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História Vamos falar sobre amor - Parte cinco


Escrita por: Nymus

Notas do Autor


Agradeço ao Yudi e sua fantástica explicação sobre parábolas.

Capítulo 5 - Parte cinco


A bola de tênis saia da mão direita, batia no chão, ia em direção a parede e voltava para a mão em uma parábola. Não acontecia sempre. A mesa de vidro tinha quebrado, a TV caiu de onde estava, uma bola saltou pela janela. Sentado no chão da sala, em cima do carpete macio, estava SeungRi. Usando apenas uma boxer, o cantor do Big Bang tinha um cesto de bolas de tênis do seu lado. Toda vez que uma delas não voltava para suas mãos, ele apanhava outra e recomeçava o processo. Do seu lado esquerdo, havia um ramyeon espalhado, que ele tinha preparado em algum momento, comido um pouco e que foi alvo de uma de suas bolas.

A nova bola acertou o quadro do Big Bang da parede e a peça caiu, quebrando a moldura e espatifando o vidro. A bola voltou para perto dele e voltou a jogá-la na parede. Seria a última. Ele não a apanhou de volta, apenas deixou o corpo cair contra a parede fria e sentiu uma lágrima solitária escapar de um dos olhos marejados.

Estava despedaçado como nunca pensou que fosse possível ficar, como nunca sentiu antes. Seu coração batia fraco, sua respiração era curta e ele tinha perdido qualquer interesse pelo o que quer que fosse. Tudo era mais fácil quando ele possuía JongHoon a seu lado, mesmo que longe de suas mãos. Era melhor quando podia olhá-lo e sentir que, de alguma forma, estavam conectados.

Aquele vazio ameaçava consumi-lo. Não tinha ideia de que JongHoon tinha invadido todos os lugares de sua existência, não conseguiria dizer a si mesmo quando foi que isso aconteceu e porque se permitiu isso. Mesmo que as lembranças da noite de sexo pudessem ser mantidas em sua memória como uma espécie de troféu, não era compensatório com o que sentia agora. Se pudesse, teria ficado sem seu troféu e teria JongHoon perto dele.

A forma como o amigo falou que não conseguia olhá-lo ou ouvir sua voz, machucara demais. Quanta raiva ele deveria estar sentido para dizer todas aquelas coisas sem se preocupar com as repercussões? Teria ficado com nojo depois? SeungRi olhou para a própria barriga e desfocou o olhar, não querendo ver mais nada. E se JongHoon soubesse que SeungRi se masturbava pensando nele? Que pensava todo o tipo de coisa e que desejava fazer isso? Algumas dessas coisas que pensara durante anos foram feitas naquela noite de sexo. Certamente JongHoon diria que ele era um doente por fantasiar isso e ficaria ainda mais enojado.

Não havia nada de errado com seu amor, SeungRi sabia. Se a sociedade não tinha bons olhos para aquele tipo de relação, SeungRi mandaria todos para o inferno por estarem equivocados. 

No entanto, ele estava pensando em desistir de tudo, do seu amor, de seu afeto e de acreditar que iria ser valente o suficiente para brigar com todos que se opusessem a seu relacionamento. Depois de tantos anos de dedicação e uma recusa cruel, não havia qualquer motivo para continuar com isso.

Furioso, ele mexeu o corpo e lançou a cesta com as bolas para o lado, espalhando-as pelo chão, ficando com a respiração acelerada devido sua reação explosiva. Então, ficou sem forças novamente e voltou a ficar contra a parede. Colocou uma mão no rosto e limpou as lágrimas.

— SeungRi? Você está aí?

Uma voz barítona perguntou do outro lado da porta de entrada acompanhada de batidas furiosas. Ela fez com que a vida retornasse ao corpo de SeungRi e ele tentou se levantar, escorregando no ramyeon e depois correu para a porta. Quando abriu, Choi SeungHyun não teve qualquer reação quando SeungRi lançou-se em seus braços e o abraçou, escondendo o rosto no peito dele. O corpo de SeungRi estremeceu e ele não conteve as lágrimas, sentindo os ombros tremerem, evitando apenas fazer qualquer barulho.

SeungHyun não soube o que fazer, mas lentamente suas mãos desceram e ele tocou as costas nuas do maknae, querendo consolá-lo sem muito sucesso. A única coisa que ele tinha certeza até então era que seu uniforme da polícia estava arruinado. Seus olhos saíram do amigo que o abraçava com tanta força e foram para o apartamento escuro, notando a bagunça, vidros quebrados, bolas de tênis espalhadas pelo chão, um cheiro forte de comida que não foi jogada fora.

— Está tudo bem… Vamos entrar e você me conta o que está acontecendo — o visitante disse e alisou o cabelo sujo de SeungRi — mas talvez seja melhor você tomar um banho antes.

SeungRi riu e o soltou, erguendo os olhos para encarar o membro mais velho do Big Bang. Notou a careta dele e limpou as lágrimas, dando espaço para que o visitante entrasse no apartamento.

— Aparentemente aconteceu alguma guerra aqui dentro. Não sei se meu treinamento é suficiente para isso — TOP comentou, puxando o quepe da cabeça, tirando os sapatos e calçando sullipos, olhando em volta. Ele acendeu as luzes da casa e encarou o maknae — JiYong-ah me mandou vir aqui, disse algo sobre você não estar mais visualizando os pênis. Eu não tenho muita curiosidade para saber que tipo de recado seja esse, o sentido literal já não me agrada. Eu tenho duas horas antes de retornar, mas vou conversar depois que você tomar um banho.

SeungRi assentiu e correu para o banheiro. Ver o hyung o deixou melhor, sua companhia seria boa pelo tempo que durasse. Eles não eram tão próximos, ainda assim, estaria tudo bem. Após o banho, SeungRi vestiu um roupão e sentou-se no sofá onde o hyung já estava. Notou que ele escancarou as janelas enormes da sala, recolheu as bolas de tênis de volta ao cesto, colocou a TV de forma segura no chão, estava segurando a foto do grupo do quadro recém quebrado.

— Você não é de fazer essas coisas. O que aconteceu? — perguntou colocando a foto no sofá, com cuidado, como uma lembrança preciosa.

— Estou de coração partido — admitiu, abaixando os olhos.

— Por que não foi jogar squash? Com tantas bolas em casa...

SeungRi não respondeu. Evitou dizer que estava sem vontade de sair de casa, que queria ficar ali até que aquela dor passasse.

— Quanto tempo está assim? Dois dias? Três dias?

— Três dias.

Desde que ele foi acordado do seu estado de torpor por um policial no cruzamento, após ter dificultado trânsito por cerca de vinte minutos - ao menos, foi o que falaram. Ele não lembrava direito do que aconteceu, mas tinha a certeza de ter visto JongHoon correr até sumir de seu campo de visão, até sumir da sua vida.

— JiYong-ah falou sobre a nota da imprensa, me disse que você não leu a mensagem. Eles não podem mais segurar e deve estar passando no jornal nesse momento — TOP cruzou as pernas e sentou-se elegantemente no sofá. Sua presença era tão intensa que ninguém se atreveria a sentar-se perto dele porque o espaço vazio estava ocupado com a aura poderosa que ele emanava.

— Eu vou pagar a multa da agência e a de trânsito — SeungRi afirmou, apertando as suas mãos entre pernas. Ele estava olhando para baixo, envergonhado da voz grossa do hyung falar no tom que indicava problemas para todos eles.

— Claro que vai. Ninguém achou que não faria isso. Mas me diga, tudo isso por causa de um homem? Aquele guitarrista?

SeungRi ergueu os olhos e o encarou, com certo assombro. Choi SeungHyun era dono do olhar mais poderoso do universo e estava lendo a alma de SeungRi naquele instante. Como é que ele poderia saber? Só tinha contado a uma pessoa e…

Bigmouth Strikes Again… Bigmouth, oh-lala, bigmouth, oh-lala — SeungHyun cantou e apontou para os próprios lábios e fez o gesto conhecido que indicava a pessoa que havia falado — você não achou que ele ia ficar de boca fechada, ne?

Kwon JiYong! Aquele linguarudo. Não havia um jeito de fechar aquela boca que espalhava os segredos de todos? O quanto o líder do Big Bang teria aumentado sua história? SeungRi suspirou e olhou para baixo, derrotado. Não tinha mais nada a esconder, mas não queria que sua vida particular fosse alvo de comentários dos hyungs, sentia-se um idiota por isso.

— Não fique tão depressivo… Eu já sabia antes dele me falar.

Aquilo não o fazia se sentir melhor, mas ele deu uma risada triste.

— É verdade — TOP disse — eu não me importo. Você pode gostar de quem quiser. Se gostar daquele cara te faz feliz, porque eu seria contra? Eu não me importo com essas coisas.

De alguma forma, era reconfortante saber disso. Ergueu os olhos e encontrou o olhar do hyung e viu nele toda a sinceridade que precisava.

— Obrigado... Hyung… Você quer comer alguma coisa?

— Você está louco? Se eu comer algo aqui, eu vou vomitar — ele consultou o relógio — tenho algum tempo ainda, recolha toda essa sujeira. Eu sei que se eu sair daqui, você vai continuar vivendo nessa imundice e não posso permitir isso. Sabe o que dizem? Limpar clareia a mente, agora, vá limpar.

SeungRi não iria discutir, ficou de pé e foi buscar o material de limpeza. TOP ficou contando sobre a polícia e relembrando coisas do passado com saudosismo. Ajudou a distrair os pensamentos tristes do maknae, havia algo na cadência da voz do rapper do Big Bang que era atraente.

Ao final, a casa parecia um pouco mais ajeitada. SeungRi não sabia como iria tirar a mancha do carpete e TOP lhe disse que era para isso que existiam equipes que limpavam aquele tipo de material. Então, o policial Choi o abraçou pelo pescoço e disse que lhe pagaria um ramyeon numa barraca onde os policiais comiam, antes de ir embora. SeungRi foi ao quarto para trocar-se e viu a carteira de JongHoon em cima do criado mudo. Vestiu roupas limpas e seguiu o mais velho, não querendo negar a companhia. Precisava dela.

 

 


JongHoon estava no Japão e enquanto o carro o levava de Narita a Tokyo, ele verificou as mensagens no Line. Desde que saiu correndo da casa de HongKi e não lhe deu qualquer satisfação, o vocalista o estava evitando por ter ficado descontente com sua atitude pouco cortês. JongHoon tentou explicar que não podia ficar na casa e que teve que sair correndo, mas não existia qualquer boa justificativa para isso. Ao final, ele concordou com HongKi, não agradeceu com cortesia a hospedagem, tentou escapar de um encontro desagradável na frente do vocalista e foi pego em meio a sua ação. Mesmo tendo a razão, HongKi lhe virou as costas e saiu falando que todo mundo o destratava e que estava cansado disso.

Mexeu a tela do celular com o dedo, procurando o nome V.I. Oppa e não havia nada de novo no contato, nenhuma mensagem, nenhuma chamada. JongHoon apagou a mensagem com o endereço de HongKi e não descobriu qual dos amigos havia ligado o celular e enviado a mensagem. Não sabia se iria agradecer por tê-lo feito se mover ou se iria condenar o maldito que o fizera dizer aquelas coisas a SeungRi. Por que nunca chegava a uma conclusão decente sobre isso?

A única novidade era que a foto sorridente foi substituída por uma foto de um pôr de sol que despertava as memórias de JongHoon. Era daquela viagem deles de iate a Macau. Não poderia esquecer daquele dia, quando sumiram com seu calção e ele ficou nu na jacuzzi. Os dois amigos de escola de SeungRi eram bastante infantis e levaram uma bronca pela brincadeira boba. Ainda lembrava de SeungRi parado na ponta da jacuzzi, olhando para ele com certo espanto nos olhos por JongHoon ter simplesmente ficado peladão ali. Talvez sua atitude tivesse surpreendido o amigo, o próprio JongHoon tinha ficado surpreso por sua reação a brincadeira.

Depois do calção devolvido, SeungRi o olhava com intensidade, como se quisesse falar algo e não sabia como fazer isso. O olhar dele o tinha perseguido durante todo o dia e JongHoon ficou incomodado por sentir-se agitado por isso. O iate chegou a Macau no entardecer e ele estava esperando no convés para desembarcarem na cidade, quando um dos amigos de SeungRi passou por ele rindo, falando que o membro do Big Bang iria demorar mais porque estava se masturbando no banho.

JongHoon franziu o cenho quando ouviu isso e olhou para a porta da cabine, ignorando o homem que ria como uma criança. O outro perguntou como ele sabia e a informação incomoda veio, quando ele disse que tinha visto quando foi chamá-lo. Os dois riram e JongHoon olhou para o chão, colocando as mãos no bolso da calça branca que usava, irritado. 

Antes de SeungRi aparecer, os dois amigos tinham desembarcado no cais e JongHoon esperou. O amigo saiu da cabine com o cabelo loiro molhado, uma camisa de seda que marcava todo o peitoral e a calça preta justa. Eles se olharam e SeungRi desviou os olhos primeiro. JongHoon olhou para as mãos dele quando SeungRi pegou o celular do bolso e falou algo sobre o por do sol, virando-se para tirar uma foto. Era como se ele estivesse com vergonha, o que seria algo bastante raro para uma pessoa tão extrovertida.

Agora que pensava nessa lembrança, JongHoon perguntou-se se SeungRi teria deixado a porta destrancada para que um dos amigos entrasse e visse a cena. Ele era próximo daqueles dois, será que tinha dormido com algum deles? Não podia acreditar que estava pensando sobre isso, SeungRi nunca mais chamou aquelas pessoas para viajarem juntos. Tinha sido apenas um acidente, mas JongHoon não queria pensar que outros homens viram algo que nem ele mesmo tinha visto.

E não que quisesse ver. Era só… Curiosidade.

JongHoon deslizou o dedo pela foto e voltou a lembranças mais recentes, quando na sua mente a expressão sofrida de SeungRi surgiu pedindo para que JongHoon não fosse embora. Suspirou e desligou o aparelho, olhando para paisagem do trajeto sem ver realmente qualquer coisa. Os olhos sempre carinhosos estavam sem vida e o “kajima” saiu dos lábios de SeungRi como se sua vida estivesse dependendo disso. JongHoon tinha experimentado com grande terror a sensação poderosa de se atirar nos braços do amigo e ficar. O que teria mudado se fizesse isso? O pavor era mais forte do que qualquer outra sensação, o medo que se descobrissem isso sobre ele, que notassem que um homem poderia excitá-lo tão facilmente. As coisas negativas em sua mente o empurravam para longe, ele não era tão corajoso quanto fingia ser.

Não adiantava pensar nessas coisas. Uma semana depois, SeungRi não tinha entrado em contato. Quando o entregador chegou com sua carteira, não havia qualquer nota do amigo. SeungRi entregou a carteira ao rapaz e fechou a porta na cara dele, segundo relatos do próprio. JongHoon sentia-se frustrado, mas não poderia ficar abatido. Estava indo encontrar fãs e devia a elas o seu melhor sorriso, sua melhor performance. O grupo do qual fazia parte esperava o seu melhor desempenho.

Seu humor estava melhor, ele estava sorrindo com mais facilidade e ali no Japão, não teria qualquer problema em se soltar um pouco mais. Não era como estar na Coréia e achar que viraria a esquina e daria de cara com SeungRi. 

Ali, ele estava seguro.

 

 

Na noite após completar todas as suas obrigações, os produtores coreanos foram convidados pelos anfitriões para um happy hour. Sabendo que seria uma grande desonra não comparecer, JongHoon saiu do elevador do hotel vestindo uma calça social, sapatos novos e uma camisa branca. Acompanhou os demais para um bar e foi apresentado a um modelo japonesa de cabelos na altura dos ombros, que falava coreano muito bem. Além de muito bonita, a mulher usava um vestido decotado e estava se insinuando para ele.

Tinha razões para não responder positivamente a ela, sua vida sexual já era bem complicada. Então, alguém comentou na mesa que muitos artistas coreanos já visitaram o estabelecimento e foram se divertir com as modelos ou com algum japonês bonito que estivesse disponível. Escutando isso, JongHoon voltou a pensar em SeungRi e pensou se o amigo já tinha frequentado aquele lugar, se foi ali que ele fez sexo com outros homens.

Aquele pensamento obsessivo estava de volta. Desde que SeungRi confirmou que tinha estado com outros homens, JongHoon não podia deixar de sentir raiva e odiar todos que compartilharam a cama do amigo.

Bebendo o bom saquê oferecido, ele olhava em volta, procurando homens que pudessem chamar a atenção de SeungRi, mas não encontrou nenhum. Mais saquê. SeungRi não tinha um gosto fixo para mulheres, teria para homens? Outra garrafa, servido pela modelo de seios fartos, ela sorriu.

— Você está procurando outro tipo de companhia? — perguntou baixinho.

— Você sabe que tipos de coreanos visitam esse lugar?

— Claro. Os mais famosos… — a modelo citou diversos grupos e JongHoon segurou a respiração enquanto ela listava todos — O Big Bang sempre vem aqui. Eles são bem famosos aqui no Japão. Até mesmo quando estão na carreira solo, eles vêm aqui.

Era a informação que ele não queria ouvir, que o fez beber mais e mais. Achava que era justo que a primeira vez de SeungRi com um homem tivesse sido sua, mas não tinha sido assim. Por que só ele tinha entregado o corpo pela primeira vez? Isso o incomodava tanto. Ele fervia de raiva por pensar em SeungRi fazendo sexo com outros homens. Não se importava com as mulheres, mas os homens, não podia aceitar.

— Sim, eu estou procurando por outro tipo de companhia — ele disse a moça, a certa altura, enfurecido pelo ciúme e bêbado — pode conseguir?

— Oh, você tem certeza? Eu também sei fazer uma ou duas coisas que podem colocá-lo na linha.

— Eu tenho… Se o homem que SeungRi do Big Bang ficou estiver aqui, eu quero ele.

A mulher o olhou, um pouco preocupada, fez um bico com os lábios pintados de batom vermelho. — Ah, está bem. Eu vou chamar o Ken, ele sempre fica com os mais bonitos… — disse ela com muito pesar.

Com a cabeça girando pela bebida, ele acompanhou a moça de andar sinuoso, sentindo um gosto amargo na boca. O saquê tinha aliviado tanto seus sentidos que JongHoon não estava escutando direito e tudo parecia ligeiramente distorcido. O chão não estava muito firme também, mas sempre havia pequenos terremotos todos os dias no Japão. 

SeungRi, seu cretino. Iria se vingar daquele maldito e dormir com outro homem que já tinha provado o mesmo que ele.


Notas Finais


Meus personagens sempre tão passionais...

TOP está cantando The Smiths - https://www.youtube.com/watch?v=1L12072ZZP4


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