História Upside world -Reescrita - 10 - Simon is a weetheart

   Eu estava no meu quarto sozinha. Eu só queria ficar sozinha. Lilith estava de volta. Se não fosse por causa daquela vaca e de Valentine meu irmão ainda estaria vivo. Se ela não tivesse dado seu sangue para Valentine, Sebastian não teria virado um monstro, e meu irmãozinho ainda estaria vivo. Eu saí de meus pensamentos sombrios com uma batida na porta. Foi tímida, e , se eu não estivesse com a runa de audição eu não teria ouvido.
     -Eu não quero falar!
   Sim, isso deve ter sido um pouco rude, mas eu não estava em condições de ser bem educada agora. Se tinha uma cicatriz que ainda não tinha se curado dentro do meu peito, era a morte do meu irmãozinho. Tudo o que eu precisava era de tempo. Eu iria sobreviver. Eu sempre sobrevivia.
      -Por favor, Izzy. Me deixe entrar, nós estamos preocupados.
      Simon. Ele que tinha batido na porta. Ela pensou em recusar, gritar para ele sair. Mas, então eu parei. Talvez uma companhia não fosse tão ruim assim. Eu andei na ponta dos pés até a porta. Pela primeira vez não me preocupei se um menino ia me ver sem maquiagem. Era Simon, afinal, ele nunca ia me julgar. Simon, o nerd gato que era doce, e talvez, apenas, talvez, o menino pelo qual eu estava começando a gostar.
       Eu abri uma fresta da porta. Lá estava ele, com seus óculos de aro redondo. seu rosto demonstrava preocupação, e levou um segundo para eu perceber que ele estava preocupado comigo.
   -Entre. Mas só você.
    Eu deixei a porta um pouco aperta e fui para a minha cama. Ele fechou a porta e se virou para mim.
      -Você está bem?
     Eu queria falar, O que você acha? Eu acabei de ver a demônio que contribuiu para a morte de meu irmão de 9 anos!. Mas mordi minha língua. Afinal de contas não era culpa dele. Então eu só dei de ombros.
    -Sabe, eu te admiro. Você é tipo, meio anjo. E também já deve ter matado um monte de demônios, e salvado o mundo muitas vezes. Antes de você aparecer aqui eu não sabia que existiam shadowhunters, aí de repente só vem Deaton, falando sobre essa menina, filha de uma amiga dele, que é shadowhunter. Ele começou a nos contar sobre as coisas que shadowhunters fazem, e eu fiquei tipo, uau. Depois de tudo que ele falou, eu pensei que você fosse ser uma dessas mulheres duronas, toda musculosas que age como um cara, e pareciam como um cara. Mas você é linda. -Ele parou por um instante para respirar, e pareceu notar o que ele tinha acabado de falar. Ele corou e eu achei ele mais fofo ainda. Ele era um doce. -Sabe, geralmente quando eu estou nervoso eu começo a falar sem parar.
   Eu ri e sorri para ele. Foi a primeira vez desde que aquilo aconteceu no shopping que eu sorri. Simon, era ótimo. Eu levantei e fui para perto dele com um sorisso malicioso. Ele foi ficando nervoso.
       -Sabe, eu te acho muito fofo.
   Eu comentei. Ele pareceu ficar mais nervoso ainda. E desafiando o impossível, ficou mais vermelho ainda.
       -Eu... Hã. O-obrigado, eu acho. -Ele começou a gaguejar. Eu dei um último sorriso para ele, e avancei, colando nossos lábios juntos.
       Ele ficou tenso, mas logo depois relaxou e me deu passagem para a língua. Eu sempre achei bobagem o que as pessoas falavam sobre fogos de artifícios quando beijava uma pessoa. Para mim, isso era udo enganação, propaganda para vender filmes mundanos de romance ruim. Mas isso foi até eu beijar Simon. 
          Foi uma explosão de sentimentos. Eu via estrelas por trás das pálpebras, e nunca, nunca tinha me sentido desse jeito antes. Era como se uma represa de sentimentos tivesse sido liberados. Eu agarrei a sua camisa e o puxei para mais perto de mim, grudando nossos corpos, era como se eu não tivesse o suficiente dele. Eu o beijei com mais força, minha língua explorando todos os cantos da sua boca, que tinha um gosto de chocolate e menta. por um instante tudo desapareceu, só existia eu e Simon. Não existia problemas, o mundo se ressumia a nós dois. Não existia Lilith. Não existia uma casa cheia de lobisomens, que, com sua superaudição provavelmente deviam estar ouvindo tudo. Só existia eu e Simon, e um mundo cheio de amor, paixão e alegria.
       Nós nos separamos por falta de ar, e colocamos nossas testas juntas, enquanto tentávamos recuperar o fôlego. Simon abriu a boca para falar mais alguma coisa, mas eu coloquei o dedo na sua boca, para impedir ele de falar. Eu não queria quebrar a bolha na qual nós dois estávamos imersos.
         Simon, tomado por coragem, me deu outro beijo. Esse um pouco mais calmo, e agridoce. Dessa vez, ele tomado por coragem, colocou a lingua na minha boca. Primeiramente, devagar, timidamente, como se explorando um território nov. Depois ele começou a ganhar um pouco mais de confiança, e começou a agir mais seguro.
       Eu fui o empurrando para a minha cama, mas ele parou no meio do caminho. Eu estranhei, e quebrei o nosso beijo, franzindo a testa. Eu achava que era isso que todos os homens queriam: levar as mulheres para a cama  se aproveitar do corpo delas. Pelo menos era isso que todos os outros homens com quem eu namorei queriam isso.
           -E não posso fazer isso com você, Izzy. -Ele parou e tomou um grande fôlego. Eu podia ver nos olhos dele que ele estava travando uma batalha interna. -Depois de tudo que você passou hoje, eu não posso fazer isso com você. Não seria justo, e você provavelmente se arrependeria depois. E eu quero fazer as coisas direito. Eu quero te levar em um encontro, e ser romântico, e te conquistar primeiro.
          Eu olhei para ele e entendi. Simon não era como os outros caras que eu namorei. Ele era doce, e se preocupava comigo, não com o meu corpo. Eu sorri para ele, e o abracei. Ele me aconchegou em seus braços.
        -Sim. -Eu sussurrei, mas acho que minha voz saiu tão baixa e rouca de emoção que ele não ouviu. Eu limpei minha garganta e falei de novo: -Sim, eu adoraria sair com você m um encontro, Simon Lewis.