História Vamos ter um bebê - Jantar entre amigos

            Tão logo terminaram de estudar, Sehun e Lu Han fizeram uma refeição leve e foram para o quarto. O menor estava mais tranquilo com relação ao que seu amigo havia contado, pois podia ser que fosse apenas Xiao Bai e, pelo que ele viu no dia que conheceu o amigo do coreano, não acontecia nada de especial entre eles.

- Luge? – o maior chamou ao perceber que ele parecia muito distraído.

- Oi? – virou rapidamente.

- Se importa se eu dormir só de cueca?

- Não – a voz saiu um pouco estranha e ele ficou um tanto envergonhado.

            Os dois se deitaram e o chinês começou a pensar tanto no sonho quanto na vez em que os dois se envolveram, mesmo sem querer já que dividiam a cama.

* Flashback on *

            O convite para ir ao apartamento de Sehun era perfeito e Lu Han já sentia seu corpo reagir ao que aconteceria. Eles voltaram a se beijar no elevador do prédio e nem se importaram de serem vistos ao tirarem as camisetas ainda no corredor enquanto o maior tentava abrir a porta e se controlar ao sentir os lábios do chinês beijarem suas costas já nuas. As peças de roupa ficaram pelo caminho até o quarto e o mais novo o jogou na cama de casal e passou a chupar os mamilos arrepiados de Lu Han. Os gemidos que saíam dos lábios finos do menor eram como música para os ouvidos atentos do coreano. As preliminares se estenderam por um bom tempo e, assim que o chinês se deu conta do que aconteceria, olhou preocupado para o maior.

- E-eu nunca fiz isso antes...

- Sua primeira vez com um homem? – ficou surpreso e o outro assentiu – bem, não precisa ter medo, vamos com calma – deu um breve selar nos lábios alheios e sentou sobre os calcanhares. Preparou o mais velho e ao perceber que o outro já estava menos tenso, espalhou o pré-gozo pelo membro e tirou seus dedos do interior apertado. Penetrou o menor com cuidado, mas ainda assim Lu Han gemia com a dor que sentia e descontava tudo nos ombros do mais novo, ao apertar suas unhas na pele branca.

            Logo que se acostumou com o volume dentro de si, movimentou-se contra o corpo alheio e Sehun começou a estoca-lo. Ele pedia cada vez por mais, sentindo seu ponto sensível ser atingido algumas vezes. Ambos se desfizeram e voltaram a se beijar antes de irem para o banho juntos, onde mais uma vez se entregou ao coreano.

* Flashback off *

            O chinês levantou com pressa da cama e se trancou no banheiro, assustando Sehun que estava quase dormindo.

- Luge? – perguntou ainda sonolento.

- Eu tô bem! – gritou do outro cômodo enquanto se aliviava sozinho. Era um desejo quase insano de ser fodido pelo maior, mas seu orgulho não o deixava se render. Ele não pretendia romantismo nem nada, apenas descarregar toda a tensão e desejo que sentia. Imaginou como seria ter a boca do coreano em seu membro e em seu interior, estocando fortemente, então se desfez na própria mão e respirou fundo. Fez sua higiene e voltou para a cama tentando não fazer barulho.

            Durante o fim de semana, os pais de Lu Han foram visita-lo para saber como ele e o bebê estavam, além de perguntar sobre Sehun. A mulher comentou sobre ter encontrado os pais de Caiqin no mercado e que parecia que a moça tinha conhecido um rapaz e estava saindo com ele. O chinês deu de ombros e acabou falando que achava melhor tudo ter acabado antes que cometessem o erro de casar.

- Mas você parecia tão feliz com os preparativos!

- Eu estava, mas hoje percebo que não amava tanto assim para me prender num casamento. Eu fiz mais por estar sob pressão e achar que o que sentia por ela bastava.

- Então você não amava ela? – o pai perguntou.

- Amar, não. Eu gostei muito dela, mas não a esse ponto.

- E como percebeu isso?

- Ah, eu tenho conversado bastante com um amigo meu e ele fala muitas coisas que me ajudam.

- É o outro coreano?

- Ele mesmo, mãe. Aliás, ele está esperando um menino. Contou que o namorado dele até chorou quando o médico falou – dizia sorrindo.

- E você vai saber em duas semanas. Está curioso?

- Bastante, mas não fico pensando muito pra não ficar ansioso.

- E o apartamento? Já encontrou outro? Vai precisar de ajuda com a mudança?

- Estou quase fechando um que fica entre a revista e a casa do Sehun. Ele é bem espaçoso.

- O bom de um apartamento grande é que se você precisar de ajuda com o bebê, e vai, eu posso ficar uns dias pra te ajudar.

- Foi o que eu pensei também – confessou sorrindo.

            O rapaz ficou falando com a mãe enquanto o pai se afastou um pouco com a desculpa de atender uma ligação, mas na verdade ele precisava falar com alguém.

- Alô?

- Como você quer receber ajuda se fica dormindo até tarde ao invés de se fazer presente, huh? – reclamou ao perceber a voz sonolenta de Sehun.

- Ah, senhor Lu! Nós vamos sair hoje com um casal de amigos dele, vai ser quase um encontro de casais – sorriu ao fazer a constatação.

- Ele está mais receptivo com você?

- Um pouco... Só de saber que o senhor nos apoia já é o suficiente, senhor Lu. Eu fico realmente agradecido por seu apoio.

- Tudo bem... Nós estamos aqui no apartamento com ele e parece que a ex já era mesmo. Quero te ver segunda para conversarmos pessoalmente.

­- Pode ser no almoço?

­- Fechado. Me mande uma mensagem com o horário e lugar. Até mais.

            O clima estava bem agradável para o programa que fariam naquela noite. Baekhyun e Chanyeol chegaram primeiro no restaurante e escolheram uma mesa que ficava em uma área ampla com as laterais em vidro que permitiam ver o jardim que rodeava o local. A iluminação era mais fraca e havia velas em todas as mesas.

- Você caprichou ao escolher o restaurante, hein. Seu amigo não vai implicar?

- Claro que não, amor. Ele não vai demonstrar na frente do Sehun que ficou incomodado com o clima romântico, até porque acho que ele vai gostar. Eles estão vindo ali – acenou para os outros dois que se aproximavam.

- Uau, o Baek se empolgou com o nosso jantar! – Sehun comentou ao entrarem no restaurante.

- Você vai gostar daqui. A comida é muito boa – sorriu ao perceber a animação do maior.

Os dois viram Baekhyun acenar e andaram até lá. Após feitas as devidas apresentações, fizeram seus pedidos e começaram a conversar. A noite transcorria leve e animada, mesmo quando Caiqin chegou acompanhada de duas amigas e olhou surpresa para a mesa. O chinês pediu licença para ir ao banheiro e quando ia voltar para o seu lugar, a ex-noiva o abordou.

- Entrou para o clube de gestantes?

- E você não quis sair com seu novo pretende?

- Está bem informado sobre mim.

- As pessoas vem me falar como se eu quisesse saber.

- E você pelo visto já se acertou com o pai do seu filho. – o rapaz apenas sorriu e ela mudou de assunto, incomodada com a expressão que ele fizera – não sabia que conhecia o Chanyeol e o namorado dele.

- O Baek é meu amigo, sabe, do clube de gestantes. – devolveu – Ele comentou que o Chanyeol trabalha com você.

- Reclamou?

- Não. Deveria? – ela ficou desconcertada com a pergunta e ele aproveitou para sair – tenha um bom jantar. Com licença.

Assim que se sentou, os outros três que aproveitaram para conversar no idioma deles voltaram a falar em chinês e Lu Han ficou um tanto acanhado ao se dar conta de que o assunto estava um pouco mais íntimo.

- Às vezes o Chan fica falando com o Jae e passando a mão na barriga que eu chego a cochilar.

- O Sehun também gosta de ficar conversando com o bebê. – disse um pouco envergonhado.

- Pra mim já virou um costume – Chanyeol falava – eu chego em casa, dou um beijo no Baek e um na barriga. Aí nós três ficamos conversando, até as coisas ficarem mais adultas – deu um risinho e o namorado deu um tapa na perna dele.

- Chan! – falou rindo envergonhado.

- Luge, não deixe nosso filho escutar isso – o mais novo deles brincou, colocando as mãos na barriga alheia.

            O simples toque das mãos do coreano foi capaz de deixa-lo com os pelos da nuca arrepiados, ainda mais quando uma das mãos pousou em sua coxa, inocentemente. Apesar de rir e brincar junto, ele se sentia extremamente atormentado com aquela proximidade, por isso segurou delicadamente a mão de Sehun e afastou de sua perna, dando um sorriso e mantendo os dedos entrelaçados por uns segundos.

            Por sua vez, o mais novo ficou surpreso e agitado com a reação que Lu Han tivera de segurar em sua mão e lhe lançar um sorriso encantador. A interação dos dois foi percebida por Baekhyun que lançou um olhar rápido para o namorado, que decidiu por pedir mais vinho para os acompanhantes e algo não alcoólico para ele e para o chinês e, assim, estender o encontro.

            O pai de Lu Han olhava atentamente para o coreano à sua frente que parecia muito feliz com o que acabara de ouvir.

- Bem, se ele já aceitou o término e acha que até foi melhor, significa que posso ter uma chance com ele.

- Mas não tenha dúvidas. Sempre que conversamos ele comenta de algo bom que você fez ou elogia suas habilidades profissionais. Como foi o jantar de sábado?

- Ah, foi muito bom. Encontramos a Caiqin lá, mas ele pareceu nem se importar mesmo com a presença dela. E também, ele pediu pra eu ficar mais uns dias com ele no apartamento – contou sorrindo.

- Mas ele está bem? – o mais velho perguntou levemente preocupado.

- Está. Ele disse que é pra eu poder aproveitar mais desse momento lindo que é a gravidez.

- Hum. Pelo visto tudo está indo muito bem sem a minha interferência, mas se precisar de algumas dicas de como lidar com ele ou de lugares pra leva-lo, me pergunte.

- Já que o senhor tocou nesse assunto, meus pais estão vindo para cá e querem conhece-lo, mas estou um tanto apreensivo de falar isso a ele.

- Fale como se para você fosse algo normal, sem ligação com um possível relacionamento. Ah, faça ele dormir no seu apartamento, como ele fez com você quando nós fomos visita-lo.

- Isso que eu estava pensando. Obrigado pela ajuda – sorriu.

            Naquela noite ele falaria com o chinês e combinaria tudo para a vinda dos pais, que seria dentro de dez dias. Quando estava entrando na revista, recebeu uma ligação da universidade avisando que alguém havia encontrado a carteirinha de identificação dele e deixado na secretaria do prédio. Ele agradeceu e avisou que passaria pegar no dia seguinte.