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História Utopia - Os olhos amargos de um mártir


Escrita por: Viniciusmachado

Notas do Autor


Oiiiiiiiieeeee

Capítulo 11 - Os olhos amargos de um mártir


Fanfic / Fanfiction Utopia - Os olhos amargos de um mártir

Eu fazia dezoito anos naquele dia. Mas não havia comemoração alguma é claro.

Estávamos a dois meses no mar. Os homens perguntavam-se quando chegaríamos, ou se; chegaríamos.

O humor deles se assemelhava ao de Dimitri. Qualquer coisa era motivo de brigas.

O pai de Claire (a garotinha do porto), não parava de chorar.

A comida estava acabando. Assim como a água.

A tripulação poderia ser confundida facilmente com um bando de animais selvagens. Pareciam estar planejando matar seus companheiros para que pudessem desfrutar de todos os suprimentos sozinhos.

Ou talvez eu também não esteja livre da paranóia, e esteja imaginando coisas.

Espero que seja isso. Pois o veleiro é apertado; se alguém vir a nos trair... sera uma luta rápida, caso o traidor conte com a vantagem da surpresa.

De repente, uma porta abriu. Uma luz pálida iluminava o vasto cômodo arruinado. Paredes reduzidas a pó. Quadros olhando-me com raiva; e uma voz acima de mim.

- Você me deixou morrer... por que me deixou morrer?!

Olhei para cima e vi meu pai. Pendurado pelo pescoço a uma corda amarrada ao lustre enferrujado.

Sua mão estendida a mim.

Ele gritava com o rosto roxo e uma expressão de ódio.

- Você me deixou morrer... como fez com sua mãe!

- Não...Não fui eu - eu chorava - não foi minha culpa!

O rosto de meu pai começou a sangrar. O sangue jorrou como uma cachoeira. Na poça vermelha formada no chão... um corpo surgiu sem que eu soubesse de onde vinha.

Aproximei-me. Era minha mãe.

Eu pousei minha mão em seu ombro e tentei acorda-la de seu descanso eterno.

- Mãe...?

Ela virou-se para mim e me olhou por alguns segundos.

Seu olhos não demonstravam nenhum sinal de vida, ou alma.

Ela tocou meu rosto e começou a me acariciar.

- Filho... é tudo culpa sua. Disse ela de forma doce.

E então seu rosto começou a sangrar.

E seus olhos se tornaram negros como a mais escura das noites.

E ela gritou!

- É tudo culpa sua... você nos matou!

- Não... eu juro... não foi culpa minha!!!

O lugar começou a escurecer. Sangue começou a correr pelas paredes. E o rostos de meus pais surgiam por toda parte.

- Não fui eu, não fui eu - eu repetia chorando - eu juro que não fui eu!

Eu andava para trás, cambaleando. Pisei em algo no chão. Olhei e vi i rosto de Dimitri.

- Quantos mais você vai deixar morrer... Berhtran?

Eu estava desesperado. Não sabia o que fazer. Queria sair daquele lugar. Queria morrer!

E então; uma mão segurou a minha. A pele era macia, acolhedora. E então, alguém atrás de mim falou com a voz mais doce que eu já havia ouvido.

- Obrigada!

Acordei.

E diante de mim, estava Amélia.
Ela segurava minha mão com suas duas mãos!

- Obrigada... Berhtran!

Ela chorava; porém sorria! E suas lágrimas misturavam-se com as minhas!

Ela deitou ao meu lado; e me abraçou!

Ficamos ali... abraçados em meio a escuridão da noite!


Notas Finais


Esse capítulo é uma homenagem a uma grande amiga.


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