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História Until I Return - Comeback - OneShot


Escrita por: HEHartmann

Notas do Autor


Uma OneShot curta com uma história um pouco alternativa, mas que segue as bases do anime.

Boa leitura!

Capítulo 1 - Comeback - OneShot


Há alguns anos atrás a Quarta Guerra Mundial Ninja acabou, não sem antes deixar sequelas, sequelas estas que ainda se fazem presente no mundo ninja, mesmo com tratados de paz e alianças, ainda há desconfiança e omissão.

Gosto de acreditar que protejo o mundo ninja — quando consigo fazê-lo — fora da Aldeia da Folha, e que Naruto guarda-a pelo lado de dentro. Os cidadãos de Konoha nunca aceitariam um traidor como seu líder, um desertor, membro do amaldiçoado clã Uchiha.

Mesmo que Naruto e todos os antigos colegas de Konoha tivessem me perdoado, as pessoas da aldeia que não conheciam completamente a minha história e de meu clã olharam-me torto e com desdém, mesmo que só tenha permanecido na aldeia por três dias.

Quando retornei à Konoha alguns anos após minha abrupta partida ao final da Guerra, foi somente para defendê-la de um empecilho, já que, Naruto estava em missão bem longe da vila, no entanto não fiz questão alguma de ser notado por moradores locais. Naquela noite, somente Kakashi me viu, apenas por alguns segundos.

Após constatar que a aldeia estava segura — na medida do possível — continuei minha jornada.

Em minha jornada tinha como principal objetivo redimir-me de todos os meus crimes, procurei fazer o bem e ao mesmo tempo procurar pistas na dimensão de Kaguya, não achava que era o suficiente, mas sentia-me bem ao fazê-los.

Estava certo, afinal, pude em minha jornada, ver o mundo com outros olhos, agora já não mantinha mais o ódio em meu coração, tampouco o desejo de vingança para com todos.

Afirmo com toda a certeza, estava cego. Fui cegado pela minha vingança e pelo ódio até então presente em meu coração. O mundo já não parecia um lugar tão ruim para se estar, muito menos sem propósito.

Agora, libertado das correntes que colocavam vendas em meus olhos, pude ver claramente o mundo ninja, e ele era lindo. Com seus defeitos, claro, mas diversas pessoas andavam por ele de diversos tipos e em lugares diferentes. As coisas que vivenciei desde a minha partida foram totalmente diferentes de antes, eu finalmente conseguia respirar.

E aqui, ressalto o maior contribuinte dessas experiências, Naruto Uzumaki, meu melhor amigo. Antes de ser libertado de minhas vendas eu não estava vivo, somente existia de alguma forma.

Após muita deliberação, estou retornando à Konoha, minha terra natal, onde nasci e deveria morrer. Usualmente reporto minha missão ao Hokage por meio de um falcão com pergaminhos detalhados sobre a mesma, e recebo relatos de Naruto sobre o que tem acontecido na aldeia, pelo que me contou a alguns anos, as pessoas já não odiavam mais os Uchihas, ou o único Uchiha. Espalhou-se o boato de que Sasuke Uchiha havia defendido a aldeia do meteoro, decorrente do ataque de Toneri Otsutsuki. Quando abordado pelas pessoas sobre mim, O Hokage, Naruto Uzumaki, sempre dizia que eu era como o segundo Hokage de Konoha, e quem me difamasse ver-se-ia com ele. As pessoas acabaram aceitando com o tempo essa ideia.

 Mesmo que não ligasse muito para o que as pessoas pensavam, era quase um alívio saber que não seria mais encarado tão intensamente ao entrar na aldeia.

Naruto também me contou que o Distrito Uchiha tinha sido parcialmente reconstruído com a ajuda de alguns amigos, por que alguém faria isso? Uma parte de Konoha desperdiçada com alojamentos que ninguém se atreveria a entrar, mesmo que fossem novos. Agradeci, sinceramente.

Por que de minha volta a Konoha agora? Simples, apenas cansei de correr, — por incrível que pareça — tenho fugido por toda a minha vida, fugindo da realidade, prendendo-me em objetivos diretos e pretensões. Aquela parecia a hora de retornar.

Tinha me convencido de que estava retornando somente por mim e para mim, mas no fundo de meu coração, sabia que não era só isso. Todas as noites, não. A todo o momento, me perguntava se ela ainda me esperava, como disse que faria.

Por todo o País do Fogo e além, escutei relatos sobre a melhor médica do mundo que residia em Konoha e havia passado o nível de sua mestra. Em tavernas, estalagens, as pessoas não poupavam palavras para falar de Sakura Haruno, a integrante do time sete junto com o Hokage e o último Uchiha. Se havia alguma coisa da qual ela não precisava era de fama por associação, já que, seus feitos eram maravilhosos e alguns, nunca antes alcançados no campo da medicina.

Lembro-me de ter ativado o Sharingan de meu olho direito em uma taverna uma vez, por acidente, quando ouvi um homem grosso falar de Sakura com promiscuidade. Preferi deixar o lugar, ou a alternativa seria prendê-lo em um Genjutsu infinito, se continuasse ouvindo àquela porcaria.

Através do tempo fui criando certo apreço por minha companheira de time, à medida que sua fama estendia-se pelo continente. Peguei-me sorrindo levemente diversas vezes nas quais ouvi pessoas falando embasbacadas sobre a Haruno.

Após minha longa caminhada, encontrei-me em frente aos grandes portões da Aldeia da Folha, devo admitir, senti uma sensação nostálgica e certo frio na barriga, tal qual nunca senti antes.

Supus que eram nove horas e tanto da noite, calculando mentalmente o tempo desde minha partida até a chegada aos portões. Falaria com o Hokage para comunicar meu retorno e minha decisão.

Ao passar pelos grossos portões de madeira, não demorei a ser avistado pelos ninjas que faziam a segurança da entrada. Apenas lancei um olhar neutro para o lado em que se encontravam, observando suas reações estáticas, não me disseram uma palavra apenas acenaram positivamente com a cabeça, movimento o qual respondi igualmente.

De fato, ainda causava espanto nas pessoas, podia ver o medo estampado em seus olhos, mas agora tinha algo a mais. Reconhecimento talvez?

As ruas de Konoha estavam praticamente vazias, as poucas pessoas que por elas andavam olhavam-me com um olhar analítico, como se eu fosse matar alguém em frente a todos. Preferi ignorá-los e seguir meu caminho.

Ao chegar à torre do Hokage, percebi que esta tinha sido reformada desde a última vez que estive na aldeia. Sem mais delongas subi as escadas rumo à sala do Hokage, provavelmente Naruto ainda estaria sentado sobre uma pilha de papéis. Pude sentir seu chakra.

Bati levemente à porta duas vezes, até ouvir a permissão de Naruto para adentrar na sala. Ele sabia que eu estava vindo, poderia ter sentido meu chakra à quilômetros, mesmo assim fez uma cara de surpresa. Talvez pela aparência.

— Sasuke! — Naruto saiu rapidamente de sua pilha de papéis e caminhou até mim.

— Olá Naruto. — Dei-lhe um aceno de cabeça.

— A que devo sua ilustre presença? — Posso jurar que ouvi sarcasmo. De Naruto?

— Resolvi que coletei muitas pistas que não deram em nada. Decidi encerrar minha jornada finalmente.

— Vai ficar? — Disse-me um pouco espantado.

— Você me disse uma vez que o Distrito Uchiha havia sido reconstruído, posso ficar lá? — perguntei encarando seu olhar estático.

— Claro, afinal reconstruímos para você. Se retornasse um dia. — Naruto assumiu seu sorriso costumeiro.

— Obrigado. Preciso ir. — Lancei um olhar de gratidão e virei-me em direção à porta.

— Ela deve sair do hospital daqui a alguns minutos. — Ouvi a voz empolgada de Naruto atrás de mim. Murmurei um obrigado inaudível e saí da sala.

Saí do prédio e segui para o Hospital de Konoha, que não ficava muito longe dali. Senti frio, não sei se o vento de Konoha àquela hora da noite me incomodava ou era o nervosismo, o ar estava definitivamente diferente.

Ao aproximar-me do hospital consegui sentir o chakra de Sakura, e tive certeza de ocultar o meu da melhor maneira que pude. Ela ainda estava lá, com certeza. Encostei-me a uma árvore próxima à entrada do hospital e esperei enquanto milhões de pensamentos rodavam em minha cabeça. O que diria a ela? Realmente poderia pedir alguma coisa à Sakura? Qualquer que fosse?

Decidi por fim concentrar-me em seu chakra, falaria o que viesse à mente na hora. Alguns minutos passaram-se até que senti a assinatura de Sakura começar a se mover. Depois de alguns segundos ela parecia estar vindo para a saída.

Não podia fraquejar agora, iria dizer o que realmente me trouxe de volta a aldeia, só para ela. Enquanto esperava pela sua saída, uma coisa me ocorreu. E se Sakura estivesse casada? Não, Naruto teria me avisado.

Um pensamento realmente egoísta que comprometia a felicidade de Sakura. Eu não poderia estragar sua vida voltando repentinamente. Tratei de me livrar destes pensamentos e esperei pelo melhor.

A porta dupla de vidro abriu-se, e dela saiu com um ar um tanto abatido, Sakura. Seu cabelo estava um pouco maior do que me lembrava. Ela tinha crescido realmente. Ganhou feições adultas e seu corpo adquiriu várias curvas notórias.

Ela caminhou até ficar a uns cinco metros de onde eu estava, sem me ver. Assim que levantou seu olhar, seus olhos encontraram-se com os meus. Seu rosto adquiriu uma expressão de choque. Por alguns intermináveis segundos Sakura ficou parada, estática em minha frente. E eu não poderia estar mais travado.

— Sasuke-kun? — Indagou lentamente, um pouco tremula.

— Eu voltei, Sakura. — Declarei por fim.

— Por que agora? — Perguntou-me desviando o olhar e com certa amargura na voz.

— Decidi que era hora de encerrar minha jornada. — Respondi aguardando pelo pior.

— Bom. Seja bem-vindo de volta! — Disse com um sorriso um tanto forçado no rosto, a mágoa ainda fazia-se presente em sua voz.

— Eu voltei para reconstruir minha vida, ou o pouco que resta dela. Tenho fugido da realidade por muito tempo, já é hora de parar. — Ela pareceu um tanto surpresa com meu comentário. — Eu poderia simplesmente voltar a morar em Konoha e fazer missões, mas sinto que não estaria completo. — Mais uma vez Sakura pareceu surpresa com minhas palavras, em parte por nunca ter me ouvido falar tantas palavras em seguida.

— O que quer dizer? — Me perguntou um pouco receosa.

— Quero dizer que voltei pra casa, depois de tudo, e acima de tudo, por você. — Sakura endureceu no momento em que completei a frase, seus olhos estavam arregalados. — Eu não mereço o amor que sente por mim, se é que ainda o sente, eu só queria aceita-lo finalmente e desculpar-me por todo o mal que lhe causei, que não foi pouco. Eu não a mereço, já conclui isso há muito tempo, é por essa razão que demorei a voltar. Causei-lhe somente sofrimento e dor. — Sua expressão de surpresa não foi dissipada, mas deu espaço a um olhar de compaixão, terno.

— Eu já o perdoei há muito tempo. — Começou. — Você diz não merecer o amor que tenho para lhe oferecer, que ainda sinto, mas precisa dele. Você viveu toda a sua vida ao lado do ódio e da dor. — Foi minha vez de adotar uma expressão de surpresa, eu realmente estava estático, não mexia um músculo. — Deixe-me amá-lo.

— Casa comigo? — Questionei-a seriamente após alguns segundos processando o que ela havia acabado de me dizer. Sakura foi pega por um choque de emoções e percebi que continha suas lágrimas.

— Sim. — Respondeu por fim, com confiança e já não segurava as lágrimas que corriam livremente por suas bochechas rosadas. Não me demorei a mover-me até ela e toma-la em meus braços. Assim ficando por algum tempo o qual perdi a noção.

 

      A partir de agora eu reconstruiria a minha vida do zero, com Sakura.


Notas Finais


Obrigado por ler! Se possível deixe sua avaliação.

Até a próxima!


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