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História Vamos ter um bebê - O Fora


Escrita por: minHye

Notas do Autor


E aí lindas e lindos? Preparados para um novo capítulo?

Boa leitura!!!

Capítulo 2 - O Fora


Desde pequeno, Oh Sehun sonhava em viajar e conhecer outros países, principalmente a China, já que seu coleguinha de turma e melhor amigo contava histórias encantadoras de sua terra natal. Os anos passaram e os amigos perderam o contato, mas o desejo de conhecer o outro país permaneceu com o coreano e, assim que ficou sabendo de uma bolsa de estudos de graduação, ficou tão ansioso e empolgado que quase não dormiu até sair o resultado. Tanto ele quanto os seus pais comemoraram a conquista do filho e começaram com os preparativos para a tão sonhada viagem. Seriam cinco anos longe de casa, mas ele visitaria a família sempre que pudesse.

Começou a estudar jornalismo e conseguiu um estágio na redação de uma revista prestigiada. Logo no primeiro dia, alguém prendeu sua atenção e mexeu com seus sentidos. O rapaz dos cabelos castanhos e arrumados num topete alto segurou o elevador para ele e esboçou um leve sorriso em cumprimento. Os dois desceram no mesmo andar e Sehun não precisou se esforçar muito para descobrir o nome e o que fazia lá. Apesar de se encontrarem algumas vezes na máquina de café, eles quase não se falavam e o mais novo se sentia cada vez mais atraído pela forma como Lu Han trabalhava e era admirado pelos colegas.

Foi por essa razão que, ao ver o rapaz na boate, o coreano se apressou em chama-lo. Ele tinha bebido bastante e no momento tudo que pensou em fazer foi conseguir a atenção do mais velho, mas ao perceber a oportunidade de algo a mais quando o menor decidiu dançar com ele, aproveitou para ir mais além. Agora, sentado sozinho na própria cozinha, pensava sobre o fora que acabara de levar. Ele nem saberia descrever o que sentia. Era um misto de sentimentos como decepção, tristeza e raiva. Os dois haviam passado uma noite ótima e então ele era deixado de lado porque o mais velho já era comprometido.

 

*  *  *

 

Quando se encontraram na revista, Lu Han agiu como se não tivesse acontecido nada entre ele e Sehun. Mas o mais novo não pretendia deixar assim. Ele esperou os dois se encontrarem na máquina de café e puxou conversa.

- Tudo bem senhor Lu? Aproveitou o domingo?

- O que você acha? – perguntou com uma expressão fechada.

- Imagino que sim, já comprou o anel de noivado?

- Eu não trato de assuntos pessoais com colegas de trabalho e o que acontece fora da revista, fica fora da revista.

- Você fica incrivelmente sexy quando está irritado – deu um sorriso de canto – poderíamos ter uma conversa fora da revista sobre algo pessoal.

- Não, não podemos ter essa conversa. Com licença – saiu e deixou o mais alto com um leve bico nos lábios, que logo tratou de esconder ao ver sua chefe chegando.

 

          Durante toda a semana Lu Han teve que aturar o estagiário tentando falar com ele ou lançando olhares apaixonados e bobos. Isso o tirava do sério, ainda mais que ele estava tendo dificuldades de olhar para sua namorada e saber o que havia feito. O sentimento de culpa o incomodava e toda vez que Sehun lhe dirigia a palavra, as lembranças dos dois juntos voltavam à sua cabeça.

          O desconforto dele não passou despercebido por Caiqin que, preocupada, perguntou o que estava acontecendo.

- É algum problema no trabalho? – a voz suave o fez parar de comer e encará-la.

- Não, está tudo bem na revista – sorriu incerto – amor, eu andei pensando bastante e... E nós já estamos juntos há bastante tempo... Acho que está na hora de darmos mais um passo. Você aceita se casar comigo?

          A moça estava surpresa com o pedido e tudo que conseguiu emitir foi um gritinho e levar as mãos na frente da boca. Ele então esticou a caixinha com o anel de noivado e ela, ainda sem acreditar no que acontecia, aceitou. Os dois tiveram uma noite longa de comemorações e o sentimento de culpa parecia ter ido embora.

 

*  *  *                

 

          Em um final de expediente, Lu Han convidou Sehun para tomarem um café e terem uma conversa séria. Claro que o mais novo ficara empolgado com o convite, mas a intenção real do chinês era de colocar um ponto final em tudo.

- Fiquei surpreso com o seu convite.

- Não precisa ficar, achei que imaginasse o teor da conversa.

- Eu imagino, mas tenho a chance de expor minha visão também.

- Sua visão? – riu debochado – Sehun, aquela noite na boate, se eu soubesse que você gostava de mim, eu não teria me envolvido, de verdade. Não vai se repetir.

- Acho que não é uma decisão acertada você pedi-la em casamento. Se você sentiu a necessidade de dormir com outra pessoa, acho que não gosta o suficiente para um casamento.

- Eu não vim aqui pra você se meter na minha vida. Eu te chamei para dizer que não adianta insistir. Ela aceitou meu pedido e vamos nos casar em oito meses. Posso incluir seu nome na lista de convidados se você continuar me importunando.

- Uau. Parabéns... – largou a xícara na mesa – mas eu não sei se consigo esquecer o que tivemos e o que sinto por você.

- Isso é ridículo. Você nem me conhece direito pra ficar falando essas baboseiras.

- Você gosta dela?

- Tchau, Sehun – se levantou e deixou o dinheiro sobre a mesa.

 

          O início da outra semana parecia perfeito para o chinês, afinal Sehun tinha sido transferido para a filial da revista que ficava em Tianjin, a quase duas horas dali. Ele e Caiqin convidaram as famílias para um jantar de noivado e iniciaram os preparativos do casamento. O casal já morava juntos em um apartamento de alto padrão e negociavam com o proprietário a renovação do contrato.

          Depois das festas de noivado, os dias ficaram mais agitados e sempre com algum detalhe sobre a cerimônia e festa que precisavam discutir. Apesar de estar empolgado com tudo, às vezes era cansativo escolher as cores que usariam na cerimônia, o tipo de flor e o modelo do convite. Um mês se passara desde o pedido e eles finalmente tinham um dia de folga das famílias para poder sair jantar e conversar. Lu Han assistia ao jornal enquanto Caiqin terminava de se vestir. Um rapaz de sorriso fácil dava entrevista e explicava sobre alguma campanha de conscientização.

 - ... nós ficamos muito felizes com a surpresa. Eu não sabia que era portador e por isso nunca tomamos muito cuidado – riu envergonhado.

- Eu cheguei do trabalho e ele estava passando muito mal. Eu o levei ao médico e recebemos a notícia – um outro rapaz, igualmente sorridente falava com a repórter.

“Ainda não se sabe, mas estima-se que cerca de três por cento da população masculina mundial seja portadora da Síndrome Feminna...”

 

          Lu Han estalou a língua e trocou de canal, logo vendo a noiva aparecer vestida com um vestido preto e curto. Os dois se beijaram e saíram jantar.


Notas Finais


:) :)


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