História (Un)Lucky Girl - Happiness - Especial TaehyungxIrene

Como deixar uma pessoa irritada? Depende de quem estamos falando. Pode ser algo difícil ou fácil.  No nosso caso, Taehyung. É super fácil.

 Irene parou de chamar seu namorado para acompanha-la nas consultas com a médica. O motivo era claro. Não queria deixa-lo saber o sexo do bebê. O que por algo incrível, descobriu que na verdade eram dois. Eles estavam tão juntinhos no ultrassom que Irene chorou de emoção com Seulgi.

 A intenção dela não era tortura-lo, apenas fazer uma surpresa. Há semanas planejavam a festa, os balões, as comidas. Ele saberia o sexo deles quando abrisse a caixa cheia de balões. Porém, digamos que Taehyung não lida bem com segredos. E Irene sabia disso, por isso estava sendo divertido vê-lo arrancar os cabelos de stress.

- IRENE PELO AMOR DE DEUS! – Batia na porta do quarto sem descanso. – Me diz o que a doutora disse? É menino ou menina? AAAH

 Escorregou pela madeira até o chão. Ele já podia ser contratado com ator de drama. Irene abriu a porta colocando as mãos sobre a cintura

-Pare com essa cena Taehyung, vamos agir como adultos. – Ele a encarou fazendo um bico com lábios.

- Você não esta agindo como uma!

 Ela riu o puxando para cima.

- Eu não posso ficar abaixando para te alcançar Tae. – Beijou seu rosto acariciando sua bochecha. – Espere mais um pouco, amanhã iremos ao Namjoon e saberá.

- Não é justo. – Resmungou a abraçando. – Você já sabe, Yeri e Seulgi. Porque eu tenho que esperar?

- Porque eu gosto de ver você se contorcer tentando adivinhar.

- MALEVOLA!

  Apertou sem força as bochechas da mulher que riu. Já achava linda, agora, tinha certeza. A cada dia Taehyung apaixonava-se ainda mais por Irene. Com seu sorriso, o jeito autoritário, a maneira que ficava constrangida quando elogiava seu corpo.  Ambos estavam felizes, o apartamento sempre lotado com seus amigos, o ambiente mudo rapidamente. Era uma casa de família. A melhor parte de tudo para Taehyung era Yerim, ela brincava de chama-lo de Appa, e acostumou-se logo com a ideia dele mudar-se para lá.

 Aquilo enlouquecia Irene. Taehyung e Yeri eram verdadeiras crianças juntos. Ele gostava de correr atrás dela, e Yeri adorava ser rodada no ar. Se aquilo já trouxe hematomas? Mas é claro que sim. Estamos falando desses dois.  Havia uma foto nova no retrado perto da entrada, onde eles estavam sujos de tinta. Tirada por Wendy depois da guerra de rolos de pintura enquanto decoravam o novo quarto dos bebês. Que por acaso precisaria de mais um berço.

 Eles passaram por problemas, tristezas e perdas. Mas, estavam juntos agora, sem medo do futuro, divertindo-se como uma grande família.

                                                                                  Dia seguinte - Casa do Namjoon

 - Jin, você pode, por favor, me dar esses balões?

 Joy repetia aquela frase pela quarta vez naquele dia. Ele sorria de forma infantil com aqueles balões cor de rosa.

- Eles são lindos, deixa eu levar alguns pra casa!

- Ta bom Barbie Malibu, depois da festa você leva todos. – Revirou os olhos. – AGORA ME DÁ!

 Com medo entregou as bexigas presas em fitas brancas. Distante daqueles dois estava Hoseok e Jimin observando a cena.

- A Joy é um pouco...

- Agressiva? – Completou Hoseok.

- É

 Ela passou por eles bufando e balançando a cabeça. Yeri a viu e não entendeu.

- O que aconteceu?

- Deixa pra lá. – Jimin balançou os ombros.

- Ah, ta... Então, você pegaram o bolo e a caixa?

- Sim, a caixa está no quarto do Namjoon.

 Abriu sorriso doce e os agradeceu seguindo em direção à varanda.

- Essa menina é uma fofura! – Hoseok derretia-se toda vez que conversa com Yerim. – Queria aperta-la.

- Cara, cuidado. – Alertou Jimin. – A carta armadilha Jungkook é ativada quando esse nome é dito em campo.

- O que tem eu?

 Ambos se entreolharam e riram quando Jungkook passou pela porta entrando na sala. Era só falar do diabo que ele surgia. Viram a pequena criatura de longos cabelos loiros sair correndo em sua direção e pular sobre suas costas.

- Kookie! – Disse animada. – Você trouxe? Diz que trouxe? Não diz que esqueceu de novo? Cadê? Kookie!

- Oh furacão!! – Reclamou pro quase cair no chão, estendeu a mão entregando-lhe aquele caderno rosa.

- Hello Kitty! – Abraçou seu pescoço dando-lhe beijos no rosto. – Obrigada! Obrigadinha.

- Que isso gente... – Jimin disse com medo.

- Ela ama essa coisa. – Ele revirou os olhos segurando as pernas dela para que não caísse. – Tem até um edredom.

- Você só viu o edredom? – Joy perguntou entrando na sala com uma tigela de doces azuis e rosa colocando-o sobre a mesa posta no centro.

- CALA A BOCA JOY! – Yeri se precipitou em dizer. Mas é claro que pelo olhar travesso da irmã não ficaria calada.

- Ela tem uma calcinha da hello kitty!

- AAAH SOOYOUNG!

 Saltou para o chão com o rosto totalmente vermelho de vergonha, e saiu correndo atrás de Joy que ria alto. Elas correram pela casa inteira causando gargalhadas. Irene brigou e ameaçou se caíssem bateria nas duas.

 A casa estava repleta de balões rosa e azul, mesas decoradas com comidas de todos os tipos. Muitos amigos presentes divertindo-se com a música e do fato de Taehyung não parar quieto nem por um segundo. A ansiedade o consumia, chegou a subornar Yeri com uma coleção interia de bonecas da Hello Kitty, mas mesmo tentada, ela manteve-se calada.

 Comiam, dançavam e para nunca perderem o costume faziam apostas. E dessa vez a consequência era comer papinha de bebê com pimenta. Ter uma festa normal pra que quando você pode ver Yoongi e Wendy sofrerem as apostas? 

 Namjoon entrou na sala com uma grande caixa marrom, Taehyung fez todos rirem de chorar após levantar e ficar pulando atrás dele.

- Deixa eu abrir! – Dizia rapidamente. - SAI DA FRENTE NAMJOON PELO AMOR DE DEUS!

 - Irene vem segurar essa pulga! – Namjoon suplicou tentando o segurar.

- Taehyung, se controle, sua família está vendo essa vergonha. – Irene apontou para a mãe o pai dele que gravavam. – É só esperar o bolo e eu deixo você tirar a tampa.

- ALGUÉM TRAZ ESSE BENTIDO EM NOME DA MINHA SAÚDE! – Ele agarrou a beirada da mesa ajoelhando-se no chão. – Eu vou enfartar se esperar mais um pouco.

 Wendy e Seulgi entraram carregando o bolo coberto com fundi branco. Mas elas deram pequenos passos para frente como se entrasse em uma igreja, fazendo Taehyung abraçar a perna de Irene suplicando clemência.  Com o doce sobre a mesa, Irene ainda segurou a tampa.

- Respira, ou vai mesmo ter um infarto. – Ele acenou concordando e respirou pelo nariz e soltou pela boca. – Ótimo, pode abrir.

 Seu sorriso estava grande no rosto, colocou as mãos em cada lado da tampa e respirou fundo de novo.  Ao puxar houve uma pequena explosão de confetes azuis e rosa, duas bexigas subiram com as duas cores. Taehyung encarava as bexigas e depois Irene, fez isso mais algumas vezes a fazendo rir.

- Tae? – Ela chamou apertando-lhe o ombro. – Taehyung, você ta bem?

-Isso é o que estou pensado? – Segurou a mão dela próximo ao próprio peito. – Irene não brinca com meus sentimentos.

 Ele continuava a sorrir, não pode controlar a emoção, seu coração batia com intensidade até lhe dando falta de ar. Irene o abraçou, deitando a cabeça sobre seu peito, as mãos dele envolveram sua cintura e deixou um beijo em seus cabelos. 

- Já estava feliz com um, agora... Dois. – Escondia o rosto entre seus fios, estava chorando. – Eu sou a pessoa mais feliz desse mundo.

- Seu bobo. – Limpou o rastro das lagrimas com o guardanapo e selou seus lábios lentamente. – Você me faz a pessoa mais feliz do mundo.

- TAEHYUNG “PIKA” DE OUR-
 
 Yoongi foi brutalmente interrompido com dois brigadeiros enfiados goela abaixo por Wendy.

- Não estraga o momento!

 Eles riram. Mas ninguém ali sabia que Taehyung também tinha uma surpresa.  A segurou pela mão e a levou para frente da mesa, beijou sua testa.

- Eu não consigo pensar muito bem agora, porque ainda estou atordoado.  – Ele causou mais alguns risos. Colocou a mão no bolso de trás e a manteve fechada. – Mas a gente já pulou muitas etapas e então espero que essa seja a próxima.

  Quando ele ajoelhou foi à vez de Irene quase ter um infarto. Ela chorou no mesmo instante, não conseguia falar, ele ria de sua reação e a comoção naquela sala não a ajudava em nada. Sem exagero. Estavam todos enlouquecidos. Aquilo foi mais do que inesperado. Yeri, Wendy e Seulgi rodavam abraçadas dizendo coisas desconexas. A mãe de Taehyung repetia “Ai meu deus” tantas vezes para o marido que a qualquer momento o divino poderia surgir pela porta.

- Então Bae Juhyun... – Ele começou a vendo rir de nervoso. – Quer casar comigo?

 Irene mordeu o lábio inferior tentando controlar a si mesma e apenas acenou com a cabeça. Houve mais alguns gritos e comemorações dos amigos e parentes. Taehyung colocou aquele anel em seu dedo, beijo as costas da mão dela e sorriu.

- Não tem como fugir agora. – Irene brincou. Ele a beijou.

- Já não tinha antes, estou só confirmando que você não vai correr. – Abraçou-a com carinho passando os dedos sobre seus fios. – Você, os bebês e aquela mocinha ali – Olhou para Yeri que era amparada pelo namorado. – São minha família.

  A menina correu até eles quando Irene a chamou. Estava tão feliz, os abraçou com força.
 
“Não podemos escolher nossa família.” É o que diz o povo.  

 Mas, escolher quem vai fazer parte dela é possível. Irene e Yeri foram unidas pelo destino, um passado pesado e doloroso, mas que não eliminava as grandes chances de um futuro feliz, juntas. Não precisavam procurar amor em outras pessoas, quando fosse para acontecer, elas apareceriam.

 O sangue faz parentes. Mas o amor e a confiança cria a família.

Talvez os dias não fossem sempre alegres e divertidos, mas a vida é feita disso. Dias bons e ruins. Enquanto estivessem juntos, não importaria.

  Daqui não muito tempo teria duas crianças correndo pelo apartamento. Brinquedos espalhados, fraldas sujas para serem trocadas. Festas de aniversario mais complicadas para serem planejadas. Novas responsabilidades. Com certeza seria uma aventura para todos.

 Por enquanto, Irene deixava um pensamento correr em mente.

 Felizes para sempre!

 (Ou até alguém quebrar alguma coisa).