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História Vampire And The Maid - Flor das Onze


Escrita por: PsicoPoney

Notas do Autor


Boa Leitura

Capítulo 11 - Flor das Onze


–Vocês ainda não se arrumaram?!?! – Miyazono entrou porta adentro aos berros. Tanto eu quanto Usui não estávamos prontos para a tal “festa”. A loira já estava arrumada e essa fora a primeira vez que eu a vi tão deslumbrante

Ela trajava um vestido longo e vermelho como sangue, o que contrastava com o tom claro de sua pele. Seus braços estavam nus, mas uma linda pulseira dourada jazia em seu pulso esquerdo. Tal acessório combinava com os brincos e a gargantilha. Seu cabelo estava preso em uma espécie de coque, mas algumas mechas estavam soltas, o que dava um charme a mais. Ela estava realmente linda.

–Onde está aquele preguiçoso? –indagou com o tom de voz mais equilibrado

–Ele está trancado no quarto dele desde ontem... – Ela bufou - Eu não quero ir. Não tenho uma roupa para esse tipo de evento e além do mais, eu não tenho a obrigação de ir! – disse meio ríspida. Não estava de bom humor

–É, mas você vai. E quem disse que você não tem roupa? – a loira foi até a porta, pegou uma enorme sacola que estava encostada do lado de fora e o entregou a mim com um enorme sorriso no rosto. –Suba e vá se arrumar – completou

Eu peguei a sacola, que mesmo sendo grande, não era pesada. Olhei para Miyazono que ainda me olhava e estava prestes a contestar, mas fui interrompida por ela

–Ah, até que ficou bonito em você – disse ela

–Eu não acho – Uma voz rouca, porém extremamente familiar ecoou pela sala. Virei para encarar o dono daquele timbre rouco – Ainda não me acostumei com esse tipo de roupa – completou o loiro, ajeitando o belo terno

Bem, por mais que o Usui me tire do sério e por mais que eu odeie admitir isso, ele é um homem lindo, e com aquele terno, devo admitir, ele estava perfeito. A roupa parecia se encaixar perfeitamente nele, seu cabelo estava penteado, coisa rara de se ver. O loiro estava parado, mexendo na gravata, ele parecia estar desconfortável.

–Há quanto tempo não usa um terno? – indagou Miyazono, indo até o rapaz para ajeitar sua gravata, que estava meio torta

–Sei lá... Não gosto de usar esse tipo de roupa

Eu ainda o encarava e só fui perceber isso quando o mesmo retribuiu o gesto. Abaixei a cabeça, meio corada: - Misaki, vá logo se arrumar – disse Miyazono. Eu apenas assenti e sai da sala. Estava com vergonha, quanto tempo eu fiquei encarando ele? Balancei a cabeça, esse alien pervertido me tira do sério até quando não faz nada

///////

Depois de um banho bom, porém rápido, lá estava eu, parada, enrolada na toalha encarando o vestido jogado em cima da cama. Eu estava no quarto de hóspedes e estava meio... Perdida. Não sabia como colocar aquele vestido adequadamente. Bem... Tinha um espartilho, o peguei e fiquei encarando ele. Olhei para o vestido, olhei para o espartilho, olhei para meu reflexo no espelho, bufei, e agora?

Estava pronta para tirar a toalha quando Miyazono escancarou a porta e quase deu um grito de guerra ao perguntar por que eu não estava pronta.

–Eu... Não sei vestir isso – disse envergonhada

A loira bufou, fechou a porta e me ajudou a colocar o vestido. O traje em si não era tão difícil de vestir, mas colocar um espartilho sozinha é praticamente impossível e, falando no abençoado, a pessoa que inventou isso não respira né? Enquanto a loira apertava o espartilho eu não parava de reclamar, quase brigamos. Se eu saísse com aquele treco apertado como ela queria, eu iria desmaiar na metade do caminho.

Porém, apesar da pequena desavença, acabei de me arrumar rapidamente, graças a ela. Parei em frente ao espelho, que me permitia me ver de corpo todo. Eu parecia uma Lolita. Era um vestido negro, com um leve decote e mangas curtas. Algumas rendas enfeitavam a saia do mesmo e havia uma gargantilha branca e luvas da mesma cor. Eu até que gostei. Meu cabelo estava solto, simples. Por insistência da loira, eu estava maquiada, nada muito extravagante.

–Está bonita – disse Miyazono enquanto me observava próxima a mim. Foi aí que eu percebi, a loira não tinha reflexo no espelho.

Olhei para ela meio sem jeito de perguntar, mas acabou saindo sem que eu percebesse: - Você é uma vampira também? – a loira não estranhou a pergunta, olhou para mim e assentiu.

–Não tem medo de ficar na presença de uma fera que pode te matar em segundos? – a pergunta, por mais macabra que pudesse parecer, saiu mais natural do que o esperado.

–Não... Eu confio em você e no Usui. – dei uma leve pausa, selecionando o que dizer exatamente - Não é de vocês que eu devo ter medo, não é? – a loira sorriu e se limitou apenas a assentir - Quem é esse tal de Igarasi?

A loira se afastou um pouco, se sentando na cama que havia no cômodo. Ela parecia hesitar, mas me respondeu por fim: - Um conhecido da família do Usui... –Antes que eu pudesse fazer qualquer pergunta, ela concluiu – O Usui não gosta muito de se juntar com a família e eu nunca entendi o porquê, a final, ele nasceu em uma família influente de puro sangue. O sonho de consumo de qualquer vampiro é frequentar os locais que a família dele frequenta e... Ele parece odiar isso – tudo aquilo parecia mais um desabafo dela

Ficamos em silêncio. Eu tentava processar aquilo tudo, mas ainda tinha tantas dúvidas: - Mas ele ainda mantém contato com a família?

–Não sei, ele parece evitá-los... – ela fez uma longa pausa – O irmão dele – disse ela, eu não entendi inicialmente, mas ela completou – Ele... Vai estar na festa hoje – ela se levantou e foi até a porta – Eu não sei como Usui vai reagir, mas... Talvez isso seja interessante não? – indagou meio animada. Logo em seguida ela saiu e eu tratei de segui-la

Tudo aquilo ainda era tão confuso. Mal havia descoberto as respostas iniciais e já havia mais toneladas de novas perguntas. Aquilo ficou na minha cabeça de tal maneira que, quando fui perceber, estava na ponta da escada. Miyazono já havia saído e Usui estava na ponta inferior da escada. Ele me encarava tão descaradamente que eu fiquei sem jeito. Desci as escadas evitando olhar para ele, mas mesmo assim podia sentir seu olhar sobre mim.

–Está perfeita, Misaki... – seu comentário soou mais sincero do que eu esperava. Sussurrei um obrigada e passei por ele. Assim que segui para a porta o maior me seguiu e assim fomos para a limusine que já estava a nossa espera

/////////////////

O caminho foi mais rápido do que eu pensava e durante ele ficamos em silêncio total. Assim que eu desci do veículo me deparei com um enorme castelo, parecia até tirado de um desses contos da waldisney. Era deslumbrante, todo iluminado e logo do lado de fora se notava uma grande movimentação de pessoas.

Assim que entramos no castelo eu quase me perdi, isso porque a Miyazono, que seria minha guia, sumiu na primeira piscada que dei! Nem sinal da loira. Eu me sentia tão deslocada. Mordi o lábio inferior, onde eu olhava só podia observar rostos desconhecidos e, a maioria, me olhava. Era um sensação tão ruim, me sentia vulnerável demais. Senti uma mão sobre meu ombro, virei para fitar quem havia me tocado e vi que era Usui. Ele desceu a mão pelo meu braço até chegar à minha mão e assim entrelaçar seus dedos nos meus. Esse simples gesto foi o suficiente para fazer com que todos parecem de olhar para mim.

Ele foi me conduzindo pelo salão, me levando até um ponto mais calmo. Por mais que eu estivesse envergonhada por estar de mãos dadas com ele eu me sentia mais segura, o que me fez não resistir ao seu toque. Assim que encontramos um ponto mais calmo no salão, ele me soltou e a princípio eu senti falta do toque dele, me odiei por isso.

–Te aconselho a não ficar nervosa – disse o loiro, eu o fitei, ele tinha uma postura séria – Se você se agitar, seus batimentos cardíacos subiram e isso é um convite para nós.

–Não teria sido melhor eu ter ficado em casa? – indaguei enquanto deslizava o olhar pelo salão

–Não nesse caso – ele olhou para um ponto fixo, acredito que ele reconheceu alguém. – Ayuzawa, eu já volto – ele me encerrou – fique aqui – eu assenti. Ele foi andando e logo perdi contato visual com ele.

A princípio eu achei que ele voltaria logo, mas os minutos foram passando e eu comecei a me sentir mal. A cada minuto que ele demorava eu podia sentir mais olhares sobre mim. Esperei mais alguns minutos e depois acabei desobedecendo ao loiro. Dei alguns passos, sempre passando meus olhos pela multidão, na esperança de ver a Miyazono ou o Usui. Tentava ficar o mais calma possível.

Depois de um pequeno tempo procurando, acabei avistando Usui. Ele estava parado e... Uma mulher veio e o abraçou. Por algum motivo, senti um aperto no coração, não sabia explicar o porquê, mas aquela cena me incomodou. Ela o abraçava e alisava o rosto dele, parecia ser alguém bem próximo dele... Uma namorada? Não me lembro de ter ouvido ele dizer que tinha uma. Mas, ela não parecia ser amiga dele...

De uma forma que eu não soube explicar, aquela cena me incomodou, virei à cara e sai andando sem rumo pela multidão e, quando eu fui perceber, estava de frente para uma porta enorme. Sem pensar duas vezes, passei pela porta sem olhar para trás e pude perceber que ela dava acesso a um jardim a céu aberto. Era realmente grande e lindo. Haviam arbustos enormes e árvores igualmente grandes, isso sem falar na quantidade imensa de flores, todas elas impecáveis.

Fui caminhando entre pequenos arbustos floridos. Haviam flores de várias cores e variedades, mas uma em particular chamou minha atenção. Era uma flor que eu nunca tinha visto antes, era de um tom amarelado e seu formato era parecido com o de uma rosa, porém suas pétalas eram maiores e mais largas. Aproximei-me de um canteiro onde haviam várias dessas flores, me abaixei e, assim que eu o fiz, um enorme aroma subiu. Um aroma doce, porém refrescante.

–Lindas não é? – virei para fitar o dono da voz grave. Era um jovem, bem aparentado e elegante, mas seu rosto era familiar.

–Usui... – sussurrei pra mim mesma. Sim, ele me lembrava o Usui.

–É uma das flores mais lindas que existe – dizia ele enquanto se aproximava. Eu me levantei e ele parou próximo a mim – Mas ela é tão rara – ele levou a mão até uma delas, passando o indicador pelas pétalas amareladas – E tão frágil. Chama-se flor das onze horas, pois ela só floresce nesse horário. – Com o maior cuidado ele retirou uma das flores – Eu não a conheço muito bem, mas esta flor – ele se aproximou de mim e delicadamente levou a flor até meu cabelo - parece combinar com você. – completou ele enquanto terminava de colocar a mesma em meus cabelos.

Ele sorriu, um sorriso tão lindo e radiante, ele parecia mesmo o Usui.

–Senhor Usui – um homem nos interrompeu. Usui? Gelei, esse não é o sobrenome do alien pervertido?

 


Notas Finais


Sei que na história original o sobrenome de Gerard é outro, porém não entrarei nesse mérito e pra isso, na fic, o sobrenome deles será o mesmo ~
Até semana que vem <3


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