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História Unknown Love - Julia/André


Escrita por: alvera_Nanew02

Capítulo 56 - Julia/André


- Onde vai? – Me virei encontrado Ana de braços cruzados.

- Lhe interessa saber onde vou ou não? – Falei sarcástica.

- Você está de castigo. – Trincou os dentes.

- Será que até a pessoa querendo fazer algo que preste no mundo, tem que ser dito pra ti?

- Não me faça perguntar novamente.

- Vou fazer o trabalho comunitário. Posso? – Sorri cínica.

- Agora?

- Não, amanhã.

- Me responda de direito. – Ameaçou.

- Tá tanto faz.

- Me ligue quando chegar lá.

- Ah, claro. Eu vou ligar pelo orelhão pra ti.

- Como? – Perguntou confusa.

- Você tomou meu celular, caramba. – Falei nervosa.

- Ah, claro. Tanto faz. Leva Felipe pra creche.

- Vamos pirralho. – Abri a porta. Ele revirou os olhos levantando do sofá.

- Tenho que ir mesmo? – Virou pra mãe. – É sábado mamãe.

- Anda logo. – Coloquei a mão e em seu rosto e o empurrei pra fora antes que comece o drama dele e mamãe comece seus dengos. – Vamos passar na casa de Rafael primeiro.

- Ah não. – Jogou a cabeça pra trás tedioso.

- Ah sim. Agora deixe de drama. – Ele bufou cruzados os braços mais peguei pra atravessar a rua.

- Por que eu tenho que ir? Eu sou tão estudioso. Não tem pra que creche.

- Você é mais burro que o Patrick de Bob Esponja, Felipe. – Revirei os olhos.

- Sou nada.

- Ah, para de drama. Todos nós já pegamos creche. Sua primeira vez você fica nessa.

- É chato.

- Tudo pra você é chato. Fique achando que só porque é o caçula e filhinho da mamãe que na o vai ir.

- Prefiro minha cama.

- Eu também prefiro. Tenho que concordar com você, mas.... O caso é bem melhor que tudo no mundo.

- O que vai fazer? – Levantou a cabeça pra me encarar curioso.

- Um trabalho comunitário em um asilo e lugares pra portadores de deficiência.

- Ahh. – Não entendeu nada. – Não entendi nada. – Falei!!!

- E nem vou te explicar. – Ele deu língua. Revirei os olhos voltando a olhar pra frente. 


Logo chegamos na frente da casa enorme de seu pai e caminhamos até a porta tocando a companheira. A porta de abriu revelando a empregada da casa.

- Oi menina, Julia. O Rafa está em seu quarto. – Falou educada dando passagem pra entrar.

- Tudo bem, obrigada. – Agradeci.

- Que casa é essa? – Falou Felipe impressionado com a decoração e o tamanho. – Quando pensava que a mamãe que é a exagerada e em tudo ele ultrapassou os limites. Aqui parece uma mansão.

- Mas é uma mansão, bocó. – Ri de sua cara e subimos a grande escada.

- Não sabia que Rafael era rico.

- Ele não é. É o pai que é.

- Que Deus o abençoe. – Falou impressionado com o corrimão que aparecia seu reflexo. Ri de seu jeito de falar. Finalmente subimos as escadas e caminhei até seu quarto. Bati três vezes não tendo resposta e resolvi entrar logo me arrependendo.

- Porra, Rafael! – Falei tampando os olhos de Felipe pra ele não ver aquela garota em seu colo trocando saliva. Eles se separam rapidamente, e ele tirou a menina de seu colo ficando em pé.

- O que está fazendo aqui, Julia? – Vestia sua calça de moletom já que só estava de cueca.

- Ficamos de combinar pra ir ao trabalho comunitário juntos, porra! – Falei irritada tentando tirar aquela visão horrorosa de minha cabeça de agora pouco.

- Putz, esqueci. – Coçou a cabeça.

- Deixa eu ver. – Felipe pediu tentando tirar minha mão de seu rosto mais firmei mais.

- Manda essa... colocar logo essa merda. – Pedi por a garota está só de sutiã é um short.

- Toma. – Legal estendeu a blusa da menina. – Você não bate na porta não porra? – Falou irritado. Mas se viu!

- Eu bati!!! Três vezes!!! – Ele coçou a nuca.

- Não ouvi. Foi mal.

- Olha. – Fechei os olhos com força tentando buscar uma paciência que nunca existiu em mim. – Depois conversamos sobre isso. – Falei calma abrindo os olhos. – Pode continuar o que estava fazendo. Eu vou só. – Falei e puxei Felipe pra fora fechando.

- O que foi? – Felipe perguntou em um tom baixo.

- Nada. – Respondi com um nó na garganta.

- Julia. – Senti meu braço ser segurado.

- Felipe. Me espere lá em baixo. E nada de bolir onde não deve. – Antes se que eu pudesse a falar algo Felipe já tinha solto minha mão e corria na escada descendo. Me virei pra ele. – O que?

- Está tudo bem contigo?

- O que você acha? – Falei sarcástica. – Acabei de presenciar uma cena dessas. A menina quase... esquece isso. Te vejo outro dia. – Me virei pra sair mais meu braço foi puxado novamente. – Eu tenho que ir, Rafael. – Falei não querendo te olhar.

- Escuta, está chateada comigo? – Virou meu rosto pra me encara-lo.

- Não, Rafael. A vida é sua. Você fica com quem quiser. Só não quero ver essa cena novamente.

- Rafa, vem. – Olhei pelo seu ombro vendo a menina na batente. – Deixe ela aí...

- Cala boca Sky – Ele falou sem olhar ela. – Te encontro lá, okay?

- Tanto faz, tanto fez. – Puxei minha mão e votei a caminhar o pouco percurso até a escada. Desci vendo Felipe brincando com os cristais que fazia um som quando passava o dedo neles. – Vamos, deixe isso. – O menino correu até mim e deixei meu braço em seu ombro abrindo a porta.

- Está tudo bem? – Ele me olhou.

- Está. – Sorri fraco.


Eu não tinha que me afetar tanto com isso. A vida é dele, ele faz o que quiser. Mas, caramba... Ver isso não é nada com. Rafael é meu amigo, e ver como ele está hoje me preocupa. Ele está parecendo aqueles doidos louco por isso. Eu sei que ele sabe se prevenir e tal, mas cara, isso está como um vício pra ele.

Meu amigo nunca foi assim. Ele já tinha sido mais discreto sobre esse assunto.

Qualquer um poderia dizer que estou com ciúmes. Mas não. Por incrível que parece não estou com ciúmes deles com outra menina a não ser eu. Só estou preocupada pelo o que ele está se tornando.

E além do mais. Desde de que ele começou a fazer isso, ele não tem mais tempo comigo. Está se afastando de mim. E eu não quero isso. Ele tinha me prometido que não se afastaria de mim por nada no mundo. Desde de pequenos ele sempre me dizia isso.

E eu não quero isso...

Parece que... Rafael faz isso pra me esquecer.

- Aí! – Quatro gemido diferente foi se ouvido no mesmo momento que bati a testa com a de alguém. – Hum... – Gemi de olhos fechados massageando a testa. Caramba, essa doeu. Eu deviria olhar pra onde anda, não ficar pensado em meu amigo. – Desculpas. – Pedimos novamente juntos. Abri meus olhos ainda massageando a testa, e André estava na mesa situação.

- André? – Chamei. Vai que foi o tombo que estou vendo demais.

- Julia? – Riu. – Caramba, essa doeu. – Ri junto parando de massagear a testa. – O que veio fazer aqui?

- Eu vim, traze o... – Apontei pra meu irmão vendo que ele olhava Lola com a mão na testa também, igual a ela. Eles se olhavam. – Felipe. – Falei e olhei André e ri. – Parece que não foi só nos dos que batemos a testa.

- Estávamos conversando e nem olhamos pra onde anda. – André riu. Olhei eles novamente que ainda se encarava sem desgrudar o olhares um do outro.

- Lola? – Ela me olhou saindo do transe. – Não vai me dar nem um abraço? – Ela sorriu e abriu os braços. Sorri pegando-a no colo lhe abraçando como sempre fizermos. – Como está você? – Separei o rosto pra lhe olhar.

- Bem.

Sorri e beijei seu rosto colocando no chão novamente. Lola colou no tronco do irmão olhando Felipe que até agora estava calado. Milagre!

- Onde estavam? – Coloquei de volta meu braço no ombro de Lipe perguntado a André.

- Vim buscar ela aqui na creche. E você?

- Trazer ele. – Ri pela coincidência. Olhamos os mais novo que ainda se encarava.

- Quem é ele, Juh? – Lola olhou pra mim e depois pra ele.

- Ele é meu irmão, mas novo. Felipe. Felipe, essa é a Lola, irmãzinha do André.

- Oi, sou Felipe. – Ele estendeu a mão pra a pequena que riu com a mão na boca.

- Eu sei, bobinho, ela acabou de falar. – Ria com os dedos escondendo a boca.

- Ah, é mesmo. – Abaixou a mão envergonhado e coçou a nuca.

- Sou Lola. – Estendeu a mão pra ele com um sorriso divertido. Os mais novos apertaram suas mãos com um sorriso.

- Eles... – Sussurrei e olhei André que também encarava isso com a testa franzida.

- Fizeram do mesmo jeito... – Continuou ele.

- Que a gente... – Terminei e um sorriso saiu de seus lábios.

- Você lembra. – Falou contente.

- Sim, eu me lembro. – Pisquei surpresa pela apresentação dos meninos ser que nem a da gente.

- Ah, você deve ser o Felipe. – Olhamos pra trás do ombro de André vendo um mais mulher vindo a nossa direção. – Felipe Vaz, né? – A mulher alegre perguntou ao meu irmão. Felipe se prendeu em minha cintura.

- É e ele sim. – Respondi.

- Venha lindinho. – A mulher chamou. O menino negou sem me desgrudar. – Tímido ele? – Perguntou a mim.

- Tímido é meu travesseiro. – Ri e a mulher me acompanhou. – Vá, Lipe. Eu já tenho que ir.

- Não quero.

- Primeiro dia é sempre assim. – A mulher sorriu comentando.

- Vai Lipe, é legal. – Lola o aconselhou. Ela tocou seu braço que estava em frente em meu estômago e o aperto dele saiu acabou aos poucos. Me surpreendi quando ela pegou sua mão e lhe entregou a mulher calmamente. – Você vai gostar. – Sorriu voltando ao lado do irmão.

- Então tá. – Falei ainda surpresa. – Tchau, pirralho. – Me inclinei pra beijar seu rosto. – E nada de aprontar, ouviu? Cuidado, ele é elétrico. – Avisei a mulher que arregalou os olhos e assentiu. Me esforcei pra não rir.

- Claro, farei com que ele não seja tanto. – A mulher riu nervosa.

- Se consegui você terá uma passagem VIP no céu e no meu coração. – Brinquei. – Tchau. – Acenei quando eles caminharam pra dentro.

- Juh. – Ele me chamou e me deu um aperto no coração com seu tom de voz de choro. Ele entrou antes que eu tomasse meu irmão de volta só pra mim. Pisquei freneticamente pra não chorar, e ouvi um riso conhecido dele.

- Oh, ela quer chorar. – André zombou gastando.

- Não tem graça. – Falei e passei o polegar no canto do olho. Lola riu junto com ele. – Para, não tem graça tá?!

- Onde vai agora? – Perguntou André quando começamos a caminhar.

- Pra o asilo. Você não vai?

- Vou. – Deu de ombro.

- Ah... Como está a mãe de vocês?

- Bem. Não quer ir com a gente ver ela? – Lola perguntou saltitando.

- Não, é melhor não.

- Vamos, aí nos vamos juntos pro asilo. – André falou. – Pelo que parece você vai sozinha.

- É, eu tinha um componente pra ir comigo. Só que ele fez questão de mim trocar por mais uma de suas... – Parei pra respirar buscando calma. – Esquece o que eu disse.

- O que foi que aconteceu?

- Nada. Não quero me lembrar disso agora.


- Sabe, você deveria confiar em mim. – Ele falou quebrando o silêncio.

- E eu confio.

- Não é o que parece. – Ele olhou pra o lado.

- Eu só não quero dizer. Compreende?

- Não. Não compreendo. – Suspirei.

- Não quero contar porque eu vou desabafar, e se eu desabafar eu vou chorar, e eu não quero chorar porque vou parecer fraca, e eu não quero parecer fraca pra você, eu não gosto de parecer fraca pra ninguém, eu...

- Calma. – Ele riu de meu jeito falando rápido. – Se não quer contar não vou forçar. Eu só acho que você deveria se abrir mais comigo. Mesmo você ter descoberto que eu era o Anônimo, eu espero que nossa amizade continue, e que aquela confiança que tinha quando começou a falar ainda esteja contigo.

Assenti sem falar nada. Enxergamos o portão principal vendo que tinha algumas pessoas da escola lá.

- Espera. – Ele pediu pegando meu braço e se virando pra ele. – Antes de entrarmos, eu queria te perguntar por que você não viu minha mensagem?

- Que mensagem? – Perguntei confusa, me arrepiando com ele acariciando as costas de minha mão.

- Fala, André. – Omar apareceu a ao seu lado abraçando se ombro e dando tapinhas em seu peito.

- Ah, oi. – André sorriu forçado, e creio por ter atrapalhado nossa conversa. Omar finalmente olhou pra mim e franziu a testa.

- Julia? Por que vocês dois estão juntos? – Ele se soltou do amigo ficando ao lado de nossas mãos.

- Estamos só conversando, Omar. – André respondeu.

- Costuma conversar com outras garotas de mãos dadas, André? – Puxei minha mão pra cima e abracei meus braços virando a cabeça.

- Por favor, Omar. O que que tem? Não estávamos se agarrando. Só conversando calmante. – André falou.

- Isso está estranho. – Olhei Omar e vi o mesmo olhar nos dois.

- Julia, depois conversamos está bem?

- Claro. Até Omar. – Sai praticamente correndo pra dentro. Eu não acredito que André ainda não contou pra ele isso. Meu braço foi puxado e soltei um grito surpresa quando fui logo de contato com um corpo maior que o meu. Minha respiração estava começando a ofegar com esse acontecido.

- Temos que conversar. – Ele sussurrou e seus olhos desceram pra minha boca logo voltando aos meus olhos. Sua respiração quente batia junto com a minha ofegante também. – Agora.


- Mãe, quando o Joaquim vai embora? – Manuela perguntou entrando na casa. Rebeca franziu a testa com eles parado ao lado do sofá.

- O menino mal chegou e já que que ele vá? Depois fique chamando ele que agora vou ficar de olho pra Isabela não ir atrás.

- E nunca mais vou ir. – Isabela falou.

- Também não quero mais conta contigo mesmo. – Manuela deu língua pra irmã.

- Mas eu não fiz nada. – Isabela falou incrédula.

- Ela está assim porque descobriu que quando você me procurou, eu estava em uma festa pronto pra ficar com uma menina. – Joaquim revirou os olhos.

- Só isso? – Rebeca perguntou.

- Só isso. – Joaquim respondeu.

- Só isso nada. – Manu falou cruzando os braços.

- Mas Manu, o menino nem sabia que você estava no médico. Ou sabia? – Rebeca perguntou novamente.

- Não.

- Está vendo? – Rebeca falou pra filha.

- E também você não tem que falar nada, porque ele estava solteiro, ou se esqueceu? – Isabela falou sarcástica.

- Também acho. – Rebeca voltou a falar.

- Mas eu também estava e ne por isso que fiquei com alguém.

- Epa que aí você já está mentindo. – Isabela interrompeu sua irmã. – Você está amnésia por acaso? Porque eu posso te lembrar que você ficou com um garoto da sala pra tentar esquecer Joaquim. Então assim como você ele também podia fazer isso.

- Você ficou com um garoto pra tentar me esquecer, Manuela? – Joaquim perguntou irritado.

- Não foi bem assim. – Manuela tentou se explicar e passou por ele subindo as escadas sendo seguido por ele.

- Ah, então foi como? Você fez esse túmulo todo só porque IA ficar com uma garota, agora você FICOU com um garoto e não me contou. – Ele falou seguindo ela.

Rebeca e Isabela se olharem e começaram a rir.

- Esses dois, não sei não. – Isabela falou rindo.

- Pois é. – Rebeca concordou.


- Você viu aquilo? – André perguntou irritado apontado pra dentro do asilo.

- Sim, a Julia e seu amiguinho. – Omar falou estranhando o comportamento de seu amigo.

- No maior clima. – Ele falou irritado.

- Qual a sua André? – Omar perguntou fazendo ele o olhar.

- Eles estavam preste a se beijarem. Você não viu?

- Idaí se isso acontecer novamente? – Omar perguntou vendo que ele ficou com o senhor franzido.

- Novamente? – Ele perguntou confuso. – Eles já se beijaram alguma vez?

- Julia perdeu o BV com ele. Normal eles trocarem saliva mais uma vez. – André ficou rígido sentindo a raiva em seu corpo.

- Como?


- Rafael, a gente tem que pegar as fichas. – Falei com ele quando paramos de correr. Olhei ao redor percebendo que estávamos no jardim vazio.

- Depois pegamos Julia, agora só quero me explicar. – Ele deu um passo a minha frente pra tocar meu cabelo mas recuei pra trás.

- Você não tem nada pra perder tentado se explicar comigo. – Falei e me virei abraçando meus braços.

- Eu gosto de você, Julia. E você assim eu tenho que me explicar.

- NÃO, VOCÊ NÃO GOSTA DE MIM. – Me virei pra ele gritando com o dedo apontado. Ele pareceu se assustar com isso. – SE VOCÊ GOSTASSE NÃO FAZIA O QUE ESTÁ FAZENDO COMIGO.

- EU TAMBÉM NÃO VOU FICAR ESPERANDO MEU MUNDO PRA TER VOCÊ COMIGO. – Gritou também.

- NÃO ESTOU FALANDO DISSO. ESTOU FALANDO QUE VOCÊ ESTÁ DIFERENTE COMIGO POR CAUSA DISSO. SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISSO, É PROBLEMA SEU, AGORA EU NÃO QUERO QUE VOCÊ HAJA DIFERENTE COMIGO SÓ PORQUE EU NÃO POSSO RETRIBUIR SEU AMOR.

- AS PESSOAS CANSAM JULIA. NÃO TEMOS QUE FICAR NO QUARTO DEITADO CHORANDO RIOS, SÓ PORQUE ALGUÉM NÃO PODE RETRIBUIR.

- VOCÊ ACHA QUE FAZENDO ISSO ESTÁ BONITO. VOCÊ VIROU UM GALINHA SEM NEM PERCEBER E COMEÇOU A SE AFASTAR DE SEUS ÚNICOS AMIGOS QUE SEMPRE ESTEVE CONTIGO. QUANDO SEUS PAIS SE SEPARARAM, NÃO FOI NENHUMA DESSAS PUTAS QUE TE ACONSELHOU. NÃO FOI NENHUMA DESSAS PUTAS QUE DORMIA ABRAÇADO CONTIGO PRA TE ACOLHER QUANDO TINHA PESADELO OU CHORAVA COM SEUS PAIS SEPARADOS. AGORA ME DIZ, SE VOCÊ PEGAR ALGUMA DOENÇA, ELAS VÃO TE ACONSELHAR OU VÃO DEIXAR VOCÊ COME-LA? – Rafael não respondeu. – POIS É. ELAS VÃO CORRER DE VOCÊ. ELAS VÃO QUERER CONTAR PRA TODO MUNDO PRA NINGUÉM MAIS TE PEGAR, E VOCÊ VAI FICAR NA SECA. VOCÊ TEM 18 ANOS, SABE MUITO BEM SE PREVENIR CONTRA ISSO, MAS SE LEMBRE TAMBÉM QUE CAMISINHA FURA. OU VOCÊ EMBRENHA ELA, OU VOCÊ PEGA DOENÇA. MAS PODE ACREDITAR, SE ISSO ACONTECER, NÃO VAI SER ELAS QUE VAI FICAR CONTIGO. NÃO VAI SER ELAS QUE VAI FAZER QUESTÃO DE COLOCAR UM BAND AID EM SEU DEDO QUANDO VOCÊ CORTA-LO. QUEM VAI FAZER ISSO É A QUE ESTÁ EM SUA FRENTE E AQUELES QUE ESTÁ LÁ DENTRO, NÃO ESSAS PUTAS QUE VOCÊ SÓ SABE SE SACIAR. Agora eu digo uma coisa. – Levantou o dedo em sua cara. – Se você quiser continuar fazendo isso, você faça. Se você quer tentar me esquecer de tudo o que se tenha direito, você faça. Mas eu não aceito que você se afaste de mim e dos meninos, por causa disso. Porque somos amigos irmãos, e vamos sempre está juntos nas dificuldades. Queremos o bem de todos, e vamos concordar com tudo o que quiser, mas nunca iremos aceitar que você troque a gente por causa disso. Se você continuar assim, você vai acabar perdendo os únicos que teve em sua vida inteira.

Passei por ele correndo. Ouvi seu grito me chamar e meu braço ser segurado.

- Me solta, Marcus. – Pedi puxando o braço.

- Me escuta. – Pediu ele.

- Não, Marcus. Eu preciso de um tempo. Respeite isso.

               André Alencar

- Aqui está a fichas de vocês. – A gentil mulher entregou a mim e Omar um papel. – Neles estão o nome de quem deve cuidar, e o que eles tem ou não. Irão o encontrarem nestes lugares onde eles normalmente estão. Se quiserem mais informações, é só me procurar ou procurar alguém daqui da recepção. Vocês só precisam assinar aqui, pra depois entregarmos o colégio quem participou ou não. – A mulher entregou uma caneta presa no balcão pra mim. Depois de nós dois assinamos ela sorriu. – Espero que gostem. Boa sorte.

- Obrigada. – Agradecemos juntos e saímos.

- Vou ficar com um idoso chamado Antônio de 76 anos. Perdeu a família recente, e se escolheu viver aqui porque se achava sozinho em sua velha casa. – Omar falou enquanto lia. – E você?

- Angel, uma garotinha de 9 anos. Ficou paraplégica após ter feito uma apresentação na escolinha de ballet. Seu pai a colocou aqui pra ter um bom cuidado ás 2 anos atrás, enquanto procura um emprego bom o suficiente pra cuida-la. – Olhei Omar e ele mandou continuar. – Até agora nenhum sinal dele.

- Caramba, ela deve sofrer bastante com isso. – Ele falou triste.

- Pois é. – Concordei. – Irei está na sala de música. Diz que ela fica a maior parte do dia lá tocando piano, sua nova paixão. E você?

- Aqui está dizendo que ele costuma ficar no pátio. É um fetiche dele observar o céu.

- Está bem, a gente se ver. – Ele concordou e seguiu o lado contrário que eu ia. A verdade é. Omar ainda não aceitou minha desculpa sobre eu não gostar de Julia. Eu sei que não deveria está mentindo pra ele. Mas tenho esperança dele esquecer ela com a mina que ele está saindo. E a verdade é. Estou puto de ódio por ter descoberto que Julia perdeu o BV com aquele amiguinho dela. Argh! Não quero nem imaginar a cena. Com esses pensamos seguia até a sala de música. Eu já sabia o caminho, pois antes de pegar as fichas nos tínhamos rodado todo aquele grande lugar. Adentrei na sala aberta olhando ao redor. Havia 5 crianças na sala. Meu olhar parou em uma garotinha de cabelos loiros longo, mostrando nas costas da cadeira, enquanto estava de costas pra mim, em frente a um piano preto. Caminhei até lá, não me importando em olhar sua foto pra ver se era ela mesmo. Seus dedos passavam entre as teclas calma, enquanto ecoava um belo som causado pelos mesmo. Sorri com isso, era tão calmo e sereno. – Angel? – Ela parou de apertar as teclas e virou a cabeça pra mim.

- Sim? - Acertei em cheio. – Quem és?

- Me chamo André. Irei cuidar de ti hoje, óbvio se você querer. – Ela sorriu lindamente.

- Gosto de pessoas que cuidam de mim. – Ela voltou a olhar o piano voltando a teclar. – Mas não tenha medo de mim, como as outras pessoas. Não sou um monstro como todos pensam.

- Não tenho medo de você.

- Não? – Falou sem parar de tocar.

- Não. Você é como eu também. Um humano qualquer, só que a diferença é que você é mais bonita e tem nome de anjo.

- Minha mãe escolheu pra mim, antes de partir. – Ela falou.

- Que triste. – Ela não respondeu, só soltou um riso nasal. Sentei na cadeira de frente pra ela. – Mas diga-me, o que você não gosta de fazer?

- De aniversários. – Falou calma.

- Porque? – Perguntei confuso.

- Porque pra mim não é um aniversário. É como se eles festejam, pra zombar a morte da mamãe. E eu não gosto que zombem da mamãe porque ela escolheu perder a vida, pra eu viver.


- Poxa, obrigada mesmo. – Julia agradeceu ao menino. – Acho que ficaria perdida. – Ela riu junto com ele.

- Não tem de quê. – Ele sorriu maravilhado pela risada da menina. – Fui escolhido pra mostrar os lugares que tem aqui, pra as visitas. Só estou fazendo meu trabalho.

- Mas mesmo assim, muito obrigada. – O menino parou de rir observando seu rosto, fazendo-a corar.

- Sei que não é da minha conta, e não deveria me meter nisto. Mas, não vai me contar o porque estava chorando? Se for alguma pessoa que fez algo temos que falar na coordenação.

- Não, não tem pra quê isso. Pode ficar despreocupado que não a nada de errado.

- Se você diz. – Encolheu os ombros.

- Já que você está aqui. Poderia me informar quem é o Lucas? É que aqui não tem uma foto dele.

- Iii, Lucas?

- Sim. Porque?

- Se essa ficha dele não tem foto, pode ter certeza o porque.

- Ele não gosta?

- Ah se fosse isso. – Ele riu e a girou pra dentro da sala. – Aquele menino! – Apontou pra uma criança toda suja de tinta. – Te apresento o Lucas.

- Aí Jesus! – Julia falou vendo a situação do pirralho.

- Eu só digo uma coisa. Boa sorte. – Ele ria da cara assustada dela.

- Não me deixa sozinha com ele, Rodrigo. – Julia pediu quando o menino começou a espalhar tinta na mesa e bater em cima espalhando no chão e ne algumas crianças de perto. – Pelo amor de Deus, não me deixa só nisto.

- Só irei te ajudar, porque ele me ama. – Rodrigo falou convencido caminhando até o menino. Ele voltou pegando a mão de Julia e puxando. – La Lucas. – Rodrigo o chamou. O menino parou de bater na tinta e olhou pra ele. Seu rosto era manchado por tintas coloridas igualmente sua mão e roupa.

- Oiiii. – Sorriu um anjinho espalhando com as mãozinhas a tinta na mesa.

- Essa aqui é a Julia. – Puxou mais sua mão. – Ela vai cuidar de você hoje. Que tal você ser um bom garoto e não assustar ela?

- Não preciso de ninguém cuidando de mim. Eu sei me cuidar sozinho. – Julia deu um salto pra trás quando ele começou a bater na tinta quase agarrando seus pés.

- La Lucas. Olha o jeito como fala com as convidadas. – Rodrigo repreendeu.

- Ela não vai cuidar de mim. – O menino bateu forte na mesa finalmente agarrando no corpo dos dois. A criança se levantou e correu.

- Lucas! – Rodrigo correu atrás do menino puxando Julia. O garotinho ria divertido sendo seguido pelos dois. – Lucas parou agora!

- Vocês não me pegam. Vocês não me pegam. – O menino cantarolava correndo entre os corredores.

- Esse menino é pior que Felipe, meu Deus. - Julia falou correndo atrás do menino que virou a curva.

- CUIDADO. – Lucas gritou e parou de andar. Rodrigo e Julia quase caíram quando bateram nele e ele voltou a correr rindo.

- Que menino filho da mãe. – Julia o xingou voltando a correr com o tombo que ganhou por ele ter feito isso. Lucas se virou parando de andar quando eles estavam longes e jogou um pincel por cima deles, que tomou a atenção dos dois. – Merda, cadê ele? – Falou quando percebeu que ele fez isso pra os distrair e fugir.

- Vem, ele deve ter entrado aqui. – Rodrigo voltou a puxa-lá. Assim que passaram pela porta, Rodrigo escorregou com mais um pincel caindo e levando Julia consigo, só que em cima dele. – Merda. – Ele xingou com o impacto. E parou quando o olhares deles de cruzaram.


Olhamos pra o lado quando ouvimos um barulho. O que Julia fazia em cima daquele desconhecido? Eles... Se olhavam? No mesmo instante o som de risadas causada por um garotinho sujo de tinta foi ouvido. O menino ria apontado pra eles deitados no chão. Eles pararam de se olhar, olhando o menino.

- Lucas! – O menino debaixo de Julia repreendeu.

- Julia! – A chamei e ela virou a cabeça pra mim.

- André. – Ela falou meu nome surpresa.

- Rodrigo. – Angel chamou contente acho que o menino que AINDA estava deitado debaixo dela.

- Angel. – O menino debaixo de Julia falou seu nome também contente.

- O que está acontecendo? – Perguntei a Julia.

- Nada. Não é nada. – Falou e do mesmo jeito que falou se levantou desajeitada. – Nada do que você deve está pensando.

- E o que eu estou pensando? – Falei irritado se levantando da cadeira. O homem atrás de si, se levantou também. – Você simplesmente estava agarrada com esse cara.

- Epa, a gente tropeçou. – O cara se intrometeu. – Ela não tem culpa disso.

- Rodrigo. – Julia o chamou.

- O que vocês faziam pra está tropeçando, assim?

- Estávamos correndo atrás dele.

- Acho que como você trabalha aqui, deveria saber que aqui não é um parque de diversões pra correr quando quer.

- André. – Julia me chamou. – Rodrigo só estava me ajudando.

- Quem esse menino acha que é, pra você dar informações? – Rodrigo falou.

- Aposto que alguém mais interessante na vida dela, do que você, que acabou de conhece-la.

- Se você fosse esse cara que você diz, deveria souber que ela estava chorando, mas e você? Não te vi.

- Por que você estava chorando? – Perguntei a Julia.

- Não foi nada. – Respondeu. – Agora chega! Rodrigo, muito obrigado mesmo, mas acho que já posso me virar sozinha.

- Tudo bem. Se precisar de algo estarei por aí. Tchau. – Cara! Eu não acredito mesmo que ele fez isso. Que atrevido, velho! Como ele pode beijar o rosto dela assim?

- Creio que ela não vai mais precisar. – Falei a ele que ignorou saindo da sala.

- Olha. – Ela começou.

- Não Julia. Não me explique nada. É a segunda vez só hoje que eu vejo você assim com outro. – Pedi.

- O que eu posso fazer? Eu não tenho culpa se isso acontece.

- Acontece porque você que dá motivos.

- O que cê está me referindo?

- Momento nenhum estou te referindo a alguma coisa. – Me defendi.

- Mas deu pra perceber.

- Percebeu errado.

- Quer saber? Eu não deveria está nem aqui lhe dando explicações. Não somos NADA pra eu lhe dever explicações. Você é só um garoto que beijei e acha que deve mudar algo em minha vida. Não vai ser nem você, e nem ninguém que vem me beijar e acha que devo explicação por está com outro no dia seguinte.

- Claro. Está certa. – Concordei balançando a cabeça. – A única que me deve explicação é minha NAMORADA chamada PRISCILA. E mais ninguém, e não vai ser você que vai mudar isso. Se é pra falar bonito também vou falar... Você é só mais uma garota, que acha que tem poder em mim. Mas eu não preciso que ninguém me mande fazer algo, porque sei o que é bom ou ruim pra mim.

Ela me olhava parecendo magoada, mas me contive. Se é assim o jogo, estamos empatados. 1 X 1 pra nós dois. Pegou com firmeza a mão do garoto pintado que choramingou, e saiu em passos fortes daqui. Suspirei passando a mão no cabelo, de maneira falha tirar suas palavras de minha cabeça.

- André? – Olhei pra o lado quando Angel me chamou. – Está tudo bem?

- Está. Onde paramos mesmo? – Mudei de assunto sentado na cadeira.

- Eu estava te ensinado. – Ela apontou pra o piano.

- Claro. Vamos.

                    Julia Vaz

- Por favor, fica quieto Lucas. – Pedi tentado vestir uma camiseta nele mais ele não parava quieto na cama. Ele parou por um momento me deixando passar seu braço. Olhando seu rosto. Até que o pirralho é fofo, meu Deus. Olhos castanhos; cabelo da mesma cor; um formatinho de rosto lindo. Esse vai dar trabalho quando crescer.

- Acabou? – Choramingou ele.

- Isso é pra você aprender que é pra parar de bolir em tintas. – Falei e passei seu outro braço. – Pronto. – Revirei os olhos com ele voltando a pular em sua cama. Sentei na ponta com as costas no ferro e uma perna debaixo de mim.

Eu tento de qualquer forma esquecer sua palavras, mas parece que ela grudou em minha mente. Eu sei que quem começou dando patatas foi eu, e ele só fez questões de revidar, mas caramba, essa foi profunda. Doeu até na alma.

Se antes eu já me sentia culpada por termos se beijados com ele namorando, agora que estou pior depois dele jogado isso na minha cara.

Se estou me sentindo magoada com suas palavras. Deu pra perceber que ele também ficou com as minhas. Mas eu não irei dar o braço a torcer e pedir desculpas. Eu sei que eu quem deveria fazer isso, mas não vou. E provavelmente ele também não.

- Eii. – Lucas me chamou e olhei ele que tinha uma mão em meu joelho enquanto estava de joelhos. – Desculpa.

- Pelo que? – Perguntei confusa.

- Por ter feito você e seu namorado brigar. Isso não é bom. A mamãe e o papai sempre brigava na minha frente, e tô me sentido...

- Culpado?

- Sim.

- Não sinta. Você é criança, não entende o porque brigamos. Você não tem culpa de nada. – Passei a mão em seu rosto.

- Eu que coloquei o pincel na porta pra Rodrigo escorregar. Desculpa.

- Tudo bem. Só não faz isso de novo está bem? Pode causar problemas. – Ele concordou coçando os olhos. – Vem, deita aqui. – Bati ao meu lado e ele deitou. – Você é um menino muito pintão. – Fingi apertar seu nariz e ele gargalhou.

- Não sou nada. – Ele falou rindo.

- É sim.

- Sou não.

- Está bem. Você não é. – Fingi concordar.

- Eu sei disso.

- Convencido. Já estou vendo. – Ele voltou a gargalhar me levando junto. - Seu fofo.


Notas Finais


E com esse capítulo eu venho dizer que a irei ficar um pouco afastada daqui. Estou fazendo a nova fic, e as aulas irão começar no dia 6 pra mim. Mas uma coisinha...

ABAIXA QUE DIA 2 É MEU NIVEERRR AEEEEEEEEE quero presente 😌😌 sim meu aniversário é no dia 2. Vou fazer mais um aninho de vida meu povooooo
Ps: Não perguntem minha idade 😹😹😹💁

Como disse lá em cima, estou fazendo a nova fic. Essa ainda não está na final (quando estiver irei dizer) mas estou fazendo pra ter capítulos guardados.

Um spoiler: Será de um casal que todos amamos (Não é Judre affz 😒)

Até um dia que tiver o capítulo feito daqui, meus amores e quero minha Nutella quinta feira ouviu? (zoa) 😹😹


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