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História Unknown Love - Narradora


Escrita por: alvera_Nanew02

Notas do Autor


Então é Natal... Feliz Natal meus amores 😍 Que Deus ilumine seus dias sempre. Bjs, boa leitura

Capítulo 46 - Narradora


- Bom, eu já vou ao trabalho, crianças. - Rosa avisou se levantando da mesa. - Bons estudos. - Se despediram de cada um na mesa, e saiu da sala de jantar.

André observando as duas únicas na mesa, suspirou. Lola encava Priscila com cara de quem comeu e não gostou, enquanto a loira comia em silêncio.

A pequena tinha odiado o fato de que Priscila dormiu aquela noite em sua casa. Mesmo ela tendo dormido com o André, ela mesmo assim não gostou. Mas preferiu não dizer nada. Já que sempre leva broca do irmão quando diz que a loira não presta.

- Vou escovar os dentes. - O garoto avisou tentando quebrar o silêncio. Só Priscila concordou. Ele saiu da sala de jantar só deixando as duas. Um sorriso maléfico nasceu no rosto de Priscila e ergueu a cabeça encarando Lola maléfica. A pequena estremeceu dos pés a cabeça.

- Gostou da vista, cunhadinha? - Perguntou sarcástica por Lola está observando-a demais.

- Não me chame assim. - Trincou os dentes irritada. - Eu ode...

- Cala a boca!

Priscila a interrompeu em voz alta batendo na mesa. Lola encolheu seus ombros encarando os olhos raivoso de Priscila.

- Cale a boca. - Repetiu em voz ameaçadora.

Lola abraçou seu próprio corpo, sentindo o medo voltando em seu peito. Priscila era uma bruxa. Seu pior pesadelo nas noites e nos dias.

- Sabe sua pirralha? - Priscila perguntou levantando de sua cadeira. Lola engoliu em seco olhando a mesma cadeira dela. Priscila andava em passos lentos e ameaçadores. - O André está andando muito desconfiado esses dias. - Parou atrás da cadeira de Lola. Lola estremeceu ao sentir seu rosto próximo a sua bochecha. - E você sabe o porquê? - Lola negou respirando pesadamente. - Porque você simplesmente, está deixando na cara, seu ódio por mim.

- Você é um monstro.

A pequena falou sentindo seus olhos arder de raiva e lágrimas. Priscila riu maléfica próximo ao seu ouvido.

- Eu sei disso. - Priscila se consertou e voltou a andar diante da mesa. - Então lhe recomendo, você parar de dá corda pra ele. - Parou ao lado de sua cadeira. - Ouviu Lolinha?

- Você e um monstro. Fica longe do meu irmão e da minha mãe! - Lola levantou batendo na mesa.

- Eu amo o seu irmão. - Bateu na mesa também. Cara a cara com a pequena.

- VOCÊ NUNCA AMARA ALGUÉM NA VIDA. E NÃO VAI SER MEU IRMÃO QUE VOCÊ VAI AMAR. - Gritou jogando o suco de laranja em seu rosto. Priscila se afastou gritando com o rosto molhado. - VOCÊ NÃO SABE O QUE QUE O AMOR.

- Lola! - André chegou assustando as duas. O garoto andou até Priscila que começou a fingir um choro falso. - Por que está falando isso com ela?

Abraçou a megera olhando de repreensão pra a menina que continha lágrimas já caindo. Priscila sorria vitoriosa ainda fingindo chorar, vendo Lola não ter respondido e que irritou mais ainda ele.

- Responda Lola! Porque falou isso com ela? Não tem necessidade disso. - Ele apressou acariciado a cabeça de Priscila.

Lola não podia falar nada. Ela sabia das consequências que teria se ela dizer o motivo e ela não queria isso. Sua única opção era sair correndo e foi isso que ela fez. Ela chorava subindo as escadas pra ir ao seu quarto. Lola só queria que um dia, seu irmão enxergasse quem Priscila era. Em seu quarto se tracou e caiu na cama.

Retornando, a sala de jantar. Priscila se separou de André sentindo uma imensa alegria por dentro, ao ver a cara de decepção do namorado encarando por onde Lola passou.

- Olha Priscila, me desculpe pela Lola. Eu não sei o que que acontece com ela, pra ter esse ódio todo seu. - Se desculpou vendo a passar a blusa no rosto.

- Não, tudo bem. Deve ser só ciúmes de irmãos. Nada demais. Ela deve pensar que vou roubar você dela. - Priscila falou.

- Mas isso não significa que ela tem que falar isso com você. - Falou irritado. - Olha, vá pra casa, troque de roupa e vá a escola. Eu vou resolver isso. - Rodou a mesa pra sair da sala de jantar.

- André. Pode deixar pra lá. Não tem problema, sério.

Priscila insistiu, mas foi tarde demais ele já tinha saído. Priscila sorriu vitoriosa. Conseguiu o que tanto queria. Colocar André, contra sua querida irmãzinha. Finalmente André seria só dela. Dela e de mais ninguém. Ela amava André, e quer o amor dele só pra ela. Sem ninguém, e não seria uma bastarda órfã que iria ter.

***

- Hey, Jujuba. - Rafael chamou Julia que se encontrava pensativa. Julia o encarou esperando seu amigo dizer o que queria. - Quem era aquela menina que estava contigo ontem?

Julia encolheu seus ombros e entortou sua boca. Rafael ergueu a sobrancelha esperando sua resposta. Julia ainda não tinha contado sobre o pedido da garota e isso a incomodava mais ainda.

O que Julia não sabia, era que esse incômodo era só por os dois ainda não ter tocado no assunto se vai junto ou não pro baile como sempre fez, e de certa forma isso a incomodava.

Julia só sabia, que não tomaram coragem pra dizer isso por Rafael ter revelado que gosta dela. Claro que era esse motivo. Os dois não tinha coragem pra tocar em um assunto como este.

- Ela é só... - Deixou a palavra no ar. Rafael movimentou com a mão em forma de continuar. - Uma menina da sala ao lado. Nada demais.

Rafael deu de ombro. Julia sorriu amarelo coçando a nuca por uma mania de quando ela mente. Por sorte Rafael não pereceu que ela fez isso. Por que se não ele saberia que ela mentiu e não queria isso.

- Tanto faz.

Falou Rafael apoiando a cabeça na mão encarando o nada atrás de Julia. Julia suspirou batendo as unhas na mesa e olhando sua mão. Rafael passou a olhar ela e cada traços de seu rosto. Os seus lábios que um dia tocaram, que movimentam cantando uma silenciosa melodia. Os demorados olhos quando pisca. Céus! Não poderia existir uma garota mais linda que Julia, pra ele. Aquele rosto, certamente ninguém consegue esquecer.

Julia parou de movimentar a boca e bater os dedos quando percebeu os olhares que o amigo dava. A garota ergueu a cabeça encontrando o os olhos verdes de Rafael. Olhos tão sereno como o mar.

Rafael pigarrou estreitando sua postura e ajeitando sua camiseta. A garota saiu de seu transe e coçou a testa, desconfortável.

- Olha... - Rafael parou um segundo pra respirar. - Er... Eu... - Seu rosto foi pra envergonhado, não sabendo se diz ou não. - Nós... - Ele não sabia qual era o jeito certo pra escolher falar.

- Nós... - Julia incentivou a terminar sua frase, com um mínimo sorriso esperançoso.

- Nós... - Rafael gaguejava corado. - Você... Eu... - Rafael mordeu seu lábio inferior, nervoso demais da conta. - Vamos ir no baile juntos esse ano, né?

Finalmente conseguiu falar. A boca de Julia se abriu, não tendo como responder. Rafael olhava ela desesperado, esperando ela dizer. Será que é porque ele falou tão rápido, e ela não escutou direito? Será que ele tem que passar por toda vergonha de novo, pra repetir?

Julia engoliu em seco, sentindo seus batimentos cardíacos ficarem pior. Claro que ele sempre a chamou pra ir a baile, mas este ano ela não sabia a resposta, por a algumas semanas atrás ela ter descoberto que seu amigo era apaixonado por ela.

Também tinha o caso de Amélia. Julia que foi escolhida a falar a ele que Amélia queria ir ao baile, foi ela! E simplesmente não queria levar fama de rouba-par, de ninguém.

Ainda se encarando, Rafael clamava pra uma resposta da garota, mas ela simplesmente perdeu a voz. Seus ombros caíram desanimados, ao não obter resposta.

- Entendi. - Ele desviou o olhar pro lado, ao soltar um suspiro. Julia ainda não soube como responder. - Você não quer ir comigo, só porque te contei, não é? -

Rafael olhou pra ela decepcionado. Julia sentiu movimente aquela vontade de chorar. A garota mordeu o lábio fortemente e negou com a cabeça, as lágrimas tomaram seus olhos.

- Esperava que você não mudasse nossa amizade, por isso. Mas estou enganado.

Decepção! Ele sentia. Sua última coisa que viu no rosto de Julia, foi uma lágrima solitária cair no lado esquerdo, antes de levantar dali. A garota vendo seus passos rápidos e pesados, se desmoronou. Seu único desejo agora era poder retribuir o amor que ele proporciona.

As lágrimas quentes que caiam no rosto dela, não era nada a comparado com a dor em seu coração. Uma mão estava em sua boca e outra em seu estômago. As poucas pessoas que tinham ali, olhava pra ela vendo o quão ela estava desesperada.

***

Mô: Não vou ao colégio hoje. Lola não quer sair do quarto de jeito nenhum. Então vou ter que ficar com ela. Preciso saber o que há com a minha irmã, esses dias...

Priscila bufou bloqueando o celular.

Idiota!

Garota idiota!

A única coisa que queria fazer agora era acabar com aquela guria. - A garota pensou.

Jogando o livro bruscamente em seu armário e fechou do mesmo jeito. Xingava eternamente enquanto trancava.

- Falando sozinha, Priscila? - Parou de reclamar ao ouvir a voz de Omar ao seu lado. Priscila sorriu amarela pra ele é virou. - Oi. - Omar sorriu coçando a nuca envergonhado.

- Oi. - Priscila cumprimentou com um aceno.

- Como vai a vida? - Omar pois as mãos no bolso da calça e sorriu.

- Boa. - Priscila concordou. - A sua? - Perguntou curiosa.

- Nem tanto. - Omar sorriu triste.

- Ainda não a esqueceu? - Perguntou se referindo a Julia. Ele negou com baixando a cabeça. - Na boa Omar, você fez uma puta de uma mancada com ela. -

Priscila riu óbvia. Apesar dela não gostar de Julia, ela não aceitava o que o Omar fez. Odiava traições!

- É eu sei. - Ele riu fraco. - E o relacionamento? Soube que você voltou com o André. Estou feliz por vocês. - Sorriu feliz.

- É. - Priscila concordou. O sinal tocou avisando o começo das aulas. - Bom, eu já vou. Vamos? - Apontou com o polegar pra trás. Já que suas salas eram por lá.

- Pode indo. Irei ali no meu armário pegar uma coisa. - Ela assentiu e virou pra sair. Começou a andar. - Hey, Priscila?! - Priscila virou pra si confusa. - Foi bom conversar contigo novamente.

Sorriram juntos. Priscila acenou não tendo coragem pra responde-lo e continuou a andar. Omar observou a mesma de costa e suspirou sorrindo.

André tem sorte de ter uma garota tão linda e amiga, como Priscila. - Riu impressionado, ao pensar. Priscila era uma ótima pessoa.

***

Julia corria entre os corredores. Não por está atrasada pra aula, mas sim porque queria alcançar Rafael antes dele entrar na sala. Assim que dobrou o corredor de onde sua sala era, encontrou o mesmo ponto de entrar.

- RAFAEL. - A garota gritou, parando o menino. Rafael olhou pro lado e a viu correndo em sua direção. Ofegante, Julia parou a sua frente. - Eu preciso... falar contigo. - Falou ofegante.

- Precisa ser agora? A aula... - A garota interrompeu-lhe.

- Sim. Precisa! - Parou de ofegar. Rafael suspirou cansado e coçou as pálpebras. Julia olhou suas mãos suadas fria a frente de seu corpo. - Você pode está achando que não quero ir ao baile contigo por causa daquilo, mas não é. É por que tipo... aquela menina. A Amélia! Ela me pediu pra te perguntar se você queria ir ao baile com ela, e eu não queria ganhar fama de ladrona de par, entende?!

Rafael riu seco. Julia olhou a ele confusa, por ele está rindo assim.

- Sério? - Rafael continuava rindo seco. - Julia, você sabe quantas meninas queriam está no seu lugar pra ir ao baile comigo? Não é me cabando ou algo do tipo, mas muitas queriam e querem. Mas simplesmente escolhi você! Não porque me apaixonei por você, mas sim porque sempre fomos juntos. Você acha que eu deixaria você ganhar fama de "ladrona de par" e deixar passar, sendo que, você chegou primeiro que elas? - Julia negou lentamente. - Pois é!

Rafael sorriu e fez Julia sorri aliviada. O menino puxou-a pra um abraço apertando. Os braços de Julia estavam rodados em seu quadril enquanto a cabeça de Rafael estava apoiado no topo da de Julia.

- Espero que saiba, que de todas as meninas, você sempre será minha escolhida. - Rafael falou docemente e fez Julia sorri mais ainda e lhe apertar. - Minha Princesa favorita.

- E você é meu Príncipe. - Julia riu se separando dele. Rafael riu também.

- Então, minha Princesa. - Pegou sua mão esquerda, levando-a entre uns os lábios, beijando-a suavemente as costas. - Iremos no baile juntos, este ano?

Julia riu impressionada com a lindeza e carisma de seu amigo.

- É claro que sim, seu bobo. - Voltaram a se abraçar.

***

Lentamente, Lola abriu a porta de seu quarto pra não fazer barulho. Pois só a cabecinha na brecha e olhou o pequeno corredor.

Barra limpa! - Pensou suspirando aliviada.

Lola fechou a porta do mesmo jeito sem fazer nenhum ruído. A última coisa que ela queria era dar explicações pro seu irmão. Na verdade, ela não devia explicações. Quem deve explicações é a namoradinha dele. Aquela cínica.

Em passos lentos, parou no meio da escada, de encostando na parede pra ver o final na escada. Nada! Continuou a descer ouvindo cada vez mais o barulho da tevê ligada. Com uma mão no corrimão olhou pro sofá e viu a cabeça de André no mesmo. Desceu o último degrau e com os passos silenciosos foi a cozinha.

Quando sua mão tocou a brecha da geladeira, sentiu seu corpo ser levantado. O susto foi tão grande que deixou soltar um grito escandaloso. Só sentiu ser sentada em algo duro. Lola engoliu em seco vendo o seu irmão a sua frente vermelho de raiva.

- Oi, irmãozinho. - Lola sorriu amarelo.

André apertou seus dedos na ponta do balcão ao pequeno corpo da garota, prendendo-a. Um pé pra trás e outro na frente, cara a cara com a garota.

- Irmãozinho, uma porra! - Berrou.

Lola novamente engoliu em seco. André normalmente nunca xingava em sua frente, e isso assustou-la por ele está bastante bravo.

- Eu só vou perguntar uma vez. - André levantou o indicador em sua cara. - E eu quero respostas claras. - Cerrou os olhos, e colocou de volta a mão no balcão. - Que porra de raiva é essa com a Priscila?

Lola encarou ele cruzando os braços e fazendo um bico indignada. Lola não respondeu e ele ergueu a sobrancelha esperando uma resposta da mesma. Lola não podia falar. Ela sabia quem Priscila era e o que poderia fazer. Ela já matou sua peixinha, e provavelmente irá arruinar mais a vida dela se ela contar.

- Não vai responder, né? - André perguntou irritado. Lola negou. - Okay então, eu tiro as dúvidas com a própria.

- Por mim.

Sacudiu os ombros fazendo cara de que pouco interessa. Irritado, André deu um murro no balcão assustando-a que deu um pulo. André se afastou dela com o punho cerrado.

- Sai da minha frente. - Apontou o dedo pra porta da cozinha. - Vá se arrumar pra ir a escola agora! Você me fez perder um dia de aula, e você um dia da creche. - Lola continuava no mesmo lugar olhando ele assustada. - SAI LOLA! AGORA!

Lola engoliu em seco e se impulsou caindo de pé no chão. Suspirou e começou a andar lentamente pra sair da cozinha. Ao ver o pequeno corpo da menina sumir de sua vista e ele levou a não na cara soltando um rosnado irritado.

Eu vou descobrir. Ah se vou. - Ele pensou sentindo os nervos nas veias, percorrendo.

***

André pois seu prato na mesa e sentou, ignorando. Lola ergueu a cabeça vendo o comer em silêncio.

- Tá irritado comigo? - Perguntou encolhendo seus ombros. André soltou o grafo e a faca no prato fazendo um barulho e encarou ela.

- O que é que você acha? - Perguntou sarcástico.

- Não sei. - Encolheu mais os ombros sussurrando.

- Você simplesmente me fez perder uma aula, que provavelmente perdi o teste de história também. Você perdeu a merda da creche hoje, que provavelmente mamãe vai se irritar comigo por não ter te levando. Você simplesmente falou toda aquelas barbaridades com a minha namorada. E quer que eu fique como? Feliz da vida? Agora me diga, tem necessidade disso tudo? A garota não fez porra de nada com você, e você faz isso com ela! Você passou dos limites, Lola. É porque eu voltei com a Priscila, que eu vou te esquecer ou esquecer a mamãe. Se for isso, se estiver insegura com isso, você pode me contar. Mas eu não admito que você faça umas coisas dessas com ela.

Lola abaixou a cabeça sentindo novamente uma vontade de chorar. Ela não gostava quando seu irmão gritava ou se irritava com ela. Lola sentia ele se afastando aos poucos de si, por causa da Priscila.

André suspirou passando a mão no cabelo, percebendo que está sendo rude e frio com a pequena.

- Escute. - André chamou-a, mas ela não levantou a cabeça. - Só... coma logo. Já está atrasada.

Em silêncio, Lola pegou seus talheres comendo.

***

André respirou fundo, e forçou-a parar de andar pra dentro da escola. Lola foi pra sua frente olhando o mesmo confuso.

- Olha. - André balbuciou, se abaixando pra ficar a sua altura. Ele pegou suas mãos. - Eu sei que estou sendo duro contigo, mas com razão. Me desculpe, mas entenda meu lado. Você não pode dizer aquelas coisas com minha namorada, e depois jogar suco de laranja na cara dela. Priscila pode sim, amar alguém. Todos nós podemos, porque com ela seria diferente?!

- Você não entende, André. - Lola negou pressionando seus lábios um no outro. - Você nunca vai entender. - Sua voz falhou ao terminar.

- Então me explique, meu amor. - André sussurrou apertando sua mão. Lola negou novamente.

- Eu não posso. - Soltou suas mãos, e saiu correndo.

- LOLA.

André gritou, mas foi tarde, ela já tinha entrado no colégio. André fechou seus olhos, suspirando. Sua preocupação estava a mil. Suspirou mais uma vez e se levantou.

Lola chegou em sua sala correndo e foi sentar em sua mesa. Com os braços dobrados, e o rosto afundado no mesmo, suspirou.

A pequena queria contar a ele o que sabia sobre quem Priscila era, mas não podia a se arriscar.

Um certo pequeno que estava conversado com seus colegas, olhava Lola com a cabeça baixa. Fazia tempo que não falava com ela, depois de sua mãe ter mandado ficar longe da mesma. Ele sentia no direito de ir lá, e conversar com a mesma pra saber o porque dela está assim.

- Hey, onde você vai? - Caio seu amigo o chamou quando ele deu seus primeiros passos pra ir até ela.

- A Lola! Ela tá triste. - Apontou pra menina em sua mesa. Os meninos arregalaram os olhos negando com a cabeça.

- Melhor não! A tia Sil não vai gostar de saber que você está falando com ela. - Douglas falou assustado.

- Vai ser rápido. E ela não vai saber. - Lucca negou voltando a olhar ela. - Voces não vão contar, vão? - Perguntou preocupado.

- Eu vou. - Vitor falou firme.

Todos olharam pra ele que estava de nariz empinado. Caio rolou os olhos e voltou a olhar Lucca que estava aflito pelo o que o amigo disse.

- Pode ir. Ele não vai contar. - Caio falou sem muito interessante. Lucca ficou no mesmo lugar aflito e preocupado por sua mãe descobrir e lhe bater. - Anda meu filho, vai logo. Ele não vai ser doido de contar pra tia Sil.

Lucca respirou fundo e assentiu.

- Tudo bem.

Os meninos sorriu, menos Vitor que estava emburrado.

Lucca olhou mais uma vez pra Lola. Não era uma boa ideia ir falar com ela. Sua mãe era muito severa, mas iria arriscar por a pequena.

Assim que deu o primeiro passo...

- Boa tarde, meus amores. Desculpa a demora.

A doce voz e jovem da Professora entrou na sala. Lucca olhou desapontado pros seus amigos e depois pra Lola que levantou a cabeça e passou a mão no rosto. Observou a mesma virar de lado pra abrir sua mochila. Assim que ela levantou seu caderno, o olhar se cruzou com o dele. Ele percebeu um pequeno sorriso triste dela e um aceno com a cabeça em comprimento. Lucca sorriu de lado acenando também, pronto pra dá mais outro passo em sua direção, mas seus amigos puxaram sua mão forçando-o a andar de lado e ir pra sua mesa. Ele ainda olhava ela, enquanto era empurrado. Lola sorriu triste novamente e se virou abrindo seu caderno. Lucca parou e puxou seu braço. Ele estava determinado de ir lá falar com ela.

- Lucca, querido. Sente-se, a aula já começou. - A professora pediu docemente. Lola virou a cabeça pra o encarar, como todos fizeram.

- Está bem, professora.

Ele falou concordando sem desgrudar os olhos dela. Lola virou novamente a cabeça e começou a escrever algo no caderno. O menino ainda olhando pra ela, andou até sua mesa que era ao lado de seus amigos. Sentando, pegou seu caderno da mochila e colocou na mesa erguendo o olhar pra encarar a cabeça da menina que era um pouco tampada pelos os dos outros colegas.

Lola discreta, sorriu percebendo que ele não tirava os olhos dela. Ela virou a cabeça e encontrou o olhar dele em si. O menino sorriu apoiando a cabeça na mão. A pequena sorriu envergonhada e colocou uma mexa de seu cabelo pra trás da orelha e voltou a olhar a frente.

***

André bufou, levantado do sofá ao ouvir a porta bater. Caminhou sem interesse nenhum até a mesma. Abrindo, se deparou com seu amigo, Joaquim.

- Fala vadia. - Joaquim o cumprimentou dando um toque. Joaquim adentrou o mesmo já caminhando pro sofá. André fechou a porta o seguindo. - O que foi que está com essa cara de cú? - Ele riu se jogando no sofá, André fez o mesmo.

- A Lola e Priscila. - André murmurou. Joaquim rolou os olhos ao ouvir citar a loira.

- O que foi que essa garota insuportável, vez? - Agora quem rolou os olhos foi André.

- Primeiro: Para de chamar a Priscila de insuportável. Segundo: Lola hoje de manhã, falou um bocado de coisa com Priscila e jogou suco de laranja na cara dela.

Joaquim achou graça. André bufou sabendo o porque dos risos desnecessários dele. Joaquim ria descontroladamente mais a única coisa que pensava era um: foi pouco. André se irritando, deu um murro em sua perna, mas o garoto não pareceu se importar e continuava rindo.

- Ai, Jesus. - Joaquim tentou falar. Ele cessou as risadas aos poucos. Limpou o canto dos olhos que apareceram lágrimas. - Isso... isso é sério? - Perguntou ainda em efeito de riso.

- Não, magina. - André ironizou. Joaquim voltou a rir, o irritando mais ainda.

- Desculpas, desculpas. - Pediu entre risos. André respirou fundo contendo a vontade de meter a mão na cara dele. - Quando foi isso?

- Hoje antes do horário da escola. - O cenho de Joaquim se franziu.

- Porque Priscila estava aqui antes da escola? - Perguntou confuso.

- Ela dormiu aqui ontem. - Deu de ombro.

- Vocês fizeram com a tia aqui...? - Perguntou incrédulo.

- Não, não. - Negou com a cabeça fazendo uma careta. - Ta louco? Tenho consideração com as moradoras de casa.

Joaquim deu ombro.

- Escuta. E o que Lola disse pra Priscila? - Perguntou curioso e feliz por não ser só ele que odeia a loira.

- Disse que Priscila nunca vai amar alguém na vida. Que não vai ser eu que vai amar. E que não sabe o que é o amor. - Explicou gesticulando com as mãos.

- Sério que ela disse isso? - Joaquim perguntou perplexo. André assentiu. - Gente, não sabia que Lola era tão sincera assim. - Riu impressionado. André revirou os olhos. - E você sabe o porque dela ter dito isso?

- Não, não sei. - Ele negou. - Eu perguntei a ela, mas ela não quer dizer de jeito nenhum. Eu faltei a aula por causa disso.

- Cara! Se eu já amava Lola antes, agora estou amando mais ainda. - Riu.

- Não tem graça Joaquim. - André o repreendeu. - Lola não pode dizer isso com ela e depois jogar suco nela.

- Claro que tem graça. - Joaquim retrucou. - Tem graça sim, porque isso quer dizer que não é só eu que odeio a Priscila. Tem graça também, porque você está sendo um completo idiota acreditando na Priscila e esquecendo que você tem uma irmã pra cuidar.

- Cara! - André se irritou. - Eu sei que você odeia ela, mas isso não tem motivo pra você concordar em um insulto desses. Priscila não fez porra nenhuma com ela pra ela fazer isso, pelo contrário só fala bem e se preocupa, mas Lola teima em dizer que Priscila a odeia também.

Joaquim riu seco negando com a cabeça. Ele levantou ainda negando. Começou a bater palmas na frente de André.

- Parabéns! - Continuava a bater. - Você está sendo um completo idiota. - Parou de bater. - Deixando de acreditar em sua irmã e seu amigo, pra acreditar em uma namoradinha?! Estou surpreso por você, André. Muito surpreso contigo.

André o olhou confuso por tudo isso de seu amigo. Joaquim sorriu sarcástico.

- Quero muito saber o que acontece contigo ultimamente. - Começou a caminhar em direção da porta.

- Não está acontecendo nada comigo. - André retrucou confuso. Joaquim parou de caminhar e olhou ele.

- Não está acontecendo? - Riu seco novamente. - Cara! Você simplesmente mudou com a volta de Priscila. Você fez coisas que nunca pensei que você faria. - Pressionou os lábios um no outro.

- Então me diga, Joaquim. - André levantou do sofá e caminhou pra o encarar de olho a olho. - Me diga o que eu fiz.

André o encarava sarcástico. O clima estava tenso num só olhar. Nunca tinham tanta raiva e sarcasmos nos olhares deles. Joaquim não respondeu, e isso fez com que André se irritasse e fechasse o punho. Joaquim ergueu umas das sobrancelhas quando viu sua mão.

- Vai me bater agora? - Joaquim provocou e fez com que André apertasse mais ainda sua mão. - E depois diz que não mudou.

- Isso não tem nada a ver. - Trincou os dentes apertando cada vez mais.

- Nada a ver? - Joaquim riu seco, cruzando os braços. - Quando foi que você virou tão violento assim? - Colocou a mão no queixo pensando. - Ah, já sei! Quando querida namoradinha voltou. - Falou como se tivesse adivinhando.

- Não ponha a Priscila no meio. - Empurrou seu peito. Joaquim olhou ele surpreso e raivoso pelo seu ato.

- Cara! O que há com você? - Joaquim negou com a cabeça recuando pra trás querendo sair da frente dele. - Você mudou tanto esses últimos tempo. Nem parece o cara que conheci no jardim de infância. - Caminhou de costas pra a porta negando.

- Eu cresci, Joaquim! Nós crescermos!

- MAS NÃO DEVEMOS MUDAR A CRIANÇA QUE TEM DENTRO DE NÓS. - Gritou.

- UMA CRIANÇA IDIOTA TENDO UM AMOR QUE NUNCA VAI EXISTIR! ISSO NÃO QUERO MAIS.

- NÃO COLOQUE MINHA IRMÃ NO MEIO. SE VOCÊ NÃO SOUBE CUIDAR QUANDO TINHA A CHANCE, NÃO VENHA SE LAMENTAR AGORA.

- NÃO ESTAMOS FALANDO DE MEU ERRO.

- MAS AGORA VAMOS FALAR. - Riu seco voltando a andar em sua frente. - Agora iremos falar, e você vai ouvir tudinho. - Apontou o dedo em sua cara e parou de andar. - Sabe porquê? Porque simplesmente não foi você que sofreu e ainda sofre por seu erro.

- VOCÊ NÃO SABE SE EU SOFRO OU NÃO. - Gritou apontando o dedo na cara dele também.

- SE VOCÊ ESTÁ SOFRENDO ISSO É PROBLEMA SEU. MAS EU NÃO ACEITO QUE MINHA IRMÃ SAÍA MACHUCADA NO MEIO DESSA HISTÓRIA TODA. POUCO ESTÁ ME LIXANDO SE VOCÊ ESTÁ SOFRENDO OU NÃO. SE VOCÊ NÃO TIVESSE IDO PELA TENTAÇÃO DA CARNE, VOCÊS PODERIAM ESTÁ BEM AGORA. - A mão de André caiu e Joaquim baixou a dele. - Você sabe o quão difícil foi, ver minha irmã chorando no quarto? Isso nunca aconteceu com ela. A última ver que ela chorou tanto assim, foi na morte do papai. Nem com a traição do Omar ela chorou tanto quanto chora agora. E sabe porque tanto ela chora? - André não respondeu. - Porque simplesmente ela criou um sentimento por ti, como nunca havia tido antes por alguém. E o que você faz? Fica defendendo sua namoradinha e esquecendo que tem pessoas ao seu redor que se preocupa com você e te ama. Pare! Pare que se você não se preocupa com os sentimentos da Julia, eu me preocupo, então pare com isso!

- Ela te contou isso? - André perguntou baixo.

- Não, ela não contou. - Negou com a cabeça. - Mas pra quê contar? - Riu seco recuando pra trás. - Julia não precisa contar isso, pra todos souberem.

Virou completamente e terminou de fazer seu destino até a porta, deixando um André mexido com sua palavras. Joaquim abriu a porta e saiu, antes de fechar, olhou pra ele.

- As vezes me arrependo tanto de ter deixado essa história rolar. Preferia ter deixado do jeito que estava... Sem ela souber que você existia. - Fechou.

   


Notas Finais


Uuu, tretaaa , adorooooo 😍

Sobre o ocorrido da Lola com Priscila? Nada a declarar, só que Priscila é uma vaca

Será que Joaquim mais André vão voltar a se falar? Humm algo me diz que vai demorar mais um pouco 😢 mas não se preocupe! Iremos ter mais um novo shipper de amigos... quem você acha que seja?

Omar, Rafael, ou Jorge?

Com André ou Joaquim?

Eis a questão, mas vamo esperar o baile chegar, pretendo surpresas vindo...

Uma coisa que queria perguntar no capítulo anterior, qual trabalho vocês querem pra André fazer? Sabe, eu já disse a ele que não precisa disso, mas ele teima em dizer que quer trabalhar pra colocar comida na mesa e ajudar tudo na casa e nos filhos 😹😹 se bem que já tá na hora mesmo de ele procurar um empregos, sabe? Nenhuma mulher gosta de homens desempregados 😸
Então diga nos comentários, qual trabalho vocês querem pra ele? Eu tava pensando em um! Em uma loja de instrumentos musicais, sei lá

Só postarei agora dia 28 Okay gente? Não se preocupem se não aparecer, só vou postar neste dia mesmo.

Feliz Natal seus lindooss 😍❤


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