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História Unlike Dream - Lágrimas & Lágrimas


Escrita por: Princesa_Fefeh

Notas do Autor


Oi, amores, voltei até mais cedo.
Capítulo de hoje muito especial para o rumo da história.
Preparadas? Recomendo. Mas vocês vão gostar.
Obrigada é claro pelos comentários lindos e criativos( kkkk). Segue a leitura.
🙆📃🙌

Capítulo 6 - Lágrimas & Lágrimas


Fanfic / Fanfiction Unlike Dream - Lágrimas & Lágrimas

Alguns dias se passaram e estava com um Austin confiante ao meu lado. Era o dia do meu primeiro ultrassom. Não imaginava que estaria tão nervosa. A enfermeira nos indicou o quarto do exame e avisou que o doutor Carter já estava a caminho.

Eu tive que trocar de roupa em uma cabine ao entrar e vestir uma espécie de camisola de algodão fino cor-de-rosa.

Se não fosse meu imenso medo de ficar sozinha, eu teria dito que sim quando Austin me perguntou se eu preferia que ele esperasse do lado de fora durante a consulta. Seria um ultrassom transvaginal, ainda estava na nona semana e o exame externo somente é permitido após a décima primeira. Eu estaria com o corpo à mostra para determinadas partes quando o procedimento se iniciasse. Essa falta de intimidade entre nós dois não me importava no momento, a ideia de ter alguém comigo era bom. Tranquilizante.

— Alls, calma. Ei, vai dar tudo certo. - ele estava sentado em uma cadeira ao lado da cabeceira.

— E se os batimentos cardíacos tiverem com problemas? Qualquer problema? Ele é tão indefeso, Austin.

— Ele tem seu DNA, Ally, ele vai estar saudável.

— Você promete?

Sorri pelo meu desespero.

— Eu prometo.

— Desculpem minha demora. Então, animados? - o doutor entra.

A mesma enfermeira ruivinha simpática de instantes atrás se aproxima de mim. Ela ajusta a máquina sofisticada para as imagens em 3D e sorri confortante.

— Vejo que temos uma mamãe de primeira viagem, calma, querida, você precisa estar relaxada, tudo bem?

Assinto e o loiro segura minha mão.

— Ouviu? Vai ficar tudo bem, não sou só eu que acho. É uma opinião especializada agora que te diz.

— O papai está certo. Você tem muita sorte de ter um companheiro como esse. - ela diz enquanto termina de encaixar meus pés nos estribos no final do colchão da cama.

— Temos tudo para começar. A Lucy já te informou que será internamente dessa vez, não é? - concordo com a cabeça. — Mas não se preocupe, só sentirá uma pequena pressão da varinha na área.

Eu sabia disso, isso significava que haveria um instrumento metálico dentro do meu órgão sensível, o que já era um motivo para me deixar tensa. Agradecia por ter uma cortina de separação.

Imagens surgiram e um som que roubou todos meus pensamentos ecoava forte pela sala.

— É ele? - pergunta meu marido postiço. Parecia feliz, eu não tive tempo para confirmar, estava ocupada demais chorando e com os olhos fixos na tela.

— Ou ela. - retruco.

— Desejos diferentes, eu suponho. - o homem de barba sorri calmo para nossa divergência. — Mas independente do sexo, é sim, essa criança é forte e com o comprimento ideal para o tempo de gestação. Vocês conseguem enxergá-lo? Bem aqui, olha.

— Sim. Ele é tão lindo. Parece uma ervilha. Mas é a ervilha mais linda que eu vi na vida.

— Nosso bebê, pequena.

Sorrio para ele entre lágrimas. Era a primeira vez que ele tinha se referido a meu tico de gente como "nosso". Me surpreendi, mas não deixei de ficar encantada.

— Os batimentos estão perfeitos também. Parabéns, mamãe. Você terá um lindo bebê se continuar com todos os cuidados.

O breve exame se finaliza infelizmente. Eu passaria o dia aqui se permitissem. Existe uma vida dentro de mim e a sensação de ter aquele contato era maravilhosa.

— Você não vai parar de ver, não é? - olhava para as fotos em 3D pelo meu celular desde que elas foram disponibilizadas na saída. Além das quatro cópias impressas digitalizadas que Austin levava.

— Não. Em três semanas farei outro ultrassom e poderemos ver com sorte o sexo do bebê, Aus. Isso não é incrível?

Estava quase a saltitar. Andávamos agora pelo estacionamento do hospital.

— É incrível, maluquinha. Agora entra antes que seja atropelada.

Ele me põe praticamente no banco do carona antes que eu tenha tempo de fazer qualquer coisa. Eu estava alienada, mas radiante.

...

— O sorvete ajudou?

Já era noite e vejo Austin descer pela escada atrás do sofá. Dou mais uma colherada na minha delícia gelada. Tive uma tarde difícil.

— Sim, e muito.

— Bom! Eu vou pedi a Maria para sempre deixar comprado sorvete de limão pra você. - ele levanta minhas pernas para se sentar, as pondo sobre seu colo.

— Obrigada, eu não aguento mais ficar enjoada.

— Os três primeiros meses que são os mais difíceis, não é? Logo logo passa, Ally.

Sorrio. Ele estava determinado a entrar nesse universo de ser um bom pai. Austin tinha cópias de todas as minhas revistas de gravidez e não duvidava que tinha novas compradas.

Ele começa uma massagem gostosa nos meus pés e eu me concentro no meu pote de sorvete. Combinação melhor não existia, eu me sentia relaxada.

— Alls?

— Eu.- respondo sem muita atenção.

— Você sabe que ontem quando eu disse... nosso bebê é porque eu já me considero pai desse moleque, não é?

— Eu sei, ontem eu fiquei meio surpresa, apesar de feliz, mas agora eu sei que sim. Não era coisa só de marido postiço, você está se demonstrando um futuro pai incrível, Aus.

— Eu sei, e é o que eu pretendo ser... O pai. Ally...

Era impressão minha ou ele estava tentando me dizer algo?

—... E o verdadeiro pai desse bebê?

Não. Não era só impressão.

— O que tem o Fred? - digo, me sentando e me afastando dele.

— Não foge da pergunta, Ally. Você entendeu muito bem o que eu quis dizer.

— Entendi. Fred Rodriguez está morto e sepultado bem longe daqui. Você é o verdadeiro pai, Austin, sabe disso.

— Você não acha que ele precisa pelo menos saber? Ele tem direito.

— Você está defendendo um cara que nem conhece? - digo irritada. Perplexa. — Ele se aproveitou de mim, eu estava bêbada naquela noite, Austin, e com certeza ele não se preocupou com a camisinha.

— Os dois foram irresponsáveis, Ally. - afirma sério.

— O que você quer? – levanto. — Contar a verdade? Eu estou perdida, Austin, se descobrirem que eu não estou esperando um filho seu. - por que Austin resolveu defender esse cara?

— Eu não estou dizendo para contarmos aos nossos pais, eu andei pesquisando sobre ele na internet...

— Você o quê?

— Ally, se ele tem um sobrenome importante e empresa mais importante ainda não é difícil de achar. E ele tem. Podemos falar primeiro só com o Fred...

— E se ele quiser ser o pai, você se livra do dever que tem sob mim.

— Não foi o que eu disse.

— Mas é o que parece.

— Para de ser ridícula. Eu só estou tentando resolver as coisas como uma pessoa adulta.

— Ridícula? - minha mente parou nessa parte. — Eu sou uma boa pessoa. Sempre fui. Eu era inteligente, mas não era feia na escola. Eu sempre fui tímida, mas não esquisita. Por que é tão fácil nos filmes? Elas sempre conseguem atenção e protagonismo. Por que eu não?

— Ally...

Eu jogava as palavras no ar, perdendo todo ele dos pulmões. Já sem fôlego, eu continuei, sentindo meus olhos arderem.

— O Fred era tão lindo, tão perfeito, tão fora dos meus sonhos e eu consegui o que eu queria. Sua atenção. Sua prioridade. Meu primeiro homem na vida.

Lágrimas quentes deslizavam no meu rosto, eu estava trêmula, eu estava com raiva.

— Ele sabe, Austin. Ele foi o primeiro a saber desde que eu descobri apavorada sobre minha gravidez.

— Ele sabe? Ally...

— Para. Eu não quero sua pena. Ele disse com todas as letras que eu estava sendo uma interesseira como todas as outras. Que eu escolhi aquela noite de caso pensado! Que eu pensei em ter minha primeira vez com ele de caso pensado!

Um vaso vai de encontro a parede e grito agudo em seguida.

— Estúpido! Eu sou uma estúpida! - outro objeto de vidro não identificado é arremessado. — Eu deixei um canalha me iludir e pra quê? Para terminar grávida e abandonada! - outro vaso, agora na porta. Minha mente me xingava de fracassada e meu corpo tenso queria extravasar o ódio guardado. Meu peito doía.

— Ei, ei. Calma. - seus braços me seguravam por trás e eu me debatia para me livrar deles.

— Me larga, Austin! Me solta! - mais gritos e me agito veemente. — A culpa é minha por tudo isso estar acontecendo. Eu odeio me senti assim! Carente! Todo mundo que eu gosto me abandona, por quê? O Fred não agiria diferente. Eu me odeio!

— Eu preciso que se concentre em mim, ok? Você está tendo uma crise nervosa, um ataque de pânico, Alls. Eu preciso que tenha calma e me escute.

— Eu não quero! Ele não presta, Austin! Não presta!

— Shh. Foco em mim. Lembre-se do bebê, Alls. Ele fica mal junto com você.

Suas palavras me acertaram por completo. Meu bebê.

Caio em seus braços sem forças. Chorava sem controle.

— Isso. Foco em mim. - ele me tinha perto de si no chão da sala. — Foco em mim.

— Eu acho que não consigo respirar. - confesso quase em um sussurro, soluçando.

— Tudo bem, só me segue.- fazia imitá-lo, e logo regula minha respiração com a dele. — Melhor?

Assinto.

— Eu quebrei suas coisas, Aus. Elas parecem ter sido tão caras.

— Eu quero que elas se danem, Ally, eu tô preocupado é com você no momento.

Sorrio triste.

— Preocupado? Eu não preciso de preocupação. Sabe onde minha mãe estava na minha graduação do colegial? - ele balança a cabeça que não. — Indo viajar. Todos os pais estavam lá, menos ela. Foi assim sempre. Meus assuntos nunca eram urgentes ou os mais importantes. Não é a primeira vez também que tenho um ataque.

— Não? - minha vez de negar.

— O primeiro foi no meu aniversário de oito anos, eu estava em casa sozinha e não com a Dona Gloria, nossa vizinha de corredor, como de costume, porque mamãe me prometeu que sairíamos para jantar todos juntos. Meus pais sempre estavam ocupados. Aquele dia não foi diferente. – relembro triste e um soluço me escapa — Eu me arrumei, esperei, eles não chegaram. Eu não vi nenhum deles o dia todo, porque eles saíam cedo para o trabalho. Choveu sem parar aquela tarde e à noite a cidade ficou apagada.

— Ally... – voltava a chorar.

— Foi horrível, Aus. Eu fiquei chorando no meu quarto agarrada ao travesseiro até dormir. Eu fiquei tão assustada, eu não conseguia me mexer.. A sensação de solidão, de ficar abandonada no escuro... Quando tem blackout... É como se eu voltasse a pior noite da minha vida, mas cada vez é sempre a pior delas. Eu não sou a mais feliz no dia do meu aniversário e sofro de escotofobia, fobia de escuro ainda na fase adulta, até hoje.

— Eu não sabia, Alls. Eu não imaginava que era tão sério.

— Eu já me acostumei.

— Não precisa mais. Você podia ter me contado.

— Você ia me achar louca. Eu estava me controlando, eu tomo comprimidos para ansiedade desde que o trauma gerou ataques de pânico em mim. Mas parei por conta da gravidez.

— Foi indicada a isso?

— Não. - seco as lágrimas silenciosas. Tinha certeza que meu nariz estava vermelho. — Esse tipo de medicação é sempre recomendada a evitar nesse período, Aus, eu sei disso. Eu não quero fazer mal ao meu bebê.

— Princesa, eu admiro isso, mas eu garanto que tem um jeito. Não deve fazer bem ao bebê também se abalar com sua fragilidade nessas horas. Você não tem culpa de não se controlar.

— Mas...

— Vamos fazer assim, por hoje esquecemos esse assunto, Ok? Você precisa descansar. Eu vou te levar para o quarto. Depois pedimos uma avaliação médica.

— Ok. - Austin se levanta e estende a mão, trazendo o meu corpo para o seu em um abraço acolhedor enquanto me guiava para o andar de cima.

...

— Promete deixar uma luz acesa? Eu já evoluir muito, mas hoje eu não...

— Dorme tranquila, não vai acontecer nada, eu prometo. Eu não saio hoje do seu lado nem por um decreto.

Eu poderia insistir para ficar sozinha, já tinha enfrentado muitas vezes o pós-ataque sem ninguém e ficado bem, eu realmente estava acostumada. Mas a capacidade inexplicável que ele tinha de me deixar senti segura só com ele... Gostava de me senti especial.


— Boa noite, Austin.

— Boa noite, Alls.


Notas Finais


Intenso? Sim.
Surpresas? Sim.
E quem quer matar o Fred? Se alguém não falar sim... Tchau.
Enfim, amores, capítulo mais difícil de fazer ( pesquisei muito sobre) , mas o que mais amei escrever também. Tava com a ideia desde que comecei a escrever a fic, então, leitoras fantasmas eu acho bom vocês se manifestarem... Porque eu mereço. Kkkkkkkkkk. Brincadeira a parte, eu quero opiniões sinceras de Everybody, ok, guys?
Bjinhos e antes que eu vá embora....
AVISO MEGA HIPER SUPER URGENTE ...
Better Together 2 voltou? Sim, voltou. Quem ainda não sabe, não conferiu... Corre lá pra ver. Massss não é isso que vim comunicar...
Miga ( Little) , melhor autora, está com uma história nova. Ela é nova, saída do forno, mas está sendo postada em uma já existente aqui no spirit, por Little é claro, por isso não receberam notificação, até quem já acompanhava como euzinha. Então estou divulgando aqui para não deixarem de ler. ( Eu sou demais, né?? Ela nem sabe que estou fazendo isso... Kkk) Conto com vocês lá, princesinhas??

https://spiritfanfics.com/historia/deliciosa-paixao-7830767

E é isso... 👋👋
Bjinhos e até mais.
😘😘👸


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