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História Válvula de Escape - Surpresas da vida


Escrita por: ohmyparrilla

Notas do Autor


Olá, pessoal! Devido ao carinho que eu recebi, decidi ser rápida com a atualização. Obrigada pelos comentários e pelo feedback, vocês enchem meu coração de alegria. Espero que gostem da dinâmica desse capítulo.

ps: Sara (best), obrigada pela sugestão do título.

Capítulo 2 - Surpresas da vida


“ Tudo que se foi, se o vimos quando era, é de nós que foi tirado quando se partiu.

 

  Acordei assustada, novamente tive uma noite de sono perturbada por pesadelos. Todos sobre Daniel. Todos condizentes com a realidade. Levantei-me da cama e segui e, como de costume, demorei meus olhos no porta retrato ao lado da cama, sussurrando as palavras de todas as manhãs:

– Bom dia, meu amor.– suspirei pesadamente.

Mesmo após os dois anos que se passaram, aquilo ainda doía tanto... A culpa me dilacerava e ali, na solidão daquele quarto grande demais para apenas uma pessoa, era o único ambiente onde eu permitia me entregar à dor, ou como diria minha mãe, permitia-me ser fraca. Aliás, minha mãe... Hoje finalmente seria o dia tão esperado por todos do Memorial Hospital West, principalmente por mim, afinal, eu finalmente seria nomeada chefe de cirurgia. Os últimos anos foram dedicados inteiramente à minha profissão, conquistar um cargo de tamanha importância representava uma pontinha de realização em meio à maré ruim que eu estava vivendo. E sendo um tanto quanto positiva, finalmente Cora Zambrano Mills, me daria um pouco de reconhecimento, o qual ela sempre fora tão relutante em admitir que eu merecia. Emma não parara de falar sobre isso durante toda a semana. Confesso que a residente insegura que eu conhecera há dois, uma jovem mulher que lutava incessantemente para criar o filho pequeno e ainda assim seguir a carreira com maestria, havia conquistado não apenas minha simpatia, conquistara minha amizade. Não só ela, mas também o garotinho que despertou em mim uma afeição imediata por curiosamente ter o mesmo nome que meu pai, Henry. Henry era adorável e  Emma era como a irmã que nunca tive. Ela presenciou o momento de maior desespero em toda minha vida ao me ver saindo devastada do quarto de Daniel após receber a notícia de seu falecimento. Apesar de reconhecer o quanto eu havia mudado a minha postura e o meu comportamento com todas as pessoas que me rodeavam, eu simplesmente não conseguia ser a arrogante Regina que havia me tornado com ela. Odiava demonstrar a minha tristeza para as outras pessoas, mas como Emma era como uma irmã, inevitavelmente não conseguia oferecer a ela outra versão de mim. Não me orgulhava de ter me tornado uma mulher tão frígida com as pessoas, mas foi a forma que encontrei para disfarçar a pesada carga emocional que me consumia diariamente. Lidar com a perda de Daniel, com a frieza de minha mãe, com a doença de meu pai... Ah, meu pai... Ele sempre fora a minha base, mas aí veio essa maldita doença e são raras as vezes que ele se lembra de mim. Simplesmente era coisa demais para que uma pessoa extremamente sensibilizada pudesse aguentar, então era melhor me manter distante dos demais, assim não seria acrescido nenhum outro problema à minha vida. Por falar em problema... Evitei Graham durante toda a semana, não estava com cabeça para lidar com ele. Sim, Graham era um passatempo para mim, afinal uma mulher tem suas necessidades, como queria me poupar do envolvimento emocional, ele era a escolha perfeita para suprí-las.

..............

Regina adentrou a porta de entrada do Memorial Hospital West e todos os olhares automaticamente se voltaram para a morena. Dessa vez não apenas pela sua beleza estonteante, mas pela importância que aquele dia representava para ela. Era óbvio que Drª Zambrano era a escolha óbvia para o cargo, ela havia se tornado uma das médicas mais reconhecidas, não só em Miami, mas por todo o país. Hoje seria um grande dia, especialmente porque todos sabiam da relutância de Cora Zambrano Mills quando o assunto era passar o seu legado para outrem, pois o império que construíra era a única coisa com a qual a mulher se importava.

.........

Ao caminhar pelo corredor do pronto socorro, Regina sente alguém a puxar abruptamente.

–  Bom dia, minha doutora.– Disse Graham de modo sedutor, encostando a morena no canto da parede  e dando beijos em seu pescoço.

– Já disse que não estou com cabeça, Graham. Hoje é a reunião, está lembrado? Aliás,  quantas vezes preciso dizer que no horário do expediente não estou disponível. – falou Regina, afastando-se do homem musculoso em sua frente, deixando-o frustrado.

Finalmente chegara o momento da tão esperada reunião para anunciar o mais novo chefe de cirurgia do Memorial Hospital West. A mesa de reunião era composta pelos principais médicos do hospital: Drª Regina Zambrano, Dr. Matthew Proctor, Drª Serena Warren, Dr. David Nolan e Drª Emma Swan. Todos aguardavam apreensivos a chegada de Cora Zambrano Mills, mas não ansiosos, afinal, todos ali estavam conscientes  de que o cargo iria para Regina, uma vez que nenhum dos médicos que compunham a mesa estava ali por mais tempo que ela. O barulho dos scarpins de Cora finalmente ressoaram pelo corredor. Ao ver a mãe adentrando a sala, Regina não pode deixar de sentir seus batimentos cardíacos acelerados, se ainda acreditasse que fosse capaz de sentir tal coisa, classificaria aquele sentimento como felicidade. “Finalmente vou poder realizar mudanças maiores nesse lugar”, pensava ela, empolgada com a ideia.

­– Boa tarde, equipe.– A voz da chefe ressoou pela sala e todos arrumaram a postura sentados em suas cadeiras.– Creio que todos saibam a finalidade dessa reunião, então tentarei poupar o tempo de vocês e o meu com qualquer discurso clichê que possam ter em mente.– Ali estava a pedra de gelo que Regina Mills tanto conhecia.– Fazer a escolha que fiz hoje não foi uma tarefa fácil, sei que temos médicos incríveis aqui e muito capacitados na função que exercem. Mas assumir a chefia de um hospital requer muito mais do que talento médico, requer a capacidade de liderança e de saber se impor frente as mais inimagináveis situações. É com base nessas características fundamentais que anuncio a nova chefia do nosso querido Memorial Hospital West... – Regina estava gelada, nervosa e a essa altura, seu coração parecia querer sair pela boca.– Quero lhes apresentar Dr. Robin Locksley . Antigo chefe de um hospital escondido em Boston, aonde desperdiçou um enorme potencial que agora será utilizado aqui.

Regina estava imóvel na cadeira, soltou o ar que nem sabia que estava segurando.– Eu não acredito que Cora estava sendo uma enorme filha da puta comigo de novo – pensou a morena, mas manteve sua postura impecável sem esboçar nenhuma reação, enquanto todos os seus colegas de trabalho pareciam atônitos com a inesperada escolha da mulher.

– Venha, querido. Entre.– disse Cora, logo após um loiro forte dos olhos azuis entrou na sala, esboçando um belo sorriso no rosto.

– Boa tarde, equipe. É uma verdadeira honra estar aqui.– disse Robin, minutos antes de sentir alguém passar pela porta esbarrando em seu ombro e fuzilando-o com o olhar. Talvez o olhar mais marcante que ele vira em toda sua vida.

 

 

 


Notas Finais


E então? Me deixem saber se estão gostando. Pretendo manter essa dinâmica de narração em primeira e terceira pessoa. O que acham? As coisas começaram a ficar interessantes...


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