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História Utopia - Déjà Vu


Escrita por: Soonari , agheness e Viguina

Notas do Autor


oi galero
edit: tem gente me perguntando o que é nuguseyo, significa "quem é você" c:

Capítulo 2 - Déjà Vu


Fanfic / Fanfiction Utopia - Déjà Vu

    – Aish, eu não entendo o que anda acontecendo comigo – acordei no entardecer com o grande orvalho de uma grande árvore caindo sobre as minhas pálpebras. – Por que eu tenho alucinações com esse garoto? Eu estou ficando louca. 

    – SOONARIIII! – Hoseok aparece correndo já cansado e ofegante, enquanto trazia em sua mão seu celular – Você dormiu aqui? Eu estava te procurando faz horas, sua quenga. 

    – É... sim... meu sono era grande. – assenti com a cabeça – Mas o que que foi dessa vez? 

    – Ah, eu ia dizer que eu, Jung Hoseok em pessoa, fui aceito para um teste. – falou ele, enquanto dava pulos de alegria com um grande sorriso estampado em seu rosto. 

    Hoseok era como meu irmão mais velho que eu nunca tive. Desde que eu o conheço por gente, ele já tinha o dom para dançar. Quando todos os primos se reuniam na casa da vovó, eu só conseguia escutar a voz de Hoseok saindo do seu quarto. 

    Ele sempre insistiu que eu cantasse. Eu sempre achei minha voz parecida com a voz de um pato se engasgando, mas Hoseok era o único que não me desanimava e dizia com todas as letras que eu seria a nova "Britney Spears" (ata). 

    – Você é chato, mas é meu orgulho, sabia? – falei eu, enquanto observava sua animação. 

    – Mas Soonari, você sabe que eu não vou sozinho, certo? – dizia ele, enquanto puxava minha mão. 

    – Hoseok, nem pense em ficar me incomodando pra entrar nessa empresa. Você sabe muito bem que eu não tenho jeito com isso – falei eu, o afastando de mim. 

    – Mas Soo... (apelido carinhoso que eu recebi) eu não vou aguentar ficar sozinho por muito tempo, eu preciso de alguém pra ouvir meus dramas diários – tentava fazer um biquinho dramático. 

    – Ai ai Jung Hoseok. O que eu fiz pra merecer você? – falei eu, enquanto fazia um sinal negativo com a cabeça. – Você é o ser humano mais extrovertido que eu conheço... É óbvio que você vai fazer quinhentos amigos e até pode desencalhar. 

    – Eu ouvi bem? Você quis dizer que eu sou encalhado? Eu? – falava ele, com a boca entreaberta demonstrando espanto. 

    – Não, não, minha mãe. – Saí andando pela grama aparada que me cercava – É claro que é você. Eu nunca mais te vi com ninguém. E quando tu se relaciona com alguém nunca dura mais que 1 ano. – Hoseok me olhou com uma cara de desentendido enquanto era seguida por ele, que me dava leves socos enquanto clamava que queria mais explicações. 

 

1 mês depois. 

    Sim, cá estou recomeçando minha vida num local inusitado: Big Hit. Após um longo mês, pude perceber que eu não consigo dizer "não" aos pedidos de Hoseok. Não me segurei ao ver seus cabelinhos ruivos e seu olhar típico do Gato de Botas, me pedindo para entrar na empresa. 

    Por incrível que pareça, apesar de ter as mínimas chances para entrar numa empresa de talentos como aquela, eu fui aceita. Até hoje me pergunto como puderam aceitar um ser como eu, que quase desmaiei de nervosismo na hora da audição.

    – Ah, desculpa, desculpa. V-você tá bem? Se machucou? – fui derrubada por uma menina que aparentava ter mais ou menos o meu tamanho e parecia-se com uma estrangeira. 

    – Ah, tá tudo cer... espera! Você... Você me parece familiar – após olhar em seus olhos, pude perceber que a conhecia de algum lugar no qual não me recordava. 

    Ultimamente venho tendo mais sonhos. A cada dia, eu estou mais inquieta, porque não entendo como meus sonhos sempre se repetem, são idênticos, com o mesmo início e final. A imagem que me aparece é sempre a mesma: um simples garoto que está sentado do meu lado, junto a Hoseok e outra garota... Mas espera, não seria essa a garota dos meus sonhos?

    – Desculpa, mas é o meu primeiro dia aqui, eu não conheço ninguém. – falava ela, juntando minhas roupas que derrubara.

    – Ah, deve ser loucura minha, esquece. Mas antes... quem é você? 

    – Eunjin – novamente um déjà vu, sinto conhecer esse nome. 

    – Mas você não é estrangeira? 

    – As pessoas sempre acham isso, só que meus pais são estrangeiros, mas eu não. Deu pra entender?

    Dali, uma amizade começou. Com o tempo fluindo, e o destino ao meu favor, eu consegui conhecer cada detalhe de Eunjin e descobri que ela era mesmo a menina na qual eu sonhava. Eu não sei se temos uma telepatia ou algo de outras vidas, mas nós acabamos dividindo o dormitório. 

    – Você tem algum amor platônico? – falava ela, enquanto tentava dançar uma coreografia. 

    –  Já tive, mas por enquanto não. Eu até tentei achar algum menino gatenho, mas a maioria deles estão sempre treinando, pro meu azar – revirei os olhos. 

    – Hum, mas não se preocupe que você não é a única. Eu também estou nesse mesmo barco da sofrência. 

    – Uhum. Mas calma, que agora eu acabei de ter uma ideia mirabolante. Eu já volto, não foge de mim não, senhorita. 

    Como eu nunca acho um boy, pelo menos quero ser a cupido de alguma relação. Quando você encontra duas pessoas encalhadas, a única coisa que passa na sua cabeça, é fazer elas se conhecerem... Vá que role um namorico, nunca se sabe. 

    – AI MEU RAZIEL DO CÉU – levei um susto, onde quase caí na recepção da empresa. 

    – V-Você está bem? – ERA ELE. Eu sabia que era ele! Eu encontrei o garoto dos meus sonhos, o menino perfeito. Será que estou tendo alucinações de novo? Ou é ele mesmo? 

    – Ei,ei – acenava ele, após eu estar olhando atentamente aos seus olhos – Você esta me escutando? 

    Sua voz, seu olhar, seu sorriso... AAAAA! Eu precisava ao menos saber seu nome, o que fazia ali. Mas acho que meu nervosismo não irá colaborar. 

    – Olha, o elevador já vai descer. Você está indo pro terceiro andar também? – falava ele, segurando a porta do elevador. 

    – Ah, d-desculpa, eu vou entrar sim. – falava eu, com o coração na mão. 

     Nós estávamos no oitavo andar, indo em direção ao terceiro. Ele olhava para o teto do elevador, sem ao menos me notar alguma vez. Até que algo ruim aconteceu, 

"BOOOOM!" - o elevador parou. 

    – Ai! – o garoto simplesmente deu um grito fino e se escondeu nas minhas costas – eu tenho claustrofobia, eu tenho medo. 

    – Calma, calma, muita calma, vai ficar tudo bem. 

 

Enquanto isso no dormitório... (Eunjin's POV) 

    – Aish, onde essa menina se enfiou dessa vez? – falei eu, enquanto repetia a mesma música da playlist. – Eu cansei dessa vez, vou tomar banho e descansar. 

    Durante meus banhos, sempre toco uma música que estou viciada e fico cantarolando com o meu pente, fingindo estar em um show lotado. Tudo estava indo como sempre foi, até que comecei a ouvir um ruído, mas não pensei que fosse algo. 

    – Soonari? Soonari você tá ai? 

    – Soonari, eu estou realmente preocupada, onde você esta? Hoje não é um dia legal pra brincar de esconde-esconde, apareça. 

    – Soonari...? Olha, já que você não aparece, eu vou esperar aqui de braços cruzados. 

    Continuei ignorando os sons, e enrolei uma toalha ao meu corpo e a outra aos meus cabelos molhados. Antes de destrancar a porta, percebi que os sons só aumentavam. 

    – Pelo amor de Deus, por favor Samara, pode levar meu dinheiro, bolsa e celular, só não me mata, eu imploro! – comecei a rezar – Soonari, você já chegou? – O eco do som foi se aproximando, e eu não sabia onde me esconder, pensando que aquele seria meu fim.

    – AAAAAAAAA! – gritei o mais alto que eu pude, ao ter a porta aberta por um estranho pervertido. – Sai daqui seu pervertido, eu vou gritar bem alto, você não vai encostar um dedo sujo seu em mim! – dei alguns tapas nesse tarado. 

    – Ah, mil desculpas, mil desculpas, não é isso que você está pensando! – falou ele, tapando a visão. 

    – Não é isso que eu estou pensando? Quem entra num banheiro de uma menina em plenas oito horas da noite? Quem? – falei eu, ainda dando tapas e tentando me esconder.

    – Eu estava procurando Soonari, sou amigo dela – falou ele, olhando para o lado. – Desculpa de novo, desculpa. 

    – Espera, você conhece Soonari? Você é amigo dela mesmo? Eu vou me arrumar e já falo com você. 

    Quando eu iria imaginar que depois de terminar meu banho quentinho, um estranho iria entrar no banheiro? Imagina se eu estivesse nua? Aish, não quero nem imaginar.

    – Pronto, agora sim podemos conversar como duas pessoas normais. – falei, enquanto ajeitava os botões da minha jaqueta. 

    – Ah, s-sim, desculpa de novo por antes. Mas então, você é a garota na qual Soonari tanto tagarela? – falou ele, coçando seu cabelo, envergonhado.

    – Provavelmente sim, nós somos melhores amigas. Mas você... é o famoso Hoseok? 

    – Sou eu, mas... você me conhece? Bom, isso não importa agora. Isso tudo aconteceu porque eu estou como um maluco procurando Soonari por todos os cantos. Essa menina sempre arranja confusões, é impressionante – falou ele, tentando ligar para ela – O celular dela só dá caixa postal. Desse jeito eu vou ficar maluco de fato.

    – Eu não faço a menor ideia pra onde ela foi, isso nunca aconteceu. Ela disse que ia dar uma descida e até agora não voltou – falei eu, enquanto tentava mandar uma mensagem para ela – Daqui a pouco é o toque de recolhimento. 

 

Enquanto isso no elevador... 

    – Olha, daqui a pouco vem alguém nos tirar daqui, é só questão de minutos, eu te garanto. – falei eu, virando de frente para ele tentando acalmá-lo. 

    – Como você pode me garantir?

    – Nós não vamos ficar aqui a vida toda, isso é fato. Deve existir algum ser humano dentre os sete bilhões que existem no mundo que podem nos tirar daqui. A única coisa que você precisa fazer nesse momento, é respirar fundo e pensar em mim...

    – O que você disse?

    – Opa, quis dizer em... em... unicórnios! Isso, unicórnios – falei eu, sentindo minhas bochechas corarem aos poucos. 

    Ele riu. Ele simplesmente riu. Raiva...

    – Você é engraçada, sabia? Conseguiu parar 1% do meu pânico. – sorriu para mim, enquanto aperava minhas bochechas. 

    Sempre odiei que apertassem minhas bochechas. Mas quando a pessoa que você gosta aperta suas bochechas, é tudo diferente. 

    – Você... você gosta de animes? – quando você não sabe puxar assunto, essa é a única opção.

    – Se eu gosto? Eu adoro, me considero um fã. Só falta meu certificado. – falava ele, sorrindo.

    Não é possível, esse garoto além de ser bonito, está sempre sorrindo. Assim eu não vou aguentar. Mesmo tentando, nosso assunto parou ali, o silêncio tomou conta do espaço. Assim, os minutos foram passando e nada de alguém vir nos ajudar. Já tentamos gritar, pular e clicar no botão de emergência, mas ninguém vinha. Comecei a pensar que estava vivendo o filme Náufrago num elevador. Aos poucos fui entrando em desespero, e assim comecei a suar. 

    – Aqui ta quente, né? – falei, me segurando no corrimão do elevador. 

    – V-Você tá bem? Você está pálida – falou ele, me olhando fixamente com preocupação. – Ei...

    Eu não me segurei, e caí ofegante. Ele apertou minha mão e se agachou, colocando a mão na minha testa. Mas não adiantava, já estava tonta e com uma dor de cabeça que eu não desejaria nem para o meu pior inimigo. Não esperava que isso algum dia aconteceria comigo, nunca passei tão mal. 

    – Você está com febre (não, não, imagina). Não tem jeito!

    – O que não tem jeito? – já estava com um pressentimento de que aconteceria alguma coisa.

    – Você precisa tirar sua roupa, vi isso em vários documentários (cof cof, doramas), senão você vai ficar muito mal. – falou ele, tirando minha blusa.

    – Espera! Tá tudo bem, eu tô bem. – Por que eu falei aquilo?

    – Acredite no TaeTae, não está tudo bem, você está com febre. Eu sempre lembro da minha vó dizendo que eu deveria ser respeitoso com todas as meninas, mas neste caso, não tem jeito. 

    Assim, eu me tornei a pessoa mais corada do planeta. A situação estava certamente desagradável, porque imagina só: 2 pessoas presas num elevador muito quente, onde uma delas está sem blusa, somente com um sutiã e uma calça. Taehyung ficava olhando pro teto e batendo o pé no chão de nervosismo, tentando ao máximo não olhar para mim. Porém, a situação estava mudando: como uma gripe viral, Taehyung começou a ficar com os mesmos sintomas que os meus. Pensei que aquele seria o fim de nós dois, comecei a desacreditar nos finais felizes. 

    – Eu não estou acreditando no que eu estou vendo, você também está igual a mim. Essa é outra situação que não tem jeito. – minha vez de se vingar. 

    – Vai ficar tudo bem, menina que eu acho engraçada e que não sei o nome? – falou ele, com os olhos entreabertos.

    – Vai, vai ficar sim. Mas agora, não esqueça do meu nome: Soonari. Mas pode me chamar de Soo se quiser (ou de esposa também).

    Quando eu estava o ajudando a desabotoar a camiseta, eu quase morri de susto. Aquele com certeza foi o maior susto da minha vida. Foi pior que ver filmes de terror no escuro. De repente, num piscar de olhos, a porta do elevador abriu e lá estava meus dois melhores amigos: Hoseok e Eunjin. Eu não consegui raciocinar em nada naquele momento.

    – Ai meu Deus – falou Eunjin, de boca aberta.

    – Soo... Soonari – falou Hoseok, sem piscar os olhos, até deixando seu refrigerante cair no chão – KIM TAEHYUNG, O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA SOONARI? 

    – Olha... Não é nada disso que vocês estão pensando, nós podemos explicar. – falei eu, tentando vestir minha blusa, enquanto era encarada. 

    – S-sim, não é nada disso que vocês estão pensando. Hoseok, eu não fiz nada. – falou Taehyung, tapando seu rosto. 

    – Por que vocês estão sem suas blusas? 

 

 


Notas Finais


esse capítulo foi a Victória que escreveu :3 te amo feiosa.
edit: eu sei que a bighit não aceita trainees femininas, é só uma fanfic


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