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História (Un)Lucky Girl - Not that easy


Escrita por: Lady_Dragon

Notas do Autor


Olá meus amiguinhos e fantasmas camaradas! Tudo bem? Tudo bom? Blz?

Espero que sim! Peço perdão pela demora, mas tive problemas pessoais pesadíssimos, o capitulo precisava de uma finalização, mas só agora tive paciência! Obrigada pelo carinho, comentário e favoritos.

Espero que gostem! Boa leitura!

Capítulo 12 - Not that easy


Fanfic / Fanfiction (Un)Lucky Girl - Not that easy



O dia estava totalmente nublado, a chuva caia forte junto com o granizo, os meteorologistas disseram que com aquela total queda de temperatura a neve poderia chegar nessa madrugada. Poucas pessoas se aventuravam naquela tempestade, o começo do final de semana estava caótico para aqueles que fizeram planos para se divertir.  O que não era o caso daqueles dois jovens que tiveram uma péssima noite, nenhum deles conseguiu dormir direito, principalmente a menina que tinha o rosto e olhos inchados por ter chorado durante aquela madrugada, impossibilitando que o sono viesse. Eram seis da manhã e Jungkook – que raramente saia da cama antes das onze – já estava de pé inquieto andando de um lado para o outro em seu quarto, sentia-se preocupado com o fato de Yerim não tê-lo respondido desde ontem depois que a deixou em casa, mas ela logo respondeu perguntando se poderia “esconder-se” – o termo utilizado por ela – em sua casa naquele fim de semana, claramente disse que sim, então, ali estavam eles dormindo juntos. Demorou um tempo até que ele conseguisse faze - lá dormir, toda vez que pegava no sono, acordava assustada, mas quando finalmente relaxou em seus braços ambos acabaram vencidos pelo cansaço.

                                                                                                                 Dia anterior...

- Você sabe que as garotas estão comentando não é? – Meena dizia terminando de secar as mãos na toalha. – Bom, ele é mais velho e elas não deixam passar um cara bonito.

- Ah eu não me importo com os comentários...

 Discutiam sobre a grande atenção que Jungkook havia chamado em seu colégio, aquelas garotas passavam pela sala de Yeri a todo o momento apenas para vê-lo, davam sorrisos bobos e cochichavam, logo depois saiam correndo. Até mesmo ali suas colegas sussurravam perguntando-se quem era o rapaz que a acompanhava, mas ao invés de perguntarem para a própria menina, preferiam tentar disfarçar, o que estava sendo ridículo. Ela suspirou de maneira cansada ouvindo mais uma vez aquelas palavras, lindo e oppana mesma frase, bateu a bandeja com força em um dos balcões improvisados a assustando até mesmo Meena que a encarou.

- Querem, por favor, para de fofocar, é apenas um garoto! – Ela disse irritada jogando os fios teimosos para trás.

-Quem é ele Yerim? – Perguntou uma delas escondendo-se atrás da cortina esverdeada, apontou rapidamente para o rapaz que conversava com outras garotas que se aproximavam. – Vocês parecem muito próximos... São irmãos? Nos apresente ele Yeri!

 Meena soltou uma gargalhada do outro lado recebendo um olhar reprovador da amiga que estava muito se controlando, seu maior desejo naquele momento era bater em cada uma daquelas assanhadas com a bandeja.  Negava para si mesma que não estava com ciúmes, mas claramente era mentira.  Tantas garotas o rodeando que era impossível não se irritar. Tirou o avental e o jogou no balcão bufando, saiu apressada daquele lugar antes que tivesse um surto, agora entendia aquele sentimento do rapaz quando dizia que não queria dividi - lá com ninguém. Caminhou até o banheiro feminino do lado de fora já que o interno estava interditado de pessoas, respirou fundo e lavou o rosto, ciúmes não era um sentimento muito bom, Jungkook não ajudara nenhum pouco dando corda para elas, esmigalhou aquele papel toalha os transformando em vários pedacinhos, fez um bico com os lábios sabendo que teria que limpar aquela sujeira, mas fora a única maneira de tirar aquela pequena raiva que sentia, riu fraco e saiu ajeitando o vestido amarelado.

- Não saia correndo desse jeito, me assustou. – Yeri se agarrou a maçaneta da porta e levou a outra mão sobre o peito, tinha certeza que seu coração parou por alguns instantes. Jungkook riu desencostando daquele pequeno muro. – Esta devendo alguma coisa?

- Pelos céus garoto! – Resmungou lhe dando um empurrão enquanto voltavam a andar. – Não faz mais isso...

- Desculpe, é que você me assustou ao sair daquele jeito. – Ajeitou a touca alaranjada caminhando ao seu lado. – Tudo bem?

- Tudo ótimo Rei Jungkook.  – Ele a encarou sem entender, então continuou. - Suas súditas sabem onde vossa majestade esta?

 Parou de andar começando a rir apoiando a mão sobre os joelhos, Yeri bateu o pé no chão virando em sua direção, ele chorava de tanto rir até tentou se controlar, mas não conseguiu.

- Você é insuportável... – Ela balançava a cabeça de maneira negativa. – Ainda fala com todas elas, T-O-D-A-S!

- Não acredito que está com ciúmes! – Passou a manga da blusa sobre o rosto respirando fundo sentindo a barriga doer, a viu revirar os olhos e voltar a caminhar. – Aah, espera, eu queria muito tirar uma foto dessa sua carinha ciumenta!

- O inferno... é o lugar que eu queria que você estivesse agora.

 Ela ouviu sua risada mais uma vez e teve vontade de socá-lo, mas a única coisa que fez fora ser arrastada por ele de repente para dentro daquele pequeno deposito de matérias de educação física. Yeri jogou uma bola de basquete em sua direção e correu para o fundo na tentativa de ser afastar, conhecia bem demais aquele garoto, viu a caixa transparente ao seu lado cheia de bolinhas de ping-pong e jogou em sua direção mais uma vez lhe acertando a testa.

- Pode ficar ai, você não vai fazer isso! – Ela ria, mas era de nervoso, lhe lançava mais daquelas pequenas bolas de plástico que batiam em suas mãos em modo de defesa.

- Eu nem fiz nada... Ainda! – Disse se aproximando com aquele sorriso malicioso nos lábios, agarrou sua cintura rapidamente quando ela tentara passar correndo por si. - Você não tem pra onde ir! - Ela balançou as pernas e bateu em seu braço, mas não conseguiu se soltar, riu daquelas tentativas e enfim a colocou contra a parede prensando seus braços acima da cabeça a impedindo de lhe dar mais tapas. – Tudo isso por causa de algumas meninas?

O encarou com aquele olhar sério e tentou se soltar, mas fora outra tentativa falha.

- No PLURAL! – Ele tentou beija - lá, mas virou o rosto para o lado oposto. – Você pode ter ciúmes e eu não? Com a escola toda atrás de você...

 Soltou uma risada anasalada e atacou seu pescoço exposto deixando aquela marca avermelhada que ela tanto detestava,e não errou, ela o xingou e tentou soltar-se, mas seu corpo fora pressionado contra a parede mais uma vez, Jungkook tirou toda a distancia que havia entre eles deixando seu rosto próximo ao dela.

-Quem são elas perto de você, hm? – Soltou seus pulsos para entrelaçar seus dedos, sussurrou ali próximo ao seu rosto distribuindo beijos sobre sua bochecha, ela finalmente o encarou desviando o olhar para seus lábios logo depois para o lado.

- São mais altas, mais bonitas...

- Blá blá blá! – A interrompeu. – Acha mesmo que isso é importante? – Ela pensou em responder mais fora interrompida por seu beijo, soltou um baixo resmungo por sempre ser vencida pelas aquelas atitudes do mais velho.

- Estou falando sério Jungkook. – Afastou-se um pouco soltando um suspiro curto. – Você é mais velho... O certo séria ter alguém... Sabe, mais experiente...

Ele viu aquela expressão cabisbaixa da menina, entendia o que queria dizer, mas sinceramente, ele não queria alguém “experiente”, não precisava daquilo. O que achava mais importante era aquele sentimento que ela o fazia sentir. Ser especial, sentir-se ser importante e necessário.  Segurou em sua cintura a erguendo de repente fazendo que suas pernas ficassem arredor de seu corpo, ela se assustou apoiando as mãos em seu ombro,  ele sorriu e deixou as mãos “escorregarem” até suas coxas apertando-as levemente, aquilo a deixou com o rosto vermelho de vergonha o fazendo rir.

-Ninguém nasce sabendo, não preciso de nada além dessa sua carinha envergonhada com tudo que faço. – Ele riu mais uma vez ao vê-la esconder o rosto em seu ombro. Simplesmente adorável. – Mas se quiser aprender... Algumas coisas, estou totalmente disponível

- Sua mãe sabe o quanto você é pervertido? – Ele negou a beijando novamente.

- Ficamos sem nos ver quase uma semana e claramente não posso fazer isso com você lá em cima, te causaria problemas. – Disse enquanto a colocava sobre aquela mesa azulada cheia de caixas, segurou em seu rosto beijando-a de forma lenta dando pequenas mordidas em seus lábios. – Gosto de você e desse seu jeitinho meigo de ser, mas se me acha muito pervertido... Então eu paro.

Falou afastando-se recebendo aquele olhar reprovador e um sorriso sarcástico dela que o puxou pela jaqueta o chamando de manipulador. Não iria negar que adorava fazer aquele tipo de coisa era divertido demais, mas em nenhuma circunstancia passava dos limites. Por mais que ela permita tais brincadeiras e até mesmo certos toques, ela ainda era muito nova e não queria forçar nada fora do tempo, sabia que Yeri confiava nele e por isso cedia tão fácil a suas manhas e tinha que ter muito mais cuidado. Até porque ninguém é de ferro.

 Saíram do deposito olhando bem para os dois lados certificando-se que não haveria ninguém por perto, caminharam de volta para o prédio principal aos empurrões porque Jungkook ainda estava rindo do ciúme de Yeri.  Eles pararam de repente em frente ao prédio onde vários alunos e convidados estavam se aglomerando, diversas folhas impressas estavam espalhadas pela escadaria e no chão, a menina se agachou para pegar uma delas e sentiu seu corpo inteiro congelar, o coração palpitou forte e o desespero a dominou por completado. Ela saiu correndo para dentro do colégio assustando mais uma vez o rapaz que não entendeu o que havia acontecido, acabou ficando para trás, pois aquela multidão não o deixava passar, soltou os ombros em desistência e em fim pegou aquela folha totalmente pisoteada.

- Mas que merda... – Ele sussurrou para si mesmo amassando o papel com raiva.

 Quando Yeri finalmente passara por todas as aquelas pessoas, correu em direção de Meena que era acuada por vários pais furiosos e incrédulos. Eles a empurraram contra os armários apontando o dedo em sua face, a xingando de diversos nomes e a amaldiçoando, ela os empurrou com toda a força e ficou em frente à amiga que já estava aos prantos.

- FIQUEM LONGE DELA! – Gritou furiosa sentindo as mãos da outra segurarem em sua roupa escondendo-se amedrontada quando um daqueles homens se aproximou a empurrando com força.

- É isso que esse colégio ensina? – Jogou o papel em seu rosto. – Duas garotas se beijando livremente, influenciando a cabeça inocentes de nossos filhos!Nojentas, repugnantes, aberrações!  Onde está a punição nesse colégio imundo!?

- Vocês não tem direito algum de nos julgar dessa maneira!

- Cale a boca sua maldita!

 Aquele homem erguera a mão e deferiu um tapa tão forte em seu rosto que ela perdeu o equilíbrio no mesmo instante, tentou apoiar-se naqueles armários, mas sentia-se tonta e fraca ajoelhando no chão, as mãos de Meena seguravam seu ombro preocupada.

- Yeri!? – Chamou. – Por favor, fala comigo!

- Vocês merecem uma surra para terem educação e

 Ele foi calado com um soco de Jungkook que estava furioso e ameaçou a avançar novamente para cima dele, mas parou quando uma mulher de terno bateu nos armários chamando a atenção de todos erguendo outra copia daquele papel.

- Todos vocês, serão levados a minha sala e depois para delegacia! – Seu tom era autoritário e firme. – Agrediram duas das minhas alunas, DENTRO DA MINHA ESCOLA! Essa imagem é falsa! – Os cochichos começaram enquanto os seguranças do colégio levavam aqueles pais descontrolados. – Foram vitimas de mais uma peça! E vocês as desrespeitaram, agrediram e difamaram... Não são melhores que ninguém... – Disse baixo para aquele homem que tinha sangue escorrendo pelo nariz. – A policia está vindo e todos aqueles monstros que vi perderem o controle serão punidos, os demais, vão para casa... A-G-O-R-A!

Aquele era o poder de uma diretora, a mulher não tirou o olhar ameaçador no rosto em nenhum momento, olhava atentamente todas aquelas pessoas que saiam e eram levadas a sua sala. Aproximou-se devagar daqueles jovens que estavam no chão preocupados com a menina que tinha o rosto completamente vermelho.

- Yerim... – Chamou de maneira suave. – Me perdoe criança... Eu estava tentando achar essas copias a semana toda. – Acariciou seus cabelos e depois olhou para Jungkook que ainda estava irritado. – Rapaz, por favor, leve-a para casa, não a quero aqui. Meena eu liguei para sua mãe, ela está vindo.

- Como sabia das copias? – Yeri perguntou se levantando com a ajuda do rapaz.

- A sala da segurança foi vandalizada e as fitas das câmeras estragadas, nosso faxineiro noturno identificou Jennie saindo com dois rapazes da sala dos professores com caixas cheias de papeis... Isso tudo no final de semana, eu tentei encontrar, mas... Sinto muito!

 Yeri não disse mais nada, apenas acenou com a cabeça quando a mulher perguntou se poderia responder por elas e abrir um boletim de ocorrência contra aqueles pais. Esperou alguns minutos até que a mãe de Meena chegasse, ela tentou consola-la, mas a menina apenas abaixou a cabeça e fora embora.  Nenhuma palavra, expressão, absolutamente nada durante todo o percurso de volta para a casa de Yeri. Jungkook respeitou aquele silêncio, mas estava preocupado, seu rosto ainda tinha a marca dos dedos daquele canalha e parecia doer, ele depositou um breve beijo ali em sua bochecha e acariciou seus cabelos, ela deu um curto sorriso e suspirou de forma pesada encostando a cabeça em seu ombro.
 Seu celular tocava de maneira insistente, mas ela não se deu ao trabalho de olhar quem poderia ser, sentia-se mal, o corpo e a cabeça doíam de forma, não acreditava no que havia acontecido, no tamanho da ignorância do povo e sem contar que aquilo tudo tinha sido armado pela Jennie. Yeri sabia de onde era aquela imagem, agora estava espalhada pela escola e provavelmente nas redes sociais, nada escapava daquela rede de comentários agressivos e ódio gratuito. Sexta-feira era o dia que seus pais chegavam mais cedo em casa, por isso não fez questão de prestar a atenção no carro estacionado na garagem, ela dispensou o rapaz que lhe dizia de maneira insistente que ficasse com ela até que se sentisse bem, mas o que realmente queria é trancar-se no quarto e não falar ou ouvir alguém. Ele aceitou e partiu. Porem, sossego e paz não foi o que encontrou dentro de casa.
 Nem chegou a tirar os sapatos direito e seu braço fora puxado com violência até a sala onde seu pai e Sooyoung estavam sentados, o homem parecia decepcionado e cansado, e sua irmã, bem, estava sempre com aquela expressão de superior. Erin, sua mãe largou seu braço ali no meio e de repente lhe deu um tapa jogando uma foto em seu rosto. Ninguém ali se mexeu, ou ao menos respirou, tudo estava silêncio e tenso, Yeri olhou para a fotografia no chão e fechou os punhos reconhecendo a mesma imagem que fora impressa e espalhada no colégio, mas aquilo, era a original. Ela sabia, sabia que não deveria ter duvidado de seus instintos, Joy nunca quis ajuda - lá em nada, apenas estava armando um plano para humilhá-la ainda mais.

“Então isso foi pela minha pele e não a sua...”

Lembro-se do dia que Joy havia empurrado ela e Meena para debaixo da arquibancada alegando estar as “ajudando”. Grande mentirosa! Disse mentalmente encarando a irmã que estava de braços cruzados naquele sofá, tinha se escondido e tirando uma foto dela e da amiga de propósito e usou aquilo para como desculpa para não ser pega.  Humilhação, difamação, Meena não precisava passar por aquilo mais uma vez, porem,em uma escala muito maior do que o ódio do próprio pai por sua opção sexual. Yeri estava passando pela mesma coisa, mas nem ao menos havia dito algo, foi forçada aquilo. E parecia que seus pais também não sabiam lidar com a liberdade de amar alguém. Sooyoung soube os manipular mais uma vez.

Sua mãe não sabia controlar o volume de sua voz, dizia que era isso o que rebeldes sem causa faziam, sentia vergonha de ver algo daquele tipo acontecer em sua família, fazer sua filha ser humilhada na frente do colégio. Aquilo havia sido inacreditável. Yeri finalmente a encarou e a confrontou.

- Eu a humilhei? Você tem certeza? – A mulher abriu os lábios para responder, mas Yeri não permitiu. – Ela me bateu, me chutou, quebrou minhas coisas na frente de todos, mexeu no meu quarto, espalhou historias de mim no colégio... E eu difamei a família, porque você viu uma foto minha com uma garota.

- Não jogue toda a culpa nas costas da Sooyoung, o erro foi seu! – Disse seu pai finalmente se erguendo.

- O que eu errei? – Perguntou encarando cada uma das pessoas ali e eles não responderam de imediato. – O colégio todo tinha copia dessa foto e ela te mostra à original e o erro é meu... – Deu as costas indo em direção a escada, mas parou e os encarou outra vez. – Você me agrediu e mais uma vez preferiu escuta - lá... Irene sempre teve razão! Vocês só queriam alguém para tapar o vazio que sentiam...

 Ela subiu correndo para o quarto ignorando qualquer chamando deles, trancou-se lá e recusou-se a sair. Seu desespero era grande, o peito estava apertado, o rosto doía e as lagrimas escorriam, ela tirou uma foto de seu rosto guardando aquela imagem dolorosa que transmitia rejeição e desilusão. Desligou-se do mundo, tapou os ouvidos, deixou o celular de lado e chorou na cama encolhida, a única coisa que queria naquele momento era morrer.  Doía, tudo aquilo doía demais dentro dela.

No andar de baixo Erin atendera ao telefone que não parava de tocar, pensou em dispensar quem fosse, porem surpreendeu-se ao ouvir a diretora do colégio, dizendo que tudo estava resolvido e que os pais dos alunos que agrediram e acuaram Yerim já haviam sido indiciados. A mulher paralisou e não soube responder.

- Bom senhora Park, sinto muito pelo ocorrido, mas esse evento infelizmente aconteceu, Yerim sofre diariamente esse tipo de ataques das colegas de sua outra filha. – Sua voz saia um pouco cansada, mas dizia claramente que tudo não passava de um grande erro. –A imagem das duas meninas foi manipulada, mas alguns pais não quiseram ouvir e perderam o controle... Yerim é uma menina muito gentil e não merecia isso, nem Meena para dizer a verdade, a garota Jennie, bem, deixei uma grande mancha em seu histórico depois desse episodio lamentável. Desculpe incomoda - lá, mande abraços a sua filha.


Vergonha, raiva, culpa. Nenhuma desculpa seria boa o bastante para aqueles pais darem a menina que recusou-se a atender seus chamados. Aquele pai ainda sentia nojo, não aceitava aquilo mesmo que seja mentira, descaso com alguém que a aceitara em sua casa. Erin, não sabia mais o que fazer, quando confrontou Joy, ela havia sido muito convincente ao dizer que encontrara a foto em seu armário e que seus colegas estavam a menosprezando por ter uma pessoa como Yeri em sua família. As coisas não estavam indo muito bem, ninguém mais sabia quem estava certo ou errado, a mãe queria ainda acreditar que sua filha não seria capaz de tais crueldades, mas também deveria proteger aquela que estava visivelmente vulnerável.

 Sentia-se em um buraco sem fim, onde tudo era frio, úmido, feio e isolado, um lugar que onde não importa o que faça, está errado, porque ela está errada, suas escolhas são erradas, ninguém mais se importa com o que sente, o que quer falar. VOCÊ ESTÁ ERRADA!

NOJENTA, REPUGNANTE, ABERRAÇÃO, NÃO NÃO NÃO! ISSO É ERRADO!
NUNCA SERÁ FELIZ!


 As lagrimas no travesseiro, a noite mal dormida, as razões de que sua vida era horrível são tão fortes que a tiravam o sono, ela só queria que aquela dor passasse...

                                                                                                                                Sábado...

 A tempestade havia passado, mas ainda garoava do lado de fora, a menina ainda dormia de maneira profunda, resmungava algumas coisas incoerentes e choramingava, o rapaz ficou ali ao seu lado na cama acariciando seu rosto que tinha a coloração levemente azulada onde o tapa fora deferido. Ficou irritado ao lembrar daquela cena. Suspirou rapidamente beijando o topo de sua testa, ela aconchegou-se ainda mais em seus braços escondendo parcialmente o rosto em seu peito, riu fraco tirando alguns fios que caiam perto dos olhos.
Ela a protege a qualquer custo...” Pensou consigo mesmo referindo a como Yeri se importava com Meena.

- Mas quem vai proteger você? – Sussurrou mais para si mesmo, virou o rosto em direção da porta que fora aberta lentamente revelando a silhueta de sua mãe. A mulher sorriu brevemente se aproximando. –Tudo bem?

- Eu ia fazer essa pergunta. – Falou em voz baixa. – São quase onze horas, não acha melhor ela comer um pouco?  - Disse tocando suavemente sobre a testa da menor que se remexeu ao sentir os dedos frios da mulher. – Acho que está com um pouco de febre...

- Pois é... O dia não foi muito agradável. – Ele se levantou da melhor maneira para não acordá-la, abraçou rapidamente a mãe que voltou a sorrir. – Depois eu a chamo, está cansada.

 Ela acenou com a cabeça e o acompanhou até a cozinha, não sentia fome, na verdade seus pensamentos não passavam nem perto de comida e sim na preocupação que tinha com a menina que estava extremamente abalada. Soltou os ombros de maneira pesada e puxou a cadeira para se sentar, mas ele quase caiu quando seu cão passara com toda a velocidade entre ele movimentando a mobilha, resmungou vendo-o correr em direção ao seu quarto.

- Ele foi mais rápido que eu... – Resmungou seu irmão fechando a porta do quintal de trás.

 Seu cão parecia sentir o cheiro de Yeri à distância, desde manhã estava choramingando e arranhando a porta para que alguém o deixasse entrar. Como havia deduzido, ele a acordara, podia ouvir os risos e os latinos animados. Queria que ela tivesse dormindo mais um pouco, mas pelo menos acordara de rindo.  Não demorou muito para que aparecesse no batente da porta tendo Thor correndo entre suas pernas, mexia nos cabelos bagunçados e tentava manter os olhos abertos, tinha olheiras e seu rosto estava mais pálido que o normal.  Sentou-se na cadeira ao lado de Jungkook que bagunçou ainda mais os seus fios de cabelo.

-Não... – Resmungou o empurrando.

- Deixa a menina Jungkook! – Sua mãe lançou o pano de prato em seu rosto.  – Seus amigos ligaram perguntaram se você vai ao shopping com eles mais tarde.

- Pensei que tinha sido proibido de ir até lá. – Yeri disse agradecendo o copo de suco que recebera da mulher.

-Sim, por isso trocaram. – Riu fraco. – Eles vão um pouco mais longe hoje, o natal está chegando e estamos comprando a lista de presentes.

-Que por acaso querido você vai comprar a minha hoje! – Ele fez uma careta de desgosto sabendo que suas listas sempre são maiores a cada ano que passa. – Não faça essa cara, Yeri pode te ajudar.

- Posso sim, gosto de ver as lojas... – Sentiu a mão dele sobre sua testa. – Ei!

- Você está com febre, não vai a lugar nenhum!

- Estou bem! – Bateu de leve em sua mão. – Pare de ser mandão!


 Eles começaram uma briga entre quem era mais teimoso e com certeza não teria um vencedor, a mulher ria do tamanho da infantilidade de ambos, Jungkook parecia ter voltando a ter dez anos de idade.  Duas crianças birrentas brigando para ver quem conseguia ser mais chato. O lado bom de tudo aquilo era que nunca ficavam bravos por muito tempo, Yeri tinha o dom de soltar as coisas que a perturbavam rapidamente, sorria minutos depois e estava se divertindo, mas ele notou que hoje, aquilo estava diferente, tinha um sorriso, mas era triste e sumia rapidamente... Estava magoada e o rapaz não sabia o que fazer.

 Depois de algum tempo desistindo da idéia de deixa - lá sozinha com sua mãe, caminhavam lentamente pelo shopping parando em algumas lojas, procuravam todos os itens que estavam na lista, sapatos, brinquedos, jóias, roupas.  A funcionaria de uma das lojas tentou convencê-los que aquele modelo de camiseta era único e que havia diferença entre as cores “azul da fazenda” e “Azul céu” ainda completou dizendo:

- Homens não sabem diferenciar as cores!

Yeri lançou um olhar para ele e negou com a cabeça dizendo claramente que nem ela sabia a diferença entre as duas cores idênticas. Acabaram não levando nenhuma das duas. Foram de encontro a Hoseok e Namjoon que discutiam arduamente sobre qual jogo valia mais a pena levar, um era de dança outro de guerra, a conclusão final foi que os dois jogos foram comprados. Qual foi a necessidade da calorosa discussão? Nenhuma.
 Caminharam um bom tempo de loja em loja a procura dos presentes, a hora passava rápido demais quando se estava distraído com alguma coisa, menos para os rapazes que ficavam naquelas filas gigantescas. O problema de ser ir ao shopping dias antes do natal. Yeri mantinha-se em silencio apenas observando e acompanhando os demais, sentia o cansaço a alcançar cada vez mais rápido, os olhos ardiam, o nariz coçava de maneira irritante, sem contar a dor de cabeça que estava tendo. Ela se sentou em uma daquelas mesas da praça de alimentação esperando os outros voltarem o almoço, se bem, que todos aqueles aromas estavam lhe causando náuseas, então não sentia fome.  O dia anterior ainda a assombrava saiu de casa sem ao menos dar satisfação aos seus pais – o que ela não considerava mais chamá-los daquela maneira. –a agressão havia afetado muito seu emocional e também o mental, não gostava de sentir aquele ódio que ardia fortemente em seu peito, mas também tinha a tristeza que tentava fazê-la voltar para dentro do quarto e nunca mais sair. Porque sentia-se tão envergonhada? Não, aquilo não era vergonha... Sentia-se humilhada e invadida.  Ela foi culpada de tudo, mais uma vez. Meena estava bem, sua mãe agora se dispunha a fazer tudo o que for possível pela menina, o tio começou a pagar o tratamento depois que seu pai saiu de casa rejeitando fazer qualquer coisa para uma “pessoa como ela”. Repugnante! Pensou ela.
 Assustou-se quando sentiu alguém tocar em seu ombro rapidamente chamando sua atenção. Era um homem alto de cabelos escuros, tinha o casaco jogado por cima do ombro, às mangas curtas da camiseta mostravam as tatuagens que quase sumiam com toda a pele de seu braço. Ele sorriu de maneira amigável e sentou-se a sua frente sem ao menos pedir permissão, a menina encolheu os ombros um pouco assustada com o tamanho a imponência que aquele homem transmitia, ele deixou o celular sobre a mesa e logo apoiou as mãos entrelaçando os dedos.

- Tudo bem? – Perguntou de maneira suave, ela desviou o olhar como se procurasse alguém. – Seus amigos logo estarão aqui, não se preocupe Yerim.

 Dessa vez ela o encarou assustada, como sabia seu nome? Seu coração batia de forma acelerada deixando o medo surgir em seu rosto, ele soltou uma risada analasada mordendo o lábio inferior.

- Está apavorada... – Ele estendeu a mão sobre a mesa vendo a se encolher ainda mais. – Não vou te machucar, tenho certeza que alguém já falou de mim para você. – Pegou rapidamente sua mão tremula a apertando rapidamente. – Jay Park!

 Yeri puxou a mão de volta agora realmente aterrorizada. O que ele estava fazendo ali? Como não quer machuca - lá, mas chega de maneira sorrateira e ainda manda dois dos seus homens atrás dela.

- O-o que quer? – Sua voz quase não saiu de tão baixa que estava Jay sorriu sincero encostando-se no encosto da cadeira.

- Ela fala, que gracinha. – Brincou de forma irônica. – Queria conhecer você, não me parece ser uma menina má... Já te disseram que é muito bonita? Parece até uma boneca.  – A garota abaixou a cabeça ainda sem entender. – Escuta... Eu sei que dois caras mexeram com você e a namorada do Taehyung, aquela Irene...Nunca quis nada comigo, ela é tão incrível...

- Não fale dela nesse tom!

 Yeri o encarou de maneira séria o que o fez sorrir mais uma vez, apontou rapidamente para ela e depois desviou o olhar para onde estavam Namjoon e Hoseok.

- Gostei de você, é parecida com ela. – Riu. – Mas o fato é que eu não tenho nada haver com o que eles fizeram, não tenho motivo algum para perturbar o pessoal do Namjoon. Tenho certeza que já fizeram minha caveira para você, mas vim pessoalmente pedir desculpa por aquilo, eles são apenas paus-mandados, sem vontade própria.

- Não entendi. – Ela soltou os ombros aproximando-se da mesa. – Porque eles fizeram isso?

- Olha você tem uma doçura invejável.  – Disse sem responder a pergunta, ele mais uma vez desviou o olhar para a direção dos rapazes que naquele instante se cruzou com o de Namjoon que fechou o cenho rapidamente. - Opa, o monstrinho me viu. – Sorriu de maneira sarcástica voltando à atenção para Yeri. –Você provocou alguém próximo, e parece que ela criou um ódio profundo e isso não é legal.

- Quem? – Ele mexeu no celular e estendeu para si. Yeri não soube o que dizer ao ver aquela foto dele abraçado com uma garota. – Jennie!?

- A delinqüentezinha é minha irmã, e ela não gosta nenhum pouco de você, não sei por que e não gosto disso. – Guardou o celular no bolso e se levantou. – Ela está muito irritada agora que teve um problema no colégio e com a policia, os caras seguiram a ordem dela para te perturbar, acho melhor ficar ligada a partir de hoje.

 Disse de maneira rápida dando as costas para si, saiu andando entre a multidão, Yeri pode vem Namjoon passar por si de maneira rápida atrás daquele homem que sumiu naquele mar de compradores desesperados, ela ficou ali imóvel sem saber o que fazer até entender que Jennie estava provocando tudo aquilo. Hoseok e Jungkook ficaram ali a enchendo de perguntas sobre o que tinha acontecido ou se ele havia a ameaçado, mas Yeri não conseguia colocar os próprios pensamentos em ordem.

- Amor... – Sussurrou Jungkook segurando em seu rosto. – Você está pálida e ardendo em febre...

- Ele não fez nada. – Disse finalmente. – A irmã dele que mandou os caras atrás de mim... E foi ela que fez tudo àquilo no colégio... – Parou de falar tentando respirar, estava passando muito mal. – Jennie está fazendo minha vida um inferno!

Soluçou de maneira forte perdendo o ar, as lagrimas caiam sem parar, aquela garota estava fazendo algo pior do que Joy já poderia ter pensado, elas poderiam estar juntas em tudo aquilo? Mas é claro! Ninguém mais saberia daquele momento que passou. Porque simplesmente não a deixam em paz de uma vez? Era isso que Yerim iria fazer acabar com tudo aquilo de uma vez, se Sooyoung a queria longe, ela tinha conseguido, sem contar que seus pais deixaram bem claro que não a aceitariam se fosse lésbica ou até mesmo se soubessem que era bissexual, e eles protegeriam sua filha em primeiro lugar.  Não havia amor ali, Irene sempre teve razão em dizer que era questão de tempo a verdadeira face deles surgir, queriam alguém para tapar aquele buraco vazio que o segundo filho morto ao nascer causou. Yeri tentou acreditar que não, mas talvez, bem lá no fundo, soubesse a triste verdade.
 Ela ainda estava mal, não conseguia manter-se de pé por muito tempo, suas pernas estavam fracas, a visão embaçava diversas vezes e a febre parecia estourar sua cabeça, vestia sua blusa e a jaqueta de Jungkook, seu corpo tremia violentamente de frio. Eles quiseram levá-la para o hospital, mas ao invés disso, ela quis ir para casa de Irene que estava preocupada há horas por não ter atendido suas ligações ou respondido suas mensagens. Parece que Erin ligou alarmadaa sua procurahá um bom tempo atrás, pois havia desaparecido de repente. Que morra de preocupação! Yeri pensou depois de ouvir aquilo.
A primeira coisa que vez quando viu a mais velha foi abraça - lá de maneira intensa, apensar de seu corpo estar sensível, Yeri precisava muito daquilo, chorou mais uma vez, desespero e tristeza.  Tomou um banho, vestiu suas roupas e agasalhos, deitando-se naquela sua grande cama de casal, Irene estava controlando sua fúria ao saber de tudo o que havia acontecido no dia anterior e pediu perdão por não ter a ajudado mais cedo, mas aquilo era o de menos, Yeri sabia que ela estaria ali a qualquer momento.

- Oh meu amor... – Irene acariciava seus cabelos enquanto a mantinha em seu colo. – Me perdoe... Estou tão brava!

- Você estava fazendo outra coisa unnie... Não se preocupe. – Deu um curto sorriso ao sentir um beijo em sua testa já começava a sentir-se sonolenta graças aos remédios que tomara.

- Eu vou resolver isso, ah mais eu vou! – Disse de maneira séria. –Erin teve um aviso, só que agora passou dos limites.

 A mulher ouviu um murmuro baixo e pode ver que havia dormido, sorriu de maneira gentil passando os dedos levemente sobre aquele hematoma, a ajeitou na cama e a cobriu saindo logo em seguida do quarto, desceu as escadas encontrar os garotos sentados na sala conversando sobre alguma coisa que parecia importante.

- Como ela está? – Perguntou Taehyung. – Parecia tão ruim...

- Dormiu, os remédios fizeram efeito. – Sentou-se ao seu lado recebendo uma caricia singela na perna. – Aquela maldita vai pagar por tudo o que fez com a Yerim!

- Bom, como estava dizendo, parece que a irmã do Jay está por trás de todos esses acontecimentos ruins. – Namjoon disse tirando a atenção do celular. – Desculpa, mas acho que não podemos fazer muita coisa, tocar na Jennie ou assustá-la é fora de cogitação.

-Ah não se preocupe, eu posso muito bem passar a cara dela no asfalto! – Os garotos ajeitaram-se incomodados, nunca viram Juhyun tão irritada daquela maneira. – Essa desgraçada é uma das amigas daquela “irmã” dela, as duas estão de complô, eu vou tirar Yeri daquela casa ainda hoje!

- Você pode fazer isso? – Jungkook perguntou curioso.

- Posso! – Levantou e caminhou até rack onde estava a TV e abriu uma das gavetas retirando uma pasta transparente, abriu e tirou aquelas folhas grampeadas. – Isso aqui é uma copia da adoção da Yerim. – Sentou-se ao lado do rapaz que pegou as olhas lendo rapidamente. – Geralmente, quando uma criança é adotada, ela tem direito a um tutor social, como poderia ser qualquer um que trabalhasse no orfanato, a diretora permitiu que eu fosse legalizada a ser a assistente social dela caso a adoção desse errado.

- Noona... – Começou Hoseok. – Você sempre faz tudo de caso pensado ou é só precaução?

- Entenda uma coisa Hobi. – Tae ajeitou-se no sofá. – Se eu e Yeri estivéssemos presos em uma ilha deserta pegando fogo onde elefantes assassinos com metralhadoras automáticas tentassem nos matar e a Irene só pudesse salvar um! Quem você acha que ela salvaria? Hm?  - Eles riram daquilo e a mulher apenas revirou os olhos. – Exato! Taehyung seria um átomo!

- Bom até eu salvaria Yeri. – Brincou Jungkook guardando as folhas novamente.

- Você é o gênio das piadas Kookie... Bravo!

  Riram da situação já que aquilo era verdade, Irene não desmentia o quanto se importava com a menina, mas também não precisavam exagerar daquela maneira. Eram mais dramáticos do que uma mulher. Depois de passarem mais um tempo conversando sobre Jay e seu pedido de desculpas e como poderiam ajudar a menina em relação às futuras e possíveis ameaças de Jennie, Irene pediu para que Jungkook ficasse com ela até que voltassem, ninguém os perturbaria, avisou para o porteiro que ninguém além dos nomes que dera poderia entrar, ela iria visitar um colega que a ajudou há um longo tempo, com certeza ele teria a solução dos seus problemas e esclareceria suas duvidas. Diante daquela situação, precisaria de um bom advogado que pudesse agir da maneira mais rápida possível, ela tinha provas os suficientes para indiciar os pais de Yerim por negligência, não conhecia tudo da Lei, mas sabia o suficiente para poder dizer que eles não cumpriram com as parte de priorizar o a proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais...” ¹

 Juhyun estava contando com que o oficial de justiça batesse na porta de Erin o ainda naquele dia, ela iria se arrepender profundamente de tudo o que fizera para Yeri. Desde os castigos desnecessários a recente agressão, a menina disse que era aquilo que Sooyoung queria, mas não via outra maneira de contornar a situação. Eles a magoaram profundamente, um ano morando naquela casa, a confiança que havia criado o amor, tudo tinha ido para os ares.  Não queria que ela tivesse passado por tudo aquilo, sabia muito bem a sensação de ser rejeitada, uma dor que não desejava nem para seu pior inimigo. Mas como Yeri sempre dizia:

“As coisas acontecem da maneira que precisa acontecer, sendo ruim ou bom, nada é por acaso...”

 Uma maneira interessante de se ver as coisas.

 Longe dali, caminhando pela fraca garoa Sooyoung estava pisando lentamente sobre o gramado molhado vendo a bota afundar um pouco, o parque não tinha muito movimento, as poucas pessoas que tinham procuravam abrigo caso a tempestade voltasse, suspirou rapidamente ajeitando o cachecol sobre o pescoço, acenou brevemente para a garota que se aproximava uma touca branca e jaqueta de couro escura.

- Jennie! – A menina limpou o rosto da garoa e deu um sorriso não muito animado. – Eu soube o que aconteceu... Você está bem?

- Estou, mas muito irritada, parece que alguém me denunciou. – Joy tinha uma expressão pensativa enquanto a ouvia. – Você disse que não poderia ter sido a Yerim, mas como saberia que fui eu?  Meu irmão está o capeta em forma de gente!

- Pois é, Yeri chegou em casa completamente acabada. – Riu fraco. - A diretora ligou ontem... Ela tentou desmentir a historia pros meus pais, mas não deu muito certo, pelo menos meu pai ainda acredita em mim, então só podemos concluir que a denuncia veio dela.

- Juro, que se eu ver a cara de qualquer uma delas... – A outra apoiou a mão em seu ombro a interrompendo.

- Não vai acontecer nada, seu irmão não vai atrapalhar a gente, agora você sabe o que aquela garota faz com a minha paciência todos os dias. A Lisa anda se esquivando de nos ajudar, ela é muito medrosa. – Começaram a andar para debaixo de um daqueles quiosques. - Yeri sumiu há horas, minha mãe está louca atrás dela, acho que deu certo, logo nossos problemas acabam.

- Vai ligar mesmo para a polícia? – Perguntou.

- Sim, assim eles ficarão ainda mais assustados e pelo que li, os termos de adoção são frágeis, se a família adotiva não seguir as regras perdem a guarda a criança.

 Jennie concordou com a cabeça, quando Joy decidia algo, era impossível tirar aquilo de sua cabeça. Estava com problemas em casa e também com o irmão, ele lhe deu uma bronca assustadora a deixando trancada no porão, disse que não deveria ter usados seus homens para assuntos fúteis e sem finalidade. Ficou ali do lado da colega que usava um celular diferente para fazer a ligação, tinha um pedaço de pano sobre a boca para abafar sua voz, fez uma denuncia anônima alegando ter ouvido uma discussão alta na vizinhança, uma briga, e hoje a mãe está procurando a filha, suspeita que tenha sofrido abusos. Sua amiga a encarava ainda sem acreditar que conseguia mentir tão bem daquela maneira, até mesmo ela poderia acreditar naquela historia se não soubesse da verdade.

 Algum tempo depois, elas foram embora, Sooyoung precisava pegar o ônibus para visitar Claire, teria uma consulta extra naquele fim de semana, não sabia o porquê, mas para não levantar suspeita decidiu não discutir. Jennie por outro lado apenas voltou para casa porque detestava aquele tempo chuvoso, detestava ainda mais o fato de ter que lidar com o escândalo que sua mãe iria fazer quando soubesse do que aquela diretoria fez, manchou seu histórico de uma tal maneira que será difícil alguma faculdade a aceitar sem pensar algumas dez vezes.  Chegou trancando a porta jogando sua mochila em qualquer canto da sala, estava a caminho de seu quarto quando foi impedida por alguém que segura seu pulso com extrema força a arrastando para o porão, quase caiu nas escadas por não conseguir manter-se de pé, seu corpo fora de encontro ao chão de cimento sujo, a luz amarelada foi acesa mostrando o rosto do irmão zangado.

- Jay!? – Ele fechou punho com força, estava claramente controlando sua raiva, então Jennie se calou imediatamente.

- Quem é aquela garota? E porque segue ordens dela hm? Por acaso te ensinei a ser líder ou só uma cadela que segue ordens!? – Seu tom estava alterado, a menina não respondeu de imediato, devia ter prestado mais atenção, sabia que seu irmão não iria descansar até saber o porquê de tudo aquilo. – A não ser que aquela menina, Yerim, tenha tocado em você! Você está proibida de chegar perto dela, me ouviu?

- Você não pode me proibir de nada! – Ela se levantou recebendo aquele olhar assustador. – Vou fazer o que eu quiser! Você fazia...

- CALA A BOCA! – A mão dele segurou seus braços com força a batendo contra o armário que havia ali. – Não se compare a mim! Se eu souber que tocou nela, ou obedeceu aquela garota de novo, eu juro Jennie, você vai desejar nunca ter me desobedecido!

 Ele a soltou e caminhou até as escadas, mas logo parou a encarando.

- Não desconte suas frustrações naquela pobre garota. – Riu baixo. – Ela é bonita e educada, alem de medrosa, não faria mal nem mesmo a uma barata... Sairia correndo dela.

 Jay subiu os degraus a deixando sozinha. Sentia ódio, porque seu irmão se importaria tanto com aquela garota, deveria apoiar - lá, quem ele queria enganar tentando ser uma “pessoa boa”. A prisão deve ter sido um verdadeiro inferno para que ele tenha voltado daquela maneira. Ela saiu do porão sentindo os braços e as costas doerem, passou rapidamente pelo quarto do outro que apenas a acompanhou com o olhar. Jay tinha muitos homens que o seguiam, e sabia que alguns deles a ajudariam sem pensar duas vezes, Yerim não seria poupada depois daquela maldita mancha em seu histórico e também pela breve passagem pela policia.  Jennie ficou no quarto, consumindo seu ódio, diferente de Joy que apenas quer se livrar da presença da órfã, ela queria lhe causar mais prejuízos, não pretendia deixa - lá em paz em momento algum, ninguém fazia algo contra si e saia impune.

 
 Eram quase cinco da tarde, mas por conta da tempestade que havia voltando parecia que já eram sete da noite. O vento forte uivava do lado de fora, batia nas janelas fazendo que elas se balançassem, acordando o rapaz que cochilara de repente depois de assistir dois filmes, notou que seu corpo estava coberto por uma manta lilás e logo depois viu que havia outro corpo ali ao seu lado. Sorriu de maneira boba ao ver aqueles fios de cabelo castanho caírem para fora do estofado, era a segunda vez naquele dia que ele e Yerim dormiam daquela forma. Ela se mexeu brevemente respirando fundo, espreguiço-se e deixou o braço cair sobre o pescoço do outro que riu.

- Porque está aqui embaixo? Vai ficar com dor no corpo dormindo assim. – Jungkook disse passando os dedos em sua bochecha, sua temperatura ainda estava elevada. – Ainda está com febre...

- Eu tive um pesadelo... – Ela apoiou-se no braço livre e ajeitou-se para encará-lo. -  E-eu queria saber se você tinha ido embora.

 Ele sorriu passando a mão em sua cabeça.

- Sonhou que eu tinha partido? – A menina timidamente acenou com a cabeça. Como ele queria ser mais resistente aquela garota, mas não conseguia, a puxou para si e ficou sobre ela. – Alguém já te disse o quanto é bonita?

 Aquele sorriso envergonhado surgiu em seus lábios, suas mãos quentes seguraram o seu rosto e logo apertaram sua bochecha.

- Um garoto meio besta que gosta de tirar fotos dos outros... Ele vive dizendo isso! – Jungkook riu fazendo um bico. – Eu não digo isso a ele, para que não fique se gabando, mas sabe, ele também é muito bonito, às vezes a única coisa que gosto de fazer é ficar o observando.

 Foi sua vez de sentir vergonha, o rosto esquentou tão rapidamente que arrancou uma risada baixa de Yeri, ninguém o elogiava assim, ninguém alem de sua mãe, algo tão sincero que o espantava. Ele gostava daquele jeito sincero e doce.
 A menina tentou evitar seus beijos, alegando que não queria que adoecesse também, mas ele nem ao menos se importou, disse que ela cuidaria dele.  Jungkook não sabia explicar como acabou se envolvendo tão rápido, por anos não se relacionou com ninguém pelo simples fato de não confiar mais, porem, Yeri, desde do primeiro dia mudou aquilo.  Era reservada, gentil, não tinha interesses ou segundas intenções com ele, seu jeito sério chamou sua atenção já que era o oposto daquilo. Talvez, fosse o fato de encontrar algo incomum com ela. Os sentimentos que não conseguia ou não queria demonstrar eram transformados em palavras, textos que o cativaram rapidamente dentro daquele teatro, mesmo não a conhecendo, ele sentiu o peso que carregava e aquilo fez com que quisesse se aproximar.

“A ansiedade me consome como se fosse um pesadelo. Cada minuto que escuto passar me enlouquece.  É ai que me afasto do mundo, meu quarto é outro universo, nada ali é perigoso, nada ali pode me magoar, nada além de mim mesma. Posso confiar em mim? Será que sou capaz de sobreviver mais um dia sem ter que ser punida por qualquer coisa?” (Capítulo 3 Butterfly)


 Ele se aproximou, mas demorou um tempo para entender aquele frio na barriga, a vontade incontrolável de conversar durante longos períodos e de abraça-lá sem avisos.  Quando finalmente percebeu que havia entrado mais uma vez naquele caminho sem volta, não lutou contra, seria estupidez.  Quando sentiria aquilo de novo? Tornaram-se tão próximos que aquilo era assustador, mas também incrível.

 Ela tinha uma postura séria, seu olhar era atento porem gentil, tinha o péssimo habito de colocar as vontades dos outros acima da própria, adorava o fato de ser curiosa, mas ao mesmo tempo era medrosa, sem contar que algumas vezes dizia coisas que bom... Era melhor ficar só em seus pensamentos. Não deixava de ser realmente engraçado.

 O rapaz parou o beijo de repente afastando-se um pouco sentando em cima de uma das pernas ajeitou os cabelos para trás recebendo um olhar assustado a menina que não entendeu o que havia acontecido, ele soltou os ombros e suspirou pesado.

- Desculpa... É que... Não quero passar dos limites. – A viu inclinar a cabeça levemente ainda sem entender muito bem. – Você é muito permissiva com as coisas que faço, sabe, você tem que me frear às vezes, mandar eu parar!

 Disse de uma forma irritada, porem mais consigo mesmo do que com a menina que apenas riu fraco.

- Eu não quero fazer isso. – Aquilo o chamou sua atenção, ela mexia brevemente na manga do moletom escuro e logo levantou o olhar para outro. – Confio em você ao ponto de não me importar com esses “limites”, gosto de quando você me toca...  – Aproximou-se dele dando um beijo demorado em sua bochecha. – É diferente, novo e... Eu gosto. – As palavras saíram sussurradas contra seus lábios o deixando ainda mais perdido.

- Yeri...

 O que ele iria falar? Não conseguia nem se lembrar do próprio nome naquele instante, seus pensamentos estavam se enforcando com aquelas atitudes inesperadas, a única coisa que estava clara ali era que tinha criado um pequeno monstro. Apenas notou que ela estava sobre si quando foi induzido a tirar seu moletom, o que acabou de vez com qualquer tentativa de autocontrole. O simples ato não teria sido nada, se não fosse o fato de que sua blusa de baixo era um cropped acinzentado que já mostrava demais aquele abdômen liso, ao levantar os braços para tirar a outra peça, ele pode ter uma visão quase completa de todas as suas curvas. Foi naquele instante que empacotou o autocontrole, a sanidade e o peso na consciência em um lindo embrulho escrito foda-se

 Segurou com firmeza em sua nuca a puxando para um beijo intenso e voraz, as línguas se entrelaçavam, os lábios eram sugados e maltratados com aquelas breves mordidas que ambos se davam. Ele bem tentou ser um bom rapaz, mas aquela pele clara e intocada precisava ser marcada de alguma maneira, então, deixou que sua mão livre passeasse pela cintura fina, cravando as unhas ali sem muita força, mas deixando belas trilhas avermelhadas, pode escuta - lá arfar com tal ato fazendo que sua ansiedade por mais ficasse cada vez maior. A deitou naquele sofá mais uma vez puxando seu corpo para próximo ao seu deixando-se perfeitamente encaixado entre suas pernas, sentiu os ombros serem segurados com certa força quando começou a deixar aquelas grandes marcas avermelhadas em seu pescoço, ela resmungou levemente irritada.

- Se não quer aqui...  – Disse passando os dedos sobre seu pescoço. - Farei em outro lugar!

  Abaixou brevemente a alça daquela blusa beijando e trilando caminhos pela sua clavícula, ouviu mais uma vez a menina suspirar de maneira pesada e soltar um gemido tímido quando não resistiu em massagear seus seios, ele sorriu satisfeito contra a pele quente de sua barriga que também não ficou livre de seus chupões, os dedos desceram as curvas de seu corpo e pararam sobre o elástico de sua calça, onde não se atreveu a sequer a pensar em tocar. A encarou por alguns instantes quando sentiu sua mão quente trocar-lhe o rosto, ela tinha sorriso tímido nos lábios, mas o rapaz se preocupou ao ver sua bochecha até a ponta de seu nariz vermelho, encostou sua testa a dela estalando a língua no céu da boca em forma de reprovação.

- Você está fervendo Yeri! – Ela fechou os olhos suspirando mais uma vez.

- Estou bem...

 Claramente não estava, Jungkook revirou os olhos e a puxou para que voltasse a se sentar corretamente, pegou o moletom que se encontrava no chão e a ajudou a se vestir, riu fraco quando ela resmungou algo e praticamente jogou-se sobre seu peito, a abraçou de forma gentil acariciando seus cabelos.

- Não tenha pressa... – Comentou bagunçando aqueles fios castanhos. – Quando melhorar, prometo não te soltar tão cedo.  – Sussurrou próximo ao seu rosto.

-Idiota!

 A voz dela saiu abafada por ainda esconder o rosto sobre seu peito o fazendo rir mais uma vez, acabaram se separando assustados com o barulho intenso de batidas na porta era tão violento que até cogitaram a hipótese que ver aquela porta cair.  Jungkook mandou que ficasse ali, o interfone tocava loucamente e as batidas na porta também se intensificavam, a menina deu um pulo do sofá quando reconheceu a voz da mulher que gritava do outro lado muito enfurecida.

-BAE JU HYUN! ABRA ESSA PORTA! DEVOLVA MINHA FILHA! – Yeri não entendia nada, sua mãe estava ali completamente molhada e furiosa, ficou assustada ao ver seu estado pelo olho mágico da porta. – DESGRAÇADA! SAIA DAÍ!

 Ela não podia xingar Irene daquela maneira, não havia feito nada alem de acolhe-la, mas tinha que ter pensando bem antes de sair de casa daquela maneira sem avisa - lá, fazia horas que não tinha feito nenhuma comunicação, seu celular continuava desligado. Yeri iria abrir a porta para pedir que sua mãe abaixasse o tom e fosse embora, Juhyun não tinha nada a ver com seu “desaparecimento”, mas quando segurou a maçaneta da porta foi impedida por Jungkook que negou em silencio a levando para sala mais uma vez.

- Era o porteiro, ele disse que sua mãe foi entrando e até o machucou para chegar aqui em cima. – Ela fechou os olhos balançando a cabeça sentindo-a doer. – Suba, ela está fora de controle, depois de ontem não vou deixa - lá encostar um dedo em você.

 Jungkook estava com a feição séria enquanto encarava o caminho até a porta de entrada onde o barulho continuava cada vez maior.

- Kookie ela vai acabar com a reputação da Juhyun, temos que para - lá, olha o escândalo que está fazendo...

 Parou de falar quando ouviu vozes altas discutindo no hall dos elevadores, o rapaz tentou segurar em seu braço, mas ela se soltou abrindo a porta com pressa.  Taehyung estava segurando Irene fortemente pelos braços evitando que agredisse Erin que era contida por outro homem que a menina não conhecia, alguns vizinhos estavam em suas portas incrédulos com aquela cena, Juhyun nunca lhe trouxe problemas ou escândalos daquele tipo, alguns tentavam acalmá-las, mas com certeza não séria algo fácil.  Erin olhou para porta encontrando os olhos assustados da menina, tentou soltar-se daquele homem de terno, mas não conseguiu, queria aproximar-se e Yerim e abraça - lá, Irene não podia ter escondido ela em sua casa.

- Eu sabia que estava aqui! – Disse em volta alterada e tremula. – Essa vagabunda quer te tirar de mim filha, venha!

- O QUE!? – Irene gritou. – Encosta um dedo nela e você vai ver o que

- Não sou sua filha. – Yeri a interrompeu. - Você nunca acreditou em mim, apenas me castigava e protegia a sua verdadeira filha, me agrediu, não ouviu o que eu tinha a dizer e ainda me discriminou pela minha possível sexualidade. – Sua voz estava embargada, queria chorar, o corpo começava a doer, a cabeça a queimar, fechou os punhos com força ainda a encarando. - Vocês apenas me usaram, queriam alguém para tapar o buraco de sua perda, eu amei vocês de verdade, mas depois de tudo, eu tentei, tentei acreditar que poderiam mudar e ver que Sooyoung não é o anjo que pensam, mas a verdade bateu na minha cara, duas vezes.

- Eu sei que errei, mas querida...

- Não tem mais, todos erramos somos humanos, mas vocês não acreditaram em mim! – Sentiu as mãos de Jungkook seus ombros a impedindo de avançar mais. – Irene sempre me protegeu, nunca me largou, ficou comigo quando eu cheguei naquele lugar assustador depois de ser abandonada pelos meus próprios pais! Não sou sua filha, você não é minha mãe e nunca mais vai me ver, porque eu não quero mais sofrer para que vocês sejam felizes.

 A mulher estava prestes a responder quando ouviram o som do elevador chegar ao andar, as portas se abriram relevando o porteiro que tinha as mãos tremulas ao lado dele dois policias, eles saíram e o senhor Shun apontou para a Erin informando que ela havia invadido o prédio sem permissão o agredindo. Ela tentou argumentar, mas o homem de terno pediu um momento antes que a levassem.

- Senhores, peço um momento, sou advogado da senhorita Ju hyun, vim aqui para documentar os relatos que ela havia me dado para um processo de assistência social, mas com tudo o que vi não preciso esperar mais. – Colocou a mão dentro do paletó e retirou um envelope amarelado. – Quero que entrem um mandado legal para que Erin Park não se aproxime mais de Kim Yerim por insuficiência de cuidados com os menores, agressão, humilhação, maus tratos. – A mulher o encarou incrédula, logo depois para Irene que já estava ao lado da menina que deixava as lagrimas caírem. – Sinto muito Senhora Park, mas Yerim não estava mais aos seus cuidados, até que tudo se resolva ela estará com a tutora legal, Bae Juhyun.


 Então seria assim. A vida já estava um caos, os problemas precisavam ser resolvidos de alguma maneira, Irene não permitiria que Yeri fosse humilhada novamente, agredida, nunca deveria ter a deixado ir a um ano atrás.  Erin foi levada a delegacia, o advogado compareceria depois, havia outro registro anônimo sobre uma possível discussão e agressão que foram ligadas aos relatos da menina e de Irene. O desejo obsessivo de Sooyoung estava feito, Yeri não moraria mais naquela casa e nunca mais se veriam, voltou a ser a filha única que sempre fora, mesmo a outra estando ali.


 Com febre, cansada, triste, Yeri poderia ter diversos motivos para não ser feliz e desistir de tudo, mas sabia que não poderia ser assim, desistir assim sendo que tinha amigos incríveis, Irene, Jungkook e seus outros colegas agora seriam sua verdadeira família. Ela não precisava mais de um pai ou uma mãe, a verdadeira família não precisa disso e sim de amor e proteção.

Um problema estava resolvido... Apenas um.


Notas Finais


¹ - Informação tirada do site do governo ( http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm)

Obrigada por chegarem até aqui <3
Digam o que acharam, fico feliz em saber a opinião de vocês!
Até mais!


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