Especial de Halloween
Vampire - Imagine Xiumin
— Você perdeu a aposta (S/N) — Chanyeol me empurrou para dentro da casa, mesmo tentando o empurrar o garoto ainda era mais forte e obviamente, meus esforços não foram suficientes. Ele sorriu junto de Baekhyun antes de trançar a porta por fora. Basicamente, eu tinha feito uma aposta com os dois, e se eu perdesse, teria que passar uma noite sozinha na casa onde todos dizem ser assombrada. Não era medo de passar a noite ali, na verdade, mas sim de ficar presa. Desde pequena tenho fobia de ficar trancada em lugares, seja qual for o local. Os dois sabiam que eu tinha medo de ficar presa em algum lugar, mas também sabem que nunca recuso uma aposta. Só que nunca, em todos os meus 17 anos de vida, tinha perdido uma sequer.
Abracei meu próprio corpo ao sentir o clima esfriar repentinamente, o que era estranho, já que lá fora estava quase 32°. Caminhei pelo que parecia ser a sala e analisei a casa cuidadosamente. Ela estava iluminada por um castiçal que mesmo sendo grande, estava gasto e parecia querer apagar a qualquer momento. O lugar estava um pouco empoeirado, mas não deixava de ser uma bela casa. Deixei meus pés me guiarem pelo segundo andar, em busca de um quarto ou coisa assim. Tinha um corredor extenso com várias portas escuras, abri uma ouvindo um ruido desconfortável e arregalei os olhos com a visão. O quarto era, com toda certeza, maravilhoso! Como as pessoas nunca vieram aqui antes?
Senti um arrepio percorrer meu corpo e algo parecia me observar. Virei o rosto, não vendo nada além do corredor pelo porta e não tinha nada no quarto. Uma súbita sensação de desconforto se apossou do meu corpo. Se a casa era abandonada, porque sentia que alguém estava ali me olhando? Deitei na cama, puxando a coberta para que me cobrisse e fechei os olhos, ainda sentindo um olhar queimar em minhas costas. Ignorei aquela sensação e busquei dormir, conseguindo minutos depois.
Abro meus olhos e os esfrego, e pela visão embaçada consigo enxergar alguém em pé nos pés da cama. Sorrio debochada, me sentando e encaro o garoto. Era muito bonito, tinha o rosto bonito que mais parecia emoldurado mesmo com a expressão séria. Continuamos nos encarando por um tempo, até que me cansei disso e revirei os olhos entediada.
— Quanto eles te pagaram? — ele pareceu ficar confuso.
— O quê? — sua voz me causou um arrepio gostoso.
Suspirei, jogando o cobertor para o lado e me levantei, ajeitando o meu cabelo para que ficasse de lado. Percebi seu olhar se focando em meus pescoço e logo ele desviou.
— Quanto Channie e Baek te pagaram para me assustar? — cruzei os braços sobre os seios, arqueei a sobrancelha debochada — Porque olha, não deu certo.
Ele riu baixo, se aproximando. Não me movi, não consegui na verdade. Algo me prendia no mesmo lugar mas ainda não sentia medo, porém meus olhos se arregalaram ao ver os seus ficarem vermelhos. Meus lábios tremeram de leve, neguei-me a acreditar no que tinha visto. Sempre fui uma garota que lia muito sobre coisas sobrenaturais, sempre fui encantada por vampiros, mas por Deuses, nunca pensei em ver um, se é que ele é isso mesmo.
— Quem é você? — murmurei e novamente ele olhava meu pescoço, lambeu o lábio e por alguns segundos, meus olhos se fixaram ali. Me afastei, sentindo a parte de trás dos joelhos baterem na cama e cai sentada na mesma. Seus dedos acariciaram minha bochecha, estremeci ao sentir sua pele gelada — O-o que você é?
— Sou Xiumin — sorriu de lado, seus dedos desceram para o meu pescoço acariciando a pele e senti o polegar pressionar uma de minhas veias. Grunhi sentindo um desconforto no pescoço e tentei me afastar, inutilmente, já que o garoto agarrou o mesmo rudemente — Seu pior pesadelo.
Debati-me procurando me soltar de sua mão, ouvi um riso baixo vindo dele e puxei o ar fortemente quando o moreno se afastou. Ele se inclinou em minha direção, ofeguei inconscientemente ao ter seu rosto próximo ao meu. Permiti-me analisar o asiático por um momento sentindo meus lábios secarem no mesmo instante. Ele vestia roupas pretas que contrastavam com sua pele, tinha olhos castanhos que ás vezes pareciam brilhar um tom de vermelho, e lábios rosados. Os cabelos castanhos desarrumados de um jeito... sexy?
— Quer uma foto? — sorriu ironicamente, lambendo o lábio superior — Dura mais.
— Não, estragaria meu celular — fingi descaso e percebi que ele franziu o cenho, parecendo irritado com minha resposta. Dei de ombros. Recuei ao ver sua mão avançando em minha direção, meu pescoço ainda doía pelo recente apertão e não estava afim de levar outro — Se você se aproximar de novo eu chamo a polícia.
Ele arqueou a sobrancelha como se falasse "é mesmo?" e mostrou meu celular em sua mão. Resmunguei ao ver seu sorriso vitorioso.
— Entenda (S/N), apenas a polícia não seria suficiente para te salvar — senti um arrepio em minha coluna, não era uma sensação boa. Xiumin era bonito, muito bonito, porém meu corpo não parecia muito a vontade perto do mesmo. Era como se algo me avisasse para manter distância, um sinal de perigo parecia ecoar em minha cabeça. Enquanto divagava sobre ele, reparei que seus caninos eram maiores do que o normal. O.k, (S/N), é apenas uma fantasia de Halloween, só isso. Mas considerando que nem era dia 31, aquilo parecia sinistro... — Está com medo?
— De você? — gargalhei falsamente — Nunca.
— Não faz ideia de com quem está se metendo, garota — balançou a cabeça negativamente, fingindo decepção. Sem que eu percebesse, sua mão segurou minha cintura e me puxou para cima, colando meu corpo ao seu. Senti seus lábios passearem por meu pescoço e novamente aquela sensação de desconforto se fez presente. Porém meu corpo travou antes que pudesse o empurrar, senti uma pequena dor em meu pescoço e ela foi aumentando. Senti algo quente em minha pele e um cheiro estranho, seus lábios sugavam meu pescoço e segundos depois ele se afastou, lambendo a pele antes de me encarar. Seus lábios estavam vermelhos e um filete de sangue escorria pelo canto. Meu sangue.
Levei os dedos até o pescoço, sentindo ele ficar molhando com o liquido vermelho e arfei, sentindo um calor terrível em meu corpo. De repente, uma vontade imensa de o beijar me atingiu.
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