“Você está me levando lá, me levando lá
Nossos lábios mal se tocam
Então faça isso de novo, faça de novo.”
BODY ON ME — Rita Ora feat. Chris Brown
UM MÊS ANTES
DANÇAVA NO RITMO da música eletrônica que tocava naquele lugar. Era até irritante.
Resolvi dar uma pausa e ir até o bar encher a cara.
— Me dá qualquer coisa bem forte — resmungo no ouvido de James e ele revira os olhos.
— Você sabe que não pode, Nikko — ele resmunga de volta e foi atender outros.
— JAMES! — grito e ele olha pra mim. — Por favor, me dê alguma coisa forte — ele bufa e vira de costas pegando alguma coisa. — Eu não tomo whisky, sabe disso — bufo vendo o copo marrom.
— Não é whisky, idiota — ele empurra o copo pra mim e sai para atender um cara que estava a duas pessoas de mim.
Bebi aquilo como se fosse shot. E, definitivamente, era vodka.
— Tem alguém de olho em você — ele cospe as palavras na minha cara e sai rindo.
— Se foder você não quer, né — digo e ele sorri pra mim. Volto para a pista quando começa Faded.
(xxx)
Dancei e cantei até não aguentar mais. Quando estava pronta para sair da pista, alguém me puxa pela cintura e no fundo começa a tocar body on me. Canto junto com a música enquanto sinto o cara beijar meu pescoço.
— You’re taking me there, taking me there — sussurro e sou puxada até uma parede, onde sou beijada com força. Brinco com seus cabelos da nuca enquanto ele segura minha bunda, colocando sua perna no meio das minhas.
O movimento de sua perna me deixava excitada então levei minha mão para dentro de sua camiseta, depois escorregando para a calça. Ele ofegou e eu soltei uma risadinha, sentindo ele largar minha boca e ir para o meu pescoço. Ele gemeu alto no meu ouvido e eu segurei um gemido que estava rasgando minha garganta para sair.
Gemi alto quando gozei e ele baixinho em meu ouvido quando veio alguns segundos depois de mim. Me afastei e fui ao banheiro ver meu estrago.
Seu perfume estava impregnado na minha roupa e eu tinha certeza que conhecia aquele perfume.
Bufei quando vi o tamanho da fila do banheiro e desisti de ir lá. Senti meu celular vibrar no bolso da jaqueta e bufei de novo quando vi o nome.
— Não estou disponível para cobranças — é o que eu digo quando atendo.
— Aonde você tá? — Lewis pergunta e sua voz está meio grogue.
— No pub perto da oficina. Por que? — me afasto da pista para escutá-lo melhor.
— Eu e o Nico — soluço — brigamos — outro soluço. É só o que ele diz, mas consigo escutar seu choro baixo.
— Quantas você já bebeu, Lew? — pergunto e saio pelos fundos, onde ninguém irá me ver.
— Não sei. Duas garrafas de vodka, talvez? Ou menos — ele diz e eu passo a mão pelo rosto.
— Você tá aonde? — pergunto e ele soluça mais alto dessa vez.
— Na sua casa, eu acho. Pelo menos me parece a sua casa — bufo e vou para dentro, indo pegar minhas chaves com James.
— Me dá a chave. Lewis precisa de mim — digo a James e ele me entrega com uma feição de preocupado.
Saio pela porta da frente e quando estou quase no meu carro, esbarro em alguém.
— Desculpe — digo e seu cheiro se espalha, fazendo-me virar para trás para ver quem estava comigo lá dentro.
— Desculpe o caralho, olha por onde anda — ele diz e quando me olha na cara, seu rosto assume uma expressão de nojo. — Você é aquelazinha que acha que pode correr. Ridícula — ele diz e se vira, indo em direção a boate de novo.
Eu estou paralisada, a pessoa era Maverick Viñales, a pessoa que mais me odeia.
— Você deve estar maluca, é isso. Bebeu demais e está imaginando coisas — digo a mim mesma enquanto abro meu carro.
Dirijo para casa ainda com aqueles pensamentos me rondando. Eu fiquei mesmo com a pessoa que mais me odeia em todo o mundo?
— CHEGUEI! — gritei quando abri a porta de casa e vi uma mão levantada no meio de cobertas. Cobertas? — Você se cobriu? — pergunto chegando perto de Lewis e o tirando daquele sufoco.
— Eu fiquei com frio — ele diz e senta. — Espero não ter estragado nada — sento no sofá escutando seu resmungo e ele deita sua cabeça no meu colo.
— Não. Mas, tenho um segredo pra te contar — digo e mexo no seu pouco cabelo.
— Con… — ele arrota — ta — ele respira fundo junto comigo.
— Eu literalmente me esfreguei com o Maverick — ele se levanta e me olha espantado.
— Que Maverick? O que não gosta de você? — ele volta a deitar sua cabeça no meu colo e eu balanço a minha, não tendo certeza se ele me vê.
— Esse mesmo. Mas acho que ele não sabia que era eu — digo e suspiro, me preparando para a revelação. — Dude, eu amei o perfume dele.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.