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História Upside Down - Romanogers - Capítulo 6


Escrita por: julianavieira7

Notas do Autor


Oie gente. Obrigada por continuarem a acompanhar a fic. Aqui está mais um capítulo e com um pouquinho mais de Romanogers. No próximo eu quero fazer um POV STEVE contando mais detalhadamente como ele se sentiu ao ver Natasha debilitada. Espero que gostem.

Capítulo 6 - Capítulo 6


Upside Down

 

POV NATASHA

A claridade do quarto invade meus olhos e aos poucos vou despertando. Observo ao redor e um pequeno e discreto sorriso se forma em meu rosto ao reconhecer o local, finalmente estou livre e na segurança da minha casa.

Confesso que nunca tive tanto medo de algo dar errado como tive dessa vez. Se a Hill não tivesse conseguido, provavelmente eu já estaria morta. Tenho que lembrar de agradecer  quando vê-la.  

Viro meu rosto para o lado e sorrio ao avistar certo Soldado adormecido e esparramado em uma poltrona ao lado da minha cama. Seu rosto tão sereno e tão puro ao mesmo tempo parecia cansado, como se não dormisse há dias. Percebi isso devido o tom um pouco arroxeado ao redor dos olhos.

É difícil eu admitir isso até para mim mesma, mas confesso que senti saudade de toda essa inocência e bondade, desses olhos azuis que me transmitem uma paz e tranquilidade que em todos esses anos ninguém, além dele, conseguiu. Ele é a única pessoa na qual eu adoro receber ordens. Confesso que isso me assusta um pouco.

Fico um bom tempo o observando dormir, até que em um momento de distração percebo que ele já se encontrava acordado, com um lindo sorriso desenhado no rosto e me olhando como um brilho nos olhos indescritível.

— Hey soldado — sussurro, ainda um pouco fraca.

— Nat — levanta e vem em minha direção. — Vo-Você está bem? — pergunta agora preocupado.

— Um pouco dolorida, mas nada que não possa aguentar — sorrio minimamente. — Há quanto tempo estou desacordada? — o questiono.

— Uma semana. A médica que o Coulson mandou para ficar aqui cuidando de você achou melhor mantê-la sedada enquanto se resuperava para que não sentisse muitas dores — nos encaramos por alguns minutos até que Steve resolve quebrar o silêncio. — Por que fez isso?

— Por dois motivos... Primeiro, para que vocês não fossem seguidos e segundo, para dar tempo a Hill de achar os documentos do registro e mais algumas coisinhas enquanto o Ross estava ocupado brincando comigo.

— Poderíamos ter enfrentado isso juntos, afinal eu quem causei toda essa confusão — baixa a cabeça.

— Steve, para de se culpar — falo séria. — Você fez o certo em lutar pela nossa liberdade. Eu sempre soube que tinha algo de errado nessa história de controle de heróis e eu nunca erro quando desconfio de algo. Por isso que fiquei ao lado do governo. Queria investigar de dentro e tentar te proteger do Ross. 

— Como assim? — pergunta sem entender do que estou falando. — O que há de errado?

— Não era o governo que estava querendo nos controlar, era a Hydra.

— Isso não pode ser possível — balança a cabeça em discordância. — Nos derrubamos a Hydra.

— Ah meu caro Rogers — reviro os olhos e lhe lanço um sorriso de canto de boca. — Corte uma cabeça, duas nascem no lugar. Você mais do que ninguém sabe disso — tento me levantar e uma pontada forte na barriga me faz perder o fôlego por alguns segundos devido à dor. Steve percebe minha reação e logo se desespera.  

— Nat, tá tudo bem? Quer que eu chame a Dra. Hellen? Eu vou chamá-la... — Steve ia saindo, mas o impeço puxando em seu braço.

— Ei, calma. Tá tudo bem — sorrio. — Foi só um pequeno incômodo devido ao esforço que fiz. Eu não vou morrer por isso — tento acalma-lo.

— Eu tive tanto medo de te perder — Steve fala meio que por impulso, porém resolve continuar. — Quando eu vi você tão machucada, tão... tão vulnerável eu praticamente perdi o meu chão. A única coisa que eu conseguia pensar era que eu poderia ter te perdido e o pior era que eu não havia feito nada para impedir — vejo lagrimas brotarem em seus olhos, mas o mesmo parecia lutar para não derrama-las e não demonstrar tudo o que estava sentindo. — Não sei o que seria de mim nesse novo mundo sem você.

— Provavelmente iria parar em um asilo — tento descontrair para disfarçar o quanto aquelas palavras mexeram comigo.

Por fora tentava parecer o mais normal possível, mas por dentro eu estava uma bagunça. Aquelas palavras revirou tudo dentro de mim. Era estranho, como se eu tentasse libertar algo que eu mesma tentava prender. Seria... Não. Isso é loucura. Não sou capaz e nem boa o bastante para isso.

— Provavelmente — sorri.

Mais uma vez o tempo parecia parar enquanto nos encarávamos. Eu queria desviar meus olhos dos dele, mas algo me impedia de fazer isso. Era como se eu necessitasse disso, dessa tranquilidade e segurança... De toda essa pureza que só ele tinha.

— Promete que em hipótese alguma vai fazer isso novamente? Que não vai mais me impedir de te proteger? — me olha com aquele olhar de cachorro de rua pedido um pedaço do seu lanche.

Arg... Como odeio isso. Ele sabe que esse olhar dele é capaz de me quebrar em pedaços. Ok, Natasha... Foco. Não deixe que ele faça esse tipo de chantagem com você, afinal você é a Viúva Negra.

— Não me peça para prometer algo que talvez eu não possa cumprir — faço negativo com a cabeça enquanto ainda o encaro.

— Prometa ao menos que vai tentar — ele meio que suplica.

— Prometo tentar — lhe lanço um sorriso verdadeiro – aquele exclusivo que era só para ele – e mais uma vez continuamos a nos fitar.  

Alguns minutos se passaram e já estávamos em assuntos aleatórios quando percebo alguém entrar correndo no quanto e praticamente pular em cima de mim, só não me machucando graças a Steve que foi mais rápido e a segurou.

— Tia Nat, Tia Nat — Lila parecia eufórica ao me ver. — Pensei que não iria acordar nunca. Estava morrendo de saudade. O Papai falou que você havia se machucado e por isso teve que ficar descansando, mas quando eu e o Cooper nos machucamos a gente não demora tanto assim para descansar. Por que demorou tanto? — Lila tagarelou tanto que eu precisei de um tempo para processar tudo o que ela disse. Steve apenas ria de tudo isso.

— Lila, calma — Steve a coloca sentada ao meu lado. — Pergunta uma coisa de cada vez e cuidado para não apertar muito ela — ele sugere.

— Tudo bem, Steve — respondo ainda sorrindo. — Eu também estava morrendo de saudade — a puxei para um abraço – não muito apertado devido às dores que ainda sentia – e a enchi de beijinhos. — Eu me machuquei um pouquinho sério, por isso precisei de mais tempo para me recuperar, porém já estou quase cem por cento.  

— Graças a Deus. Desde que você chegou tá todo mundo muito triste, Papai nem sorri mais — Lila comenta meio triste, coisa que muda em um piscar de olhos. — Papai vai ficar muito feliz em saber que você acordou — pula da cama. — Vou avisar a ele — sai correndo do quarto, gritando pelo pai.

Logo meu quarto já estava chio de gente... Clint, Laura, Cooper, Nathaniel, Lila, Maria, Wanda, Sam e Steve. A médica que o Phill havia deixado a minha disposição fez algumas observações e logo nos deixou mais a vontade. Ficamos conversando sobre tudo o que aconteceu e sobre como eu me sentia até que aos poucos todos foram saindo, restando apenas Eu, Steve – que parecia não querer sair de perto de mim – e Maria.

— Então, Hill... Conseguiu? — pergunto me referido aos documentos que ela ficou encarregada de recuperar.

— Mais até do que deveria — sorri. — O Fury está analisando tudo e se ocorrer como planejado logo será o fim, mais uma vez, da Hydra e todos vocês estarão livres.

— Mal vejo a hora de colocar minhas mãos naquele desgraçado — pela primeira vez vejo ódio nos olho de Steve. — Ele vai pagar muito caro pelo que fez conosco e principalmente com você — segura em minhas mãos.

— Somos dois então — Hill fala também com ódio nos olhos. — Bom, eu vou indo — aproxima - se de mim e segura em meu ombro. — Trate de levantar daí rápido, temos muitos traseiros para chutar.

— Com certeza — sorrio e Hill assente e sai do quarto.

— Acho melhor deixar você descansar um pouco — Steve ia deixando o quanto.

— Steve — o chamo e o mesmo volta a se aproximar de mim. — Fica aqui comigo, por favor — meio que suplico. — Ainda estou um pouco assustada e não quero ter que ficar sozinha.

Por um momento me arrependo por estar tão exposta assim para ele, mas... Foda-se. Não tenho motivos para esconder nada dele. Ele mais que já deixou claro que eu posso confia minha vida a ele e é isso que eu farei daqui por diante. Deixarei todos os meus medos de lado e tentarei viver minha vida normalmente, que sabe um dia eu não me deixe permitir.

Steve volta a se sentar na poltrona ao meu lado e continuamos a conversar por um longo tempo, até que meus olhos vão se fechando sem nem eu mesma perceber. Sinto lábios suaves em minha testa e ouço um “durma bem” antes de cair no sono profundo.

 

Continua...


Notas Finais


Xoxo, Juliana Vieira ♥


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