Jack já estava em Arendelle, o casamento estava pronto, foi tudo muito rápido, por isso o casamento estava com enfeites não tão planejados, o preparo durou apenas um dia, deram a explicação de que se conheceram em segredo e resolveram se casar. Depois de um longo tempo sendo medido para fazer as detestáveis roupas de gala e sendo comparado com Kristof por Anna levando em conta sua estatura e sua tenra idade, estava tudo pronto.
Apenas Jack foi a Arendelle, nenhum viking ou escocês foi junto, o garoto não teve a coragem de dirigir uma palavra a Elsa durante a viagem que horas, e nem durante o dia do preparo, ficou apenas sentado em um canto escuro sentindo seu coração acelerar a cada momento da viagem. Elsa fez o mesmo, mas ficou em sua cama confortável deitada e pensando no assunto.
Normalmente o grisalho não era assim, sempre tinha coragem de falar o que queria na hora que queria, mas aquela ocasião conseguiu colar seus lábios.
A cerimônia estava preste a começar, abriram os portões e Jack viu que todos já estavam sentados nos bancos e o sacerdote esperava logo à frente, Elsa estava vestida e mais maquiada do que o normal, estava toda embelezada fazendo até os homens do local suspirarem por ela. Jack pôde ver que as roupas dela acentuavam suas curvas e a tornavam mais atraente aos olhos de qualquer homem, o grisalho chegou a ficar vermelho quando a viu, e ficava cada vez mais enquanto ela se aproximava.
Para Elsa que havia acabado de se meter nessa historia tudo ia uma loucura, a cabeça da moça girava sem nem mesmo estar tonta. Nunca imaginou que seu casamento seria daquele jeito: por razões de Estado, com um garoto mais novo e que mal conhecia.
Sempre imaginou seu casamento como os dos romances que lia: com um homem moreno, alto, forte, de cabelos cumpridos, musculoso, peito nu, e se pudesse escolher em cima de um cavalo branco. Jack era justamente o contrario do que ela sonhava, era pálido a ponto de parecer doente, era mais ou menos vinte centímetros menor que ela, não tinha um porte físico desejável, nem cabelos cumpridos, a única coisa descoberta no corpo dele eram seus pés que não estavam descobertos no momento, e por fim o mais próximo que tinha de uma cavalo branco era um dragão negro que nem sequer era dele.
Elsa chegou ao altar e ficou de frente com Jack, a mesma olhou-o nos olhos profundos dele, e quando estava prestes a se perder neles, voltou a si mesma querendo não cair numa fantasia que julgava que seria ridícula.
O sacerdote começou a falar aos presentes, Elsa olhou Jack por alguns segundos, mas depois se voltou para a multidão, todos inclusive Anna pareciam estar felizes. Aquele seria sem dúvida um dia memorável, Anna acenou para Elsa, e a mesma sorriu em resposta, embora não se sentisse confortável, não queria decepcionar seu povo.
-O que? – perguntou ao sacerdote que chamara sua atenção.
-Aceita Jack Frost como seu legitimo esposo?
Elsa olhou Jack que nessa hora engoliu seco.
Por um momento Elsa hesitou, mas depois respondeu: “Aceito.”
-As alianças! – falou o sacerdote.
Jack já havia dito “aceito” e ela nem havia percebido.
Olaf levou as alianças em uma almofada azul com flocos brancos, tinha um sorriso tipicamente bobo no rosto.
-Obrigada Olaf – disse Elsa baixinho com seu sorriso que ostentava compaixão.
Jack ficou dormente naquele momento, mas conseguiu pegar o anel e levantar sua mão trêmula, quase deixando o anel cair.
-Repita comigo – disse o sacerdote.
Jack repetiu todas as palavras que o sacerdote disse, depois Elsa fez o mesmo, e no final: Pronto! Estava realizado, Jack Frost e a agora Elsa Frost estavam casados.
Todos aplaudiram. Na hora do beijo, Elsa pegou Jack e ficou de costas para o povo e pôs Jack de costas para o sacerdote, todos acharam que foi um beijo amoroso, mas na verdade, Elsa beijou o nariz de Jack, que o limpou no mesmo segundo em que se separaram. Fez isso porque mal conhecia Jack, e beijar um desconhecido nem sequer ser por amor, ia completamente contra a sua noção de moral e ética, foi uma das primeiras vezes que investiu fisicamente em alguém, aquilo deu a todos a impressão de que Elsa realmente estava perdidamente apaixonada.
Depois disso subiram numa liteira e foram carregados por toda a cidade, foram aclamados, mas o problema foi que tiveram que ficar com um sorriso falso no rosto e de mãos dadas diante do povo, Anna seguia correndo como uma criança e Elsa tinha que fingir que aquele era o dia mais feliz de sua vida.
Por fim chegaram a um navio com enfeites de casamento e cheio de barris e garrafas de vinho.
Subiram no mesmo e logo acenaram para o povo, acenavam tanto no decorrer do caminho que seus braços chegavam a doer e seus rostos também ficaram doloridos.
O navio partiu e o casal sabia que tinham um longo caminho pela frente.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.