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História Unknown Love - André/Julia


Escrita por: alvera_Nanew02

Notas do Autor


Tem supresinha no capítulo pra vocês 😍😍😍😍😍

Capítulo 61 - André/Julia


Julia se encontrava em minhas costas, passando a mão em minha cabeça, respeitando meu silêncio. Desde de que ela havia entrando no quarto, não falou mais nada, só mim fazia um cafuné. Eu encarava um ponto fixo de uma parede, com meu rosto mim incomodando por causa das lágrimas secas.

Eu não sei quanto tempo passamos assim, mas eu sei muito bem que eu tentava de maneira falha consertar essa bagunça em minha mente.

Era óbvio. Estava em minha frente o tempo todo a verdade, e só agora que caiu a fixa. Minha verdadeira mãe esteve esses meses todos comigo.

A semelhança; a amizade dela com minha vó; o jeito estranho como ela reagiu no hospital ao eu dizer meu nome, quase derramando lágrimas.

Eu só fui um idiota ao não ter pensando nisto.

Mas uma coisa eu sabia: todas aquelas ligações que minha vó recebia, eu sempre desconfiei que você minha mãe. Mas eu não contava que fosse... Ela...

Mas ela está enganada. Se ela acha que irá chegar assim do nada em minha vida, e querer um papel que nunca foi seu, ela está muito enganada. Eu quero essa mulher longe de minha vida. Minha mãe foi, e sempre será Rosa, não Alicia. Alicia NUNCA será minha mãe.

Eu estava sentindo um ódio tão grande! Eu não sou rancoroso, mas pqp. Eu não irei perdoar NUNCA aquela mulher.

Quando senti que não sentia (ke) mas os dedos de Julia em meu cabelo, girei minha cabeça entre o ombro pra ver ela. Ela conversava baixo no celular, no canto do quarto de costas pra mim. Quando ela se virou pra mim suspirando, eu voltei a por a cabeça no travesseiro voltando a olhar pra frente. Depois de alguns segundos a cama em minhas costas foi afundada, sentindo novamente meu cabelo sendo mexido.

- Você não vai falar nada? – Minha voz saiu rouca e baixa.

- O que você quer que eu fale? – Sua voz saiu baixa também. – Eu estou lhe dando um tempo pra pensar sozinho no acontecido. Mas eu não quero te deixar só, porque eu disse que nunca iria te abandonar. Mas se quiser, eu posso...

- Não, fica. – Pedi e ela voltou a mexer meu cabelo em silêncio. – Quem era no telefone?

- Joaquim. Ele queria saber se já estava indo pra casa, mas eu expliquei a situação pra ele e, ele pediu pra cuidar de você.

- Se quiser pode ir pra casa. Peça pro Tino te levar. – Murmurei encolhendo mais ainda os ombros escolhidos (ke 😂 ignore)

- Não, eu quero ficar. Quero cuidar de você.

Afundei mais meu rosto no travesseiro, dobrando mais minhas pernas. Soltei um suspiro.


- ISSO TUDO É CULPA SUA. – Alicia gritou apontando o dedo na cara de Karen. – VOCÊ SÓ VIVE ARRUINANDO MINHA FAMÍLIA.

- Alicia, se controle. – Antônio pediu tentando puxa – lá.

- EU NÃO TENHO CULPA SE FOI VOCÊ QUE O ABANDONOU E AGORA QUER TER UM NOME QUE NUNCA TEVE. – Karen gritou também.

- EU ESTAVA TENTANDO AOS POUCOS, MAS VOCÊ RESOLVEU APARECER PRA DESTRUIR MINHA VIDA. EU ODEIO VOCÊ! VOCÊ SÓ VIVE DESTRUINDO MINHA FAMÍLIA. PRIMEIRO O PAPAI E A MAMÃE, AGORA O MEU FILHO TAMBÉM!

- OLHA SÓ! EU TAMBÉM ODEIO VOCÊ! ODEIO VOCÊ, SEU FILHINHO E SUA MÃEZINHA IDIOTA. – De raiva Alicia deu-lhe um tapa em seu rosto, fazendo-o virar pro lado.

- CHEGA ALICIA! – Seu avô se estressou. – Chega vocês duas!

- Você viu? Ela mim bateu. Ela mim bateu. – Karen diz.

- Eu vi Karen, não sou cego e não tenho problema de visão. – Ele diz irritado. – Eu estou cansado de vocês duas. Desde de que Alicia voltou vocês só ficam assim. Trocando farpas idiotas. Karen, vá pra o quarto por favor, eu irei conversar com minha filha.

- Argh! – Karen se virou batendo os saltos no chão fazendo barulho. Karen sumiu de vista.

- Senta!

- Eu não quero...

- Senta agora Alicia. – Ela bufou sentando. Ele suspirou sentando ao seu lado. – Olha, primeiro de tudo eu peço respeito em relação a Karen. Querendo ou não ela é minha mulher.

- Mas o senhor...

- Quando eu estiver falando, eu peço que não mim interrompa. – Ele repreendeu.

- Eu não sou mais uma criança pra ficar mim repreendendo assim.

- Mas você é minha filha. E eu sou seu pai. Não importa quantos anos você tem, eu sempre irei te repreender pelos seus atos.

Ela se calou.

(Pais são tudo iguais 😂😂)

- Em segundo, que não foi Karen que acabou meu relacionamento com sua mãe. Fui eu mesmo, então por favor, não coloque lenha na fogueira. Minha história com sua mãe é passado, e creio que ela não sabe nem que eu existo. Eu estou feliz assim, ela também pode está feliz com seus filhos ao seu lado.

Alicia desviou a cabeça. ATA! Que ela vai acreditar.

- E por último, eu sei o quanto você errou. E sei que você está arrependida. Mas você tem que dar um tempo a ele. O que acha? Ele acabou de descobrir quem é a mãe dele, você deve isso a ele.

- E se ele não mim perdoar nunca? Ele estava tão magoado e cheio de ódio quando dizia aquelas coisas. – Ela murmurou triste no final.

- Ele vai te perdoar. – Bateu em sua perna. – Só é muita confusão em sua cabeça. Eu conheço meu neto, eu sei que ele não guarda rancor de ninguém. Dá esse tempo a ele.

- Eu amo ele papai. – Ela sentou seus olhos se arderem novamente. – Quando o vi naquele palco enquanto você o apresentava, eu senti tanto orgulho dele. Mas eu mim senti mal. Me senti mal, por não ter sido eu, a pessoa que o criou pra ele estar como hoje. Não teve um momento que eu não pensei nele. E quando ouvi sua voz, foi tão mágico. Quando o vi pela primeira vez depois de anos. Ele é tão parecido comigo, papai. Eu quero desfrutar, toda aquela pessoa que vocês foram capazes de ter. Passar todo momento que nunca passei ao seu lado. Eu amo tanto o André. Porquê apesar de não ter o cuidado, eu já amava ele desde de meu ventre.

Seu pai lhe puxou pra um abraço, enquanto ela chorava em seu ombro.

                   Julia Vaz 

Ele estava aqui, tão indefeso em meus braços. Eu sentia meu peito se contorcendo de só vê-lo assim. Eu queria poder dizer palavras confortante pra ver se pelo menos ele se distraí, mas eu tinha que respeitar seu espaço. Ele precisa de um tempo pra pensar, e eu não irei atrapalha-lo. Sua respiração era severa, e desde de nossa última palavras ele ainda não havia se movido pra nada. Só olhando a parede em silêncio.

Minha voz mal saia. Eu cantarolava baixo qualquer música que vinha em mente, enquanto meus dedos mexiam em seu cabelo. Ahh, eu estava sofrendo tanto vendo ele sofrer. Meu único desejo era só vê-lo sorrir, pra mim poder sorrir também.

Minha mão soltou de seu cabelo descendo pra seu tronco, e minha testa caiu em seu ombro. Lhe apertei forte, e foi quando senti seu braço em contato com o meu, mim incentivando a lhe apertar mais. Ele estava tão dengoso. Tão frágil. Frágil como um prato indo de contato com o chão.

- Obrigado por está aqui comigo. – Ele quebrou o silêncio. – Acho que se você não viesse, eu não teria o apoio de ninguém.

- Mas você teria seu avô. – Afundei meu rosto em seu pescoço, lhe apertando mais.

- É, mas eu não deixaria entrar. – Eu ri nasal, e por incrível que pareça, ele riu também.

- Eu gosto de sua risada. – Sorri entre sua pele, e acho que ele se arrepiou com minha respiração quente.

- E eu gosto de saber que você é o motivo dela.

Ele se remexeu na cama, ficando de lado mim encarando pela primeira vez que entrei no quarto. Seus olhos eram cansados e um pouco avermelhado. Eu sorri passando a mão em seu cabelo, parando em sua nuca.

Lindo, lindo...

- Se você está tentando mim distrair com sua beleza, conseguiu. – Ele brincou e sorriu no final.

- Não era minha intenção, mas fico feliz que estou conseguindo te distrair com algo. – Brinquei com o dedo, no começo do cabelo de sua nuca.

- Oh se está conseguindo. – Eu ri junto com ele.

- Eu prefiro você assim. Feliz, alegre, sorridente. Mas você sabe que um dia vai ter que enfrentar a realidade, não sabe?

- Eu sempre enfrentei minha realidade. E não irá ser agora que irei parar. Vai voltar tudo como era antes.

- André. Você entendeu o que quis dizer.

- Sim, entendi. Por isso estou falando. Nada vai mudar. Eu vou seguir minha vida. Você a sua. Juntos até que a morte nos separe. Com nossas mães de sempre pra sempre. E pronto!

- Por que você é tão teimoso? – Puxei seu cabelo entre os dedos e ele riu suavemente do meu jeito de falar. – Você merece uns bons tapas, seu gaiato. – Beijei seu rosto todo, dando um último em seu queixo.

- Não, eu mereço um beijo. E especificamente em minha boca, com direito a sua língua dentro.

- Não, você merece um belo sono. – Ele grunhiu.

- Como sabe se estou com sono ou não?

- Por que seus olhos te revelam. – Empurrei seu peito pra ele deitar de barriga pra cima. – Agora dorme, pra esquecer um pouco do dia de hoje.

- Uê, hoje foi como um dia qualquer. Normal. Nada aconteceu.

- Alencar, por favor, sem ironias. Agora dorme. – Ele concordou entre suspiros e fechou os olhos deixando a cabeça cair de lado, mas abriu logo em seguida mim encarando.

- Se eu dormir, você vai continuar aqui, não é?

- Sim, bem... Aqui! – Pressionei o dedo em seu peito, acima de seu coração – acho – e sorri. Não pude deixar de reparar que havia três dos botões da camisa social, aberta, bem onde está meu dedo. Me inclinei e deixei um beijo no local, sem malícia, só carinhosamente. Ele pareceu ter estremecido, com meu ato em sua pele despida. Repousei meu ouvido no mesmo local, podendo ouvir seu batimentos, e a mão em sua barriga. Sua respiração era serena, subindo e descendo lentamente. Sua mão saiu de minha cintura indo em meu cabelo, afagando e sorri com os olhos fechados quando André deixou um beijo em minha cabeça.

- Eu amo você, Julia. – Voltou com a mão em minha cintura, colando mais seu corpo com o meu. – Você está sendo a melhor coisa que mim aconteceu esses últimos tempos.

- Eu... Hãn... Hum... Boa noite. – Ele respondeu do mesmo jeito soltando um bocejo. Talvez ele deve ter dito, só por se declarar mais uma vez; talvez ele disse isso não esperando minha resposta, só pra deixar claro mesmo; ou talvez ele tenha dito esperando que eu o responda também. Com cuidado olhei pra ele pra ver se ele tinha algum traço de desapontamento, ou algo do tipo mais ele estava normal com os olhos fechados, normal, tranquilo! Sua respiração calma e segura. Sim, acho que ele não disse isso na intenção de esperar uma resposta. Ou esperava?


Com cuidado, passei o dedo em seu nome. O troféu em mãos, só de ver seu nome, uma onda de vontade de chorar vinha.

- Eu sinto tanto sua falta. – Sussurrei fungando, olhando o troféu, embaçada pelas lágrimas. – Eu queria você aqui comigo, papai. Eu queria lhe abraçar, e dizer com todas palavras que eu te amo. A vida é tão injusta... Será que você iria gostar de saber que estou com o amigo do meu irmão? Ou iria ter uma crise de ciúmes? – Eu ri abafado com o que disse. – Provavelmente você iria surtar e, depois iria estar jogando uma partida de FIFA com ele e os meninos como se nada tivesse acontecido. Sabe? No outro dia eu sonhei com essa cena. Estava o senhor, André, Felipe e Joaquim jogando. Se o senhor não tivesse partido, iria poder acontecer esse sonho? – Mordi fortemente meu lábio inferior controlando as lágrimas. Legal, eu estava falando sozinha com um troféu, em uma sala gigante! – Eu sinto muito sua falta.

Algo dentro de mim, me parecia querer dizer que ele estava em um lugar melhor e feliz por mim, e bastante, bastante orgulhoso.

- Olá. – Me assustei com uma voz ecoar na sala. Olhei pra trás assustada e rapidamente limpei meu rosto, ao ver que era a mãe de André. – Desculpe-me, eu não queira te assustar.

- Tudo bem, desculpe-me eu por ter te acordado. – Levantei do sofá de cabeça baixa.

- Não, você não mim acordou.

- Bom, irei voltar pra o quarto. – Murmurei passando rapidamente por ela ainda de cabeça baixa.

- Espera. – Parei sem se virar. – Você não quer mim fazer companhia na cozinha? Pode está com fome.

- Acho melhor não. Pra começo de conversa, eu nem deveria estar aqui. Eu prometi a André que não sairia do quarto nem que ele estivesse dormindo. – Voltei a murmurar.

- Vamos lá. Não se incomode com essas besteiras. Se sinta em casa, com sua família. Vamos, você deve está com fome, não? Não fique envergonhada com isso.

- Acho que se a mulher de seu pai ver ela não vai gostar.

- Antes de Karen aparecer, eu nasci. Antes de Karen pisar nesta casa eu morava. Antes de Karen CASAR com o papai, era só eu e a mamãe na vida dele. Karen é Karen sem palavras pra mim enfrentar. – Ela riu no final e só senti meu braço ser puxado e meus pés seguirem a direção.


- Então... Eu poderia tocar no assunto por você está chorando naquela hora, mas acho que iria ser indelicadeza da minha parte. – Ela sorriu dando de ombro passando manteiga na torrada, comendo logo em seguida um pedaço.

- De jeito nenhum. – Neguei encolhendo os ombros. – Eu só estava falando sozinha, mim lembrando do meu pai. – Entortei a boca.

- Seus olhos ficaram tristes. Te incomodou. – Eu ri fraco negando com a cabeça. – Oh, come. Não tenha vergonha de mim por favor. Eu sei o quanto coisas do trabalho do papai dá fome. Pode até servir algo, mas não enche a barriga. Comidas refinadas não entra nem no buraco do dente. – Ela revirou os olhos sorrindo e eu ri junto com ela. Timidamente peguei uma torrada passando a manteiga. Realmente eu estava morrendo de fome, mas a vergonha e o orgulho é a pior coisa. – Isso, boa garota. – Ela elogiou quando mordi um pedaço. Tomei um pouco do café quente, rindo de leve ao se lembrar que mães são tudo iguais. – Então...

- Julia. – Respondi quando engoli e ela concordou.

- Então Julia. Ele... Está melhor? – Deixei meus ombros caírem e suspirei.

- Eu consegui o distrair um pouco.

- Ele falou algo sobre o assunto?

- Não, achei melhor não tocar neste assunto agora com ele. Eu deixei pensar um pouco, até ele se senti confortável pra falar algo.

- Entendo. – Ela murmurou.

- Ele quer de qualquer jeito achar que depois disso, sua vida vai continuar normal como sempre foi. Que irá continuar com a sua mãe de sempre, ou seja a avó. Você entende isso?

- Sim. Entendo. Também não é fácil pra ele. Não é fácil pra ele, nem pra mim.

- Olha, por mim, eu mudava todos os conceitos dele, mas André é difícil. Você realmente deve está arrependida.

- Muito.

- Então o melhor que faz, é só deixar o tempo resolver. Quem sabe um dia ele peça pra conversar contigo. Mas por enquanto deixa a poeira abaixar. Mas eu vou tentar ver se consigo arrancar aquele rancor de dentro daquele seu coração. – Brinquei no final há fazendo rir fraco. Voltei a comer.

- E você? Gosta dele? – Eu se engasguei com a pergunta surpresa dela, enquanto ela só ria. Tomei um pouco do café e respirei fundo buscando ar nos pulmões.

- Bom... – Ela sorriu esperançosa e eu fiquei batendo o pé nervosa. Caramba, o que eu vou falar, sendo que ela é a mãe do menino? – Tá legal! Sim, eu tô gostando dele sim. Isso é meio embaraçoso dizer isso com a mãe. – Ela riu no final.

- Normal. Ele também gosta de você. Deixa eu dar um palpite: Você é a garota que ele é apaixonado desde de pequeno, certo?

- Acertou. – Sorri nervosa e ela bateu palma comemorando.

- Eu sabia. Em uma das vezes que fui lá na casa da mamãe ela disse que ele era apaixonado por essa garota. Legal que ele tá com essa garota, ou seja você. Realmente meu filho é determinado no que faz. – Sorriu orgulhosa.

- Sim, ele é muito determinado. – Sorri também.

- Estão juntos desde quando? – Ela perguntou contente e eu voltei a ficar nervosa.

- Na verdade... Hum... – Pra que merda André foi inventar dizer a seu avô que eu era sua namorada? Agora eu não sei o que dizer pra ela! – A gente não está juntos. Estamos só ficando, mas nada sério por enquanto. Ele saiu de um relacionamento recente, acho que nem eu nem ele queremos apressar as coisas.

- Idaí? Só falta dizer que pensa que os povos irão pensar que você que roubou o namorado da outra. Você chegou bem antes dessa aí.

- O amigo dele é meu ex.

- Tá, aí está um grande problema na relação de vocês! Não porque ele saiu de um relacionamento recentemente com uma qualquer. – Eu ri negando com a cabeça. – O menino sabe? – Bebeu seu café.

- André disse que iria contar a ele, só que até agora eu não sei se contou ou não. E isso mim estiga, porque eu não quero atrapalhar uma amizade. E acho que isso nem preocupa ele.

- Que nada. Homens são tudo iguais. Eles não liga pra essas coisas. Pode até ser meu filho, mas é tudo a mesma coisa dos outros. Eles não ligam pra saber se é sacanagem com o menino, ou não. Tudo iguais. – Negou com a cabeça de indignação bebendo de café e eu ri. – Mas não se preocupe não. Ele pode está demorando pra te pedir em namoro, mas acredite, ou ele está inseguro pra isso, ou ele quer pensar em algo melhor, ou ele quer resolver primeiro o problema com o amigo, ou até mesmo essa desculpinha esfarrapada que você deu sobre o término com a ex dele. – Entortei a boca calada. E logo ela sorriu maliciosa mim faz neodímio crê que ela irá perguntar algo. – Mas fala aí, você adoraria ter duas sogras, não é?

Engasguei com minha própria saliva quando fui inventar de querer engolir em seco. Ela jogou a cabeça pra trás rindo alto. Jesus, que perguntas afiadas ela tem.


- Amei conhecer você, Julia. – Alicia diz sorrindo com a cabeça virada pra mim.

- É, eu também. – Retribui o sorriso e paramos na porta do quarto de André. – Obrigada pela companhia na madrugada. – Eu ri fraco.

- Não tem de quê. Espero que tenha se alimentado o suficiente.

- Sim, eu mim alimentei sim. Obrigada.

- Que bom... Se vemos por aí se Deus quiser.

- Sim. – Acenei com a mão tocando na maçaneta abrindo. Quando ia entrar, ela voltou a falar.

- E aproposito. – Se virou pra mim. – Cuida dele pra mim?

- Sempre. – Ela sorriu no final e mim fez sorrir também. Jesus, agora entendi o que realmente era uma genética. Ela seguiu seu caminho e eu entrei fechando a porta com cuidado. Encarei André deitado tranquilamente adormecido. Senti meu corpo vim com um ar quente, e rodei o olhar pelo quarto. Ignorei, caminhando até seu corpo adormecido. Passei a mão em seu cabelo e percebi está úmido. Franzi a testa passando em seu rosto. Merda, ele estava suando que nem cuscuz. Olhei pra os lados a procura de um ventilador sei lá, parando meu olhar no ar condicionado do teto. Peguei o controle ajeitando a temperatura. Quando o ar se fez frio em meu corpo se virei pra ele colocando o controle no lugar. Eu tinha que acorda-lo pra pedir pra ele tirar a camiseta social branca, mas ao mesmo tempo eu não queria acorda-lo porque ele pode está cansado demais. Suspirei. Minha única solução foi; abrir mais de seus botões, deixando-o seu peito livre. Em momento nenhum senti malícia ou vergonha por isso. Eu só não quero que ele durma suado, e depois acorde incomodado. – Eu só quero te ver bem. – Sussurrei passando a mão em seu rosto. – Você também está sendo a melhor coisa que mim aconteceu esses últimos tempos, André. – Deixei um beijo em sua testa, percebendo que ele não suava mais como antes suava.

                André Alencar

Me remexi na cama, e aos poucos abri meus olhos gemendo baixo com a claridade. Cocei meus olhos e olhei pra o lado vendo que não tinha ninguém deitado ao meu lado. Olhei pra o outro e arqueei as sobrancelhas vendo o pequeno corpo dela sentado – mas jogada – na poltrona que tinha ali. Levantei da cama seguindo até ela.

- Julia. – Lhe chamei baixinho. Seus olhos se abriram rapidamente. Estavam avermelhados e cansados mas mesmo assim ela acenou com a cabeça. – Você dormiu aqui? – Ela concordou endireitando sua cabeça. – Por quê não dormiu comigo na cama? – Perguntei confuso.

- Achei melhor assim. – Diz cansada.

Suspirei ajeitando minha postura.

- Venha, deita aqui. – Ajudei a levantar e a guiei pra cama. Ela se encolheu na cama deitando de lado e seu olhar veio pra mim.

- Você está melhor? – Sua testa se franziu.

- Sim, agora dorme. Está cedo ainda. – Pedi e ela concordou.

- Deita aqui também. Se não se importar. É que...

- Tá tudo bem. Agora eu sei. – Ela sorriu fraco. Rodei a cama e deitei ao seu lado, abraçando sua cintura, da mesma posição ela havia feito comigo na noite passada. – Foi como?

- Ele dizia a seu avô, que estava tudo bem com ele. Eu... Hãn... Será?

- Claro que sim. Nunca desconfie disso. Seu pai era um cara bom, ele não mentiria nem no sonho. – Ela riu fraco. – Você sonha diariamente com ele?

- Só quando eu sinto bastante saudades dele.

- Você sempre teve seus irmãos pra isso. Quando tiver pode mim dizer que eu faço questão de te mimar a vontade.

- Tá bom. – Pude perceber sua bochecha subir e deve ser que ela sorriu.

- Mimada. – Beijei seu pescoço e ela riu se arrepiando.

- Para. – Ela pediu rindo

- Parar o que? – Perguntei abafado, passando o nariz no local, aspirando seu perfume.

- Com isso. Para. – Ela soltou suspiros e eu parei sorrindo.

- Vou parar só pra você voltar a dormir. – Lhe abracei mais. – O que disse? – Perguntei quando ela murmurou algo baixo que não ouvi.

- Nada. – Respondeu rapidamente. Dei de ombro.

                    Julia Vaz

Desci a escada, me sentindo desconfortável por estar andando na casa dos outros assim. Sorri quando encontrei o troféu do papai na mesinha, e caminhei até lá. Peguei em mãos e rodei o olhar por toda extensão. Era muito grande e lindo. No teto havia um lustre simplesmente maravilhoso.

- Gostou? – Me assustei com a voz e olhei a mulher que apareceu do nada em minha frente. Não respondi envergonhado por ela ter visto que observava a decoração. – Eu te fiz uma pergunta.

- Si-sim. – Gaguejei nervosa e ela sorriu debochada.

- Que bom.

- Ca-dê. – Pigarrei. – Cadê a Alicia?

- Foi pra casa. – Continuava com seu sorriso debochado. – O que é isso em sua mão? – Abaixei a mão rapidamente. – Calma, não tenha medo de mim. – Bem difícil com sua cara! – Deixa eu ver. Não irei quebrar.

- Tá bom. Mas cuidado. – Lhe entreguei.

- Onde você achou isso? Não estava no escritório do meu marido? – Ela ergueu a cabeça pra mim.

- Sim, na verdade...

- Você pegou de lá? – Ela mim interrompeu com os olhos arregalados.

- Não! – Disse não acreditando que ela perguntou isso. – Eu nunca faria isso.

- Mas isso realmente estava no escritório do meu marido. Como veio parar em sua mão?

- Está mim acusando de roubo?

- Não, só estou perguntando. Isso nunca havia saído do armário de lá. Agora aparece assim em sua mão achei estranho.

- Mas o que está parecendo é que você está mim acusado de uma coisa que nunca pensei em fazer.

- Aí eu só lamento se a carapuça serviu. – Se virou com o troféu nas mãos.

- Hey, me devolve. Isso é meu. – Puxei seu braço pra ela se virar. Ela puxou rapidamente sacudindo.

- Não toca em mim, sua imunda. E isso não é seu, não tem seu nome aqui.

- Imunda é você. Agora devolve o troféu do papai.

- Oh, é de seu pai? Cara, porque eu sempre mim esqueço dessas coisas? Era de seu pai, querida? Tem que ser era né? Porque agora ele deve estar entre os mortos. Sabe? Eu até já conheci ele. Eu conheci o Antônio no jogo de golfe e ele estava junto. Lindo, sarado, bom partido. Mas eu não quis ele não. Ele era muito fiel a sua mãe e seus filhos. Escolhi o Antônio mesmo. Sabe? Ele é mais poderoso que seu pai. De primeira caiu em minha jogada. – Riu debochada. A essa altura meus olhos se arderem sentindo lacrimejar. – Oh, vai chorar?

- Me devolve isso. – Pedi abafada com a mão estendida.

- Sabe que eu não quero devolver? Já imaginou o quanto seu namoradinho iria ficar decepcionado ao saber que você roubou isso?

- Eu não roubei nada! – Falei em um tom alto. – Foi Antônio que mim deu!

- Cadê as provas? – Sorriu irônica. – Vamos fazer assim. Eu não conto pra ninguém. Você sai impune, e esqueceu de uma vez por todas que você só está com André por causa de interesse, ainda mais agora que descobriu que seu avô é rico.

- EU AMO O ANDRÉ. EU NUNCA SERIA QUE NEM VOCÊ.

- ABAIXA O TOM PRA FALAR COMIGO GAROTA! – Levantou a mão em minha cara, e eu engoli em seco. – Ahh, você ama o André? Que engraçado que eu também dizia a mesma coisa sobre Antônio. Mas óbvio, isso nunca aconteceu.

Até o que ela disse, fui dar conta do que havia dito. Como assim eu amava o André? Eu não havia percebido que tinha falado isso, e eu não parecia surpresa por causa disso – mesmo que no fundo eu esteja. Eu acho que... Sempre soube disso.

- Quer saber?! Eu vou pra casa. Não adianta ficar perdendo tempo contigo. Era pra ele continuar com Rosa. Pelo menos ele seria bem mais feliz do que com você. – Passei por ela mais ela pegou meu pulso apertando e eu gemi de dor.

- REPETE O QUE DISSE! REPETE SE FOR CAPAZ... Quem é você pra chegar na casa dos outros e dizer essas coisas? Você não é nada. NADA! Ouviu? NADA! AGORA SOME DE MINHA FRENTE SUA GAROTA INSIGNIFICANTE.

Soltou meu braço bruscamente e eu gemi de dor com a mão no local.

                     André Alencar

Quando abri meus olhos, Julia não se encontrava mais em meus braços. Sentei na cama rapidamente. Merda, eu nem percebi que havia dormindo novamente. Agora cadê ela?! Levantei rápido saindo do quarto. Caminhei apressadamente entre aquele corredor descendo a escada, enquanto fechava os botões de minha camisa. Segui até o sofá quando vi a cabeça de Karen.

- Cadê ela? – Perguntei direto e Karen largou o celular pra mim encarar com a testa franzida.

- Ela quem?

- Não se faça de cínica, Karen. As únicas pessoas que estava aqui era eu, ela e você. Meu avô havia saído pra resolver o aposento.

- Eu não estou entendendo. No caso, você está falando de sua mãe, não é? Putz, eu sempre esqueço que você não tem. Até ontem. – Sorriu debochada.

- Cadê a Julia, Karen? – Peguei seus ombros apertando irritado.

- Aí garoto. – Ela se afastou e eu bufei.

- É minha última vez que pergunto. Cadê ela?

- É eu que irei saber sobre sua namoradinha? Me poupe né, André. Não sou guarda costas de ninguém, e não irá ser ela que irei ser.

- Você é insuportável!

- Você também é. – Ela sorriu irônica voltando a mexer no celular. Bufei saindo da sala. Caminhei até a porta e abri sentido ela um pouco travada. Olhei pra ver o que era e vi a pulseira de Julia ali, atrapalhado eu abrir a porta. Peguei em mãos e depois olhei Karen. Cínica! Bati aporta com força quando passei, e pude ouvir ela dizer “quebra” do lado de lá. Meus pés guiaram até Tino que estava passando pano no carro.

- Tino. – Chamei e ele se virou pra mim.

- Sim?

- A Julia passou por aqui?

- Sim, ela saiu correndo da casa, chorando. Ofereci pra leva-la pra casa mas ela não aceitou.

- Merda! – Passei a mão no rosto. Um dia eu ainda mato a Karen! – E Alicia?

- Pra casa. Ela saiu cedo dizendo que tinha um plantão pra fazer, e tinha que passar em casa primeiro.

- Ela saiu como? – Perguntei.

- Ela parecia um pouco abatida e por vezes a peguei chorando baixo.

- Está bem. Obrigado. – Ele concordou e eu voltei a caminhar pra dentro de casa. Pouco mim lixava se Alicia havia chorado ou não. Eu só pensava o quanto queria enganar Karen agora!


Notas Finais


Bom, eu não tenho muito o que falar aqui, então byeeeee. Só falta um favorito pra completar 50 😻😻😻😻😻😻🎉🎉🎉 Eu amo vocês demais, e espero que tenha gostado do capitulo 😊


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