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...