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História Unwanted - Capítulo LXIX


Escrita por: Skinof

Notas do Autor


OOI
Saudades de mim? Sei que não. Quero me desculpar pela demora, realmente o tempo livre para mim tem sido curto. Aliás, esse capítulo foi escrito no bloco de notas do meu celular em uma madrugada em que eu não estava tão exausta.
Desculpem-me se tiver qualquer erro, foi bem as pressas.
Espero que gostem
Beijos

Capítulo 69 - Capítulo LXIX


Fanfic / Fanfiction Unwanted - Capítulo LXIX

LXIX

Segunda-feira. Os fios extremamente lisos dela voavam facilmente com o vento. Isso era um calmante para ela. Ela sempre gostou de estar em contato com tudo ao seu redor, principalmente a natureza. Quando pequena, adorava correr pelo pequeno jardim da sua casa. Era um jardim bem modesto, de no máximo três metros quadrados, mas era o seu jardim, era o seu lugar. Talvez por isso Avril sempre buscava refúgio nos jardins da Stanway quando precisava.

Ela sentiu um pouco mais a brisa em seu cabelo e os poucos raios de sol em sua pele, respirou fundo e sorriu. Ela estava melhor ali, longe da bagunça dos corredores do colégio. Avril precisava pensar, precisar pensar bastante. Harry ainda vinha a sua mente, mas agora ela não mais se culpava pelo fim do relacionamento. Aconteceu o que tinha que acontecer, não daria certo. Adam e a noite dos dois também vinha a sua mente. Será que eles poderiam ser amigos como antes novamente? E se não, isso seria ruim? De qualquer forma, eles são mais próximos agora, dividem um segredo somente deles. Evan, outro nome em sua mente. Avril se esforçava, mas não conseguia decidir se ainda gostava ou não do Evan como algo além de amigo. Também refletiu bastante sobre o que foi a amizade dos dois. Com certeza, depois de tudo isso, a amizade dos dois estava mais forte. Antes, Avril quase que idolatrava o Evan, via-o como inacessível, e não se abria totalmente com ele. Agora, elas eram iguais, mais unidos do que nunca.

Um enjoo fez com que Avril se desligasse dos seus pensamentos e do jardim, caminhando em seguida para o refeitório para beber água. Como Avril estava apenas se virando com remédios fracos que tinha na enfermaria, ela ainda sentia os efeitos do chocolate estragado. Ela suspeitava que o melhor seria uma lavagem estomacal ou algo assim, mas não era momento para isso. A cada enjoo, Avril sentia vontade de socar a cara da Selena.

A sua caminhada até o refeitório foi interrompida quando uma morena passou como um furacão a sua frente. As duas quase se bateram, o que assustou Avril de início. A morena não se importou, continuou a marchar para o condomínio dos professores. Avril poderia ter deixado para lá, poderia ter voltado a seguir o seu caminho, mas ao reconhecer a mulher que passara a sua frente, ela decidiu segui-la.

Logo próximo a portaria do condomínio, havia o restaurante dos professores. Como estavam sempre dando aula, cozinhar não era algo que a maioria dos professores tinha tempo. Por isso, o restaurante estava ali para suprir essa necessidade.

A morena que quase atropelou Avril seguiu diretamente para o restaurante ao avistar quem ela procurava. Sem o mínimo rodeio e sem a mínima educação, ela já começou gritando:

– Quem é esta mulher?

– Sarah, o que faz aqui? – perguntou Adam surpreso.

Adam e Lana dividiam uma mesa no restaurante dos funcionários/professores, o qual estava lotado naquele momento.

– É a mesma vadia daquele dia, não é? A dona daquele sutiã na sua sala. – disse Sarah com raiva. Virando-se para Lana, ela disse: – Você sabe que ainda não estamos legalmente separados, não é? Você está saindo com um homem casado e isso te torna uma vadia imunda!

– Ei, calma lá! – Adam disse enquanto colocava-se de pé e estendia a palma da Sarah. – Não estamos separados no papel, mas já faz um bom tempo que estamos separados como casal. E você não tem o direito de falar assim com ela e nem de me cobrar nada. Não seja hipócrita, Sarah.

– Não acredito que você já está sendo o capacho de outra mulher... – resmungou Sarah em tom irônico pouco antes de voltar a gritar. – Eu falo como eu quiser, eu tenho esse direito! Você a levou em um restaurante ontem, o Jason te viu com essa aí! Você não pode fazer isso, ainda somos casados. Você está me humilhando, está praticando explicitamente adultério. Só para começar, vou incluir danos morais no processo de divórcio.

– Quem está te humilhando é você mesma. Sarah, olha o papel que você está pagando. Por favor, saia. – disse Adam calmamente. Ele preferia não se alterar para não piorar a situação. Adam sempre odiou brigas em público.

– Eu vou, mas você se verá com os meus advogados! – gritou novamente pouco antes de sair.

– Dá para acreditar que ela veio até aqui para fazer esse escândalo? – Adam perguntou a Lana com indignação. Ele voltou a sentar e, constrangido, pediu desculpas a Lana.

– Isso não foi culpa sua, essa mulher é uma louca.

– Com certeza. Duas semanas atrás eu a peguei com outro cara e hoje ela faz esse teatro. Eu não a entendo.

– Talvez seja um jogo dela para tentar virar o divórcio a favor dela.

– Não duvido nada. E sobre ontem... Desculpe-me por ter acabado no jantar.

– Não, não precisa falar nada. Vendo agora a sua ex-mulher, eu imagino como deve estar sendo difícil passar por tudo isso. O jantar foi ótimo, isso já bastou para mim. Sua companhia é ótima.

– Obrigado, Lana, obrigado de verdade. Foram muitos anos com essa louca, eu sinto que devo ir devagar agora. Eu não sei, eu estou tão confuso. Tem hora que penso até que não quero entrar em nenhum tipo de relacionamento agora.

– Tudo bem para mim, Adam. Claro que como você é um homem atraente, eu me interessei por algo mais que só amizade, mas se você não estiver pronto, podemos deixar só na amizade.

– Tenho medo de confirmar que quero só amizade e depois me arrepender... – disse ele pouco antes de soltar um sorriso fraco. Lana sorriu ao ouvi-lo.

– Eu vou estar aqui. Se mudar de ideia, é só se abrir. No momento, não estou interessada em mais ninguém, então quem sabe um dia...

– Isso, quem sabe...

Mas, saindo um pouco do restaurante dos funcionários e indo um pouco além da grade que separa o condomínio dos professores do resto do colégio, Avril havia visto e ouvido tudo. Ouvir foi o mais fácil, Sarah gritou a quase todo o momento, mas ver foi um pouco difícil. Só com um certo esforço Avril reconheceu a mulher que estava sentada à mesa com Adam. No primeiro momento, o susto foi grande. Avril nunca tinha imaginado Adam e Lana juntos. Aliás, ela nunca imaginou Adam com outra pessoa a não ser a sua esposa e nunca imaginou Lana tendo uma vida além do consultório. Ao pensar um pouco sobre a ideia, Avril não aprovou muito. Ela não sabia bem o porquê, mas ela não gostou nada da ideia. Talvez, se não fosse a Lana, Avril gostasse mais. Por algum motivo, Avril não gostava tanto assim da Lana.

Avril foi para o refeitório dos alunos incomodada. Toda a sua paz de mais cedo tinha ido embora. A única coisa que ela pensava agora era em Adam e Lana juntos. Outra pergunta que ficava no ar é por que Adam nunca lhe falou nada? Por que nunca nem comentou o que achava da Lana? Avril sabia que aquilo era besteira da sua mente, era besteira ela se irritar com o novo relacionamento do amigo, mas talvez no fundo ela só não quisesse dividi-lo com mais alguém. Todos sabemos que quando amigos começam a namorar, eles esquecem do resto do mundo. Avril sempre se irritava com o Evan namorando, mas esse não é um bom exemplo, pois ela gostava dele na época.

Por fim, Avril se irritou por estar irritada com algo tão fútil e egoísta. Ela devia torcer para a felicidade do amigo e não para somente a sua felicidade.

Do outro lado do refeitório, Taylor estava sentada ao lado de Lizz. Longe delas, Ariana estava sentada em uma mesa com outras garotas e elas tentavam juntas serem o novo grupo dominante. Taylor não se impressionou com o abandono de Ariana, ela já esperava isso.

– Aquela anã cabeçuda sem criatividade para mudar o penteado... – resmungou Lizz.

– Deixa ela experimentar um pouco como é ser eu, pois não vai durar.

– Você tem algum plano para retomar o topo?

– Não. Eu não me referia a eu pegar o topo novamente, mas sim que ela não tem pulso para se manter naquela posição. Uma hora ou outra vai chegar alguém e assumir o controle. Ariana é fraca, não consegue.

– Verdade.

As duas voltaram a comer em silêncio, até que um comentário interrompeu a refeição das duas.

– Vadia! – disse Angel, uma garota bastante conservadora e um ano mais velha que a Taylor.

Taylor se virou para a garota e a encarou. A garota repetiu:

– Vadia! Você não tem vergonha?

– Se você não tem vergonha dessa tua cara e consegue sair em público, por que a Taylor teria vergonha de alguma coisa? – respondeu Lizz de modo rude, já pronta para brigar.

– Estou falando com a vadia mãe, não com a vadia filha! – exclamou a garota.

– Vadia vai ser a minha mão na tua cara... – rosnou Lizz já se levantando. Taylor levantou em seguida.

– Calma, Lizz. E você – Taylor apontou para Angel –, garota insignificante que eu não sei o nome e nem me importo em saber, para que tá feio. Aliás – Taylor subiu na mesa do refeitório. –, quem quiser me chamar de vadia pode chamar. Eu sou vadia MESMO! Gostaram tanto das minhas fotos, pois agora eu mostro ao vivo para vocês, bando de lésbica incubada.

E nisso, Taylor começou a desabotoar os botões de sua camisa. O refeitório foi a loucura. Algumas meninas riam, outras comentavam admiradas com a situação e outras xingavam Taylor firmemente. Lizz ria muito e vibrava.

– Vocês ficam admiradas com as fotos dela, até parece que não têm seios e buceta também! – exclamou Lizz. – Quem manda no corpo dela é ela, não vocês, suas ridículas.

Quando Taylor já estava prestes a tirar o sutiã, um dos seguranças finalmente conseguiu agarrá-la depois de também subir na mesa. Ele a colocou sobre o seu ombro e levou diretamente para a sala da diretora Jeanie. Lizz foi atrás rindo e parabenizando a amiga.

Foi uma situação bem embaraçosa quando Taylor entrou arrastada pelo segurança e semi-nua na sala da Jeanie. Jeanie sempre gostou bastante da Taylor, então demorou alguns longos segundos até que ela superasse a admiração e perguntasse o que aconteceu. O primeiro a falar foi o segurança, ele relatou que Taylor havia subido em uma das mesas do refeitório e tinha começado a tirar a roupa. Quando o segurança saiu, Taylor explicou tudo a Jeanie. Talvez se a Jeanie tivesse dó da Taylor pelo bullying que ela vinha sofrendo, a punição fosse menor. E deu certo. Jeanie sempre gostou da Taylor, então se apegou aos motivos que a garota apresentou e deu-lhe uma suspensão de três dias e sem ligar para os pais de Taylor. Aliás, Jeanie só aplicou uma punição para que as outras garotas não reclamassem de protecionismo na escola. Ela aplicaria até menos dias se Taylor pedisse, mas a garota queria a suspensão. Assim, ela poderia ir atrás da Demi sem ter que se preocupar com a escola.

Quando Taylor e Lizz saíram da sala da Jeanie, foram comemorar. Não tinha quase ninguém no refeitório, então elas puderam rir e conversar ainda mais a vontade. Taylor se sentia leve, ela não se sentia mais tão pressionada pelas outras garotas. No fim, ela só fez o que muitas fazem às escondidas e que outras possuem vontade de fazer. E se a denominassem de vadia por fazer o que quer, então ela era um vadia, uma enorme vadia.


Notas Finais


Lembrando que: vejam essa fic como algo mais real. Geralmente, nas fics, quando um personagem tem ciúmes de outro é porque eles se gostam e tal e tal e tal, mas geralmente não é bem assim. Avril é ciumenta sim, mas por ter medo de perder as únicas pessoas que tem. Não significa que ela gosta do Adam. Mas também é possível, sei lá. Enfim, se abram para todas as possibilidades e não se fechem para as que as fics nos condicionam todos os dias.
Eu tinha algo a mais a falar, mas esqueci. Qualquer coisa, falo nas notas do próximo capítulo kkkkkk
Obrigada por lerem <3
Beijos


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