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História Until Dawn - A Vida Continua - O Encontro em Samarra


Escrita por: NayronKPSilva

Notas do Autor


Oi, galera! Tudo bem com vocês?
Décimo sexto capítulo de nossa aventura.
Façamos nosso ritual padrão: acomodem-se, façam um lanche gostoso, coisa leve para não fazer mal à saúde e vamos nessa!
Comentem e deem sua opinião sobre o capítulo.

Capítulo 16 - O Encontro em Samarra


Fanfic / Fanfiction Until Dawn - A Vida Continua - O Encontro em Samarra

Ashley - 18:40

Logo após a revelação da mulher, ficamos paralisados. Por algum tempo ninguém disse uma palavra. A prima da Emily, que não lembro o nome, foi a primeira a falar.

-  Gente... Não precisamos ficar assim. É só uma charlatã, isso não acontecerá com ninguém aqui.

Ela não estava conosco, por isso não acreditaria na gente. Não posso culpa-la. Parte de mim quer acreditar que aquilo foi só um pesadelo, mas foi muito real.

- É... Bem provável que isso não passe de uma falsa profecia. – disse Chris coçando a cabeça.

Eu conhecia Chris melhor do que ninguém e sabia que ele estava assustado. Porém resolvi entrar no jogo dele. Falei que daqui a pouco a gente estaria rindo de tudo aquilo. Acho que eles entenderam a mensagem. Algum tempo depois, nos despedimos e fomos para casa. Chris veio comigo e ficamos naquele mesmo banco que ele se declarou para mim. Aquela situação, porém, era diferente. Chris não parava de limpar os óculos e coçar a cabeça nervosamente. Estávamos abraçados, mas não falávamos uma palavra. Eu fiquei pensando no que falar para ele. Lembrei- me de algo.

 - Chris!

Ele parecia não estar escutando.

- Chris! – Chamei com mais firmeza.

- Oi, Ash!

- Tem uma história que lembrei agora e quero te contar.

“Havia um mercador em Bagdá que enviou seu servo ao mercado para comprar provisões. Pouco depois o servo voltou, pálido e trêmulo, e disse:

– Mestre, agora mesmo, quando eu estava no mercado, fui empurrado por uma pessoa da multidão; quando me virei, vi que era a Morte que havia me empurrado. Ela olhou para mim e fez um gesto de ameaça; por favor, empreste-me seu cavalo e eu cavalgarei para o mais longe possível desta cidade e assim evitarei o meu destino. Irei para Samarra, e lá a Morte não me encontrará.

O mercador emprestou-lhe seu cavalo e o servidor montou, fincou as esporas nos flancos dele e se foi tão rápido quanto o cavalo podia galopar.

Então, o mercador desceu ao mercado, encontrou a Morte no meio da multidão e ela veio até mim. Então perguntei:

– Porque você fez um gesto de ameaça para meu servo, quando o viu esta manhã?

– Aquele não foi um gesto de ameaça. – respondeu a Morte -  Foi apenas um movimento de surpresa. Fiquei bastante espantada ao vê-lo em Bagdá, pois esta noite eu tinha um encontro marcado com ele em Samarra”.

 

Chris olhou para mim e disse com um sorriso amarelo:

- Essa era sua tentativa de me animar?

- Na verdade era...

- Você é péssima nisso, meu bem.- ele me abraçou com mais força.

- O que eu quero dizer é que... A gente deve viver nossa vida sem se importar com essa profecia. Acredito que ela pode acontecer, mas ela não precisa matar a gente por dentro. Talvez seja amanhã ou depois, daqui há um mês, um ano. Sei lá. – Saí do abraço dele e fiquei de frente para ele. Eu quero ter uma vida feliz com você. Independente do quanto ela dure.

Ele me abraçou novamente e chorou no meu ombro.

- Eu não quero perder você. Nem te deixar sozinha – disse Chris no meu ouvido.

- Eu estarei ao seu lado. Não importa o que aconteça.

O abraço de Chris era aconchegante e minha vontade era de nunca mais sair daqueles braços.

 

Sam - 18:45

Mike veio me deixar em casa. Não queria que minha mãe me visse daquela maneira: Com o rosto meio inchado e vermelho. Mike e eu não trocamos uma palavra durante o percurso. Ele apenas me olhava e parecia querer falar algo, mas desistia.

Cheguei na frente de casa, mas não conseguia sair do carro. Mike, também não me forçava a isso. Pareci que ele também não queria que eu saísse.

- Você poderia entrar, Mike? Não queria ficar sozinha.

Mike me deu um sorriso, abriu a porta do motorista, foi em direção a porta do carona e a abriu para mim, ofereceu-me o seu braço e não o neguei. Seguimos automaticamente e sentamos no sofá.

Ficamos nos olhando por um bom tempo. Os olhos de Mike eram doces. Da mesma maneira de quando ele cantou. Senti algo da parte dele naquele momento. Ele colocou uma mão no meu rosto e a outra no meu cabelo. Sua mão era macia. Eu já a tinha sentido antes, mas hoje é diferente...

- Isso é tão injusto... – disse Mike passando a mão no meu cabelo – Durante a canção, eu percebi o quanto eu gosto de você, mas ao mesmo tempo vi que eu não a merecia. Fiz muita coisa errada na vida e...

Deitei a cabeça dele no meu colo, suspirei fundo e comecei a falar, pois não podia perder aquela chance. Afinal... quanto tempo tínhamos.

- Não importa o quanto você tenha caído nas trevas, você teve força para se reerguer dela.  Você é um bom homem, Mike!

- Eu sou desprezível!

- Eu amo a sua voz. Só de ouvir alguma coisa que você diz, eu já sinto calor no meu coração. Eu amo os seus olhos. Normalmente, eles parecem brincalhões e descompromissados, mas quando você está sendo gentil com alguém, eu amo como eles amolecem. Eu amo suas mãos. Elas são macias, mas ao mesmo tempo são fortes. Eu gosto do jeito de você andar. Você fica olhando para ver se estou bem e se estou a seu lado te acompanhando.

Mike se levantou e perguntou;

- Por que você está dizendo isso?

- Por que você é meu herói, Mike. E por que eu amo você! E se você dizer dez coisas ruins sobre você direi cento e duas coisas que gosto em você.

Mike ficou sem palavras ou ação. Coloquei minhas mão em seu rosto

- Mike, o que você me diz? Quer tentar ser feliz ou para por causa de uma profecia infeliz?

Ele colocou a mão em minha cintura e se aproximou.

- Eu quero morrer tranquilamente, deitado na cama de mãos dadas com você, cercado pelos nossos filhos e dos nossos netos. E então dizer que minha vida foi tão feliz com todos vocês ao meu lado.

Então eu o beijei com todas as forças do meu ser. Com toda a intensidade que poderia ser possível. Nenhuma profecia ia tirar aquele momento de mim. A morte nos encontraria um dia, mas o caminho que percorreríamos até nos encontrarmos com ela, era outra questão.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Comentem o que acharam e perdoem qualquer erro.
Ps: Que música de fundo vocês escolheriam?


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