Dipper e Bill encararam decepcionados os créditos subindo na tela preta do laptop. Uma bela porcaria. Nenhum dos dois nunca havia visto um filme de ficção científica tão ruim quanto àquele, e eles viam muitos filme ruins.
Bill puxou a coberta até seu rosto e se cobriu melhor, encostando o tronco na parede atrás deles.
“Eu não acredito que ela morreu.” Seus óculos desajeitados no rosto deixavam-no engraçado.
“Eu não acredito que ela não conseguiu salvar o irmão dela.” Dipper bufou, igualmente indignado. Observou os cabelos bagunçados de Bill, apontando em todas as direções. Os seus provavelmente não estavam diferentes.
Bill encontrou o olhar do outro e riu. “Da próxima vez, eu escolho o que nós vamos assistir na sexta a noite. Que nós desperdiçamos dessa vez, aliás.” Dipper riu junto do namorado.
“Tudo bem, o que você quiser.” Inclinou-se para beijar seu rosto em uma posição nada confortável. Agarrou o computador, fechando-o e em seguida depositando-o em cima da cômoda ao lado de sua cama.
O loiro abraçou Dipper, recostando a cabeça no peito dele, ouvindo seus pulmões e coração trabalharem exaustivamente.
“Você sabe que nós podíamos assistir muito mais do que um filme hoje, não sabe?” Bill questionou quando Dipper finalmente ajeitou seu corpo para abraçá-lo de volta.
“Sim eu sei.” Olhou para o garoto em seu peito e sorriu, passeando os dedos entre os fios dourados. Bill ressonava baixinho, fechou os olhos aproveitando o carinho.
“Ei!” Ouviu a voz do maior cortar o silêncio agradável. “Por acaso hoje choveu ou nevou?” Dipper perguntou e Bill olhou confuso.
“Não.” O moreno abriu seu maior sorriso. Acariciou as sardas de coloração estranha no rosto do outro e apertou seu braço para chamar atenção. “Levanta, quero te mostrar uma coisa.”
“Ah, não, Dipper.” Bill escondeu o rosto entre as cobertas, sem ar.
“Vamos, não seja manhoso.” Levantou da cama, apenas para ver Bill deitado, nem um pouco disposto a sair do conforto daquele colchão.
O mais velho se virou, encarando Dipper profundamente. “Você quer mesmo me mostrar alguma coisa legal?”
“Sim!” Dipper exclamou. Bill ergueu os braços e Dipper sorriu, puxando-os e ajudando o outro garoto a se levantar.
“Vem.” Dirigiu-se até a janela em formato de triângulo e abriu-a. Subiu, chegando no telhado facilmente, oferecendo ajuda para Bill.
“E agora, gênio? Você não me trouxe aqui pra mostrar a belíssima vista noturna, trouxe?” Bill seguiu Dipper até a parte da frente do telhado da cabana, onde o letreiro bloqueada bloqueada visão da estrada.
“Bem, não.” Havia uma caixa próxima da outra janela, provavelmente do quarto de Mabel, e algo muito grande debaixo de um lençol.
“O que é aquilo?” Bill apontou curioso e Dipper riu. Seu garoto era esperto, ele devia imaginar que veria seu presente.
“Bem, você finalmente aplicou pra algum vestibular, e passou em primeiro lugar! Eu fiquei muito, muito orgulhoso de você Bill. Você é extremamente inteligente, só tem preguiça de colocar esse cabeção pra funcionar.” Dipper aproximou-se do lençol. Bill sorria ansioso. “Por isso eu decidi te dar um presente. Pra você me enxergar melhor.” Retirou o lençol cuidadosamente, revelando um telescópio sofisticado.
Os olhos de Bill se encheram com a visão daquele telescópio caro e tão bonito. Dipper era incrível. Abraçou o namorado e deixou um beijo tenro em seus lábios. Permaneceu aconchegado no abraço por alguns instantes.
“Você é a melhor coisa da minha vida.” Bill sussurrou, abraçando-o apertado para que não pudesse olhar em seus olhos.
Finalmente dirigiu seu olhar para o presente. Era tão grande, não podia imaginar qual o preço daquilo.
“Da uma olhada, vai!” O mais alto incentivou.
Bill olhou pelo telescópio e riu, finalmente entendendo porque ele poderia enxergar seu namorado melhor. O telescópio já havia sido utilizado e apontava exatamente para o lugar onde se encontrava a Ursa Maior no momento.
Bill olhou para Dipper e riu como nunca.
“Você é realmente a melhor coisa da minha vida.”
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