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História Utopia - Confiança de papel


Escrita por: caulaty

Capítulo 5 - Confiança de papel


  -Você quer que eu passe a noite aqui? - Kenny perguntou encostado no batente da porta da cozinha, sussurrando baixinho para que ninguém mais escutasse. - Eu não gosto da ideia de você sozinho com esse cara.

-Eu sei disso. - Kyle respondeu distraído, secando uma faca de cozinha grande com um pano de prato, fechando a gaveta de talheres com o quadril. Sempre lavava a louça quando estava nervoso, e quando não havia mais o que lavar, ele passava a secar tudo que estivesse no escorredor. - Mas não precisa se preocupar. Eu não tenho dúvida alguma de que aquela coleira funciona. E além do mais... Eu acho que ele não quer nos fazer mal. Olhe só pra ele.

O loiro tinha os braços cruzados em frente ao peito. Estava bem sóbrio agora, ou era o que parecia, embora preservasse ainda uma aparência desleixada, os cabelos loiros úmidos e bagunçados. Ele havia tomado banho na casa de Kyle, visto que nenhum deles pretendia ir a lugar algum antes da madrugada chegar. O ruivo procurara algo nos armarinhos para que eles pelo menos pusessem algo no estômago. Um por vez, esporadicamente ao longo da noite, cada um mastigou um pedaço de pão australiano com manteiga caseira. Stan foi o único – além do Toupeira – que não comeu nada. Estava na sala com Wendy, Cartman e o escravo.

-É, mas eu não sei. - Kenny contemplou, pensativo. - Se eu fosse esse cara, eu estaria com muito ódio. Muito ódio mesmo. Tentaria arrancar os olhos de qualquer um que fosse livre, que andasse sem coleira. Imagina só.

-Wendy. - Kyle gritou em vocativo. Já havia largado a faca e agora secava um copo. - Você quer café?

-O quê?- Veio a voz feminina da sala.

-Você quer café? - Ele repetiu, aproximando-se mais da porta da cozinha para que ela pudesse ouví-lo.

-Não, obrigada!

Com o ruivo mais próximo, Kenny o segurou pelo braço, os dedos tão leves correndo pela pele, arrepiando-o por inteiro. O corpo de Kyle enrijeceu ao toque. Ele estava encurralado contra os azulejos brancos da cozinha, olhando para cima, fitando diretamente naqueles olhos azuis. Desceu o olhar rapidamente para o piercing dele, distraído.

-Ele é do subsolo. - Sussurrando próximo do rosto de Kenny, que acariciava a sua bochecha como se nada mais importasse. Quando o loiro começava a tocá-lo, mal prestava atenção no que Kyle dizia. - Você sabe o que dizem sobre eles.

Já era suficientemente difícil conseguir informações sobre as terras do subsolo para quem morava na terra, mas para os cidadãos de Utopia, beirava o impossível. A única razão pela qual eles conheciam um pouco sobre o que ocorria lá embaixo é o acesso que militares tinham a informações delicadas. A população civil apenas carregava lendas sobre o que ocorria no subsolo; falava-se sobre como era uma terra onde o caos imperava, onde a população vivia em plena guerra civil, que as pessoas de lá se esqueceram como viver em sociedade. Olhando para o Toupeira, isso parecia bastante confirmado. A verdade não era tão longe disso. É fato que nem todas as cidades do subsolo viviam dessa forma; não era algo tão incomum, nem mesmo fora dos Estados Unidos, dependendo das condições climáticas naquela região. Mas na maior parte, o próprio conceito de cidade se perdeu lá embaixo. As cidades do subsolo foram construídas sem estrutura, pessoas começaram a ser a ser transportadas e esquecidas lá embaixo quando suas terras na terra estavam devastadas demais. Isso foi algumas gerações no passado. Houve uma época em que o subsolo se reestabeleceu, vivendo em uma imitação progressista da sociedade acima do solo, mas as rebeliões se tornaram tão fortes que, atualmente, não havia prefeito ou governante no subsolo. O que os guerrilheiros alegavam era que os homens de cima não deveriam ter qualquer propriedade sobre eles (burocraticamente, ainda era uma terra americana). Nem todos concordavam com isso, é claro. Nem todos queriam a independência. Isso agravou severamente os conflitos.

Na sala, Wendy Testaburger trabalhava. Era uma mulher de cabelos negros extremamente curtos, como se tivessem sido raspados em algum momento da vida. De fato, foram. Ela usava um óculos de grau cobre e redondo, as hastes ligadas por uma tira de couro em torno da cabeça. Em um de seus olhos, sobre a lente do óculos, havia ainda um monóculo que aumentava de forma considerável o chip minúsculo na coleira do homem, chip este que ela explorava com uma pinça. Demorou um bom tempo para que o Toupeira permitisse que ela chegasse perto. Ele quebrou um abajur acidentalmente ao bater na mesinha sobre a qual ele estava, escorado pelo chão e rosnando para Wendy, literalmente mostrando os dentes. Ele levou um choque da coleira, gritando esganiçado e batendo com a cabeça na quina. Foi assim que ele se acalmou. Continuou encarando-a de lado, com desconfiança, desprezo, humilhação.

Em resposta, ela não pareceu minimamente intimidada pela selvageria aquele homem. Estava fascinada demais pelo objeto em seu pescoço, talvez até mesmo por ele. Wendy era uma cientista experimental, inventora, apaixonada pelo funcionamento das coisas. Era amiga de infância de todos eles e, desde aquela época, gostava desmontar e remontar tudo em que conseguisse pôr as mãos.

-Eu nunca vi nada assim. - Ela comentou com os olhos repletos de luz, nem mesmo tentando esconder a empolgação.

Kenny e Kyle voltaram da cozinha.

Wendy pôs a mão sobre o ombro do Toupeira, que recuou imediatamente, grunhindo com o cenho franzido.

-Desculpe. - Ela disse, soltando a pinça. Os dois estavam sentados no chão, pois não houve qualquer jeito de convencê-lo a subir no sofá. - Eu vou te tirar desse negócio, mas eu preciso que você venha comigo.

-O quê? - Kyle perguntou.

-Eu preciso estudar essa coleira. É um dispositivo de segurança, eu posso machucá-lo muito se eu não souber o que estou fazendo. Preciso das minhas ferramentas.

-Isso é muito arriscado. Talvez ele esteja sendo monitorado por esse chip. E se o Gregory aparecer aqui e ele não estiver... Ou se alguém encontrá-lo no seu laboratório, o que seria pior ainda.

-Acalme-se. - Stan disse com sua voz sempre tão paternal, pondo a mão no ombro do ruivo. - Nós vamos dar um jeito.

-Mas eu não tenho como descobrir uma forma de abrir essa coisa sem estudá-la. Não é exatamente como se existissem registros acessíveis sobre coleiras de escravos em Utopia. Já é difícil o suficiente conseguir material sobre tecnologia lícita.

O Toupeira agora se afastava dela, andando como um gorila pelo chão apoiado nass duas mãos, como se espreitasse algo ruim, grunhindo muito baixo. Ele se aproximou de Kenny sem perceber, de costas, olhando fixo para o lado oposto, focado demais em olhar para aqueles que tinha como seus inimigos. Em especial, Stanley e Wendy pareciam apresentar mais perigo dentro da sua visão primitiva. Era como se o Toupeira fosse sensível o bastante para farejar a autoridade dos dois; Stan pela hierarquia, Wendy pela sua atitude pessoal. Ele também não gostava de Cartman, que estava estranhamente silencioso, sentado em uma das poltronas da sala, segurando o queixo com a mão. Ele sempre ficava mais introvertido quando Wendy estava por perto. Kenny sempre o provocava, dizendo que ele tinha uma quedinha por ela. Esse tipo de coisa sempre tirava Cartman do sério.

-Eu não acho que ele queira ir com você. Isso pode dar merda. - Kenny complementou. O Toupeira virou-se rapidamente para ele, assustado pela voz tão próxima, mas quando percebeu que era o loiro, apenas o ignorou como se não fosse nada importante.

-Então o que vocês esperam que eu faça?!

-Talvez eu... - Kenny começou, mas fez uma pausa hesitante. - Talvez eu saiba onde arranjar uma coleira.

-O quê?! - Cartman perguntou, rindo, esparramado pelo sofá. - De que merda você tá falando?

Kyle se virou para Kenny, como fazia toda vez que precisava de apoio incondicional. Ele não fazia por sacanagem, mas tinha plena consciência de que Kenny McCormick era absolutamente incapaz de lhe negar qualquer coisa pedida com jeito, ou de repreendê-lo por alguma ideia mirabolante demais. Enquanto Major, ele estava em uma posição de superioridade; mas enquanto amigo e homem, estava totalmente entregue a tudo o que saísse da boca do ruivo. Não fazia a mínima questão de negar isso. O relacionamento dos dois era bastante dúbio e Stan nunca fazia muitas perguntas. Cartman não se interessava o suficiente para questionar nada, apenas se contentava em provocá-los.

-Você acha que todos os escravos que vieram para Utopia sempre usaram isso? E seus filhos...?

-Você não pode estar falando sério. - O Coronel interrompeu assim que Kenny repartiu os lábios, cruzando os braços. - O pior é que eu nem posso dizer que essa é a ideia mais inconsequente que você já teve.

-Qual é o problema?! - O ruivo perguntou em defensiva, a voz estridente.

-Não é exatamente um problema, só é cara de pau pra caralho você simplesmente chegar lá e pedir a coleira dela, se é que já havia algo assim quando nós éramos pequenos. - Kenny respondeu de forma muito mais macia, de fato soltando uma gargalhada. Tentou conte-la, mas foi inútil. - Ela nem teria guardado isso, pelo amor de Deus.

-De que caralho vocês estão falando? Porra, só a voz de voces e dá uma dor de cabeça medonha. - Cartman disse, massageando as têmporas.

Ele sempre ficava mais domesticado quando Wendy estava presente. Resmungava baixo, passava um bom tempo quieto. Kenny tinha certeza de que ele tinha pelo menos uma quedinha por ela desde a adolescência.

-Da Nicole. - O loiro foi o único a prestar atenção nele. - É uma longa história.

-Nicole?! A cocotinha do café, casada com aquele pé rapado do Token? Que merda ela tem a ver com isso?

-Stan. - Kyle prosseguiu, tentando soar racional. - Nós não temos nada a perder. O pior que pode acontecer é ela me mandar à merda. Eu não tenho medo disso.

"Você não tem medo de merda nenhuma porque você não pensa; se pensasse, nem teria ido à casa de Gregory sem reforço algum", foi o que o Coronel Stanley teve vontade de responder. No entanto, sabia que seria injusto e contraditório. Todos eles precisavam pensar no bem estar da nação acima de todas as coisas. Foi o juramento que fizeram.

-Tudo bem. Faça como você quiser. Eu concordo que o Toupeira pode machucar alguém e se machucar com isso caso nós tentemos tirá-lo daqui. - Stan disse.

-Mas é lógico, se nós nem conseguimos faze-lo subir num maldito sofá. - Kenny resmumgou para si mesmo.

Wendy parecia empolgada demais com a possibilidade de ter uma coleira daquelas todinha para o seu deleite, fantasiando com as horas que passaria debruçada sobre ela, abrindo-a de todas as maneiras que encontrasse. Não disse uma palavra. Buscava envolver-se o menos possível em questões que poderiam compromete-la mais tarde, mas de alguma forma, continuava sempre metida nos rolos deles.

Ficou decidido então que Kyle faria uma visita ao café de Nicole e Token na tarde seguinte. Stan sempre ficava um pouco nervoso quando cogitavam envolver outra pessoa em seus planos; gente demais estava sabendo do movimento deles, aquilo já não podia mais ser considerado um segredo. De qualquer forma, eles viram com os próprios olhos o que aquela coleira era capaz de fazer a um ser humano. Era natural que o Toupeira não tivesse condições de dizer coisa alguma.

Era por volta de duas e meia da manhã quando eles foram embora. Stan acompanhou Wendy até em casa - ela não residia na vila militar -, Cartman saiu sozinho cambaleando pela porta e Kenny continuava de pé na varanda, agora prensando Kyle ao lado da porta, abraçando seu corpo e acariciando suas costas sem malícia. Lá dentro, o Toupeira estava deitado embaixo de uma mesa.

-Você está bem? - O loiro perguntou.

Kyle assentiu com a cabeça.

-Acho que sim. Eu ainda não consegui processar direito.

-Está assustado?

Ele separou os lábios para responder, mas pensou a respeito primeiro.

-Um pouco. Não do Toupeira exatamente. O que me assusta mais é lembrar das coisas que o Gregory disse, do jeito dele... Kenny, ele é muito psicótico.

-E muito venerado. Essa é a pior parte.

-É, deve ser. - Houve um momento de silêncio, então Kyle alisou o braço do outro e sorriu triste. - Você deve estar cansado. Vá dormir.

-Eu não estava tentando ser engraçadinho nem nada quando disse que eu posso ficar aqui de vigia. Eu não sugeri nada além disso.

Mesmo quando Kenny falava sério, ainda havia esse sorrisinho sacana no canto de seus lábios que dava vontade de rir. Kyle o empurrou de brincadeira.

-Obrigado, mas eu não preciso de um guarda-costas. Ele não vai querer se meter a nesta comigo.

-Não vai mesmo. - Kenny respondeu com um sorriso largo e apaixonado, dando alguns passos para trás. Desceu os degraus da varanda de costas, com as mãos nos bolsos. - Me liga qualquer coisa. Se cuida aí.

-Onde é que está a sua bengala idiota?

-Ué, você me fez sair correndo. Nem lembrei dela. - O loiro começou a alisar a própria coxa, forçando uma careta de dor. - O que eu não faço por você?

-Sei. - Kyle respondeu rindo.

Voltou para dentro sozinho. Olhou em volta. O Toupeira não estava a vista imediatamente, o ruivo começou a andar cautelosamente pela sala sem fazer barulho com os pés. Tudo parecia muito vazio. Quando estava prestes a chamá-lo, avistou seu corpo encolhido embaixo da mesa da sala de jantar. Ele estava deitado em posição fetal de costas para Kyle. Demorou alguns instantes para o ruivo perceber que ele estava quase dormindo, sua respiração mais intensa do que antes.

Kyle não soube ao certo o que fazer. Passou alguns instantes imóvel, com os braços caídos em torno do corpo, observando-o com as pernas um tanto encolhidas, caído de lado. O ruivo se abaixou e começou a engatinhar silenciosamente para perto dele, não chegou a se colocar sob a mesa.

-Ei. - Chamou baixinho. Não se atreveu a toca-lo. - Você...

Não conseguia chamá-lo pelo seu nome de escravo. Parecia tão errado. Deu alguns segundos em silêncio até que o homem rolasse de barriga para cima, encarando o topo da mesa. A mão estava jogada sobre o peitoral nu. Ele parecia muito mais humano agora que estavam sozinhos.

-Você deve estar com sono. Quer comer algo? Tomar um banho?

O Toupeira nem sequer olhou para ele. Não reagiu, como era de costume.

-Eu vou te trazer algo.

Kyle deixou para ele um prato com um pedaço de bife (o único que havia na geladeira) e batatas cozidas rapidamente. Faria compras no dia seguinte. O Toupeira só começou a comer depois que Kyle o deixou sozinho, usando as duas mãos no lugar dos talheres que o ruivo inutilmente trouxera junto. Pensou duas vezes antes de dar uma faca àquele homem, mas recusou-se a tratá-lo como um cachorro. No fim das contas, a faca ficou intocada sobre o carpete junto com o garfo.

Quando Kyle voltou para verifica-lo, a cena que encontrou foi quase adorável. O Toupeira estava com o rosto e as mãos sujas de molho e batata, um pouco chegava a escorrer pelo peito nu, que parecia duro feito pedra, a carne tão firme. Suas mãos eram grandes e rudes, unhas roídas, tudo manchado de molho vermelho. Ele lambia os dedos grossos com tesão. A cena deixou Kyle desconfortável e fascinado simultaneamente.

-Se você não se lavar, onde é que você vai dormir?

Kyle odiou o tom que saiu de sua boca. Parecia que estava falando c uma criança, e tinha certeza de que isso não faria progresso algum entre eles.

-Olhe. Eu sei que você não deve tomar banho há um bom tempo. Não sente falta?

Agora ele se sentia apenas rude. Não estava tentando dizer que ele cheirava mal. Não era exatamente agradável, mas o cheiro não era tanto o problema quanto a camada de terra e até um pouco de carvão cobrindo sua pele.

-Você vai se sentir muito melhor quando começar a reobter hábitos humanos. Digo, comuns. - Aquilo simplesmente nao estava dando certo. Kyle suspirou fundo, esfregando o proprio rosto com as mãos. -Não há nada de humano na forma com que tratavam você. O mínimo que eu posso te oferecer hoje é um banho quente e uma cama decente. Por favor, aceite.

É difícil analisar as reações do Toupeira; seria preciso entrar em um contexto de microexpressão para perceber como suas sobrancelhas se alteravam levemente quando Kyle dizia uma coisa ou outra. Houve um momento em que ele coçou a barba e estreitou os olhos, parecendo mais concentrado agora, e Kyle quase teve certeza de que ele estava escutando. Continuava imóvel, os olhos de mel fixos nos do ruivo, olheiras profundas, a boca levemente entreaberta. Sua expressão estava em branco.

-Tudo bem. Vamos fazer o seguinte. - Kyle disse da maneira mais diplomática que pôde. - Eu vou te trazer uma bacia e um pano molhado. E sabão. Eu só vou deixar aqui e você pode se limpar se quiser, pode ser? E... Me parece que você prefere ficar no chão, não é? Eu tenho um colchão sobrando, vou deixá-lo pronto ali na sala com um cobertor e você pode descansar o quanto quiser. Você pode dormir no sofá se preferir. Faça o que você quiser, certo?

Ele ainda esperava por uma resposta, mesmo sabendo que era improvável. Tinha esperança de que o Toupeira se sentisse mais confortável quando estivessem a sós, embora não houvesse motivo concreto para isso. Talvez chamar outras pessoas e mostrá-lo como um animal de circo tenha abalado qualquer possibilidade de confiança entre eles. Como dito, Kyle esquentou água em uma bacia e deixou ao lado dele no chão. Sentiu vontade de usar o pano molhado para limpar pelo menos o peito dele, mas teve certeza de que a resposta a isso não seria nada positiva. Ele parecia odiar ser tocado.

Para sua surpresa, o Toupeira não esperou que ele saísse para começar a se limpar. Pareceu extraordinariamente humano e civilizado enquanto o fazia, mergulhando o pano na água e passando pelo seu rosto, pela barba, torcendo o pano no peito para que a água corresse até o abdômen. Pareceu tão bonito também, tão concentrado. Kyle decidiu enxergar aquilo como uma vitória e não forçar mais sua sorte.

-Boa noite, Toupeira. - Referiu-se ao nome terrível por sentir que precisava falar diretamente com ele e não conhecia outro vocativo. Foi tomado por uma curiosidade fortíssima para saber o nome dele. - Pode me chamar se precisar de qualquer coisa. 



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