História Until You're Mine. - Stay.

" Mas a questão não é o tempo que nós não conseguimos passar juntos, é sobre quão forte é o nosso amor quando eu for embora e parecer que foi para sempre. "

Meu corpo está confortavelmente aquecido e enrolado pelo cobertor e Daryl Dixon, Já havia se passado algumas semanas desde que dormimos juntos pela primeira vez, e embora ele tenha reclamado no início, agora já está tudo bem. Já é madrugada e eu teria continuado a dormir, como Daryl estava fazendo agora, se uma vontade insuportável de beber água não me pegasse de jeito, decido ignorar, já que não conseguiria sair sem acordar Daryl, seus braços estão apertados em mim e minha cabeça embaixo do seu queixo, as vezes não consigo acreditar que isso seja real, embora estejamos dormindo juntos todos os dias, ele não mudou muito comigo, não teve mais beijos, abraços ou demonstrações de preocupação, esse era o Daryl, você não se doma um animal selvagem ele confia em você, com Daryl era a mesma coisa, decepcionante as vezes, mas ainda posso sentir seu calor todas as noites. Ele se remexe ao meu lado procurando uma posição melhor e me levando junto, tento limpar minha mente e voltar a dormir e um tempo depois isso acontece.

Daryl está trocando de roupa agora, o dia mal começou e ele já começou me expulsando do quarto, reviro os olhos enquanto caminho para fora, seguindo para meu quarto, termino de me arrumar em pouco tempo e desço para o café, ao contrário do que eu espero a cozinha está praticamente vazia,tirando Daryl que come carrancudo uma tigela de cereal e Carl que lê alguma revistinha, me sirvo do mesmo e caminho até a mesa me sentando do lado de Daryl, ele continua ignorando minha presença, provavelmente está tendo um dos seus muito dias péssimos,murmuro um bom dia para Carl que recebo de volta. Levo uma colherada a boca e mastigo fingindo não vê-lo, minha mão desocupada ruma lenta e sutilmente até sua perna deixando-a ali, ele engasga por um momento e me olha de olhos arregalados.

- Você está bem? - Eu pisco os meus olhos, tentando me fazer de desentendida, Carl o observa esperando uma resposta, ele revira os olhos e volta a comer, se afastando levemente de mim, eu rio internamente e continuo a comer esperando sua tensão ir desaparecendo, quando sinto que ele começa a volta ao normal eu volto a subir minha mão, ele não pula dessa vez, sua respiração apenas da um tranco, eu continuo a comer meu cereal, quando ele tenta se levantar eu aperto minha mão perto de sua virilha, eu tomo um gole de água, Carl se levanta e se despede saindo de casa, eu prendo o riso enquanto levanto bruscamente e caminho para pia levando minha tigela e copo.

- Mas que porra você tem na cabeça? - Eu ignoro seu grito e continuo de costas, lavando a lousa.

- Que diabos, eu estou falando com você, Me responda. - Eu fecho o registro da pia e me viro para ele secando as mãos no meu jeans.

- Você está sempre me ignorando sem se importar com como vou me sentir, nada mais justo do que fazer o mesmo, não quero atrapalhar o seu silêncio adorado. - Me viro para deixar o comôdo, mas ele me pega antes que eu consiga, isso já está ficando chato.

- Que atrevida. - Eu reviro os meus olhos para ele. - Você tem ficado cada vez pior, pra sua sorte, eu ainda sei como te domar. - Minha resposta ácida fica presa em minha garganta e meus lábios são silenciados pelos seus, Meu corpo fica preso entre a pia e o seu próprio e ao contrário do beijo marcante que eu estou acostumada, sou surpreendida por lábios pacientes, meus braços encontram caminho para o seu tronco, lhe abraçando, e deixo que ele leve o beijo no seu ritmo, nossas línguas se encontram, sinto ondas de formigamento cada vez que isso acontece, uma de suas mãos seguram mechas do meu cabelo e a outra abraça minha cintura, não consigo deixar de pensar que esse é o melhor beijo da minha vida.

- Eu amo você, sabe disso não é? - Seus olhos procuram os meus, mas mantenho minha cabeça abaixada enquanto brinco com a gola de sua camiseta, ele resmunga um sim como resposta. - Então seja honesto comigo sobre uma coisa, será que existe a chance de um dia você me amar de volta? - Eu ouço sua respiração engatar, ele limpa a garganta algumas vezes, ficamos em um silêncio apreensivo.

- Existe. - Uma única palavra dita com firmeza, meu coração desaba em algum lugar dentro de mim, eu perco o folêgo, tudo que eu esperava era sair o menos machucada possível dessa conversa, Daryl tem o poder de me destruir e também de me fazer completa, mas agora isso, estou tão feliz que tenho medo de morrer de felicidade logo agora.

- D-Daryl, eu, eu. - Estou chorando, ou quase isso, tento prender ao máximo as lágrimas em meus olhos, mas minha voz embargada me denuncia, ele me olha por alguns segundos antes de se aproximar novamente e me puxa para seus braços, eu me aperto em seu corpo, ele me mantendo confortável.

- Eu sei. - Ele se move se afastando um pouco, para que nossos olhos se encontrassem, eu sorrio um pouco, seu polegar acaricia minha bochecha uma vez. - Me amar não é fácil. - Eu fico na ponta dos pés para alcançar sua boca num selinho roubado.

- Eu vou continuar te amando, mesmo que seja difícil, porque meu coração te escolheu, eu te escolhi. - Eu deito minha cabeça em seu peito e me deixo aproveitar mais um pouco daquele momento incomum. 

Oh, o motivo pelo qual me mantenho firme

Oh, porque preciso fazer este buraco desaparecer

É engraçado, você é quem está em ruínas

Mas eu era a única que precisava ser salva

Porque quando você nunca vê as luzes

É difícil saber quem de nós está desabando

Estou terminando de arrumar algumas caixas de remédio no estoque da enfermaria, depois da minha manhã com Daryl eu ainda não consigo respirar, meu coração continua acelerado, eu não sabia mais o que fazer, ele disse o que eu mais queria ouvir e agora eu estou tonta como uma adolescente de quinze anos, eu já era uma mulher precisava me controlar, sacudo a cabeça tentando me manter equilibrada, coloco a última caixa em seu lugar e caminho com minha prancheta até Denise que está sentada na cadeira, que fica ao lado da nossa única maca, lendo um livro que deduzi ser de medicina.

- Já acabei, Chefe. - Ela olha para mim com uma careta, como sempre acontece quando eu lhe chamo assim.

- Sua chefe vai lhe dar um chute na bunda. - Eu gargalho com sua resposta, ela ri comigo enquanto fecha o livro o deixando em seu colo.

- Como estamos no estoque? - Ela sempre fica preocupada com a contagem do mês, precisávamos sempre dispor de pelo menos um pouco para uma eventual emergência.

- Estão bem, por hora, vou sair com meu grupo daqui a dois dias para recolhermos suprimentos para enfermaria e a escola. - Minha voz é calma, mas ela faz outra careta e suspira.

- Não sabe como fico preocupada, eu devia ir junto. - Eu nego rapidamente e me aproximo pondo a mão em seu ombro em sinal de conforto.

- Você é importante para comunidade, nossa única médica, devemos muitas vidas a você e por isso deve ficar em segurança, eu voltarei logo, como sempre. - Ela sorri um pouco melhor e eu lhe deixo com seu livro enquanto caminho até o escritório de Maggie para dizer que preciso sair em uma busca.

Empurro a porta e dou um passo para dentro, o hábito de bater já tinha ido embora a muito tempo, Maggie está sentada na sua mesa enquanto Glenn está ao seu lado apontando alguma coisa numa folha para ela, ele ainda não percebeu que ela está olhando para ele, Na outra mesa Rick está sentado concentrado num agrupado de papeis a sua frente, o anúncio de minha chegada fica presa na garganta quando de outro comôdo Daryl caminha até Rick com mais um punhado de papel, eu me viro para ir embora.

- Beth, eu não te vi ai. - Eu me viro para Maggie e tento meu melhor sorriso e caminho até ela.

- Eu acabei de chegar, não se preocupe, olá pessoal. - Eu falo tudo rápido demais e acabo soltando um riso nervoso no final, em minha mente eu estou me batendo até voltar a razão.

- Você precisa de algo? - Maggie se levanta e me alcança na frente de sua mesa, seus braços me puxam em um abraço, sua barriga entre a gente.

- Na verdade sim, eu queria falar com você, não é nada importante. - Eu acaricio sua barriga quando ela me solta.

- Certo, sente ai e me conte. - Ela volta para sua cadeira e eu me sento em sua frente.

- Eu vim trazer a lista de suprimentos da enfermaria e dizer que vou precisar sair outra vez. - Eu lhe entrego a folha que estive preparando por toda manhã e parte da tarde, ela segura e olha para o conteúdo atentamente.

- E você já tem tudo acertado?- Sei que ela se esforçava para não me sufocar e me deixar contribuir como membro igual da comunidade, eu ficava sempre muito agradecida.

- Sim, como nem todos do meu grupo estão disponíveis apenas eu e Marcos vamos, estou pensando em sairmos daqui a dois dias, não tenho uma previsão de volta porque provavelmente terei de ir um pouco mais longe dessa vez, já que limpamos toda a região em volta. - Ela me olho por um segundo e morde o lábio enquanto pensa.

- Você tem certeza de que só vocês dois seja uma boa ideia? As coisas não são fáceis lá fora. - Ela guarda a folha em uma gaveta e volta a me olhar, Glenn agora acariciando seus ombros tensos.

- Está tudo bem, não quero levar ninguém que seja um peso lá fora, se a coisa ficar feia não preciso de ninguém que corra com medo, então será melhor apenas nós dois, o maior número nem sempre é melhor.- Ela e Glenn tem sorrisos em seus rostos.

- Parece que você realmente cresceu e aprendeu a cuidar de sí, estou orgulhosa e com ciúmes, se você tem tudo sobre controle eu confio em você para ir e voltar em segurança. - Eu sorrio para ela e seguro sua mão por cima da mesa.

- Eu vou com você. - Sua voz retumbando pela sala, os pelos em minha nuca e braços ficam arrepiados.

- Por que?. - Eu viro em sua direção deixando a mão de Maggie, ele me olha como se eu fosse uma idiota.

- Esse Mack é um babaca é capaz de sair correndo e te deixar pra trás como distração. - Eu escondo um sorriso mordendo os meus lábios, alguém estava com ciúmes.

- Talvez seja melhor você ficar aqui. - Eu faço minha melhor cara de anjo, ele bufa.

- Você quer ficar sozinha com aquele bostinha?. - O tom de sua voz sobe um pouco, eu me levanto da cadeira e caminho até ficar a três metros de distância.

- Eu ainda sei usar a besta Daryl. - Eu sorrio e ele rosna para mim um palavrão.

- Eu nunca devia ter feito isso, mas não mude de assunto. - Ele me olha, azul contra azul e eu me lembro de hoje de manhã, minha respiração perde um pouco de seu compasso.

- Se você for eu posso acabar me machucando, vou ficar muito distraída com você, sabe o quanto eu gosto de te olhar. - Eu me aproximo abraçando seu tronco, levanto minha cabeça para continuar olhando em seus olhos, ouço Maggie prender a risada.

- Você é estúpida ou o que? - Ele faz uma leve careta, será que ele não entendeu ainda que não existe nada que possa me afastar dele?, eu sorrio e lhe dou uma piscadinha.

- Você sabe o quanto eu gosto de te beijar também. - Eu me inclino ficando nas pontas dos pés e uno nossos lábios, seus braços me envolvem como de manhã, eu suspiro e ele separa nossos lábios.

- Você é uma preste,loira. - Sua voz é calma e eu sorrio inclinando a minha cabeça, uma de minhas mãos capturam seu cabelo e o tiro de seu rosto.

- Eu pensei que eu fosse seu anjo. - Eu vejo um meio sorriso em sua boca e sorrio feliz, ele me aproxima mais de seu corpo.

- Talvez você seja. - Ele sussurra em meu ouvido. 

Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso

Algo no seu jeito de se mexer

Faz com que eu acredite não ser possível viver sem você

Isso me leva do começo ao fim

Quero que você fique, fique