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História Valentes guardiões - Capitulo 4: Apresentações


Escrita por: Anjoescritor10

Notas do Autor


esta aí por favor comentem, favoritem ou deem notas...

Capítulo 4 - Capitulo 4: Apresentações


Merida estava desmaiada, mas lentamente recobrou a consciência, a princípio tudo estava escuro, sua visão e sua audição pareciam não funcionar. Lentamente a audição dela começou a se focalizar e sua visão começou a aparecer, mas ainda embaçada.

Merida pode ouvir alguém dizer: “Acho que ela ta acordando!”

A ruiva ainda enxergava embaçado, mas pôde distinguir bem que tinha alguém em cima dela, este alguém tinha a pele clara e cabelos castanhos.

Em menos de um segundo podia ver novamente. Assustou-se quando viu o garoto perto dela. Se lembrava muito bem o que havia acontecido antes, desde a hora em acordou até à hora em que desmaiou.

Merida se afastou gritando e correu até uma pedra. Se imprensou na pedra como se alguém a cercasse. Tinha visto seu arco e flechas no chão, mas só conseguiu pegar duas flechas antes de fugir em desespero até a rocha.

-Quem são vocês? – perguntou apontando as duas flechas para os garotos.

Não passou pela cabeça dela que duas flechas sem o arco eram inúteis contra aqueles três.

Merida estava assustada, o dragão estava presente ali, a fera grunhia mostrando os dentes, enquanto o viking o segurava. Parecia um esforço inútil da parte do garoto, seus braços pareciam não ter nenhum músculo.

-Calma! – disse o garoto ao dragão – eu sou Soluço... – falou pondo a mão no peito, voltou para o grisalho – esse é o Jack... – o dragão parecia ter tentado avançar em Merida, mas o garoto o segurou antes – e esse é o Banguela...

Merida nem sequer prestou atenção nos nomes.

-O que vocês querem aqui? – perguntou ainda apontando as flechas.

Soluço parecia que ia dizer algo, mas antes de dizer Jack o interrompeu:

- Nada! Na verdade já íamos embora – puxou Soluço pelo braço fazendo-o se virar pra ele – não é?!

-Espera!

Jack amaldiçoava cada momento que passava naquele lugar, queria ir embora, mas não podia deixar o amigo, muito menos levá-lo a força, Banguela com certeza faria algo a respeito, a partir daí ficou mais atrás, quase saindo do circulo de pedras e ficou reclamando, coisa que ele não tinha o costume de fazer.

-Olha... – Soluço se aproximou lentamente – não vamos machucá-la...

Soluço abaixou as mãos dela lentamente, as mãos do garoto eram calorosas, tanto que o medo de Merida diminuiu consideravelmente.

Soluço foi até o arco e aljava que já não tinha mais tantas flechas.

-Toma, acho que isso é seu.

Merida estranhou a ação do garoto, pensou se ele não tinha percebido que ela pretendia matá-lo.

Banguela rosnou quando viu Merida receber suas armas de volta. A primeira coisa que passou pela cabeça do dragão é que ela mataria o garoto na mesma hora que recebesse seus pertences.

Merida se assustou quando ouviu o rosnado do dragão. Olhou Soluço no fundo dos olhos, ele não tinha aparência de assassino, nem de bárbaro, muito menos de viking. Depois de um momento cheio de troca de olhares, Merida procurou a flecha que havia atirado antes, e a viu cravada em uma das pedras, entre duas fendas.

A ruiva olhava fixamente para a flecha, Soluço percebeu aquilo e voltou o olhar para o lugar que Merida olhava.

-Foi você quem atirou?! – perguntou Soluço.

-Hã?!

-A flecha... Foi você quem atirou?!

Por um segundo, Merida hesitou em responder, em sua mente, se alguém perigoso perguntasse algo do tipo, o melhor seria se calar, e se possível negar, quando voltou a si, percebeu que o tom de voz do rapaz não era ameaçador, na verdade parecia mais ser uma forma de tentar saber mais sobre ela.

Merida não falou nada, apenas assentiu com a cabeça.

Mesmo sabendo que ela havia mirado nele, Soluço começou a admirar a garota, mas foi aí que percebeu, Banguela não a deixaria impune por ela ter mirado algo tão perigoso contra ele.

Soluço se aproximou lentamente de Merida e falou ao seu ouvido: “Se eu fosse você eu pedia desculpas...”

Merida não entendeu a princípio, afinal, ela quem havia desmaiado por causa deles, mas depois que Soluço gestificou para o dragão com a cabeça, não pensou em questionar, o dragão rosnava como um cão com raiva.

-Me... Desculpa?!

Para Banguela, aquilo literalmente soou como um pedido de desculpas, assim que ouviu, parou de rosnar, e imediatamente começou a agir feito cachorro alegre, balançava a cauda, colocava a língua pra fora e logo foi aos pulos recebê-la como amiga.

O dragão pôs a cabeça em sua barriga como se pedisse carinho, Merida levantou os braços sem entender. O dragão continuava a agir feito cachorrinho, mas não deixava de ser assustador.

-Fica calma – disse Soluço.

O garoto pegou a mão dela e a fez deitar suavemente na cabeça do dragão.

O dragão ronronou como um gato. Ao ouvir aquilo, Merida permitiu que uma risada saísse de sua boca.

-Então... Qual é o seu nome?!

A garota já o considerava um amigo, o dragão havia simpatizado com ela e por isso já não se sentia mais em perigo.

-Meu nome é Merida, a Valente, princesa primogênita do clã DumBroc.

Jack ouviu aquilo de onde estava.

-Uma princesa?! – falou quase gritando – não... não... isso está cada vez pior – falou balançando a cabeça enquanto puxava os cabelos.

-Qual é o problema? – perguntou Soluço.

-Soluço! Acorda! Ela é uma princesa! – gritou Jack gestificando para Merida – não acha que ela vai contar para os pais dela que viu a gente?!

-E daí se ela contar?!

Jack se calou diante daquelas palavras, não por não ter o que dizer, mas porque havia ficado com raiva pelo fato de o amigo não perceber a situação. Ainda que Jack fosse animado e extrovertido também pensava e conseguia ser sério.

-Pode causar uma guerra! – falou gritando, a palavra “guerra” ecoou pela floresta fazendo alguns pássaros saírem voando.

-Esperem, eu não vou contar nada aos meus pais.

-Como podemos confiar em você?!

-Ué, vocês não me feriram, e disseram que já vão embora, sem falar de que, o que eu tenho haver se dois vikings e um dragão caíram aqui por acidente?!

-Espera, como sabe que somos vikings?! – perguntou Soluço.

-Pelas roupas de vocês – falou ainda acariciando Banguela.

-Promete que não vai contar?! – disse Jack se aproximando dela e fitando-a com olhar sério.

-Pode deixar, sei guardar segredo.

Merida não olhava Jack, mas seu tom de voz não esbanjava nenhuma gota de mentira ou de desconfiança.

-Mas e aí... você é mesmo uma princesa?!

-Sou, embora desejasse não ser...

-Por quê?

Merida bufou e explicou a velha historia de que como princesa tinha muitos deveres, responsabilidades, e tinha que seguir sempre as ordens de sua mãe, e eram poucas as vezes que podia se divertir.

Soluço com certeza se identificou com aquilo, a única coisa de diferente era que tinha que seguir as ordens de seu pai:

-Eu sei bem como é isso, eu sempre tenho que seguir as ordens do meu pai, tenho que trabalhar nas ferragens, ajudar a controlar os dragões, chegar na hora...

-Você é ferreiro?!

-Sim, mas também sou o filho do líder da ilha de Berk.

-Soluço! – bradou Jack, o viking com certeza não devia ter dito de onde era.

Soluço e Merida ignoraram Jack. Merida ficou espantada, como princesa, seu dever era aprender coisas que sempre julgou serem inúteis, mas Soluço era o filho de um líder (que Merida imediatamente associou a um rei) e tinha que fazer trabalho de empregados, servos e camponeses, chegou a ficar feliz por não precisar fazer o trabalhos pesados que Soluço descrevia.

-Nossa... isso parece pior que a minha vida, sinto muito...

Nessa hora Merida agiu como seu pai agiria em uma cerimônia. Não havia decorado o nome do garoto, e não demorou que Soluço e Jack percebessem isso, fazendo Merida corar.

-Esqueceu nossos nomes não foi?! – afirmou Soluço.

-Foi mal – o jeito que Merida falou já dizia o que ela estava sentido.

-Relaxa – disse o grisalho que havia acabado de entrar na conversa.

-Meu nome é Soluço.

Merida não conseguiu segurar a risada quando ouviu o nome do garoto.

-Soluço?! Sério?!

-É... – disse Soluço – eu sei que não é o melhor nome que você vai ouvir hoje, mas...

-Ele se chama mesmo assim? – perguntou olhando Jack.

A única coisa que Jack fez foi assentir com um sorriso no rosto, parecia também segurar uma risada.

-É que os nossos pais acreditam que nomes horríveis afastam gnomos e trons.

-Sério?!

-Sim, acho que dá certo, nunca achei um tron na vida.

Merida riu com aquilo, nem imaginava que Soluço falava a verdade.

-Esse é o Banguela.

Merida pensou que o nome de dragão era contraditório, afinal quando ele estava rosnando para ela, ela pôde ver muito bem os dentes dele, mas depois Soluço mostrou que Banguela podia esconder suas presas, só faltava um se apresentar.

-Prazer – falou o grisalho se aproximando – eu sou Jack, Jack Frost.

-Ahn, seu nome não é tão estranho.

-É que meus pais não acreditam muito nessas coisas.

-Falou o garoto voador com poderes de gelo – disse Soluço.

-O que?! – disse Merida.

Soluço e Jack se entreolharam, não imaginavam que a garota ainda não soubesse, já a consideravam amiga de longa data.

Jack pegou o cajado e lançou uma rajada em uma das pedras, a mesma se congelou fazendo entalhes bonitos.

Merida olhou aquilo perplexa, passou a mão na pedra e sentiu o frio em suas mãos.

-Como você fez isso?

Jack estava sorrindo, mas ao ouvir a pergunta da garota, seu sorriso se desfez e respondeu: “Eu não sei...”

-Pode fazer de novo?!

Jack olhou sorrindo pra ela apertando os olhos. Como um vulto voou e congelou não só as pedras, mas também a grama e as gotas que escorriam ao redor.

Merida se impressionou com aquilo, sorria enquanto tentava pegar a neve com as mãos. Soluço já era acostumado com coisas do tipo, mas mesmo assim, ficou feliz quando viu tudo aquilo.

Jack jogou uma bola de neve em ambos que devolveram com a neve que Jack formava ao redor.

A partir daí, os três começaram a se divertir, uma diversão que para o prazer deles acreditavam que não acabaria.

Brincaram de guerra de bola de neve, construíram muitas coisas, Jack até esqueceu que queria ir embora. Merida mostrou os lugares onde gostava de cavalgar, mostrou também as montoeiras de flechas que havia disparado pelo decorrer dos anos, mostrou toda a natureza a eles naquela manhã. Soluço levou Merida para voar e Jack foi junto, no primeiro vôo ela gritou, grudou-se em Soluço que pra falar a verdade queria pular sair planando por aí, mas Merida sem saber o impedia, depois de alguns momentos, Soluço pôde mostrar a Merida seus planadores e os dentes das costas de Banguela que a deixaram perplexa e animada.

No final de tudo, os três estavam sentados na relva, em um circulo, rindo e contando historias, Soluço e Jack contaram a historia de Berk e Merida contou a historia da maior aventura de sua vida (depois da que acabara de viver), Banguela estava deitado atrás de Soluço.

Merida percebeu naquele dia que se divertir em grupo (sem que sejam pessoas da mesma família), era bem melhor do que se divertir sozinha.

Enquanto conversavam, ouviram o galopar de um cavalo, na verdade, o galopar de três cavalos.

Jack se lembrou o motivo por querer tanto ir embora.

-Merida! – gritava uma voz aflita.

-Ai não, é a minha mãe – disse Merida – vocês têm que se esconder.

Soluço, Jack e Banguela saíram às pressas e se esconderam no mato, atrás de algumas arvores.

A voz gritou de novo.

-Aqui! – gritou Merida olhando a floresta, certificando-se de que Jack, Soluço e Banguela estavam bem escondidos.

Elinor apareceu a cavalo com dois homens que usavam armadura.

-Merida! – falou abraçando a filha.

-Você está bem?

-Sim...

-Ah, que bom – abraçou de novo.

-O que está fazendo aqui mãe?

-Por onde você esteve? – perguntou Merida – quando os empregados disseram que viram Angus voltando sozinho, me assustei, seu pai mandou soldados te procurarem por todo lugar.

-Ah... – Merida não imaginava o alvoroço que havia causado – foi mal, acontece que Angus e eu vimos uma cobra, e Angus se assustou, me derrubou e saiu correndo.

-Cobra! – falou Elinor assustada, logo começou a olhar Merida nos braços e no rosto – você está bem? Foi picada? Envenenada? Se sente bem?

-Eu to ótima mãe, eu dei um jeito nela quando Angus me derrubou – falou balançando o arco.

Elinor soltou o ar e pôs a mão no peito aliviada.

-Ótimo – disse ela – agora vamos voltar, todos estão preocupados com você.

-Vou sim, mas me dá só um segundo, é que eu tenho que pegar algo que deixei cair lá atrás – falou Merida apontando o polegar.

-Está bem, mas não demore.

Merida se afastou alguns metros e cochichou com os amigos atrás das arvores:

-Eu tenho que ir!

-Nós também! – cochichou Soluço.

-Voltem, na semana que vem, no mesmo dia, de manhã, aqui na floresta.

-Pode deixar – falou Jack que já não via perigo nenhum.

Merida se afastou sorrindo e correu quando ouviu ser chamada de novo.

Enquanto Merida voltava a cavalo, Jack e Soluço voavam rapidamente de volta pra casa.

Ao voltarem pra casa, todos receberam uma bronca, mas Jack e Soluço não paravam de pensar na nova amiga que fizeram, e Merida também não parava de pensar nos novos amigos que havia feito.

 


Notas Finais


Aí está, tomara que tenham gostado.


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