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História Valentes guardiões - Capitulo 5: Risco de guerra.


Escrita por: Anjoescritor10

Notas do Autor


Desculpem eu não ter postado semana passada, mas aí está.

Capítulo 5 - Capitulo 5: Risco de guerra.


Soluço e Jack começaram a visitar Merida uma vez por semana (somente no dia em que ela estava livre de suas tarefas), marcavam sempre no lugar onde haviam se encontrado, fizesse chuva, ou fizesse sol. Sempre se divertiam, as horas em que se aventuravam pareciam não ter fim, Merida ensinou Soluço e Jack a cavalgarem e ensinou Jack a atirar com arco e flecha, Soluço ensinou Merida a voar em Banguela, ambos aprenderam rápido, à noite sonhavam com o que fizeram, haviam se tornado um grupo privado, mas sempre existe os dois lados da moeda, no começo levavam broncas sem parar, mas com o tempo se tornou algo tão rotineiro que os pais dos de Soluço e Jack nem sequer se incomodavam mais. Fergus não se preocupou também, mas Elinor ficou tão preocupada que certo dia mandou que seguissem Merida. O homem foi, não era um homem lá muito forte, na verdade, era barbudo, feio e raquítico, tinha cerca de trinta anos e era pior que Soluço, quando montava no cavalo, parecia ser mais raquítico ainda. Mas não era possível dizer o mesmo de seu cavalo, ora, Angus era um cavalo veloz, mas não era tão veloz que não pudesse ser ultrapassado.

Embora tivesse se atrasado no dia de seguir sorrateiramente a princesa do reino, foi atrás dela, houve um momento em que ficou com ela presa em seu olhar, mas ela logo sumiu. Procurou-a por toda a parte, mas não a encontrou em lugar algum. Passou-se alguns momentos em um silêncio amedrontador, não demorou muito para que o pior viesse à mente do espião, já pensava que Merida havia sido devorada por alguma criatura, caído de algum penhasco ou sofrido um acidente terrível que tivesse causado sua morte; o pior viria pela frente: caso encontrasse um corpo teria que se colocar diante da rainha e explicar o que havia acontecido.

Quase meia hora se passou, o homem continuava a procurar a garota, mas não viu e nem ouviu nada, a não ser o galopar do próprio cavalo. Olhava ao redor, quando algo chamou sua atenção, ouviu um barulho que nunca havia ouvido antes, parecia um bater de asas, só que muito mais alto que o normal, logo depois ouviu algo caminhar pela grama, não era como o galopar de um cavalo, era um som diferente e muito abafado. Sem pensar em mais nada seguiu o som que ouvia e se deparou com algo que não esperava ver nem em um milhão de anos.

Um dragão, uma fera enorme, mais negra do que carvão ou do que qualquer coisa que pudesse se imaginar, parecia sorrir mostrando as presas, e em cima dele, um garoto com um sorriso no rosto, montava nele como se fosse um cavalo, e o tratava como cachorro. A única coisa que o homem notou foi o dragão e o garoto, não notou Merida que estava bem próxima dele, nem o garoto grisalho que parecia estar perto do dragão.

A expressão dele e a do cavalo pareciam ser as mesmas, o homem estava congelado de medo, bastou um segundo para se petrificar, se estivesse a pé teria ficado lá sem dúvidas, mas para sua sorte, estava a cavalo, o animal conseguiu ser mais esperto que ele naquela hora, disparou como um raio para o outro lado. O homem com certeza nunca havia visto um cavalo correr tão rápido em toda sua vida.

Dentro de poucos minutos, estava dentro do castelo gritando feito louco, seu coração disparava e seus gritos ecoavam por todo o castelo. Assim que ouviu os berros, Fergus e Elinor (com o auxílio dos empregados) tentaram acalmá-lo, Elinor se lembrou que havia sido esse o homem que ela havia mandando antes, por isso perguntava se Merida estava bem. O homem havia gritado tanto que acabou ficado sem voz.

Ao ver que o homem estava pálido e dava o que acreditavam ser gritos sem voz, Fergus e Elinor se entreolharam, Fergus não pensou em nada, mas Elinor sabia que aquele era um problema que necessitava do consentimento dos outros lordes.

Tratou de mandar uma mensagem urgente avisando que tinha um problema e que infelizmente, Merida já poderia não estar mais viva.

Um clima de luto logo se instalou no reino, todos os clãs derramavam lagrimas por Merida. Os lordes trataram de sair às pressas com seus filhos, soldados e armas para visitar o rei e a rainha que já estavam desolados.

Chegaram à tarde, não houve cerimônias, nem apresentações, nem nada que pudesse disfarçar ou espantar o clima de tristeza que havia no ar.

Logo se iniciou uma reunião, trouxeram o homem traumatizado para falar, estava tremendo, mas já podia falar, ainda que fosse um pouquinho baixo.

Elinor explicou a situação mergulhada em tristeza e terminou dizendo: “Por favor senhor, explique o que aconteceu.”

Quando o homem ia falar, os portões se abriram com certa violência, logo se viu Merida com um sorriso que ia de orelha a orelha, andava alegremente pelo salão, se não estivessem em tal situação, provavelmente Elinor teria ficado orgulhosa.

Todos olhavam Merida com olhos de espanto, os soldados, o povo, os lordes e também os pais dela. Merida não notou os olhos inchados e as lagrimas nos olhos do povo quando chegou, por isso quando viu todos olhando ela, começou a saudá-los, como se fossem grandes amigos.

-Mas o que significa isso?! – bradou lorde Macintosh com sua típica pose heróica.

-Acalme-se lorde Macintosh – disse lorde Dingwall – aposto que sua majestade tem uma explicação para isso.

Todos se voltaram para Fergus, até Elinor e os trigêmeos. O rei urso ficou sem resposta, quando viu Elinor olhá-lo de forma perplexa falou: “Ora mulher, não olhe assim pra mim, foi você que chamou eles aqui!”

Depois de ouvir aquilo, Elinor e os trigêmeos foram correndo até Merida e a abraçaram.

-Filha! Você está bem?

Elinor começou a examinar Merida, enquanto os gêmeos pulavam para abraçar a irmã, não era o jeito deles, mas como crianças, não conseguiam esconder a felicidade de saberem que ela estava viva.

-Aconteceu alguma coisa? – perguntou Merida.

-Por que demorou tanto, estávamos preocupados, achávamos que estava morta! – falou Elinor quase como se desse uma bronca.

-O que?!

Elinor suspirou e a puxou pela mão para que ela se sentasse em sua cadeira.

-Vamos Merida, sente-se.

Os lordes se entreolharam, já não sabiam de mais nada do que estava acontecendo.

-Por favor, continue – disse Elinor ao homem.

O homem começou a falar:

-E lá estava eu, na floresta, minha rainha me mandou ver onde a princesa ia sempre sozinha num único dia da semana... – Merida olhou para Elinor como se dissesse: “Como é que é?!” Elinor porém nem se importou em demonstrar remorso, fingia prestar atenção no homem que continuava a falar – procurei ela por todo o canto, mas não a encontrei, depois fui atrás de um barulho estranho na floresta, e me deparei com ela – nessa hora todos (exceto Merida) se sobressaltaram como se lhes contassem uma historia de terror – a fera negra, de asas enormes, escamas e presas afiadas! – Merida começou a suspeitar de qual fera ele falava, na verdade, já tinha certeza de qual era – ela tinha olhos vermelhos, a aparência da morte, chegou a rugir pra mim e eu tinha certeza de que aquele rugido queria dizer: “Eu vou te matar!”, se eu não houvesse enfrentado a fera e depois fugido, eu não estaria mais aqui.

Nesse momento Merida aprendeu o significado da frase “quem conta um conto aumenta um ponto”.

-Fomos chamados aqui pra isso?! – falou lorde Macintosh – Pra ouvir uma historinha?!

-É! – falou Merida tentando fazer com que ninguém levasse aquilo a sério – até parece que isso seria uma grande ameaça!

-Achávamos que tinha morrido minha filha! – falou Elinor.

-Esperem! – gritou o homem – Eu ainda não contei a pior parte... Tinha um garoto montado na criatura!

Ao ouvirem aquilo, todos ficaram assustados e olharam uns para os outros.

-Um garoto? – perguntou Elinor.

-Sim, um garoto, ele usava roupas estranhas, possuía armas... Ele era um... Um... Um viking.

Todos se assustaram novamente, as duas últimas palavras foram repetidas por todos em forma de pergunta, ainda mais por Merida, que já sabia que aquilo poderia trazer problemas para Soluço e para Jack.

-Acha que isso faz parte de algo maior?! – perguntou Elinor novamente.

-Eu não sei, mas eu tenho certeza do que vi.

-Vikings não montam dragões – falou lorde Macguffin – eles enfrentam eles!

-É! – falou Merida saltando do trono – isso significa que o garoto podia não ser um viking, ele pode estar enganado!

-E mesmo que fosse um viking não teria como saber qual povo viking atacou, afinal, existem muitas ilhas vikings, e nem todas elas não tem ligação – falou lorde Macintosh.

-Nem tanto – falou lorde Dingwall que tomou a palavra e começou a andar lentamente em círculos na frente de todos – se sua majestade me permite dizer... Lorde Macguffin e lorde Macintosh não são os únicos nesta sala que já enfrentaram vikings durante a vida, eu como guerreiro já enfrentei muitos vikings, e devo dizer que nunca em minha vida encontrei uma ilha que vivesse em paz com dragões – Merida suspirou aliviada – exceto uma – Merida engoliu seco – na verdade nunca enfrentei esta ilha, só a conheço, é uma ilha distante daqui, um lugar frio, um povo guerreiro onde todos têm armas e vivem com elas nas mãos, não é um povo tão numeroso...

Enquanto falava, lorde Dingwall sugava a paciência de Fergus, não demorou muito para que logo gritasse com o homem.

-Ora... Ande logo! Diga o nome da ilha!

-A ilha se chama... Berk...

Merida sussurrou a última palavra pronunciada por lorde Dingwall ao mesmo tempo em que ele dizia.

-Ta! – falou Merida se levantando do trono novamente – Mas e daí?! Pode ser que ele não estivesse aqui para causar problemas! Sem falar de que se essa fera fosse mesmo tão terrível, é ruim que ele tivesse sobrevivido! – falou fazendo um gesto para o homem.

-Merida! – exclamou Elinor, sabia que havia desrespeitado o homem com o último comentário, era como se o acusasse de mentir de ele ter lutado contra a fera, e era exatamente o que ela estava fazendo.

Merida se voltou para Elinor, mas antes que a rainha pudesse fazer qualquer coisa lorde Macintosh deu sua opinião:

-Pode ser... Ou talvez, o garoto estivesse aqui para roubar segredos de Estado.

-É uma opinião que não podemos descartar! – falou Dingwall.

-Concordo – falou Macguffin.

-E o que os senhores sugerem? – perguntou Elinor.

-Sua majestade é quem deve decidir – respondeu Macintosh.

-Fergus?! – perguntou a rainha.

O rei ficou mudo, não sabia o que dizer. Elinor suspirou e revirou os olhos em decepção.

-O que os senhores sabem sobre Berk?

-Podemos dizer o que sabemos sobre os vikings! – falou Macintosh.

-São bárbaros majestade, monstros em forma de gente – falou Dingwall.

-Verdadeiras feras majestade, matariam sem pensar duas vezes – continuou Macguffin.

-E o que sugerem?

-Na minha opinião – falou Macintosh – deveríamos declarar guerr...

-Esperar! – gritou Merida levantando.

-O que?! – disseram todos quase ao mesmo tempo.

Merida deu um pigarro e falou: “Esperar, quero dizer, só vimos eles aqui uma vez, se não voltarem amanhã significa que foi só um acidente.”

-E se não foi, com certeza vão invadir – respondeu Macintosh.

-O que?!

-Princesa, o indivíduo com certeza viu este homem, se eles realmente planejam invadir já não tem mais o que esperar – respondeu Macguffin.

-Sua majestade, achamos que deve ser feita uma declaração de guerra! – falou novamente Macintosh.

-Não queremos isso! – falou Merida.

-Mas pode ser o que eles querem – falou Dingwall.

Merida estava sem recursos, seu coração disparava e o peso do mundo caia sobre ela, sentia-se culpada por tudo aquilo estar acontecendo.

-Mãe! – falou voltando-se para Elinor.

-Às vezes não dá pra evitar...

-Não – sussurrou Merida.

-Então... Acho que está decidido – falou Fergus da forma mais despreocupada possível – declararemos guerra contra Berk.

-Não! – falou Merida, mas infelizmente ninguém pode ouvir, pois todos os soldados deram o grito de guerra.

Após o grito, lorde Macintosh perguntou: “Devemos notificar Arendelle sobre vossa decisão alteza?”

-Não – respondeu Elinor, já suspeitado que o marido não saberia o que dizer – eles não precisam saber disso, apenas levem todas as tropas com todas as armas – Elinor voltou-se para lorde Dingwall – tem certeza que não estão em grande numero?!

-A menos que tenha se multiplicado nesses últimos sete anos sua majestade.

Aquilo soou como um “sim” para Elinor, mesmo que mais vikigns tivessem nascido não teriam idade para bater de frente contra eles.

Depois de uma longa discussão sobre estratégias de guerra foi decidido que partiriam ao amanhecer, levando vários homens e armas, para levar em conta seus números.

Enquanto isso, ninguém imaginava – nem mesmo Elinor – que Merida se encolhia de culpa por dentro, sabia que devia fazer alguma coisa, e ela ia fazer.


Notas Finais


Aí está, tomara que tenham gostado.


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