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História Valor - Feira


Escrita por: LadyAniela

Notas do Autor


. Faculdade é horrível
. Desculpem a demora
. Não esqueçam de dar a opinião de vocês

Capítulo 6 - Feira


Fanfic / Fanfiction Valor - Feira

Andava com pressa, queria encontrar Darius antes que ele saísse.

Usava o mesmo vestido rosa pálido do dia anterior, mas seu cabelo tinha uma trança lateral e uma tiara branca, usava sapatilhas de tecido branco, que facilitava sua “corrida”, Rose vinha atrás, erguendo a saia preta do vestido afim de alcançar a jovem mestra. A ruiva parecia cansada e alegara que havia saído muito tarde da mansão para casa e acordado cedo – diferente de Demácia, os empregados tinham casas próprias e chegavam para trabalhar em dias pré-estabelecidos – para chegar à mansão.

- Senhora, espere! – A ruiva estava ofegando.

Não podia, precisava falar com A Mão de Noxus.

O encontrou parado à porta de entrada conversando com Hilde, a cozinheira. Usava um paletó longo (parava um palmo abaixo o quadril) com botões prateados, que deixava exposta uma camisa branca com gravata também preta, um cinto de couro preto com fivela prateada estava na cintura dele por cima do paletó e uma longa liga de curo preto prendia uma capa vermelha que cobria o lado esquerdo, a calça era preta e “fofa” nas coxas, quando chegava no joelho era “engolida” por botas negras e incansavelmente engraxadas. Ele colocou um chapéu de oficial com aba de curo e parecia estar pronto para sair.

- Senhor! Senhor! – Graças aos Deuses Rose gritara.

Ele virou e encarou com severidade e confusão, enquanto uma Sona um tanto quanto desesperada descia as escadas com velocidade suficiente para fazer o vestido farfalhar. Ela correu até ele, com o rosto vermelho e arfando, gesticulando coisas sem nexo – pelo menos para ele -  enquanto a ruiva se aproximava.

- Ela está pedindo para sair. – Resumiu.

- Sair? – Não pareceu irritado, apenas confuso.

- Sim, Lady Sona quer conhecer a cidade. – Rose parecia um pouco amedrontada.

A risada sarcástica dele veio acompanhada de um – deveras charmoso – sorriso de canto. Eles se encararam.   

- Sozinha? – Os olhos verdes se estreitaram. – Quem garante que não é uma tentativa de fuga? Talvez vá se encontrar com um informante... – Inclinou o corpo musculo na direção da azulada e a avaliou. – Planeja nos trair Lady Sona? Nós que estamos sendo tão bons com a senhorita. – Havia desprezo e acusação na voz daquele homem.

Um temor gelado percorreu o corpo da jovem, mas não desviou o olhar, manteve-se convicta no seu pedido, o que fez Darius arquear uma sobrancelha grossa.

- Tsc... Você não irá sozinha. – E retornou à posição inicial. – Diga à Draven que eu mandei que ele fosse com ela e se ele não for.... – Deu as costas e caminhou para fora. – Esteja aqui até às 15, ou vou considera-la uma fugitiva. – Montou no cavalo Puro-Sangue de pelagem caramelo com rabo, crina e as extremidades das patas marrons, partindo sabe-se lá para onde.

 

***

 

Estavam paradas à porta do quarto dele.

Rose bateu na porta, sem receber resposta, por isso bateu novamente com mais força e Sona cogitou em desistir, quando ouviram um praguejar abafado.

- Para o inferno seus porras! São sete e meia da manhã! Quem em sã consciência acorda nessa porra de horário? – Passos se fizeram audíveis e logo um Draven irritado e sonolento abriu a porta.

Ele estava usando uma calça moletom cinza, A calça moletom cinza, posicionada de forma perigosamente baixa, dando visibilidade do cós da cueca. O tronco dele era perfeitamente esculpido e, como a azulada desconfiara, as tatuagens se espalhavam pelo peitoral também. Evitou olhar.

Ele se escorara e olhava de forma zombeteira, enquanto percorria o olhar preguiçosamente pelas figuras do lado de fora, sem ter a mera decência de disfarçar.

- Lady Sona gostaria de solicitar sua companhia em um passeio pela cidade. – A dama de companhia manifestou-se.

- Bom dia também Rose. – Ele tinha um sorriso estranho nos lábios. – Dormiu bem?

- Poderia ter sido melhor... Meu sono. – Ela revidara de forma ousada e.... venenosa?

Sona sentiu que havia estava por fora do real assunto que eles tratavam, pareciam estar jogando com palavras e situações, uma troca de farpas.

- Mas enfim... – Ele se endireitou e fechou a expressão ao encarar a azulada. – Eu tenho cara de babá?

- O Senhor Darius ordenou sua presença. – Rose deu um sorriso venenoso. – Seria realmente desagradável contrariá-lo. – Aquilo era uma ameaça?

Por uma mera fração de segundos, pensou ter visto o olhar cínico vacilar.

- Apenas eu e a demaciana? – Ele indagou.

Foi a vez de Rose gelar.

- Sim... Tenho que cuidar de uns assuntos.

Ele sorriu de canto e estreitou o olhar para a musicista, que endureceu a expressão.

- Tsc... – Draven passou as mãos pelo cabelo em um misto de irritação e agrado (o que era bem paradoxal). – Meia hora. – Direcionou o olhar para Sona. – Estarei pronto em meia hora. Se você não estiver na sala nesse horário, estarei pouco me fodendo para o que Darius vai falar. – Ele se virou e falou de costas. – Esteja com uma roupa boa para cavalgar.

A porta se fechou com um baque surdo.

 

***

 

Desceu as escadas e se deparou com uma figura com uma longa capa branca com capuz, que se voltou para ele.

Sona usava luvas de couro negro, uma calça colada branca – uma excelente escolha, por sinal - uma camisa social preta e botas também pretas que iam até o joelho, os longos cabelos azuis estavam presos em um rabo de cavalo alto. Ela parecia segura e ostentava um sorriso delicado, o broche que prendia a capa era prateado com uma pedra verde no meio. Tudo nesse pessoal parecia invejavelmente perfeito? Modos, fala e andar pareciam orquestrados em um timing perfeito.

Queria realmente despedaça-la. Quebrar aquele ser virginal seria o melhor o melhor divertimento da vida dele.

Vestira uma túnica cinza com botões negros, sem manga do lado direito e com uma manga comprida do lado esquerdo, uma capa vermelha pendia nas costas dele, uma calça preta simples e botas até o meio da canela. Desceu as escadas, sentindo o balançar do tecido atrás de si.

- Você quer mesmo ir, certo? – Perguntou ao se aproximar dela.

Recebeu um aceno em resposta.

- Sabe ao menos cavalgar? Se o cavalo ficar louco, vai ter que se virar princesa.

Ela arqueou uma sobrancelha angular e deu um meio sorriso.

- O.K, cê que sabe. – Suspirou desistindo.

Do lado de fora, um rapaz magricelo segurava duas rédeas, uma de um belo cavalo Frísio com pelagem preta reluzente e outra de um Andaluz cinzento. Os animais batiam os cascos no chão de cascalho, produzindo estalidos e fazendo as pedrinhas levantarem.

- Senhor, o aluguel deles foi marcado até as 15h. – A voz dele parecia de uma menininha.

- Bah, voltaremos antes disso. – Draven desceu as escadas da frente, tomou as rédeas do Andaluz e virou-se para a garota que estava parada como uma estátua. – Você não vem?

Sona pareceu despertar e correu para pegar as rédeas do belo Frísio que resfolegava. Ela passou uma mão pequena pela pelagem reluzente e montou com destreza na sela marrom acolchoada. Ele subiu no animal e o tocou para frente, sentindo o suave balançar enquanto começava a caminhada, olhou por cima do ombro e viu que ela o seguia no mesmo ritmo. Pararam no portão.

- Vamos começar pelo setor administrativo.  – Ele a viu acenar em concordância.

 

***

 

Aquilo era enorme!

Espremeu os olhos para tentar enxergar o topo, mas a fina coluna de fumaça embaçava a visão. Draven lhe dissera que não se sabia exatamente quantos metros de altura o Bastião Imortal possuía e nem como ele fora construído, mas era o “marco zero” do império, a imagem da vitória sobre a antiga sociedade daquele lugar, era o centro administrativo principal.

- Dizem que o primeiro rei de Noxus o construiu. – Ele falou ao lado dela. – A cidade alta foi toda planejada para ser construída ao redor dele, por isso é a parte mais organizada. – Ele fez uma pausa. – A cidade baixa foi apenas aparecendo e crescendo com o tempo. Noxus cresceu tanto com essa massa desorganizada, que não existem mapas precisos das ruas de lá e mais impressionante é que já ultrapassa os limites da muralha, talvez vocês não viram, já que vieram pelo caminho mais deserto e tranquilo. Levaria quase uma semana se decidisse cruzar a cidade de cabo-a-rabo sem um guia, isso se considerarmos que você estaria em um ritmo bom e/ou com um cavalo.

Ele sabia dar uma explicação formal? Nunca imaginou que o Carrasco pudesse falar de forma tão civilizada. Olhou para ele por baixo do capuz e sorriu de canto para mostrar agradecimento.

- Mas isso não é só o que Noxus tem para oferecer de grande. – Ele a olhou de forma estranha e se inclinou de maneira cúmplice. – se é que me entende...

Sona fechou a expressão, rolou os olhos e fez o cavalo dar meia volta. Foram em um trote suave pelas ruas bonitas, com canteiros de concreto e sem plantas, as pessoas usavam roupas bordadas com fios nobres e tinham um ar orgulhoso no rosto, algumas olhavam para Draven com certa admiração. Pararam em outro prédio grande com cara de teatro.

- Este era o antigo teatro. – Começou. – Após Swain assumir, ele mandou construir aquele outro em que você apresentou e transferiu o Instituto da Guerra, que antes ficava no Bastião, para cá. – Suspirou entediado. – Todas as decisões e preparativos de guerra são feitos aqui. É onde o traçador de vento do Darius trabalha.

Eles viram o grande Banco Central e o Museu de Guerra, passaram por um templo antigo e pelo Tribunal.

- Esse tribunal serve apenas para crimes pequenos, os grandes são feitos no Bastião e pelo próprio Swain. – Ele recebeu um olhar de confusão. – Caso esteja se perguntando o que são crimes “grandes” – Fez aspas com os dedos. – São crimes que envolvem ações violentas. As penas variam bastante, mas a maioria acaba fazendo uma visita permanente ao papai aqui. – Deu um convencido sorriso de canto.

Draven não queria se alongar e nem falar demais sobre coisas desnecessária, afinal, história não era o forte dele. Fez o cavalo virar e a azulada repetiu o gesto, eles seguiram em trote pelas ruas, enquanto a jovem olhava para cima, analisando o céu nublado.

- Aqui é quase sempre assim, são raros os dias em que as nuvens dão um tempo. – a voz dele a fez despertar. – Se você pode perceber, tem fumaça também e isso não ajuda.  Mas o bom é que chove bastante aqui, então água não é problema.

Ele parou e a encarou.

- Vamos para a parte das lojas agora.

 

***

 

As vitrines eram perfeitamente transparentes e exibiam produtos variados.

Tinha uma loja especializada em coisas de prata, outra que vendia somente relógios, uma tinha bugigangas científicas, brinquedos, armas (por que isso não a chocou?), animais empalhados, umas três joalherias, uma sapataria, uma loja de ternos masculinos e outra que vendia roupas feminina. Sona parou em frente à esta.

Desceu do cavalo e quis espiar como seria a moda de Noxus.

Draven a seguiu e adentrou naquele lugar, um tanto quanto estranho. Havia manequins com vestidos, outros com calças, túnicas longas e curtas, alguns sapatos expostos e adereços estranhos. O interior da loja era bonito e requintado, as funcionárias sorriam para as damas – aparentemente ricas – que atendiam, serviam champanhe e água, enquanto as senhoras arquejavam e apontavam para os produtos.

Sona analisava as roupas.

Em sua maioria tinham alguma coisa vermelha ou cinza – cores do império – e adereços de prata. As calças de couro fosco eram bonitas e cogitou comprar uma, os vestidos eram mais... ousados e corou ao notar uma seção especial de lingeries.

- Aquela parte parece interessante.

Pulou ao se assustar com voz de Draven, que passou por ela e rumou, descaradamente, até aquela parte íntima da loja. Ele analisou umas peças expostas e capturou uma peça que parecia a parte de cima de um corpete com alcinhas.

- Isto é um sutiã. – Ele falou com propriedade. – É mais fácil de usar que um corpete.

Sona riu.

- Ei, você usa quarenta?

Ela corou ao encará-lo, pois aquilo era beeeem pessoal. Virou de costas e decidiu ignorar a pergunta.

- Talvez use mais... - Sentiu a presença dele bem próxima dela. – Eu poderia dizer sua pontuação, basta virar para mim. – Ele sussurrava em seu ouvido.

Trincou o maxilar irritada e caminhou para fora escutando a risada cínica dele.

 

***

 

O.K, aquilo estava sendo difícil.

Ela recusara a deixa do sutiã e agora nem cavalgava ao lado dele. Eles seguiram pelo caminho mais seguro até uma parte da cidade baixa onde ficava um mercado tradicional, onde uma caravana de Shurima se instalara recentemente.

As ruas estavam enlameadas e lotadas - como sempre – e os dois lados estavam preenchidos com barracas que vendiam diversos produtos. Os comerciantes formaram um túnel multicolorido ao fazerem um teto improvisado com panos coloridos para proteger os compradores da chuva ou dos finos raios solares que surgiam entre as nuvens, por conta disso, tiveram que descer dos cavalos.

A primeira parte tinha ervas e temperos com cheiros e cores variados, aproximaram-se de uma e a dona sorriu para Sona, oferendo um tempero picante de coloração marrom. Explicou que ele fazia bem ao coração e dava um sabor maravilhoso à comida. Ao notar a presença de Draven, sorriu de canto e ofereceu outro, que segundo ela, “encantaria qualquer homem”

A azulada pareceu captar e sorriu negando a oferta.

Caminharam e chegaram às flores. Um velho mostrou um buque com flores brancas e disse que poderiam ser dadas a um doente, sob promessa de cura imediata. Outro homem ofereceu uma rosa vermelha para a demaciana e descaradamente perguntou se ela estava acompanhada, a azulada afirmou com a cabeça e voltou a caminhar.

Ela segurava as rédeas do cavalo com uma mão e a rosa com a outra, sacudiu a cabeça e deixou o capuz cair, revelando os cabelos azuis chamativos. Notou que as pessoas a olhavam com curiosidade e admiração, enquanto ela observava as barracas sortidas, moleques magricelas, com olhos fundos e mal encarados, fixavam o olhar no broche brilhante.

- Ei – Ele se aproximou do corpo pequeno. – Fica esperta, este lugar está infestado de ladrõezinhos. – Uma ideia se formou. – Fique perto de mim.

Ela o encarou e concordou, não percebendo o sorriso maldoso do carrasco. As barracas chegavam ao fim e a última seção tinha tecidos multicoloridos, Sona se aproximou e esfregou uma amostra da seda vermelha no rosto, apreciando a maciez, sorriu amigavelmente para a o senhor gorducho e careca, vestido em uma túnica azul vibrante, que vendia. Ofereceu um preço e a jovem fez uma expressão chocada e negou com a cabeça.

- Senhora, este tecido é o mais fino de toda Shurima, é impensável fazê-lo por menos que isso! – A medida que ele falava a papada balançava.

Sona suspirou e colocou o tecido sobre a pilha em que estava e fez menção de sair.

- Espere senhorita, mas se quiser, podemos negociar. – Ele ergueu uma mão (que parecia uma bolota de carne)

Ela deu atenção.

- Cinco moedas de prata. – Lançou.

A musicista mostrou três dedos.

- Quatro moedas? – Retrucou.

Fez um três e depois outro três.

- Três de prata e três de bronze?

Acenou vigorosamente e o Sr. Bolo-de-Carne ponderou, esfregando o dedo similar à uma almondega na bolinha insignificante do queixo. Ele olhou para a jovem que estava séria e suspirou cansado, dobrando o tecido enquanto a jovem contava as moedas, contente pela compra.

- Bem, a feira está acabando, então vamos chegar nas lojas fixa, que na maioria também são de shurinameses. – Draven alertou.

As lojas e restaurantes ficavam na parte térrea das casas e as famílias ou os negócios secundários se amontoavam na parte superior. Havia uma loja esquisita, com plantas amontoadas saindo pela porta e se espremendo contra o vidro da vitrine, um homem saiu e olhou sorrindo para os dois.

- Que belo casal temos aqui! – Ele caminhou enérgico e sua estranha pele pálida parecia refletir a pouca luz. – Um tanto quanto peculiar, mas um belo casal!

Sona ergueu as mãos negando e o homem deteve o olhar na rosa que ela ainda segurava, enquanto Draven se limitou a revirar o olhos. Resolveu brincar um pouco.

- Não são um casal? – Indagou.

- Claro que somos! – Draven respondeu e agarrou a cintura fina da jovem. – Somos recém casados, mas sabe como é, né? Ela é tímida e não conseguimos fazer muita coisa.

A azulada parecia desesperada e aquilo era deliciosamente divertido de se apreciar. Ela bateu no peitoral dele e se afastou, apressando-se em negar a afirmação.

- Eu entendo. – O homem respondeu e ela se aliviou. – Eu tenho o remédio perfeito para isso! Garanto que em uma dose suas noites serão dignas do Kama Sutra.

Draven gargalhou e Sona quase foi aos prantos, montou no cavalo negro e galopou para longe da diversão. Cogitou em comprar o tal remédio, mas se limitou a dispensar o vendedor e galopar até a garota irritada.

Já passava do meio dia e ele estava faminto, então uniria o útil ao agradável.

- Foi apenas uma brincadeira. – Perguntou ao se aproximar, Ela estava vermelha de raiva e o encarava como se pudesse arrancar-lhe o fígado e comer. – Se eu te pagar um almoço você fica mais calma?

Sona suspirou e o encarou, acenando positivamente com a cabeça.

- Mas eu jamais vou me opor se um dia você quiser brincar de casinha. – sussurrou apenas para si.

 

***

 

Eles comeram em uma pequena birosca.

A mestra das cordas pedira uma espécie de carne de carneiro regada à um molho escuro e um pão azedo e um suco de laranja, enquanto o carrasco se limitara a comer uma massa assada com carne moída temperada e uma cerveja espessa. Draven pagou a conta, para compensar a brincadeira e, quem sabe, ganhar uns pontos com a azulada.

Almoçaram rapidamente e saíram do local.

- Quero te mostrar uma loja. – Sua voz saiu mais arrastada e cansada do que ele esperava.

Foram andando e ele matutava em uma nova estratégia, visto que ataques diretos só a afastava cada vez mais e reduzia as chances dele de conquistar “o hímen sagrado”. Pensou em desistir.

Pararam em frente à uma loja de lâmpadas e a garota o olhou com curiosidade.

- Entra. – Foi a única coisa que disse e ela obedeceu, indo na frente, e ele a seguiu.

Micro arco-íris se projetavam do teto ao chão, as luminárias eram como estrelas multicoloridas e com desenhos entalhados, pendiam em diferentes planos e algumas até podiam ser tocadas. Os olhos azuis dela cintilavam com tamanha beleza de forma que ela girava ao redor do próprio eixo para admirar, pousando as mãos sobre o peito e segurando o broche prateado.

Ela estava com uma visível saudade de casa.

- Coé, não vai chorar vai? – Recebeu um aceno negativo, mas havia lágrimas nos cantos dos olhos dela. – Esse lugar é bacana. – Se aproximou. – Não existem só coisas ruins aqui.

Sona olhou para ele com uma expressão de questionamento.

- Eu sei o que você pensa sobre Noxus.

Ela foi até o balcão e solicitou um papel e uma caneta.

- “Sabe mesmo?” – Ela havia escrito.

- Sei. – Sorriu e olhou para o nada. – Seu reino costuma a subestimar e desprezar este império, mas olha agora, teve que enviar uma nobrezinha como um cordeiro de sacrifício para não ser dizimado.

Agora ela estava com uma expressão irritada. Escreveu algo, entregou o papel e começou a caminhar.

- “Me trouxe em um lugar ‘bacana’ para me ofender? Quem você pensa que é? Você não sabe de nada, Draven. Este passeio está encerrado!” - Terminou de ler e observou-a indo em direção à porta.

O.k, mais do que nunca, ele tinha que domar aquela garota.


Notas Finais




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