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História Up! - Capítulo I - Corra que o bombeiro vem aí!



Notas do Autor


A gente apareceu antes da hora pra agradecer os 170 favs no Social e os mais de 40 acompanhamentos no Nyah! Estamos adorando interagir com vocês e em breve vamos trazer mais ideias para usar e nos aproximar sempre de vocês!
Nos vemos daqui a 15 dias, ou antes (nunca se sabe quando suas leitoras podem te surpreender e você retribuir com surpresas também!)

Capítulo 2 - Capítulo I - Corra que o bombeiro vem aí!


Fanfic / Fanfiction Up! - Capítulo I - Corra que o bombeiro vem aí!

Capítulo I

Corra que o bombeiro vem aí!

Versão brasileira, Akatsuki

◘ 1 dia após Up, a festa do Ano

Itachi  

Sabe quando você mais tenta entender uma coisa, mais confuso você fica? Aí você pensa, que merda você fez de tão grande para merecer isso?

Pois é, lá estava eu sentado naquele quarto, cheirando minha  coleção particular de calcinhas (Vocês devem estar se perguntando? Que porra, ele usa calcinha? Não, ô seu filho da puta! Eu gosto de cheirar calcinhas, mesmo! Algodão estampado e liso, lycra, microfibra, liganete, cotton, mas minha paixão verdadeira são as rendas. Ahhhh!!! O poder curativo e revigorante de cheirar rendas. A textura. A delicadeza. O trabalho. Não sou doente, tá legal? Sasuke é! Ele é quem gostava de açoitar e dar ordens nas árvores quando criança. Se tem de culpar alguém, culpem o Wando com aquele papinho de: “Você é a luz , é raio, estrela e luar…” Aquele filho da mãe pervertido.)

Foco Itachi, mas diante da frustração de não me lembrar como foi a noite anterior e mais recapitular aquela manhã toda vez na minha cabeça não tá sendo fácil. Alguns se viciam em drogas, comida ... eu... em cheirar calcinhas.

Flashback

Forcei os olhos sentindo uma puta pontada na cabeça, abrindo lentamente mirei o teto meio sonolento e desnorteado. Senti um movimento leve no colchão. Puta que pariu, tinha alguém no meu quarto.

Eu sabia que estava no meu quarto por causa daquele costumeiro cheiro de vômito e o breu. Era festa toda semana, acha mesmo que eu me preocupo com limpeza? Se minha mãe visse o lixo que é esse lugar, ia acabar com a minha raça. Pelo menos Sasuke é mais organizado que eu.

A cama afundou mais um pouco e um terror tomou conta de mim, passei a mão lentamente pelo meu orifício, vai que..., sei lá eu não lembrava porra nenhuma da noite anterior, pelo menos nada relacionado aquela maldita festa.

Graças a Deus! A Goku! A Pai Hidan! A todos os santos protetores de bêbados e dos cus virgens, meu orifício está intacto. Não queria ser mais um para a estatística do: cu de bêbado não tem dono. O meu ainda tinha! Chupa criador deste ditado popular de merda!

Ainda tinha que tirar a prova real, o tato. Porra precisava verificar se era mulher ali, não queria perder meu posto de fodedor de bocetas que conquistei com muito custo, tá bom nem tanto, porque gostosura nós Uchihas temos de sobra, desde a época do meu vovô  Madara, o co-fundador da Kappa, e eu como presidente deste antro não podia ficar atrás. Meu avô era famoso por ter uma lista de A a Z com o nome de todas as mulheres que ele havia comido na faculdade, o cara era uma máquina de sexo e minha inspiração.

Desci minha mão pelas coxas, que pude constatar serem  grossas,  apalpei aquela  carne macia, lisinha e quente, senti meu pau latejar de cara seguido de um alívio imediato, era mulher, ou pelo menos não tinha uma piroca. Se fosse um homem, era operado, então nada de briga de espadas.

— Ufa! — soltei feliz da vida. E um gemido me instigou a continuar aquele carícia. Ahhhh uma foda pela manhã e o melhor que poderia fazer de cara limpa e pelo menos gozar consciente. Soltei uma risada continuando a brincadeira gostosa. — Você gosta né, sua safada? — ouvi um pigarro seguido de um empurrão nada gentil. O que eu fiz de errado? Ela parecia gostar. — O que? Você não quer um segundo round com o gostosão aqui? — a garota pulou assustada fazendo uma barulheira, me assustei, mas precisava ao menos ver se ela estava bem, estava de pau duro e não queria ficar com as bolas roxas, por não ter dado umazinha. — Ei, você está bem? — me levantei caçando o interruptor, seria bom ver pelo menos quem era!

Assim que a luz acendeu olhei para o emaranhado de roupas vomitadas e um pequeno embrulho no meio delas, quase enfartei.

— Puta que pariu! — gritei ao ver  aquele ser das trevas no meu quarto e o pior: Eu transei com aquilo. Desespero. Caos. Deus estava se vingando de mim só pode, eu já havia prometido não pegar minha irmãzinha de criação, eu jurei de mindinho que não faria isso. Sei o quão errado é gostar dela e ter pensamentos nada bons com a minha doce Izumi, mas as vezes é mais forte que eu. Principalmente quando vou visitar a sede da família Uchiha e ela está lá cuidando da minha mãe-emprestada, toda gostosinha, ou ficamos vendo filmes e conversando coisas bobas, Mikoto a criou, deu-lhe até nosso sobrenome, apesar dos laços que temos, nosso sangue não é o mesmo, Dá um desconto aí, Deus.  — Caralho... — bufei

— Itachi filho da puta Uchiha. — ela praguejou me tirando dos devaneios ao notá-la enrolada naqueles panos sujos e fedidos.

— Filha de Satã! — meus olhos arregalaram, meu pau amoleceu... KONAN! — Isso só pode ser pacto com o demônio! Deus, por quê? — eu joguei minhas mãos para o alto. — Exu eu já me livrei de você, já bebi 2 litros de água benta, já rezei para Goku, pai Hidan, o que mais eu tenho que fazer pra me livrar desse carma? Sessão descarrego? — eu perguntei.

— Escuta aqui, criatura insana... – eu a interrompi.

— Não começa com estes termos góticos, porque não tenho tempo para sua filosofia de porta de cemitério... — Olhei para ela que abria a boca repetidas vezes em incredulidade. — O que nós, digo.... o que você fez comigo? — gritei caçando minha cueca, porque volta e meia pegava aquela filha do demo observando meu mastro.

— Para de bramir, seu troglodita fétido! — eu cheirei meu ”suvaco” imediatamente, vai que tinha vencido, afinal eu não podia contar com a teoria do Rexona não te abandona. A bruxa fechou os olhos como se reprovasse minha atitude, vestia cueca sendo observado por ela.

— Não estou fedendo! — esbravejei.

— Sua alma fede, seu merda! — ela argumentou encontrando seu vestido, até que ela era gostosinha, tinha os seios firmes e grandes, corpo mais curvilíneo do que eu me lembrava, tirando seu cabelo roxo e seu estilo Mortícia Adams… Não… O que eu tô pensando? Itachi é a vaca da Konan, aquela louca da sua ex perturbada que prometeu te foder o resto do curso, só porque você chutou o seu traseiro. Óbvio que eu a chutei! Por quê? A garota só vinha com papo de como vamos morrer? OI? Eu quero viver! Ainda tem muita boceta fresquinha e calcinha pra cheirar por aí.

Ela colocou o vestido negro (aff jura, porque achei que seria diferente?) e me olhou com aquela cara de quem estava com dor no cu. Será que comi o rabo dela?

— Escuta aqui, Itachi, eu não sei que merda você pensou quando me convidou para essa festa, e o que quer com tudo isso, já falei que meu único propósito é foder com sua vida e transformar seus dias como fodedorzinho popular de merda em  lembranças, eu vou acabar com você... — Espera aí, ela havia dito convidou? Pois foi aí que eu parei. Mas eu nem organizei esta joça.

— Peraí, você disse convidou? — eu perguntei confuso. — Como eu convidei você se eu nem sabia dessa merda de festa? — ela revirou os olhos, tateou o bolso do vestido e me estendeu um convite negro com letras em neon” UP- A CASTIDADE É A MAIS ANORMAL DAS PERVERSÕES SEXUAIS“.  Até mesmo o endereço da República estava no convite. Eu lia aquilo xingando aqueles filhos de uma puta, que organizam as coisas pelas minhas costas — Porra mas eu cheguei ontem da casa do meu pai! E vi essa porra de festa! Estava uma semana fora, resolvendo questões... — eu parei e peguei a gótica olhando — Esquece!

— Está querendo dizer, que você não sabia de nada e que está tão sem entender quanto eu? — ela me questionou apreensiva.

— Pode apostar, filhote do demo, eu não iria pra cama com você novamente se não tivesse doidão! — eu ri notando seu semblante enrijecer e um leve trincar de dentes. Engoli seco, aquela expressão de quem comeria meu fígado no almoço dava medo. — Você não lembra de nada? — eu perguntei curioso, ela balançou a cabeça em negativo, mas parou de repente.

— Se bem que... — disse a doida.

— Se bem que? — eu a encorajei a falar.

— Apesar de estar tudo um branco, lembro de algo relacionado a 17 orgasmos. — algo estalou minha cabeça. Realmente aquilo me era familiar, mas também algo como isso seria difícil de esquecer.

— Porra! 17 orgasmos? O que o cara é? Um búfalo? Um leão ou a porra de um porco que consegue gozar 30 minutos seguidos... — parei para pensar.

— Não o cara, energúmeno. Mas a garota, ser nefasto das trevas. — ela disse isso? Engraçado porque se descreveu perfeitamente — Mas isso não tem como ser verdade, quem conseguiria uma coisa dessas? — ela divagou, eu sorri pra ela como se sugestionasse algo. — O que foi ? Você acha realmente que tem esse poder? Menos Uchiha, a morte com toda certeza pra mim é mais atrativa. — isso eu não tenho dúvidas.

— Como você pode ter certeza, se não lembra de muita coisa? — alfinetei a Monster High.

— Porque... Porque… — ela não conseguia justificar-se e parecia pensar. — Ahhh Uchiha, entenda: não sou igual as garotas que você costuma degustar. Ser igual a todos é medo de se mostrar como realmente é, e você bem sabe disso, não? — a filha do capeta manteve sua expressão de dor costumeira. Respirei fundo, aquele assunto novamente, o foda de ter ex namorada psicótica e rancorosa é que ela grava cada coisinha da sua vida e faz questão de jogar isso na sua cara.

— Ok, Konan! — chamei-a pelo nome chamando sua atenção. — Temos que descobrir o que aconteceu: Quem organizou esta merda? Por que o fez? O que bebemos ontem que fodeu com nosso cérebro?

— Sempre achei que seu cérebro era Ignoto. — ela me interrompeu com aquela cara de cu lambido.

— Não sei o que é essa porra de Ignoto, mas se não percebeu me atrapalhou na conclusão, enfim… — ela me observou. — Principalmente quem foi que conseguiu atingir esses 17 orgasmos, porque, com certeza, se chegarmos descobriremos quem nos fodeu… literalmente. — Konan se aproximou e apertou o meu saco com força me fazendo perder o ar.

— ARGHHH!

— Enquanto isso, nenhuma palavra sobre o que aconteceu, não muda nada, eu te odeio e você me odeia, se eu souber que você contou a quem quer que seja, eu corto seu saco e ofereço a seita do Pai Hidan. — eu apenas assenti quase sem ar. Konan soltou meu saco me deixando agonizando igual a um animal abatido em uma caça.

Flashback off

O barulho de sirenes ao fundo me despertou. Fodeu!! Fodeu! E eu só conseguia pensar: Sabotaram meu copo, fodeu! Sabotaram meu copo, Fodeu! Eu não sei que aconteceu!!!

Corri pra janela, ainda segurando a caixa com todas minhas calcinhas, ouvindo xingamentos e reclamações. Uma barulhada do caralho. Uma escada. Bombeiros. E um mundaréu de gente vendo aquilo

— Mas que... — eu olhei pra cima e foi o meu erro. Um par de bolas e uma piroca de europeu bateu bem na minha cara. Aquilo já era demais! Eu tava puto, mas puto pra caralho.

Usar a república para uma festa. (ok)

Sabotarem a bebida (ok)

17 orgasmos. Apesar de absurdo. (ok também)

Ter fodido a Konan. (humm, bem... O que vale é que eu não lembro… ok)

PORRA MAS UM PAR DE BOLAS NA MINHA CARA E UMA PIROCA DE EUROPEU NÃO TAVA NO SCRIPT, OOOO PRODUÇÃO!

— Mas que caralhos está acontecendo nessa PORRA de lugar? — eu parecia o Mufasa rugindo quando o Simba nasceu, chamando a atenção de todo mundo, inclusive do Sr. Pau de europeu que tinha os cabelos mais volumosos e lisos que eu já tinha visto.

Um estrondo na porta fez com que me assustasse e minha caixa de preciosidades caísse em cima do bombeiro que segurava a escada. Eu estendi a mão em desespero, me lembrei até da cena do Titanic, eu era o Jack e as calcinhas eram a Rose. Estranho não? O pior foi ver o vagabundo do bombeiro ainda pegar uma das minhas calcinhas, lê-se a que estava em sua cara, e cheirar, em seguida dar uma piscadela marota pra mim. Porra até minha coleção tinha ido pra puta que pariu. E ainda por cima eu tinha sido cantado por um bombeiro. Olhei para porta já querendo xingar o desgraçado que fez isso, mas congelei.    

— Questo è quello che voglio sapere, caro bambino? (Isso é o que eu quero saber, querido filho?) Che cosa sta succedendo qui? (O que está acontecendo aqui?) Cosa c'è di più, dov'è tuo fratello? (E mais ainda, onde está seu irmão?) — Fugaku Uchiha e seus capangas, a máfia italiana em peso. Senti a merda querer descer, mas tranquei meu cu. Estava fodido e Sasuke mais ainda.

Naruto

Estou no banheiro seja lá de onde estou.

As duas gostosas que era para eu ter comido ontem à noite, foram embora e para o meu azar as duas eram francesas. Eu deixei de comer duas francesinhas e aqui estou eu passando Gelol no meu pintão, alfa. (Estou tentando levantar a moral da grande cobra, mas depois dessa noite, entramos em uma lista dos virgens mais azarado da vida. Acho que até o Yudi do Bom Dia & Cia já comeu alguém , e aquele cara tinha uma cara de japonês virgem desgraçado.)

O 4002-8922 É o funk do Yudi que vai dar playstation 2. ( aposto que você leu no ritmo)

Fala sério, qual mulher daria para um mané desse?

Passo o gelol no soldado. Perdemos uma grande batalha aqui, meu caro. Vou alisando ele cuidadosamente. Tadinho, nunca entrou numa gruta ou cavidade úmida. Quer coisa mais brochante quando você está lendo esses romances adultos, daí a autora coloca   “cavidade úmida”? Associo logo com a batcaverna e imagino os morcegos e o Batman saindo de lá.

Continuo alisando. Cara isso está bom, muito bom.
Foco seu maníaco, deixa essa salsicha rosa. Salsichão, tipo aquelas calabresas de supermercado.  

Cara, eu não posso ver o meu pau que quero pega-lo. Cara, até eu que sou eu quero me pegar. Por que essas minas não caem em cima?

Até o funkeiros comem mulher e eu, alemão lindo descendente de Thor, e nada. O Mc Bin Laden tem mulher e eu não. — estou invocado, muito bravo.

Será que o segredo para comer mulher é cantar funk? Coloco a mão no queixo pensando.

Batidão, Batidão

vai, vai,

vai no chão, quero ver novinha relando bundinha no chão.

Ela toda gostosinha relando essa bundinha. Taca lhe pau, taca lhe pau. Levanta a mãozinha e faz um joinha. Aqui é o Mc Alemão, mão, mão , mão.

Mc alemão.

Aqui tu respeita, sei que tu geme quando tu ver o meu salsichão.

Vou trabalhar nisso.

Alemão do Funk.

Velho, eu vou ser o novo Eminem. (Pelo ao menos eu vou entender o que eu canto.)

Pera… o Eminem é rapper.

Mas, mesmo assim cara eu vou comer muita mulher. Começo a sorrir como um psicopata.

Sei que a mina que eu pegar, vou fazer igual a seleção Alemã, meter de sete na safada. Metralhadora, ela vai precisar fazer reconstrução vaginal com o Doctor Rey.

Quicando. Metendo o loko, três oito, oh bicho louco, pitt bull raivoso. Pitt bull não, pastor Alemão. Au, au.

Tento não me focar nisso já que meu basto está em pé.

Ouço barulhos de sirene dos bombeiros. Olho pelo o vidro da janela do banheiro. Cacete aqui está pegando fogo? 
Tenho que sair  daqui imediatamente, não quero morrer ainda não.

Ninguém chupou meu pirulito ainda.

Visto minhas calças nas pressas e saio correndo. Que lugar é esse?

Não consigo lembrar desse lugar ontem à noite. Em minha mente há apenas imagens vagas e distorcidas de alguma coisa. Eu estava na Up. Isso, na Up, cheguei lá eu me encontrei com o Sasuke, o maluco italiano mafioso  que algema as mulheres. Se eu for algemar mulher, é bem possível que ela me denuncie para os direitos humanos e a ONU. Enfim, o  cara tem imã para mulher, é só ele aparecer e as mulheres se abrem para ele. “me come, Sasuke”.

Deve ser aquele sotaque italiano, qualquer mulher geme quando ele fala em italiano e pode ser qualquer coisa mesmo, outro dia ele disse em italiano.

Ho mangiato la sorella. (Já comi tua irmã) e a tapada achou que era algo romântico. Tentei conquistar a mina dizendo que não existia olhos mais bonito que o dela em alemão, algo assim.

Nicht mehr schöne Augen haben Ihre

 Daí, ela me xingou dizendo que eu xinguei ela e ainda por cima era judia, me deu um tapa na cara e me chamou de nazista de bosta, que eu ia para o inferno e seria estuprado  pelo Hitler na câmara de gás.

Não tenho culpa que o sotaque alemão passa a impressão que quero mandar todo mundo para câmera de gás.

Olho o lugar e aqui rolou um puta orgia. Cacete.

Logo paro no meio do caminho e tem uns homens de preto armados. Nossa, senhora dos Não-Descabaçados, tremi. Meu pinto baixou.

Cacete, os caras estão procurando alguém, lascou tudo, será que aqui é ponto de droga? Puta que pariu, se meu pai sabe que estou aqui ele me mata, me joga na cadeia. Já estou de aviso prévio.

Tenho que fugir. 

Corro feito uma gazela e logo ouço um estampido de tiro. 

Vejo um cara gritando: Danou- se! Os alemães chegaram.

Eu tô no morro? 

Droga, não tenho para onde ir e os caras armados vem. Misericórdia, eu vou ser queima de arquivo e nem virei funkeiro ainda ou saí no bonde do Neymar. Eu nem comi uma panicat.

Eu não comi nem a Sakura quando ela era feia.

Só vejo uma janela aberta  na minha frente, eu não tenho saída. Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come, e eu sou macho, ninguém me come. Me aproximo da janela e passo por ela. Cacete. Eu tô na Kappa. 

Isso aqui tem uns cinco andares e estou eu no parapeito da janela no lado de fora. O vento está forte e frio, é sempre inverno nessas situações . 

— Eu não quero morrer. — digo me escorando na parede.

— Não se joga em nome de Jashin-sama. — ouço um cara gritar.

— O que viado? — digo, mas ele não me escuta. Olho para o lado e vejo uma caminhão dos bombeiros e agora eles arrumam uma cama elástica enorme.

— Não desperdice sua vida assim. — Estão achando que vou me matar. Puta que pariu.

Tem uma multidão aglomerada e pisoteando a grama verde da Kappa. Agora que eu percebi que os tijolos do prédio são alaranjados em um estilo vitoriano antigo.

— Seja lá o problema da sua vida, Jashin-sama pode te ajudar! — uma outra grita. — Pai Hidan pode te ajudar!

Ai que chegou um carro de uma emissora local para fazer cobertura do acontecimento. Vejo que tem uma maluca descendo do telhado, parece a Tenten. O que é que isso? Alguma festa depois do apocalipse?

O cinegrafista aponta a câmera. Droga, eu não posso aparecer no Datena,  minha mãe não pode me ver aqui e muito menos meu pai, já estou cheio de problema com ele desde que ele descobriu meu cadastro no Estado Islâmico.  

Não que eu quisesse ser um terrorista, longe disso e tudo mais, mas um amizade que eu fiz amizade no Bate-Papo da Uol, o Mohamed Ashun Alarias me falou que quando um muçulmano morre em um ato violento, ele vai para o céu e tem direito a setenta virgens. Como o meu estado já não é dos bons, pensei que na vida pós-morte eu iria me dar bem. 

Não posso ficar aqui.

Não tenho escolha. Vejo que os bombeiros posicionaram uma rede de proteção também. 

Momentos de tensão.

Se a minha vida agora tivesse uma trilha sonora essa seria o toque do Missão Impossível, aquele lá com o Tom cruise.

É agora ou nunca.

Como diria alguma bicha querendo um close: Cada mergulho é um flash. Me jogo. São alguns segundos de queda livre.

Caio na câmera elástica e foi realmente um flash. Foi como um curto transe e quando dou por mim estou pulando na cama elástica, subindo e descendo.

Como diria o Faustão: Ô, lôco bicho!  

Como um gato, sou rápido e pulo para fora. É agora ou nunca.

O tema de Missão Impossível ainda está na minha cabeça e eu começo a correr, corro como um queniano na maratona de São Silvestre ou ladrão de galinha, se brincar eu sou o novo The Flash. 

My name is Naruto Uzumaki, I’m the fastest man alive ! 

Atropelo algumas pessoas na rua, estou correndo mais que o Rubinho Barrichello.

Chupa Rubinho! (Qualquer um corre mais que o Rubinho, péssima referência.) 

Minha casa não é longe e rapidamente vejo minha casa. Ainda é cedo e por sorte, não terá ninguém em casa. Passo pela vizinhança e tem umas velhinhas cuidando de seus respectivos jardins. Aceno para elas já tranquilamente.

Mentira, está me faltando ar.

Chego em casa, abro a porta vagarosamente. 

— Hitler! — meu cachorro, meu Pastor alemão, porque quem tem cachorro de raça chama o dog pela raça. — Bonitão! Epa... para, Hitler. — ele tem um péssimo costume de querer pegar qualquer um, meu cachorro está no cio (até o cachorro não é virgem). — Hitler, respeita, eu não sou tuas cadelas! — consigo tira-lo de perto de mim e subo em direção  ao meu quarto,

Antes que você venha com mimimi, “ai o cachorro dele se chama Hitler, ai logo Hitler, merece ser virgem mesmo. “

É Hitler,  pois é engraçado passar uns comandos para ele tipo: pega a bola Hitler, para de lamber o saco, Hitler deita, agora rola. Hehehe

Eu sou doente mesmo.

Meu pau tá doendo e meus lindos pentelhos loiros estão coçando. Neji indicou usar Dove no cabelo do saco. Deu efeito, estão até lisinhos.  

Ouço um barulho estranho vindo do quarto do Konohamaru, me encosto na porta e tento ouvir. 
É um gemido?

O moleque já aprendeu a arte do ninja renegado? 

Abro a porta e puuuts! 

— Naruto! 

— Konohamaru. 

— Naruto! — me ceguem, por favor! Meu irmãozinho de quatorze anos está em um sarro violento com a vizinha, a Moegi, essa mini safada veste a blusa desesperadamente e corre.

— Você matou a aula, demônio?

— Babaca, me atrapalhou. — para a Terra eu quero descer. 

— Como que você conseguiu atrair a vizinha? — pergunto cético.

— Disse que era fã de K-Pop .

— K-pop? — digo sem entender — Isso é alguma música da Lady Gaga? — Então ele me mostra uns vídeos de uns caras que conseguiam se contorcer mais que minhoca. Hmm, essas cocas são fantas. — É  BTS .

— Que doença sexual é essa ? — falo confuso. Para que tanta sigla? 

— Meninas gostam desses caras, BTS, TVXQ... Esses lances. — olho incerto aquilo, não sei identificar se são meninos ou meninas. — Finjo que gosto e elas caem na minha.

Saí do quarto do Konohamaru apenas com uma certeza: Eu sou o fracassado da família. Nunca vou comer uma pepeka na vida. Entrei no meu quarto e vejo a Hannah próxima da minha cama. Me deito e pego minha companheira.

— Pelo ao menos você não engravida, minha safada — É meu consolo e ela ri, ela é de pilha.

Não me resta o que fazer, apenas cantar até adormecer.

Bunda lelê,  bunda lelê se eu ficar o cacete vai gemer.

Bunda lelê,  bunda lelê se eu ficar o cacete vai gemer.

McAlemao  tá tão rejeitado,  tô numa fase que nem zika pego, tá impossível, oh vida difícil.

Honestamente, eu deveria era cantar brega, iria fazer mais sucesso que o Pablo.

Já tenho até nome do cd:

Naruto do brega volume I.

Essa é para você que achou que eu estava aqui sofrendo… e estás certo, uhu!, está certo

Ino

Oh Marilyn! Nunca imaginei que veria Sai outra vez em minha linda existência. Como eu fui tola, como eu fui burra, se Karin estivesse aqui diria que a tinta loira está fazendo efeito, sou loira original, mas loira num tom escuro, por isso eu platino meu cabelo. Agora estou aqui olhando a minhoca branca de toalha. Como que eu não o reconheci ontem? Como eu fui fazer um ménage com o gostoso do Gaara e esse cara? O pior sexo da minha vida foi com ele, não que eu fosse à expert na época, mas simplesmente foi horrível.

— Loira o gato comeu sua língua? — Antes fosse Gaara.

— Surpresa Ino? Ontem você não estava surpresa.

— Ora seu... Ah socorro!

A porta do quarto foi derrubada e homens vestidos de ternos que eram da, Armani entraram com armas em suas mãos.

— O que é isso?

— Olhem tudo até o banheiro e vocês não se mexam.

Um homem que parecia ser um armário empurra Sai da porta do banheiro e entra, outros dois homens de terno entram no quarto, certeza que são da MIB e Gaara está vermelho da cor de seus cabelos, nem quero saber o motivo preciso sair daqui.

— Signore tutto pulito, il bambino non è in questa stanza. – O homem de preto fala em espanhol no celular, fiz espanhol no colegial e sei que eles vão apagar nossa memória ou nos matar, que mate o Sai.

— Ei cara eu posso pelo menos colocar as minhas roupas? — Isso Sai faça algo útil e chame a atenção deles.

Pense Ino você precisa sair daqui, dois caras deixam o quarto e só fica o que falava no celular, certeza que foram buscar os sacos para guardar os corpos, oh Marilyn me salve.

— Ô Guru, você não era estrangeiro? — Pobre Gaara que gosta de ser o fodão, foi enganado pelo lombriga branca.

— Silenzio! — Escuto uma falação das pessoas que provavelmente estão ainda na festa.

— POLÍCIA!

Para minha salvação escuto a palavra mágica que distrai qualquer ser,  é agora Ino, sua chance, ele se distraiu. Jogo minha blusa na cara do MIB e saio em disparada pela porta, estou de sutiã e saia, não me importo, pois estou até muito vestida apesar de estar sem calcinha.

— Bionda stupida! — Só consigo ouvir os gritos em espanhol do homem da MIB que enganei, não será hoje que você apagará minha memória.

Corre Ino, pense que o príncipe Harry está a sua espera e corre. Desço as escadas e quando chego ao térreo escuto Sai.

— Volta aqui Ino! Você e eu ainda não terminamos. — Ouço também um barulho de briga, tomara que Sai quebre o nariz.

— Sai, volte para a puta que te pariu! — Esse cara parece ter brotado do chão, eu não posso reviver toda a bosta que ele fez na minha vida.

O salão principal está lotado de gente semimorta, céus agora eu entendo porque que a MIB está aqui, aparentemente fomos atacados por ET’s. Não sei o que foi feito a essa gente, mas acredito que tudo isso tem uma relação direta com a minha amnésia. Quem transa com dois homens, mesmo um sendo um bosta, e não se lembra de nada? Nem na festa da vitória do campeonato patrocinada pelo time da UK eu fiquei assim.

— Ino, nos ajude. Ino! — Sorry, não posso ajudar ninguém além de mim mesma.

Não posso parar, nem para ajudar um amigo, eu tenho a vantagem de território, não sou a típica líder de torcida loira e burra, eu assisto Discovery sei como sobreviver, como conheço o território sairei daqui antes de todos. Entro na dispensa da Kappa, preciso me disfarçar para não ser reconhecida na rua, pense Ino, o que a Marilyn faria nessa situação, pense! Se a Jack Kennedy chegasse no barco do JFK e a Marilyn estivesse nele, o que ela faria? Olho para as prateleiras e tenho a melhor idéia do mundo, Ino você é um gênio!

Deidara

Sabe aquela história de que nada pode abalar sua felicidade? Essa é a mais pura mentira já contada nesse mundo, ou melhor, nessa galáxia. Nós saímos de um banheiro fedido e cheio de vômito e por incrível que pareça felizes da vida achando que só teríamos que nos esquivar dos bêbados que mais pareciam tapetes no chão da festa, mas sair daquela casa se tornou uma missão impossível. Sabe por quê? Você nem imagina o que eu e meu ruivo sedução passamos? Foi a treva.

Ao passar pelo salão principal da festa ou caldeirão do diabo, os zumbis bêbados da UP agarravam nossas pernas como se fossemos carne fresca, bem literalmente eu sou uma carne fresca e macia de primeira qualidade, foi quando no meio do trajeto alguém gritou a palavra que nunca se grita em nenhuma festa Uchiha, aquela palavra independente do horário era o trovão que precede a tempestade, gritaram bem alto “POLÍCIA”, e todos os mortos vivos do caldeirão se levantaram.

Se existe inferno eu estava nele, justo eu que tinha saído do paraíso e pra piorar tudo Sasori se agarrava em mim como se eu, justo eu, fosse sua salvação.

— Deidara, nós vamos morrer. — Que lindo heim, se mostrou todo macho alpha com o Kakuso e agora na hora que preciso do poderoso alpha ele vira um chihuahua.

— Saso, nós não vamos morrer, nós vamos sair daqui como borboletas no verão. — Como eu queria que isso fosse verdade.

Estávamos no meio do bolo zumbi, no meio da muvuca que se formou quando um filho duma puta gritou que tinha polícia chegando. Olho em volta e vejo homens elegantes de terno preto, até máfia compareceu a festa, isso aqui tá pior que o Esquenta da Regina Casé.

— Dei, eles estão arrastando a gente, eu acabo de sair do armário e já vou morrer.

— Nem você e nem eu iremos morrer, espera aquela é a Ino? Ino nos ajude, Inoo…

Sim era a Ino saindo do meio da nação zumbi, eu reconheceria aquele cabelo loiro de farmácia ressecado há quilômetros de distância.

— Saso, vamos na mesma direção que a biscate da Ino está indo, ela deu pra metade dessa festa e a outra metade a Karin comeu, ela conhece bem esse lugar.

— Eu abro caminho, Dei. — Isso mostra que você é meu macho alpha e eu sou teu marcado.

Aos poucos conseguimos sair do caldeirão demoníaco dos zumbis e olhando eles de longe consigo entender o motivo de tudo aquilo, a porta de saída era pequena para a quantidade de gente querendo sair.

— Saso, eu perdi a Ino de vista.

— Não a perdemos não, ela entrou naquele cômodo ali. — Me mostra a direção seu lindo, sossega essa sua deusa interior bisha, foco Deidara.

Abrimos a tal porta da esperança e encontramos uma espécie de dispensa da casa, até aí tudo bem, afinal deve haver uma saída para os fundos nesse cômodo. Eu já disse que o que teve de lindo e magnífico na noite que passei com o Saso esse dia tem de infernal? Como num filme de terror somos atacados por espíritos dentro da dispensa da Kappa.

— Socorro... — Gritamos, mas não sei quem treme mais se é eu ou o Sasori.

As latas das prateleiras começam a cair em nossas cabeças, onde estava a marmota da Ino? Ela foi arrastada para o inferno igual à loira do filme. A porta por onde entramos simplesmente emperrou ou foi trancada pelo poder sobrenatural do lugar, a pouca luz que vinha da minúscula janela não ajudava em bosta alguma e pra ajudar mais uma caixa enorme caiu bem na frente da bendita janela, quando volto a realidade estou sozinha, ô meu Pai Hidan exorciza esse lugar.

— SASORI! Espíritos devolvam meu boy! Eu faço qualquer coisa, eu juro que encontro uma virgem pra vocês levarem para o inferno, mas devolva meu alpha. — Eu estou destruída, desolada, nem o padre Quevedo nos salvaria, me sento no chão e começo a chorar até que uma luz é acesa e sou abraçada por meu homem.

— Hei, calma. Eu fui procurar e acender uma luz, já to aqui.

— Nunca mais faça isso! Eu quase arranquei meus cabelos, prometi uma virgem aos espíritos, onde eu iria achar uma virgem?

— Na igreja do Pai Hidan deve ter alguma. — Só Sasori pra me fazer rir depois desse susto.

— Meu bem, eu sou mais virgem e pura que todos os fiéis do Pai Hidan juntos.

Achei que Saso fosse rir do meu comentário, mas sinto seus músculos enrijecerem, olho em seus olhos e ele está petrificado olhando para o alto, sigo seu olhar e a vejo.

— Meu Deus!

— Sa...Samara. — Saso completa meu pensamento.

No alto das prateleiras está o ser mais medonho o universo, seus cabelos negros estão todos bagunçados, céus nem o Pantene com o Clear do Neji acalmaria aquele ninho de pássaros. Ela está mexendo freneticamente em uma das latas, Deus eu não vi a porra do vídeo do poço, só vi pornozinho leve esses dias, entramos sem querer na casa do diabo.

Ela para e nos olha, seus olhos azuis estão confusos ao nos ver, espera aí, Samara não tem olhos azuis. Oh meu “Padim Ciçu”, Odin, Zeus, cruzaram a Annabelle com a Samara, é um tipo de fusão. Ela vai comer o coração puro do meu boy e usar meus cabelos, sim porque eu só tenho meus lindos cabelos loiros naturais de puro nesse corpo. Seremos fantasmas comandados por ela aqui na Kappa, até os Winchesters chegarem para queimar nossos ossos e matar “Samabelle”.

A fraca luz do teto pisca e Sasori treme, “Samabelle” desce lentamente da prateleira, é o fim, morrerei aqui na dispensa da Kappa, pelo menos dei muito antes de morrer. Ela se aproxima, tem mãos negras, está seminua, até no mundo espiritual existe piriguete, Sasori se agarra em mim como se eu fosse à tábua vagabunda que salvou a Rose do Titanic, acho agora que eu sou o alpha e ele meu marcado. E então a demônia abre sua boca infernal para nos dar a sentença final.

— Deidara? Sasori? — Eu conheço essa voz de guenga, Odin... Samabelle possui a Ino.

Ela agora é uma versão de Carrie a estranha possuída pela mãe do Crowley. Só espero que a memória dela tenha sido apagada, que ela não se lembre das vezes que fui irônica ou invejosa, mesmo eu sendo essa maravilha toda aqui Ino pegou todo o time de futebol, quem não teria inveja?

— Deidara, estou falando com você. — Ino/Samabelle estala os dedos na frente do meu rostinho.

— Vo...você vai nos matar? — Sasori finalmente sai do transe, confesso que pra fazer essa pergunta eu preferia que ele tivesse ficado calado.

— Eu matar vocês? Estão bêbados, drogados ou os dois? — No fim da minha linda vida me perguntam isso, é o fim! Nem na hora da minha morte tenho respeito.

— Samabelle, se vai nos matar, seja rápida. Sasori é inocente não merece sofrer.

— Sama o que? Deidara sua louca sou eu Ino.

— Você não morreu ou está possuída? — Eu juro que se ela responder não eu mesma mato ela.

— Oh Marilyn! Estou mais viva do que nunca.

— Eu vou matar você sua vadia! Esse seu cabelo seco nunca mais será visto porque eu vou arrancar todos os fios com as minhas mãos de fada!

— Deidara, se acalme. Ino deve ter uma explicação, nós precisamos sair daqui primeiro depois você dá um ataque. — Agora ele vem bancar o alpha.

— Explica sua guenga o que houve com seu cabelo que era loiro até meia hora atrás e porque você está aqui na dispensa da Kappa.

— Eu entrei aqui para me esconder e quando vi o pó de café no alto da prateleira pensei em usar para mudar a cor de meus cabelos que estavam um pouco molhados ajudando o pó de café a grudar nos fios. — Não quero nem imaginar o que molhou a gafuringa que Ino chama de cabelo.

— Eu sabia que alguma você iria aprontar, você e Karin não vão á uma festa pra não causar. Agora vamos sair dessa sala dos horrores logo. — Sasori assiste nosso diálogo como se fosse um show, depois ele verá umas coisinhas.

— No final do corredor tem uma saída para os fundos da casa, não me pergunte como eu sei disso. — Que inocência Ino, todo o campus sabe como você conhece essa casa ninguém aqui precisa fazer essa pergunta.

Finalmente a luz do sol, finalmente saímos das trevas, chega a ser reconfortante ver como Ino está horrível com o cabelo todo embaraçado e cheio de pó de café, as mãos pretas pelo ato de “pintar” o cabelo, se ela está desse jeito lamentável eu imagino o estado da Karin. Se a Mysterious ver ela assim dedicará uma semana toda no blog para discutir a nova tendência da moda que a patricinha da UK lançou. Preciso descobrir o que houve para ela chegar ao fundo do poço dessa forma, ah curiosidade.

Ao chegar no quintal vejo os bombeiros colocando escadas até o telhado da casa, céus botaram fogo na casa? E escuto um grito e os zumbis que saem da casa olham para o telhado.

— Meu Deus!

Só isso sai da minha boca, Ino está sorrindo como a hiena que se salvou na arca após o dilúvio e Sasori está olhando com atenção a cena, espera um pouco, como ele ousa olhar isso na minha frente?

— Não olhe Saso! — Corro e tampo os olhos dele, é muita tentação até mesmo para mim.

No alto do telhado da Kappa está Neji Hyuuga,começando a descer em uma escada como veio ao mundo e junto dele no telhado a garota caipira bruta. A internet vai cair hoje diante de tanta informação, onde está meu celular pra tirar uma foto ou fazer um vídeo desse acontecimento? Ele é o garoto propaganda de uma marca de xampu, um vídeo dele nu num telhado renderia muito dinheiro e a bicha aqui está falida depois dessa festa, para a minha pobreza uma equipe de TV chega no local, terão exclusiva. Neji se vira um pouco na escada e tenho a visão de seu nu frontal, que beleza, que lindo, é disso que o povo gosta, estilo europeu assim como o de Sasori.

— Que delicia hein, faz comercial assim. — Como Ino é fogosa, nasceu com a pomba gira no corpo.

— Querida não era você que queria se esconder? Gritando assim até o pateta te acha.

Ela se cala e sai correndo, ah não se fazem piriguetes como antigamente, essas de hoje vieram com defeito. Vejo o que tanto Neji olha e em uma das janelas está o querubim virginal do campus, Naruto finalmente dará fim ao seu sofrimento, ele vai se entregar a morte e eu serei testemunha, a Terra irá comer o que eu não comi, que pena. Os bombeiros montam uma cama tipo elástica para a o garoto QI de ameba em coma pular, não teremos suicídio assistido hoje no campus, quem sabe na próxima.

Após a saída triunfal do loiro resolvemos ir embora da festa, estou morta, mas ainda tenho um almoço com a avó de Sasori, bicha exclusiva conhece família e tudo, sinta o poder da purpurina invejosas.

Tenten

Tomar ventinho nas partes que o Sol não vê é uma delícia. De verdade. Só que no meu caso, o Sol tava vendo era tudo também. Já tava pensando em passar protetor solar na xana pra ir na próxima festa do Itachi quando o bombeiro chegou.

— Eu desço primeiro, Tenten. Minha pele já tá ardendo.

— Deixa de ser afrescalhado, cavalo!

— Ah, Tente, vai tomar no cu.

— Tomar no cu é verde, verde é bambu, bola na rede, meu pau no seu cu!

— Você não tem pau

— Eu arranco o seu, colo em mim e finco no teu rabo. Talvez assim tu pare com essas frescalhações. Vire homem, cabra. Parece uma gazela. Deidara não faz tanto drama quando quebra a unha quanto você quando tá no Sol. Eu, hein. Vira homem, porra! — Olhei para os bombeiros que estavam levantando a escada. — Prepara essa bunda de cabrito e se arrasta pra baixo daqui antes que eu te jogue desse puleiro! Não rela na minha paciência!

É nessas horas que entendo a evidências disfarçadas do Chitãozinho e Xororó. Deuzolivre, evidenciar pra um toco de amarrar unicórnio desses que a gente tem uma queda de cavalo raivoso por ele. Imagina só? Ia virar um Edward da vida, um daqueles galãs de filme. De Christian Grey já basta o afrescalhado do Sasuke que acha que é macho demais.

Deus é pai, não é padrasto. Essa vida de nudismo já tava me irritando. Desci a escada na maior posse Cowgirl nem aí pra falta de roupa.

Nasceu todo mundo pelado aqui e minha bunda é bonita pra caramba, tem mais é que ver mesmo. Arre.

É por essas e por outras que o pessoal dos sertanejos vive largando o amor da vida. Não dá certo investir no cowboy se ele não sabe dar laço. Melhor morrer sozinha do que viver pra sempre com um bode que se preocupa mais com o cabelo do que contigo.

Imagino ele chegando atrasado no dia do nosso casamento. O Leonardo (porque casamento meu tem que ter cantor das modas de viola) já vai tá cantando as músicas do Daniel e a donzela não iria chegar ainda.

Ouvi o Itachi soltar uns gritos femininos e quando me inclinei pra olhar, as bolas do Neji estavam na cara dele que tava coberto por calcinhas femininas.

Esse burro é mula, eu sabia!

— Eita, nós! Dona flor e suas calcinhas rendadas. Tem uma pra me emprestar?

Itachi se distraiu com mais alguma coisa dentro de casa. Um carro da rede de televisão chegou e saiu correndo pra tirar fotos. Ouvi um barulho de toque de celular e comecei a procurar em cima do telhado, tava entre duas telhas e era o do Neji. Atendi mesmo porque educação é uma coisa que eu não tenho.

— Pode falar, o cavalão tá ocupado.

— NEJI, METE O PÉ DAÍ! METE O PÉ DAÍ AGORA!

— Olha, aqui não é o Neji e faça o favor de não gritar que meu ouvido não é feno de curral, não. — Olhei lá pra baixo e Naruto tinha acabado de pular numa cama elástica que prepararam pra mim. Eu que não ia descer daqui. Deus me livre e guarde.

— AVISA PARA O NEJI SE ESCONDER, VÃO ACABAR COM CARREIRA DELE!

— Tarde demais, a bundona dele já foi fotografada. E que bunda bonita, num é?

— É sim… Pera. MEU DEUS, MEU EMPREGO, A CARREIRA, A GENTE…

— Olha, toma uma água e depois liga de novo. Eu tenho que ser carregada por um bombeiro bonitão e senhor tá me atrapalhando. Deixe de ser empata foda. — Desliguei o celular e estendi os braços para o bombeiro esguio bonito demais sô que me olhava parecendo o Cowboy que conquistou a mocinha da cidade. Ou ele era a mocinha e eu era o cowboy. Nunca se sabe. — Se o senhor for legal, deixo apalpar meus seios de boas.

É como diz aquela música: olhando assim nos olhos teus sei que vai ficar nos meus a marca desse olhar.

Sasuke

— Figlio di uma cagna! — Amaldiçoei Itachi mais uma vez, não sou de me aproveitar do fato de nós sermos filhos de mães diferentes, mas desta vez eu ia.

Graças aquele filhote de dragão de komodo eu nunca estive tão negativamente fodido na vida. Me arrependo de ter ido nessa porra de festa, de ter enchido o rabo (um rabo que as garotas adoram, aliás) de pinga, acordado atrasado e “desaparecido”, desaparecimento esse que me custou um carregamento inteiro de neve.

Puta que me pariu (perdão, mama, sei que não é fácil parir um beldade masculina como eu) nem fecho as vistas dois minutos, e um filho da puta tenta sacanear o meu negócio.

Ás vezes queria ser como o Itachi. O filhote de belzebu teve a sorte de nascer fora do casamento e das vistas do dono do ótimo esperma que me gerou. (Aliás, Itachi nascer antes de mim, serviu pro saco do coroa aprender a selecionar campeões de qualidade, nasceu primeiro ele (ou foi excretado (?)) E depois veio eu, o produto de esperma mais bem feito que você respeita). Itachi é fruto de uma pimbada a toa que o garanhão Uchiha (daqueeeeela época) com uma americana, ele foi embora de volta pra Itália, casou com a dona do melhor útero que até eu respeito (porque né? Fez eu) e teve o bambino mais lindo da Itália durante seis anos consecutivos (Sim, saiu até em revista e programa de TV) e só quando eu tinha uns sete anos fui saber que tinha um tal de irmão mais velho (who?).

Ninguém acredita na surpresa que eu tive de saber que tinha um irmão, não porque acho o velho um santo, aquele lá só não vacila porque se vacilar mama come o rabo dele com farinha de vidro e pimenta do reino (e consequentemente, não por causa disso, eu sou um ótimo filho também). O que me surpreendeu mesmo foi todo mundo dizer que aquela placenta, se parece comigo, e (pasmem, minhas bambinas) é tão bonito quanto eu!.

AH VÁ?! SÉRIO MEMO?!

Não vou negar que tem lá umas coincidências, afinal mesmo o esperma que me gerou sendo indubitavelmente mais aperfeiçoado, rápido, altivo, sexy, atraente e que deixa qualquer óvulo todo eriçado, ele ainda veio do mesmo saco que o esperma pangaré que fez Itachi.

E como é uma regra de família, só o filho de casamento legítimo, (eu mesmo, Sasuke Mell-.. digo, Uchiha) pode herdar todo o negócio. Então Itachi só foi criado comigo e nos víamos mais nas férias, ele não quis vir morar conosco e deixar a mama dele sozinha na América e embora o velho tivesse todo o poder para tirar ele dela, e minha mama já tivesse castigado ele o bastante pelo vacilo, acho que ele só não queria ter outro filho nessa vida bandida.

Eu invejava não ter essa responsabilidade às vezes. Eu tinha que cuidar de tooooda a riqueza da família, meter bala no rabo de qualquer um que tentasse nos derrubar, esconder lindamente todo o tráfico da polícia, comer muita mulher gostosa pra deixar clara a masculinidade dos machos da família (melhor parte ever), viver em uma mansão, andar de Ferrari e lancha de luxo (porque não basta ser podre de rico, tem que ostentar) e casar com uma bambina que adore receber umas boas palmadas na raba todo dia e que tenha um útero tão primeira classe como da minha mama, pra garantir uma nova geração Uchihas fodedores da porra toda.

Pensando bem... Porque invejar a liberdade do Itachi? O coitado precisa ao menos ter algo pra se gabar…

Acho que não vou atirar no rabo dele quando o vir hoje, acho.

MAS, alguém ainda precisa ser castigado e acho que já sei onde vou descontar minha frustração.

Na raba.

Grande (?)

Redonda (?)

E gostosa (?).

Da filha da puta que eu comi ontem!

E vou comer a boceta também (mesmo esteja mais pra premiação do que castigo, hehehe).

MAS.

Pra isso, tenho que achar filha da mãe.

Hinata

Acordei.

Minhas costas doem bastante, acho que não irei colocar o sutiã tamanho 52 (sim, eu tenho peitão) que ganhei de presente da profeta HareKrishina. Irá doer. Eu sinto a dor do pecado passando por minhas costas. Eu mereci essa punição.

Visto uma blusa do último encontro das virgens na Espera do Varão Prometido, o ruim dessa blusa é que um chaveiro patrocinou o evento e o'slogan atrás não é dos melhores.

“Entro em qualquer buraco.”

Lembro desse encontro, foi na sede do templo do pai Hidan. Foi um dia muito bonito ,milhares de virgens em um único lugar, todas tomando banho na piscina da unção, segundo Pai Hidan, essa piscina tiraria tudo de ruim que impedia o meu encontro com o varão. Lembro que depois do meu mergulho ele me abraçou calorosamente e fez uma espécie de limpeza espiritual com as mãos dele. Eu senti o poder formigando de minha pele, minha carne tremeu, eu senti o mal indo embora. Shanais as sashas das xuxias.

Amarro meu cabelo e vou ao banheiro, mas antes procuro o meu cd do padre Fábio de Melo, eu sou apaixonada por ele. Eu tenho todos os cds e fiz um Twitter e Snapchat por ele. Coloco meu CD dele. Lindo, já beijei tanto a capa desse álbum. Lindooo, maravilhoso… dou um tapa no meu rosto antes que eu continue.

A música toca e eu levo meu Moto G com a capa do pai Hidan para o banheiro, na igreja vende essas capinhas e são anti-roubo, assim ele disse.

Sento no trono e abro o meu Twitter

@PombinhaUngida. Já tinham usado o @IrmãUngida.

Olho o twitter do padre, sempre há um tweet edificante para iniciar um dia.

Minha barriga não está nada bem, acho que vou demorar por aqui. Não me julgue porque estou com o celular no banheiro e possivelmente no segundo ato, você faz o mesmo. E por aqui, a única que julga sou eu, então sai demônio.

Olho o Twitter do dia:

“A pessoa ficou bem na foto, percebe que o coleguinha ficou péssimo, mas posta mesmo assim. É uma cena que se repete muito.”

Concordo  padre, aquela vaca, que dizer pessoa sem luz da Karin, ela faz questão de me botar nas piores postagens do Instagram.

Aliás, aquela ímpia está me devendo uma visita ao templo, mandar sms para ela.

“Te arrepende, eis que o tempo é chegado, pecadora. (coloco um emoticon de faca e fogo juntos, pois é assim que vai ser o inverno, capeta vai espetar com uma faca o tempo todo. Churrasco de pecador, me arrepio toda.)

Aliás, bom dia Karin.

Cadê a visita que prometeu lá no templo de Pai Hidan? Vamos salvar essa alma pecadora, amor.

Ah, tenho a nova revista da Avon, teu sabonete íntimo veio com desconto, como sei que tu usa mais de três, marquei. (do que adianta lavar, Jashin sabe que está suja.) E estou vendendo Jequiti também.

Aguardo a resposta.”

Droga,  estou precisando comprar Activia.

Termino de ler as postagens do padre e vejo que tem algumas com o espírito de prostituição atrás dele.

Descaradas, marco todas: VOCÊS VÃO SE CONVERTER!

Karin demora a responder, será que está em coma alcoólico?

Tomo o meu banho e vou à sala, está na hora de eu ver a reprise da novela da Record, não vejo as da Globo, são demoníacas.

Quando chego tenho uma surpresa, encontro Hanabi e o pai Hidan na sala.

— Pai Hidan! — beijo sua mão. — Que milagre vê-lo por aqui.

— Hina… Na-na-na verdade fui eu que chamei o pai Hidan. Eu ouvi o barulho da chibata desde de cedo, fiquei com medo de você machucar seu lombo santo. — diz Hanabi, não queria que ela tivesse escutado minhas chibatadas, Hanabi ainda é muito nova e não tem noção do pecado.

— Tudo bem minha irmã. — Digo e percebo que o pai Hidan está olhando atentamente a casa.

— Irmã Hinata, eu estava aqui advertindo Hanabi sobre dar audiência às novelas. Você sabia que almas estão morrendo enquanto vocês está dando atenção a essa novelas que tem tudo pacto com o satã? — Pai Hidan falou enquanto engolia uma rosquinha e a  Hanabi revirou os olhos. Tadinha, ela ama as novelas dela.

— Pai Hidan, essa novela é ungida, não tem obra de Satanás e os atores da novela eles pagam o dízimo. — digo, li essa matéria no Ofuxico Gospel.

— Minha querida irmã, não deis ouvido à essas matérias mentirosas. Você devia estar assistindo Moisés ou então trabalhando para pagar o dízimo duplo, assim Jashin-sama lhe abençoará duas vezes mais.

— Pai Hidan. — Hanabi puxou a ponta de sua batina. Inspirada no modelito da Barbie Crente — preciso de um conselho ungido para um problema que eu tenho sentido…

— Qual problema irmã? Pensei que tinha tirado suas dúvidas ontem quando me perguntou como deveria ser a higiene daquela parte.

— Oh querida irmã, eu só perguntei sobre isso, pois eu vi você noite passada usando um dos pepinos da mamãe em sua gruta sagrada, não sabia que esse vegetal fazia limpeza em nossa canaã celestial. — Quase caio para trás, misericórdia.

— Irmã Hinata, é esse o exemplo que você dá para as novas convertidas? Pegue sua chibata da purificação, será necessária uma campanha de fogo aqui neste lar, expulsaremos o demônio da pomba gira que habita aqui.

— Não é nada disso pai Hidan, usei o pepino para purificação, a apóstola HareKrishina nos ensinou em um dos discipulados aquele de Como ser uma virgem no mundo de tantos bastões, purificação do vegetal. Ela nos indicou um pepino, pois simula aquela coisa pecadora do homem e ela disse que quando estivéssemos tentadas a algo, colocássemos o pepino e assim veríamos o quanto dói. Pura purificação.

— Poxa vida, eu não lembro desse discipulado. — Hanabi fez beicinho incomodada com a situação. — Quando foi isso minha irmã?

— Você faltou miserável. — tusso. — Quer dizer, menina unção. — Às vezes o demônio se manifesta em entes da sua família querendo lhe envergonhar. Hanabi que me aguarde.

— Ah bom, sendo assim, sim! Se você precisar de ajuda para o seu ritual de purificação eu estou aqui, um líder deve acompanhar sua discípula em todos os momentos.

— Pai Hidan, eu também posso usar? Tenho sentido umas pulsações hereges do meu monte do amor, isso sempre acontece quando estou na arquibancada da escola vendo os meninos jogarem futebol sem camisa.

— Pode, mas você precisa de um obreiro para lhe ajudar, nunca se sabe quando será necessário uma mão ungida na hora da purificação. Continuem vendo a apóstola HareKrishina ela é uma ótima pessoa para se seguir, aliás, quando são os dias de palestras dela?

— As palestras dela sempre são às quatro e vinte, quinta e sexta.

— É muito bom ver obreiras como ela auxiliando as ovelhinhas da igreja. Quero ouvir a unção das ovelhinhas! Vamos irmãs, cadê a unção que Jashin-sama derrama sobre o corpo de vocês?

Hanabi e eu começamos a rodar em volta do Pai Hidan com as mãos simulando orelhinhas na cabeça em uníssono fazíamos a onomatopeia do som de  cabras — Béé, béé. Nós te amamos Pai Hidan!

— Pai Hidan também ama suas discípulas, e foi pensando nisso que decidi vir até a residência de vocês pra colher suas ofertas, assim vocês não terão problemas em esquecer o dinheiro no culto de domingo a noite.

— Mas pai Hidan, eu não tenho dinheiro, minha mesada eu uso para alimentar os gatinhos de rua.

— Não usem essas desculpas esfarrapadas para não devolver a parte de Jashin-sama, ele tem todo o trabalho de facilitar a busca de vocês por emprego, e na hora de devolver os 30% todo mundo corre, o fim está próximo, vocês queimarão no fogo do inferno e irão sentar no colo do capeta.

— Primeiramente fora Temer e em segundo: é a crise, pai, mas não se preocupe. Domingo eu dou trízimo.

— Nossos pais vão acertar tudo com o senhor, Pai Hidan… — Hanabi se ajoelhou  e beijou os pés do nosso santo homem.

— A obra do senhor não pode parar, e temos que pagar a conta de luz senão não terá como ligar o radinho pra ouvir as canções do Padre Marcelo no culto.

— Sem padre Marcelo não. Está amarrado.

— Eu prefiro o padre Fábio de Melo… Ele parece ter um terço tããããão bonito, fica pendurado no peitoral dele. AI PAI HIDAN ME ACODE QUE EU ESTOU TENDO UMAS PULSAÇÕES NO MEU PASTELZINHO DE PELO. — Não culpo minha irmã, as vezes quando a carne me domina eu me pego pensando no terço do Padre Fábio e parece que ele faz de propósito, fica usando aquelas calças apertadas. Ai... Até eu estou sentindo.

— HINATA, PEGUE UM PEPINO! TENHO UM TRABALHO À FAZER AQUI. VOU TIRAR A POMBA GIRA QUE ASSOLA ESSA POBRE ALMA. PURIFICAÇÃO DO VEGETAL NA HANABI LET’S GO!

Karin

Melhor do que ter o poder do spoiler é ter poder de saber as informações mais comprometedoras de uma pessoa. Eu poderia soltar para os quatro cantos da terra tudo que sei sobre ele, mas eu prefiro esconder tudo em uma conta secreta na nuvem que eu criei somente para isso.

Se isso é uma perca de tempo?

Com certeza não, até porque sempre acesso esses arquivos quando necessito dar boas gargalhadas. A sorte dele é que eu realmente nunca contei a ninguém, é um segredo que guardo a sete chaves para possíveis chantagens e para minha própria satisfação.

Você deve estar se perguntando: “De quem essa louca está falando?”.

A resposta tem nome e sobrenome: Naruto Uzumaki. O retardado é meu primo e é o cara mais idiota que você conhecerá na sua vida. Anote isso!

Se a tia Kushina (lê-se demônio vermelho) encontrasse o dossiê que montei, ela morreria.

Eu já encontrei o virjão (ele se finge de comedor pra mim, mas eu sei que a jiripoca nunca piou) dormindo com uma boneca inflável e gemendo Hannah Montana incessantemente. Filmei tuuuudo e foi nesse dia que iniciei o projeto “A vida de um virgem como você nunca viu”. Daria um belo filme de comédia e eu assistiria quantas vezes fossem possíveis.

Um corpo de bombeiros está no local tentando tirar a Tenten (eu prefiro chamar de: a menina que escuta Zezé di Camargo e Luciano) lá de cima no telhado, que estava com aquele gostosão do comercial de shampoo, mais conhecido como Neji.

Registrei de perto desde o momento que percebi aquele segundo sol (porque convenhamos, aquele cabelo não é loiro é a imitação da cor do sol) na janela. Ainda gritei um “esse vai pro meu arsenal”. Ao menos a minha voz tinha que sair no vídeo.

Naruto está na janela de um andar bem alto (nem me dei o trabalho de contar) enquanto eu estou aqui embaixo (quase sendo arrastada pela multidão) apenas gravando os momentos decisivos antes dele se jogar do prédio da Kappa. Ele se atirou no pula-pula que eu acreditava ser pra menina que gosta de Chitãozinho & Xoróró e saiu correndo na velocidade da luz.

Agora você deve estar confusa (o), pois eu anteriormente estava só de calcinha e agora eu tenho meu celular de volta, mas me deixe explicar o que aconteceu anteriormente nessa porra.

Eu que saía toda bela e quase nua do prédio, acompanhada daquela anta quadrada do Suigetsu (olha que eu passo o rodo, mas ele é sacanagem) fui barrada por aqueles italianos mafiosos da família dele feat Sasuke/Itachi. Ele foi atrás dos irmãos dele e eu continuei né, fazer o quê? Sou só uma pobre que usa e abusa do transporte público.

Continuando: perdi minha carona, mas achei meu celular que estava muito mal guardado dentro da cueca dele (puta que pareo, cheiro de pinto só é bom na hora da lapada na rachada, no celular é uma puta falta de sacanagem).

O circo já tinha terminado e eu precisava guardar meu celular que estava com seus cinco por cento de bateria. Fiquei nadando entre o povo dali na esperança de encontrar aquela puta que mora comigo, ou aquela viada loira que não vale o que o gato enterra, mas foi em vão.

Não me restavam alternativas, eu teria que andar daqui pra casa caladinha, porque nem dinheiro pra pagar o ônibus eu tinha. Preciso arrumar um bom salário com urgência, é muito difícil manter meus gastos com apenas um salário mínimo.

Andei (e não foi pouco) até chegar ao meu destino. Agora imagine a situação da pessoa caminhando boa parte da manhã somente com uma blusa que fedia pura cachaça, cigarro e outras coisas que eu me recusava a pensar e acreditar que fosse. Xinguei todas as gerações da família dos caras que assoviavam e riam do meu estado. Cheguei toda suada e louca pra matar qualquer pessoa loira que passasse na minha frente.

O único lado bom é que eu finalmente estava em casa.

Fui direto embaixo do tapete atrás da chave reserva que deixávamos ali, e ainda bem que ela estava lá se não ia rolar uma chacina naquele prédio. Não tinha ninguém em casa, deixei meu celular carregando e passei em disparada até o banheiro, eu tinha que passar uma água na minha periquita que estava precisando.

Deitei na tentando dormir pra enganar a fome (porque sou comilona, mas sou preguiçosa), mas fui acordada ao som de I Kissed Girl da Katy Perry (toque de mensagem do meu celular) me levantei as pressas achando que era um convite para comer em algum lugar (porque aqui nessa porra só tinha água, nem parece que aqui vivem duas mulheres).

E ADIVINHA? Era apenas a Hinata (a peituda que acordou comigo) com todo aquele papo gospel.

“Te arrepende, eis que o tempo é chegado, pecadora.

Aliás, bom dia Karin.

Cadê a visita que me prometeu lá no templo de Pai Hidan? Vamos salvar essa alma pecadora, amor.

Ah, tenho a nova revista da Avon, teu sabonete íntimo veio com desconto, como sei que tu usa mais de três, marquei. (do que adianta lavar, Jashin sabe que está suja.) E estou vendendo Jequiti também.

Aguardo a resposta”

Ela tem muita sorte de estar bem longe de mim, como que a pessoa consegue me fazer ter esperança em um pelo sábado fodido? E ainda manda aqueles emojis de faca e fogo, que eu quase mandei ela enfiar lá naquele lugar.

Não penso duas vezes e envio uma resposta bem cristã pra ela, porque sou dessas.

“Só me arrependo de ter deixado você fugir, eu iria te violar até Jashin-sama vir separar você de mim. Sua peituda gostosa.”

Temari

Eu percebi que a vida seria bem difícil quando a minha mãe resolveu largar o meu pai pra viver a vida dançando pole dance em um clube de striptease chamado “Tetas frescas da vovó Joo”. Reza a lenda que o clube em que a mamãe trabalha foi uma loja de tortas dos anos 70, era Tortas frescas da vovó Joo, mas infelizmente a vovó Joo só teve filhos homens, e eles não herdaram os genes da culinária, as economias da velhinha foram acabando e por um acaso do destino ( lê-se letreiro velho e soltando tinta) cá estou em em plenos anos 2016 entrando no Tetas frescas da vovó Joo.

Meus olhos procuram pela loira pelada, uma das poucas que ainda tem seios duros (e frescos) dentro desta espelunca, mas minha busca é em vão.

— Odeio esse lugar, tem mais fumaça que o fumódromo da faculdade…

— Hey garota, procurando alguém? — Me viro e vejo a figura imponente de Bee, o Dj  do clube, Killer Bee era um cara legal, apesar de me parecer um cosplay furado de Mr catra e Nicki Minaj. — Sua mãe está dando uma lap dance para um cliente, vou avisar que você está aqui.

Eu agradeço com um raro sorriso tentando não imaginar na cena da minha mãe rebolando na boquinha da garrafa de um cliente (a garrafa vocês sabem bem o que é… hehehe).

Me arrependo amargamente em ter achado uma carta da minha mãe e respondido o seu contato, mas águas passadas não movem moinhos e cá estamos nós.

— Mãe eu preciso da sua ajuda…

— Ora, ora… — Ouço a sua voz bêbada me alcançar. — A última vez que eu ouvi isso você tinha quatro anos e estava precisando da minha ajuda para se limpar, pois fique sabendo Temarinha. — Ela aponta suas unhas bem cutiladas e vermelhas no meu nariz. — QUE EU NÃO VOU LIMPAR AS TUAS MERDAS NÃO!

— O Kankuro sumiu. — Despejo de uma vez, pois eu estou realmente cansada das gracinhas da minha mãe, eu estou cansada, pois cheguei da tal festa e já corri para terminar o maldito TCC e decidi vir visitar minha mãezinha em busca de informações.

Minha mãe não moveu um músculo (talvez tenha sido o uso excessivo do botox no contorno dos olhos) parecia até a Kristen Stewart interpretando qualquer filme que ela tenha feito na vidinha triste dela.

— Mãe, você não ouviu? O Kankuro…

— Eu sei, eu ouvi e estou pouco me lixando pro que diabos o Kankuro esteja fazendo. — Bingo descobri de onde o Gaara puxou o gênio forte.

— Mãe pelo amor de Deus, ele pode estar morto.

— Notícia ruim chega logo, o máximo que deve ter acontecido é alguém ter comido o rabo dele. — Ela engoliu um copo de vodka alá Luisa Marilac tomando seus bons drinks na piscina. — O Kankuro sempre foi dramático, mas não posso dizer que ele não tenha lá os seus motivos, afinal… Você puxou os meus cabelos loiros, o Gaara puxou o vermelho do seu pai… Ele é moreno, né?. — Ela deu um risinho esganiçado como uma criança que aprontou uma travessura.

— O QUE? VOCÊ TRAIU O PAPAI? O KANKURO É FILHO DE OUTRO PAI?

— Daaaaar! — Ela riu pedindo ao barman que enchesse seu copo mais uma vez. — Querida eu sei que isso vai ser um choque, mas eu tenho uma revelação a fazer…

— Mãe, não precisa falar nada, eu entendo… eu prefiro não…

— Teu pai tinha uma doença seríssima! Um problema que acabou com o nosso amor. Antes de vocês nascerem nosso amor era igual canção do Claudinho e Bochecha. Sabe como é né? Quero denovo com você me atracar com gosto corpo, alma e coração. — Ela cantou agitando as mãos. É oficial: ELA ESTÁ BÊBADA! — Mas por conta dessa doença, eu tive de me afastar, eu não conseguia olhar pra ele e não sofrer, eu não conseguia ficar em casa e não chorar.

Me desesperei imaginando numa cena da novela laços de família, vendo meu pai raspar a cabeça ao som de Love by Grace da Lara Fabian, a gente chorando, o mundo desabando e o ibope subindo.

— Me fala mãe, eu já sou grande. O que ele tem? Câncer?

— Não garota, deixa de ser dramática.Teu pai sofre é de “paumolecência”!

— PORRA MÃE! EU NÃO ACREDITO NISSO, EU ESTAVA DESESPERADA ACHANDO QUE ERA ALGO DE VIDA OU MORTE.

— MAS É VIDA OU MORTE… EU ESTAVA MORRENDO, MEU DEDO FICOU CHEIO DE CALOS DE TANTO QUE EU O USEI… TU SABE O QUE É TER DEDO FITNESS??? TU SABE O QUE É TER UM COSPLAY DO LEO STRONDA NO LUGAR DO DEDO INDICADOR??? É A MORTE!  É PIOR QUE A MORTE.

Bati as mãos na testa, tentando entender como meu pai, um cara super de boas se apaixonou por essa maluca.   

— Mãe, não compare câncer com uma vida inteira de siriricas.

— Pois viver só na mão era um câncer na minha alma, benzinha! — Ela recitou. — A noite em que eu saí de casa eu fiquei triste, senti saudades de você e dos seus irmãos, mas na noite em que encontrei o Tetas da vovó Joo, no dia que eu dei pro Kiler Bee até minha xana ficar parecendo os lábios botocados da Anitta, nesse dia eu encontrei a paz.

Levantei num rompante, eu sou daquelas pessoas que quando você fala alguma coisa eu já imagino tudo na minha mente, então a história contada não gerou um filme legal na minha mente.

— Eu preciso ir embora mãe, não consigo ficar muito tempo de conversa com a senhora, sem ter um ataque de nojo. Só usa camisinha, tá bom?

— Fica despreocupada que a minha Xana é mais protegida que a  Michelle Obama, tá aí um bom nome pra minha pepeka… Michelle, pros íntimos Xelly… Adorei! — Ela bate palmas entretida com o novo apelido da sua vagina. — Ahh, sobre o Kankuro… Ele costumava vender uns cigarrinhos do capeta pros meninos aqui do grupo. O fornecedor dele é um tal de Assuma… Talvez isso possa ajudar.

Anotei o nome em um pedaço de papel e dei um beijo na minha velha.

— Tchau mamãe, eu te amo mesmo você sendo uma velha pervertida.

— Tchau filha, eu te amo mesmo você sendo uma chata.

Sasuke

Saí do meu carrão tunado jogando a mochila no ombro e passando os dedos nos meus fios negros e arrepiados (porque eu sei que elas adoram) procurei com os olhos qualquer sinal de alguma bambina louca pra ter uma segunda montada especial á italiana, mas todas pareciam afim de uma primeira (eu sei diferenciar, ajuda porque sempre esqueço a cara delas).

Não consegui segurar mais o mau humor e marchei para dentro do prédio, só prestava alguma atenção nas conversas paralelas fofocas de quem, e sobre quem foi pra festa do ano. Não sou de jogar conversa fora, e nem tinha saco pra sair interrogando, por isso apenas tentei ouvir se alguém sabia dizer quem eu comi ontem.

Foi em vão, acendi um cigarro e me recostei numa árvore perto da entrada do prédio. Tentei forçar a mente mais uma vez em busca de algo que me dissesse o que realmente houve. Mas só havia aquela bagaceira infernal de cores, luzes, sons, bebidas, línguas…

ÊÊÉPA!

Línguas? Sim, línguas, tinha uma língua se enrolando na minha igual suruba de cobra em algum momento da noite, não consigo lembrar de nada além dos toques bem ousados  e certeiros da linguinha dela (essa língua pagando um boquete deve ser... TENHO QUE LEMBRAR), também recordo o gosto, em algum momento foi vodka e limão, mas em outro, o que eu sinto melhor, foi coquetel de frutas vermelhas.

Ótimo, a minha foda de ontem beijava tão bem quanto eu (o que é raro), tomou vodka e limão, além de coquetel de frutas vermelhas enquanto nos pegávamos, o que pode significar que passamos um bom tempo juntos na festa, e que portanto, alguém pode nos ter visto lá.

Ainda parecia tão fácil de achar quanto a pista da calcinha (uma bosta)  mas acho que o jeito é ir colhendo as pistas aos poucos.

E quem sabe isso me fizesse parar de acompanhar aquele ponto rosa com os olhos toda vez que ele entrasse na minha visão.

Mas, não seria agora.

Hum, lá ia ela, meio que mais apressada que de costume, suas pernocas continuavam roliças, evidências da era de gordinha (não que eu realmente já tivesse me incomodado antes) mas ainda eram longas e faziam um ótimo conjunto com aquela raba (que eu sempre reparei) de qualidade friboi, a cintura fina também deixava bonito, mas continuaria sendo bonita graças aos seios pequenos e metidos que adoravam cutucar qualquer roupinha fina. Pena, que ela não usava algo assim hoje, e parecia perturbada.

Isso me fez ficar incomodado e ainda mais frustrado, afinal, também havia decidido, no começo da festa que além de não exagerar, ficaria de olho em Sakura pra que nenhum stronzo, a tocasse ou machucasse.

Será que falhei? Errei? Tropiquei? Vacilei? Che cazzo..

Ela subiu os degraus aos saltos arrumando as alças da bolsa nos ombros, os cabelos rosados e ondulados sacudindo graciosamente (meio gay, mas verdade) com o vento da manhã.

Sakura parou como que sentido algo e foi o meu olhar calibre 43 que ela sentiu (ê potência!).

Seus olhos verdes congelaram em mim por um momento, parecendo surpresa de ter me pego, mas sou bossa demais pra transparecer que também fui alvejado por ela, e então ela voltou ao seu atual eu quando o assunto era o italiano aqui, fechava a cara com desgosto que dizia só lamentar e desprezar o fato de dividirmos o meus ambiente.

Inspirei talvez sentindo algo mais naquele olhar dela, no fim eu já não me achava  o direito de tentar interpretar o os olhinho daquela cocota diziam. Mas principalmente odiava que ela pudesse ser a segunda pessoa no mundo que me fizesse sentir um bosta, um resto, um mané, um vacilão, arregão e bundão apenas com o olhar ou por lembrar que fiz merda com ela.

Pois eu não fui criado pra ser o tipo que volta atrás no que faz ou sentir remorso, e sim pra ter tudo como lei divina (afinal, tem coisa mais divina do que eu?).

O sinal da primeira aula bateu e segui para dentro, parei na entrada quando meu celular começou a tocar. Atendi já absolutely putasso só de ver quem é.

— Fala, placenta.

— MANO! Maninho, eu não sei onde você tá, mas espero  que esteja de carro e com o passaporte na mão! — Itachi gritou do outro lado.

— Come?

— Sasuke, hermanito! — ( ele nunca ia aprender a diferença entre Italiano e Espanhol...) — FOGE DAÍ, VAI PRA IBIZA, BAGDÁ OU PR ÁFRICA! ELE CHEGOU!

— Che cazzo! Que merda está falando? Tomou LSD de novo, cacete?!

— To te dizendo pra fugir!!!

— E eu lá ando fugindo de algo? Eu sou é macho!

— Você não entende! É dele que eu to falando, mano, só foge! PAPÀ É ARRIVATO!

Ah, mas agora sim.

Agora fodeu bonito.

Minha espinha congelou mais que o iceberg que afundou o Titanic, perdi a pouca cor que já tinha e meu cu virgem (afinal sou m-a-c-h-o) trancou tão bem que nem sinal de sonar de submarino passava.

Porque a primeira pessoa que capaz de me fazer me sentir um bosta, um resto, um mané, um vacilão, arregão e bundão estava na América.

E ele também era o único que me fazia ter medo de visitar o velho vovô Madara (maior Uchiha fodedor da época da pré-história que você respeita) e conhecer Jashin-sama antes da hora.

Papa estava aqui.

E eu vou trocar meu passaporte agora porque sei que o que eu tenho não serve para viagens interplanetárias.

Arrivederci!!!

Sakura

A gente acorda cinquenta vezes mais maravilhosa do que foi dormir. Pra que? Pra encontrar o coisa ruim em pessoa te olhando fixamente com aqueles olhos negros que me fazem querer tirar a roupa no meio do corredor da faculdade enquanto toca “Dance for You” ao fundo. Desgraça de homem bonito. Que o pinto dele caia e só suba comigo.

Eu esperava pacientemente pela revanche, eu sabia que uma hora ele iria falar alguma coisa comigo. Sasuke não era burro e sabia do charme que exercia. Filho da puta convencido.

Enquanto eu pensava nisso, virei no corredor e ganhei uma trombada bem no meio da fuça pra largar de ser besta.

Caiu tudo no chão: caderno, estojo, livro, pau, pedra, fim do caminho, o mundo, a auto-estima, a vontade de viver. Tudinho. Fiquei lá caída também. Gritava merda de segundo em segundo e ai de qualquer ser que tentasse me irritar mais um pouquinho.

Já olhei pra pessoa que tinha trombado comigo pronta pra arrumar uma briga das feias. Descontar a raiva que estava guardando desde a festa Up! Perdi a coragem no meio do caminho, era a menina do interior. Aquela cara de domar cavalo me assustava.

— Êta nós, derrubei suas trem tudo. Vou te ajudar, peraí. — Ela olhou em volta e me fez esperar cinco segundos — Bem como imaginei, nenhum piá saiu dos filmes da sessão da tarde. Arriégua — ela comentava enquanto me ajudava a catar as canetas que saíram do estojo quando caiu — os cabras daqui é capaz de chutar teu caderno pra longe ou chutar você. Cê é nova por aqui? Nunca vi por essas terras…

— Não, já tem tempo que estudo aqui. Só dei uma mudança no visual e tal.

Ela levantou e me entregou os materiais

— Trocou a ferradura, é? Passou xampu com cheiro novo, comprou uma sela nova… Tá bem bonita. Qual seu nome? — Entendi tudo como elogio, eu que não implicar com o jeito dela de elogiar.

— Sakura

— Aaaaaaaaaah, Sakura… Mas você era um potrinho esmirrado, mulher. Tá bonita por demais! O que que esses salões com essas firulas não fazem com a gente, né? Uma vez entrei em um, saí toda remelada de maquiagem, mas fiquei parecendo uma daquelas atrizes de Hollywood.

Simpatizei com Tenten de cara, nunca tinha parado pra conversar com a bichinha. Percebi um murmurinho e ela olhou feio para um grupinho de garotas todas vestidas iguais. Cabelo liso, cílio de aranha, blusa da adidas, calça rasgada e tênis da Nike. Falei do piercing no septo? Mas a Tenten falou.

— E esse piercing aí? Os touros brabos lá da fazenda tudo tinha um igual. A diferença é que eles serviam pra alguma coisa.

Eu precisava aprender a me defender com essa mulher, precisava demais.

— O que aconteceu na festa pra eles estarem comentando desse jeito? — perguntei

— Você não viu?

— Não.

— Eu fiquei pelada no telhado com aquele cavalão do Neji. Ele tava peladão também. Foi show de sertanejo com participação do Henrique e Juliano, mulher. Veio gente da TV, Naruto quase se suicidou, o Itachi levou bolada na cara…

— Bolada? Vocês estavam jogando queimada?

— Foi os colhões do Neji mesmo. O outro cabeludo foi colocar a cabeça pra fora na hora que o Neji tava descendo e foi pinto na cara, cara no pinto. Uma belezura de se ver. Confusão com pinto de europeu e rosto de meio italiano. Se até as nacionalidades ficaram confusas, quem é você pra não ficar, né?

Virei mais um corredor pra ver Ino do outro lado, perto da sala onde eu devia entrar. Credo cruz. Tenten olhou para a mesma direção que eu.

— Perainda, volta, volta, volta! — Ela me puxou pelo braço e voltou para onde a gente tava. Sacou o celular do bolso, procurou umas músicas e encaixou a entrada de som das caixinhas da escola no próprio telefone. — Agora vai lá e quebra uns queixos.

Mano.

Cara.

Sério.

Até o vento cooperou.

Eu deslizava pelo corredor ao som de Don’t cha. O cabelo flutuava. Lancei meu olhar preenchedor cueca para o capitão do time de futebol, as pessoas abriam espaço e eu pegava toda aquela atenção de Gisele Büchen na abertura das Olímpiadas e aproveitava.

Agora eu já tinha a atenção de todos. Passei por Ino e joguei o cabelo, a garota ruiva que estava com ela deixou o pirulito que chupava cair. Hinata fez o sinal da cruz e Naruto procurava uma chance de eu tirar o cabaço dele.

Mas é aquele ditado: vamos fazer o que?

Kiba

Eu sinto seu cheiro, ouço o sangue bombeando em suas veias, sua risada gera um turbilhão de sensações em mim,ela não me conhece, mas eu sei tudo sobre ela.

Eu sei que sua música preferida é Dig dig dig ê do raça negra.

Ela é faustonautica (por mais absurdo que possa parecer, sim… ela ama o Fausto Silva) e arruma briga na internet com as Silvetes (tietes do Silvio Santos).

Sei que o nome do seu passarinho é caçulinha em homenagem ao fiel escudeiro do Faustão e que em dias de sol ela gosta de subir na laje pra pintar os pelos das pernas com blondor.

Eu sei de tudo isso pois eu tive o maldito Imprinting com ela. Caso você não se lembre eu te explico, imprinting é uma fixação, uma espécie de ligação pelo ser amado.

— PORRA KIBA, TU TÁ ESCREVENDO IGUAL UM VIADO NESSE DIÁRIO DE NOVO? EU JÁ FALEI PRA VOCÊ PARAR DE LER CREPÚSCULO MAS VOCÊ NÃO ME ESCUTA. DESDE DO DIA EM QUE VOCÊ COMEÇOU A LER ESSA MERDA VOCÊ TEM AGIDO DE FORMA ESTRANHA. TU NÃO É O JACOB, TU NEM TEM TANQUINHO PRA FICAR MOSTRANDO ESSA BARRIGA MUCHIMBENTA. — Minha irmã Hana berra para todo o bairro ouvir. — PARA DE TIRAR FOTO DESSA MENINA E CHAMA ELA PRA SAIR, GAROTO. VIRA UM MENINO NORMAL QUE TOCA PUNHETA E VÊ FILME PORNÔ!

— Me deixa Hana, você não entende, é mais forte do que eu. Você acha que eu escolhi sofrer desse jeito? Eu não tenho culpa, eu não consigo parar esse sentimento…

— VÁ SE FODER KIBA. JÁ FALEI PRA TU VIRAR HOMEM NESSA PORRA! TODA VEZ QUE UM LIVRO ENTRA NO MODA TU INVENTA DE IMITAR… HÁ QUATRO ANOS TU ERA O HARRY POTTER TUPINIQUIM E VIVIA PRA CIMA E PRA BAIXO COM UMA VARINHA NA MÃO… AGORA ESSA MERDA DE CREPÚSCULO… — Ela berra e decide bater na porta do meu quarto a cada palavra entoada.

— Foi uma fase confusa da minha vida, eu só queria me encaixar em algum grupo. Mas agora eu sei a verdade! EU SOU UM LOBISOMEM…

— TU É UM BASTARDO DE MERDA, TU NÃO É MEU IRMÃO, ME RECUSO A SER DA MESMA FAMÍLIA DE UM MOLEQUE FROUXO IGUAL VOCÊ.

Me encolho embaixo das cobertas, minhas mãos tapando precariamente os meus ouvidos, mas ainda assim eu ouço suas palavras, e elas ferem.

Ligo meus headphone e canto para esquecer.

Esse turu, turu, turu, aqui dentro

Que faz turu,turu quando você passa

Meu olhar decora cada movimento

Até seu sorriso me deixa sem graça

 

Se eu pudesse te prender

Dominar seus sentimentos

Controlar seus passos

Ler sua agenda e pensamento

Mas meu frágil coração

Acelera o batimento

E faz turu, turu, turu, turu, turu, turu, tu

— PORRA KIBA, TU TÁ OUVINDO SANDY E JUNIOR? VAI-TE PRA PORRA! É POR ISSO QUE TU NUNCA VAI PEGAR ESSA MINA, É POR ISSO QUE ELA VAI ACABAR FICANDO COM O SHINO QUE TEM PINTA DE VAMPIRO DARK, JÁ TE FALEI PRA TU OUVIR WESLEY SAFADÃO, SAFADÃO É CULTURA… SAFADÃO ENSINA A PEGAR MULHER!

Agora você sabe, essa é a minha vida, eu sou amaldiçoado com uma paixão avassaladora e tenho um rival no amor. Faço um carinho no pêlo de Akamaru, meu fiel escudeiro e volto a cantar seguido dos uivos do meu totó.


Notas Finais


Olá fiéis súditos!
A vida é uma caixinha de surpresas e quem diria que o fim da festa Up culminaria em um carro de bombeiros, uma tentativa fracassada de suicídio, corre-corre pelas instalações da kappa, gente feliz, gente triste… gente escondida, sumida e revelada.
Teve papaizinho badass, mafioso arrogante e caçando o corpinho delicinha de seus filhinhos. Amizades sendo formadas (Sério mesmo? O modelo e a caipira… Tão sem graça!)
Altos e baixos na vidinha fracassada dos estudantes da Konoha University…
Alguns tem me perguntado sobre a identidade da miss 17, e obviamente que eu vou manter esse segredinho sujo por um tempo.
Mas não desistam de me perguntar,eu os responderei de alguma forma…
Deixando algumas pistas nas respostas dos seus comentários.
Pode ser que as pistas não sejam sobre a miss 17.
Pode ser que sejam sobre o próximo cap ou sobre alguma fofoca ainda não revelada.
Mas uma coisa é certa, estarei destilando meu doce veneno para o prazer de todos vocês!
Na próxima postagem do meu blog, daqui há alguns dias… Quem sabe eu não comece a contar o passado sombrio de nossos sedutores estudantes. #ficaadica
Você já sabe onde me encontrar.
Recebam um beijo recheado de veneno da sua blogueira mais querida.
E não se esqueçam que você pode encontrar várias pseudo fofoqueiras da internet, vão tentar vos enganar, com fofocas bobas e insossas (de dar sono).
Verdadeiras Jiboias, que tentam apagar meu brilho e dizem ter seu veneno (Aqui vai uma pequena aula de biologia… Jiboias não possuem veneno… Fica a dica pro povo que quer seguir o meu caminho e não estudou o suficiente)
Afinal você sabe que só a titia Mysterious tem o melhor pra você.
Recuse imitações!
XOXO


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