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História Until Your Last Breath - Liberte-se


Escrita por: Mrs-Joker

Notas do Autor


Olá amorzinhos, desculpa o atraso de dois dias. Minha viagem durou mais que o planejado. Então, assim que voltei estou escrevendo esse capítulo. Ele ficou maior para tentar compensar o atraso.
Espero que gostem. (Aviso: +16)

Capítulo 37 - Liberte-se


Fanfic / Fanfiction Until Your Last Breath - Liberte-se

Assim que retorna ao Cassino, que a esse ponto já deixava de ser um, a noite estava começando a se tornar visível. Harley entra no prédio surpresa ao ver tantas luzes, eram muito fortes. Mas era impressionante a forma como o lugar estava maravilhoso.

Alguns dos capangas do Coringa observavam a mulher silenciosos, todos estavam parados ao redor do espaço. Já estavam prontos para a noite agitada que aconteceria em breve.

O bar estava iluminado e bem abastecido, tudo estava em seu devido lugar. Foram semanas de planejamento, o Coringa deve estar orgulhoso.
Subindo o elevador verdadeiramente animada, Harley se permite ficar feliz. 

— Espero que tenha uma boa desculpa. — Uma voz ecoa do lado de fora antes mesmo do elevador se abrir

Coringa estava no quarto escolhendo uma sequencia para o seus anéis.

— Eu não demorei. — Harley diz procurando o Coringa com os olhos

Ele surge na porta do quarto, olhando duramente para ela.

— Me desculpa...? — Ela força um sorriso, por dentro estava preocupada

Era um sentimento automático, antes mesmo dela pensar no que estava acontecendo, a preocupação já a dominava. Coringa revira os olhos e volta para o quarto, ao menos ela estava lá.

Harley Quinn segue ele para dentro, na cama estava um vestido dourado. Ela corre para ele assim que o vê.

— Pudinzinho, é lindo! — Ela levanta o vestido, examinando cada pedaço brilhante dele

O vestido era curto, com pontas douradas caindo em seu comprimento. As costas ficam expostas e o tecido se prende na nuca. Um generoso decote também se destacava nele.

Harley caminha para o banheiro, levando o vestido consigo. Ela liga o chuveiro e começa a se desfazer de suas roupas.

Coringa ainda ajeitava seus anéis, não ficando satisfeito com a sequência deles. Ao ouvir o chuveiro do banheiro se ligando, ele bate as pontas dos dedos no móvel a sua frente. Ainda faltava uma hora para a inauguração.

Em passos lentos, ele entra no banheiro, fechando a porta atrás de si.

(...)

Lá estava Harley Quinn, saindo do banheiro com uma toalha na cabeça e outra em volta do corpo. O vapor sai junto com ela, ele havia se acumulado no teto.

— Pudinzinho, acho que estamos atrasados. — Harley sorri maliciosamente, olhando um relógio de pulso que estava na cama

Joker surge na porta do banheiro, ele estava com uma toalha enrolada na cintura. Em uma de suas mãos estava o vestido dela, que ela havia esquecido lá dentro. Ele resistiu bem a meia hora de vapor constante.

Sorrindo de lado, Harley caminha até o Coringa, levantando seus pés devido a diferença de altura entre eles. Com os braços, ela enlaça sua nuca, olhando fixamente para ele. Era um daqueles momentos que os problemas não existiam.

A pele descoberta deles permaneciam coladas, até que o Coringa se afasta.

— Não consigo te levar a sério usando isso. — Ele dá as costas, se referindo a toalha que estava na cabeça de Harley

— Jura? Eu posso tirar. — Ela diz gentilmente, puxando a toalha

Ele permanece de costas, passando os dedos por seus relógios, que estavam enfileirados.

— Não, Harley Quinn. Temos coisas a fazer. 

— Tem certeza?

Harley deixa a toalha que cobria seu corpo cair, ela bate em seus pés. Coringa pega um relógio dourado e o aperta com força, percebendo o que ela havia acabado de fazer.

— Eu disse... Não, Harley Quinn! — Ele grita a última parte

Ela se assusta e se abaixa rapidamente para recolher a toalha do chão.

— Por que sempre tem que estragar tudo? — Ele diz indiferente, entrando no banheiro afim de recolher sua roupa 

Harley fica sozinha no quarto e abaixa a cabeça, apertando sua toalha contra ela mesma. Em pouco tempo, Coringa entra novamente no quarto, já vestido. Ao notar o olhar triste dela, ele caminha devagar em sua direção.

— Tem uma festa maravilhosa te esperando — Ele diz colocando as mãos no rosto dela, Harley aceita de bom grado a aproximação, pronta para se desculpar — Se veste e se apronte, vai ser uma longa noite.

— Me desculpe, pudinzinho. Eu não queria te pressionar.

— Eu só quero te ver brilhando, monstrinha. — Ele diz com seu olhar de grandeza

Harley Quinn sorri animada.

(...)

E inexplicavelmente bateu um frio na barriga de Harley Quinn ao descer e encarar aquele enorme salão. Nenhum lugar que já estivera se comparava aquilo, devia ser o lugar que mais brilhava naquela noite escura. Havia dezenas de luzes coloridas se misturando, uma verdadeira festa de néons.

— Não é impressionante? — Coringa se abaixa para sussurrar no ouvido de Harley

Ambos estavam no ponto mais alto do lugar. Era como um camarote, onde conseguiam ver toda a festa. Uma grade dourada batia na cintura deles, uma escada circular levaria ambos para o andar de baixo. 

Coringa levanta um de seus braços e aproxima um de seus pulsos da boca. Imediatamente a música para e as luzes que antes eram coloridas, se tornam brancas e apontam diretamente para ele e Harley Quinn, ao seu lado. Ela pisca duas vezes, desconfortável momentaneamente pela luz forte.

— Vejo que estão se divertindo. — Coringa diz próximo de seu pulso, algo em sua manga fazia a voz dele ecoar por todo o lugar, como uma especie de microfone

A plateia que estava focada na presença dele grita em resposta.

— Silêncio — Ele diz, todos se calam imediatamente, assustados por quem sabe ter dito "algo errado", 2 segundos na vida de Harley Quinn — Eu só queria dizer... — Ele se apoia em sua bengala, onde os detalhes em prata a fazia brilhar — Sejam bem-vindos ao Kingdom*.

A plateia fica em dúvidas se gritam ou não. Um forte barulho do lado de fora indica fogos de artifícios sendo mandados para o céu, eles estouram coloridamente no céu escuro. A plateia comemora batendo palmas, e uma grande placa luminosa se acende, mostrando a toda cidade o nome do lugar.

— E como presente especial da noite... — Ele diz tombando a cabeça, sorrindo amplamente — ... Harley Quinn.

Ele levanta a mão dela, apontando-a para a plateia. Harley sorri para ele, olhando para todos, que ainda estavam agitados. 

— Divirtam-se. — Coringa encerra suas palavras, dando passos para trás

A luz branca acompanha Harley Quinn, que dava passos inseguros para baixo. Mas tinha confiança o bastante para dançar em meio a todas essas pessoas. A medida que andava, todos os olhares estavam em cima da mulher, que observava a beleza do lugar em volta dela.

Harley Quinn pega uma bebida que estava na mão de um cara, tomando-a sem saber o que era. O homem pensa em se queixar mas permanece calado, adquirindo um sorriso divertido. O álcool desce queimando pela garganta dela, a música alta volta a tocar.

Harley sobe três degraus de vidro, em direção a um espaço mais alto da pista. Havia pole dances e correntes penduradas, o chão daquele espaço emanava uma luz branca. Vidros transparentes a separava de outras dançarinas, que já se movimentavam conforme a música.

Harley abraça uma das correntes, dando uma volta. Todos estavam ansiosos para vê-la dançar, muitos assobiavam a espera disso. Deixando se levar pela música e pelo senso de poder, Harley começa a andar sensualmente por entre o espaço. Puxando uma corrente para si, ela desce, jogando seus cabelos coloridos para trás, logo subindo de novo.

A música alta faz todos dançarem, envolvidos pelo clima.

Coringa, sentado em um dos sofás mais acima do lugar, só tinha olhos para ela. Aquilo era tão empolgante! Ver Harley Quinn agitando seus cabelos coloridos para todos os lados, com a sintonia das luzes e das batidas que se agitavam cada vez mais. Era quase como se pudessem sentir a empolgação e energia que Harley Quinn emanava.

O clima louco fazia Harley rebolar cada vez mais, envolvida totalmente ao prazer da dança. Claro que queria fazer uma dança sensual, mesmo não pensando o que seu pudinzinho estava achando disso. Ela não queria irrita-lo, mas estava tão... Livre.

Ela pega a corrente e aponta para as pessoas, como se pudesse atirar nelas. Logo passando as mãos pelo pescoço e cabelos. Era envolvente e sensual, e claro, louco.

Os relógios do Coringa que estavam em seu braço batiam contra a corrente, ela pegou eles afim de realmente brilhar. Todos pareciam se divertir, enquanto o Coringa recebia um intermediário. 

Harley encara um espaço próximo ao bar, ele emanava uma luz branca e muitas pessoas faziam uma fila reta para adquirir seus serviços. Ao apertar os olhos, ela pôde ver um homem tatuando o braço de alguém. Talvez por ser uma inauguração, mas isso despertou a curiosidade de Harley.

Um assobio faz Harley olhar para cima, seus olhos chegam até o Coringa. Sorrindo, ela deixa seu lugar de dança e sobe a encontro dele.

Havia uma escada próxima aquela "palco", era um caminho alternativo para o andar de cima. Subindo por ela, logo Harley se vê em frente aos sofás, onde as pequenas correntes douradas cercavam eles.

— Pudinzinho? — Harley sorri surgindo por entre as correntes

— Querida! — Coringa diz animado — Escute, você é o meu presente para esse bravo homem — Ele olha firmemente para ela, enquanto ela finalmente repara no homem sentado no sofá — O que acha de pertencer a ele agora?

Harley Quinn olha para ele, ela sabia que ele jamais permitiria isso. Entendendo que estava em meio a um jogo, ela sorri, fazendo sua jogada. 

— Uh, miau. — Harley diz rindo, se aproximando subitamente do homem, que olhava para ela de maneira desconfortável

Harley senta em seu colo, enquanto Coringa permanece parado ao lado deles.

— Deixa eu adivinhar... Você me quer? — Ela sorri, a pergunta óbviamente foi destinada a descobrir a razão dessa cena

O olhar do homem se reveza entre ela e o Coringa, Harley logo tem sua confirmação.

— Ei — Harley coloca a mão no rosto do homem, aproximando seus rostos — É isso? Eu estou bem aqui.

Coringa respira alto algumas vezes, tentando manter sua calma. Era imperdoável que seu brinquedo favorito ser desejado por outro, mas pior ainda vê-la nas mãos dele. Imperdoável.

O homem olha para a boca de Harley, e mais uma vez para o Coringa. Ele percebe que não devia ter dito nada ao notar a raiva oculta nos olhos do Palhaço.

— Eu... Eu não quero problemas. — Ele rapidamente diz, se afastando de Harley Quinn

— Ele não quer problemas — Harley diz sorrindo, olhando para o Coringa, em seguida ela se aproxima novamente do homem, abaixando o tom de voz — Cobiça é algo muito feio, sua mão não te ensinou?

Sorrindo largo, ela se levanta. O homem se remexe ainda mais desconfortável, prestando atenção no Coringa.

— Ela é sua, Coringa. Eu não queria... — Ele olha diretamente para Harley Quinn, que se sentava no sofá ao lado — ... Me desculpa.

— Está se divertindo, querida? — Coringa olha para Harley, que ainda sorria

— Estou, pudinzinho. 

— Que bom, que bom — Coringa tomba a cabeça, olhando novamente para o homem — Eu não estou.

Coringa saca uma de suas armas e dá um tiro certeiro na cabeça do homem, com a raiva saindo dos olhos. O corpo cai na mesma hora no sofá.

Harley Quinn faz uma expressão de falsa tristeza, sendo substituída por um sorriso. Algumas pessoas próximas olham para cima, mas a música alta abafou a maior parte do som do tiro, elas logo se convencem de que aquilo não foi nada.

— Limpem isso. — Coringa diz aos seus homens, colocando sua arma de volta ao coldre

Alguns deles se aproximam do corpo, recolhendo-o. Harley olha para o Coringa, que parecia lentamente se acalmar.

— Pudinzinho, eu vi um homem lá em baixo tatuando as pessoas. Eu poderia... Quem sabe... Fazer alguma?

— Por que não? — O sorriso cínico dele aparece de novo — Faça daquilo que você mais ama. — Ele acaricia o braço dela de leve

— Eu vou. — Ela sorri, se levantando

Os homens dele levam o corpo para longe, se desfazendo do mesmo. Coringa respira fundo e se apoia de novo a sua bengala brilhante, afim de aproveitar o resto da festa.

Harley Quinn desce até o andar de baixo e caminha em direção a fila de pessoas. Ela passa por eles e se apoia na bancada, onde havia várias pastas pretas com modelos de tatuagens. Ela folheia algumas, havia animais, frases e até mesmo caricaturas. A música continuava alta e todos pareciam se divertir, sem saber que um assassinato aconteceu a poucos metros deles.

Ao chegar em uma página em específico, ela encontra uma tatuagem que a faz abrir a boca encantada. A tatuagem era vermelha e preta, e com vários "Ouros" do baralho, ela se encaixava. A tatuagem parecia ser perfeita os olhos dela.

— Ei, cara — Ela chama pelo homem que estava sentado, tatuando o ombro de alguém — Quero essa. — Harley levanta a pasta, indicando a tatuagem

O homem olhou para ela e logo reconheceu a mulher. Ele pensa em dizer "Estou terminando essa", mas diz:

— Eu continuo a sua mais tarde — Ele diz diretamente a mulher que estava na cadeira, recebendo uma borboleta azul no ombro — Abram espaço. — Ele faz gestos com as mãos para as pessoas da fila

As pessoas que logo seriam atendidas olham para Harley, que passa por elas animada. Como se estivesse em casa, ela se senta na cadeira e entrega a pasta para o homem.

— Muito bem... — O homem olha para a tatuagem — Aonde vai ser?

— Eu não havia pensado nisso — Harley se surpreende — Aonde acha que ficaria boa?

O homem olha para o corpo dela, em sua mente, o pensamento era "Aonde não ficaria boa?".

— Já atendi pessoas que fizeram ela cercando a perna.

— Como uma tornozeleira?

— Sim, como uma tornozeleira.

— Acho que não. — Harley analisa sua perna

— E o braço?

Harley olha para seu braço direito, na região baixa ela poderia funcionar.

— Sim, acho que combina! — Ela sorri muito animada

— Que bom. — O homem diz pegando o desenho da tatuagem, destacando-o da folha

Ele deposita o adesivo no braço de Harley, enquanto ela indicava a região que preferia. Após acertar os pontos, ele pega sua tinta e se prepara para começar os traços.

Cuidadoso, ele começa a espalhar a tinta na pele de Harley, fazendo o desenho perfeito que ela havia pedido. Ela não se incomoda pela dor, já estava muito resistente a ela.

— Queria que a minha mãe me visse agora. — Harley diz rindo 

O homem sorri e olha para ela, continuando seu trabalho.

Após longos minutos, algumas pessoas já haviam desistido e ido para a pista de dança. Uma parte deles se arrependeriam da tatuagem na manhã seguinte, estão sendo movidos pelo álcool. Havia um casal que ainda esperava, provavelmente para fazer uma tatuagem combinando. 

— Pronto. — O tatuador anuncia o fim de seu trabalho

Harley olha para o braço e sorri, muito feliz.

— Está perfeita! Obrigada!

— É o meu trabalho — Ele diz enrolando um plástico fino pela tatuagem — Mais alguma?

— Sim — Ela diz, se lembrando das palavras do Coringa — Quero fazer uma do meu pudinzinho, pode me recomendar?

— Seu pudinzinho... Coringa?! — O tatuador olha com estranheza

— Sim, o único.

O tatuador pega mais uma pasta. Aquela foi especialmente montada pelo próprio Coringa, consistia em vários símbolos usados por ele. Aquela era uma inauguração dele, por que não deixar tatuagens em homenagem a ele? E algumas pessoas realmente fizeram algumas.

— Pode escolher.

Harley pega a pasta em mãos e logo aprova algumas tatuagens. Havia um "J" escrito em uma letra antiga e nórdica que a agradou. E também o palhaço que estava estampado em suas cartas de baralho, aquelas que ele deixava em suas cenas de crimes ou cartas escritas ao governo, o próprio "Joker" do baralho clássico.

O "J" ficará marcado em seu braço direito e o palhaço em suas costas.

Após uma hora, todas as suas novas tatuagens estavam prontas e cobertas. Agora poucas pessoas permaneciam a espera na fila.

Após vários agradecimentos ao tatuador, Harley se levanta e caminha de volta a pista de dança, pronta para aproveitar o resto da noite.


Notas Finais


* Kingdom vem do inglês e significa "Reino". (Conseguem imaginar o porque do Coringa ter escolhido esse nome? Hueashu.)
Até o próximo <3


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