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História Until You're Mine. - Flashlight


Escrita por: LisyStyles

Notas do Autor


Olá, estou de volta, espero que gostem.
Como sabem essa história não é movida a comentários, mas eu ficaria muito feliz se vocês o fizerem.
Beijos Iluminados.

CAPÍTULO REVISADO E ALTERADO. 28-10-2018

Capítulo 2 - Flashlight


 

 

Me levanto da cama quando o mesmo pesadelo que me atormenta todas as noites termina, estou suada, ainda é estranho ter uma cama de novo, depois da queda da prisão eu achei que nunca mais encontraríamos um lugar seguro, Alexandria foi uma benção, se é que nos tempos atuais eu ainda possa dizer isso. Caminho pelo corredor do segundo andar o mais silenciosamente que consigo, ainda é madrugada e eu não quero acordar ninguém, quando chego na cozinha me sirvo de um copo de água, estou encostada na pia, decidindo o que devo fazer para acalmar o meu corpo inquieto quando passos tão silenciosos começam a ecoar baixinho no recinto, eu nunca teria notado se eu não tivesse passado tempo suficiente com o dono deles para saber exatamente onde ele estava.

- Já não passou da hora de criança estar na cama. – Eu sorrio, ainda de costas para ele.

- Eu e você sabemos que eu não me encaixo mais nessa categoria Sr.Dixon. – Consigo ouvir seu grunhido de descontentamento, sorrio discreta, mesmo que ele não veja, me viro encontrando-o escorado na parede que dividia a sala da cozinha, seu cabelo liso descendo por sua nuca e caindo por cima de suas orelhas, quase passando dos ombros, sua franja escondendo um pouco de suas feições, mas ainda era ele, glorioso.

- Você é só uma menina. – Resmunga com o rosto emburrado, gargalho o mais baixo que posso enquanto me inclino em sua direção e começo a andar para perto dele, sinto sua postura mudar, ficar mais tensa, quase como se ele quisesse dar as costas para mim e ir embora, mas lhe alcanço mais rápido que isso, nossa diferença de altura me fazendo ficar com o rosto em seu peito, apoio minha cabeça nele, ele não faz nada para me afastar o que é quase uma novidade, já que ele vinha me evitando a quase duas semanas e Daryl Dixon sabia te evitar como ninguém, meus braços circulam seu tronco, minha bochecha sente sua pele quente por baixo da blusa  e colete puídos pelo tempo.

- É apenas você que insiste em me ver assim. – Ele solta um grunhido baixo, como se discorda-se, mas uma de suas mãos raspam os dedos ao longo do meu braço, posso sentir uma certa devoção no toque e isso me deixa angustiada, eu não era um maldito bebelô.

- É assim que deve ser, pare com toda essa porra de tentar me mostrar o contrário.  – Sua voz continua baixa em meu ouvido, meus lábios se curvam em um sorriso sapeca contra seu peito, eis o motivo dele estar me evitando, parece que alguém está tentando ser a senhora Dixon.

- Eu desistiria dessa ideia se fosse você Sr.Dixon? Não vou parar. – Eu levanto minha cabeça e lhe encaro, seus olhos azuis selvagens me encarando de cima, ele bufa impaciente, me ponho nas pontas dos pés e alcanço sua boca, esbarrando nossos lábios, mas tudo que consigo é um contato um pouco mais demorado do que ele geralmente deixaria.

- Mas que diabos garota, você é louca. – Estamos separados agora e ele me encara com uma carranca, minha língua varre meus lábios trazendo seu gosto para dentro de minha boca, fico apreensiva com a rejeição, mas não é nada que eu já não tenha lidado antes.

- Acha que não tenho chances com você? – Eu pisco meus olhos de forma inocente, ele não me responde, apenas tira sua mão de meu braço e me afasta do seu corpo, o frio ganhando espaço em nossos corpos.

- Não, não tem. – Sua voz é firme e sua expressão é dura, está sempre tentando me afastar dele através do medo.

Estou prestes a te responder quando escuto um resmungo no andar de cima, que logo se transforma em choro, Judith, Rick está de vigia junto com Michonne então apenas eu, Daryl e Carl estamos aqui. Sem dizer mais nada eu apenas me viro e volto a subir as escadas, assim que abro a porta do quarto de Judith há vejo em pé no berço, seu rostinho vermelho e molhado pelas lágrimas.

- Não, amorzinho já passou, estou aqui agora. – Caminho até ela, que me estende os bracinhos miúdos, e a pego no colo, ela para de chorar quase imediatamente, provavelmente deve ter sido um sonho ruim, Essa garotinha é tudo pra mim, ela tinha sido um bom motivo para eu ter forças quando tudo o que eu queria era parar de correr, quando me viro para buscar no andar de baixo uma mamadeira morna, vejo Daryl na porta, caminho até lá, ele mantém seus olhos em Judith que agora segura seu colete o puxando para perto para mexer mais, ele da um passo a frente e tudo que nos separa é essa bebezinha, o arqueiro estende os braços e Judith vai para o seu colo com um sorriso grande, reviro os meus olhos, traidora.

- Vou fazer uma mamadeira para ela. – Ele apenas concorda com um aceno de cabeça e começo a descer as escadas, pelo relógio da cozinha são quase cinco da manhã, sabendo que não vou mais voltar para minha cama tão cedo, me concentro em fazer a mamadeira o mais rápido que posso, quando termino a mesma encontro Daryl na sala, ele está sentado no sofá e Judith está sentada em seu colo, com a cabeça encostada no seu peito, me junto a eles e lhe estendo a mamadeira, ele a pega e arruma Judith na posição certa e começa a alimenta-la, apenas fico ali, sentada ao seu lado enquanto observo a cena mais bonita do mundo, esse caipira bruto tinha todo o jeito com ela e eu sempre ficava hipnotizada com tamanho carinho.

- Você teria sido um ótimo pai Daryl. – Minha voz sai baixa, quase sonhadora, o que faz com que ele me olhe por alguns instantes. Não falamos mais nada por um bom tempo, apenas a sua presença enchendo o meu corpo de arrepios. Um tempo depois a mamadeira está vazia e Judith está adormecida, toco sua mão para pegar a mamadeira e vou para cozinha para lava-la, ele está colocando-a para arrotar, quando volto ela está deitada e coberta dentro de seu cercadinho, os brinquedos antes espalhados ali dentro agora estavam todos no canto mais afastado, onde não machucaria Judith, me sento ao seu lado, descansando minha cabeça perto de seu ombro, ele se movimenta para levantar, mas eu não tinha nenhuma intenção escondida, como ele devia estar imaginando.

- Não faça isso, só vamos ficar aqui um pouco, por favor. – Seu corpo volta a se confortar no sofá, mas ele apenas fica ali, rígido, fazendo com que eu me sinta lutando sozinha, por esse amor que ele julga tão errado, eu acho que estava.

 

Quando amanhã chegar eu estarei por conta própria
Me sentindo assustada com coisas que eu não conheço
Quando amanhã chegar, amanhã chegar
Amanhã chegar

 

 

Estou ouvindo alguma coisa, bem no fundo da minha cabeça, algumas vozes, enquanto ganho noção do meu corpo sinto algo pesado encostado nele, algo quente está pressionado a lateral do meu braço, sinto uma respiração em meu ombro, por um minuto me desespero, meus olhos ficam arregalados, mas eu ainda estou no sofá da sala, o sol passa pela janela de vidro da sala, olhando para o lado consigo ver a fonte da respiração em minha pele arrepiada, Daryl, seus cabelos escorridos e longos estão caindo sobre seu rosto enquanto uma de suas mãos abraça sua própria cintura, a boca levemente aberta, engulo um riso e me limito a sorrir, a cena toda era de uma natureza tão serena, quase fofa, Judith ainda está dormindo no cercadinho, ao que tudo indica deve ser apenas umas oito e meia da manhã, não me importa muito, eu só quero ficar assim para sempre, sem preocupações e com Daryl ao meu lado, aperto meus lábios em leve tristeza e me levanto do sofá o mais suavemente que consigo, espero que ele continue dormindo, contudo ele levanta sua cabeça, seus olhos encontrando meu rosto, avalia a situação por um minuto e logo depois suspira de alívio, se arrumando no sofá e ficando sentado.

- Eu tenho que voltar para as  minhas obrigações. - O arqueiro se levanta sem olhar mais para mim, caminha até a porta e atravessa a mesma sem olhar para trás, eu volto a encostar minha cabeça no encosto do sofá e respiro fundo, onde será que estava a linha tênue entre o amor e a estupidez? 

 

 

Eu tenho tudo que eu preciso quando tenho a você e a mim
Eu olho ao meu redor e vejo que é uma vida boa
Estou presa no escuro mas você será como a minha lanterna
Você me guia, me guia no meio da noite


Notas Finais


É isso pessoal, até breve, o capitulo foi revisado, mas qualquer erro peço desculpa.
Comentem.


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